Apresentamos reflexões sobre os currículos entendidos por Aoki como experiências-vividas com base na epistemologia de Certeau e aporte teórico dos estudos com o cotidiano. A partir de um relato de uma prática de embichamento do currículo vivida numa escola da cidade do Rio de Janeiro, propomos o exercício de pensar as formas como são tecidos os currículos cotidianamente e as posturas que assumimos frente aos nossos estudantes e as suas e nossas “ignorâncias” (SANTOS, 2001). Nesse sentido, o artigo explora o relato para pensar a potência das noções de usos dos praticantes e de currículo-como-experiência-vivida para redimensionar o valor do trabalho dos professores; coteja a ideia de embichamento (PINAR, 2007) como prática curricular emancipatória (OLIVEIRA, 2003) e, ainda, discute brevemente a importância das narrativas como prática de pesquisa, formação e escrita curricular a partir dos estudos com os cotidianos (SUSSEKIND, 2012).