Problematiza as redes tecidas por educadores e estudantes entre os currículos e as culturas praticados nos cotidianos das escolas com as quais são realizadas as pesquisas dos autores, com o objetivo de cartografar os desdobramentos dessas redes na produção das complexas relações entre clichê, identidade e diferença. Argumenta sobre a constituição de um campo problemático que não tem a ver com a ideia de resolução de problemas, mas com algo que se aproxima do conceito de acontecimento que vai se dando junto a encontros e que resiste e combate o modelo hegemônico de pesquisa, se metamorfoseando-se e hibridizando-se para não se deixar nem nomear nem capturar em sua complexidade. Caracteriza o campo problemático a partir dos planos de composição dos movimentos de produção de dados e de realização de das referidas pesquisas, do deslocamento conceitual de identidade para processos de identificação, dos clichês produzidos nos currículos em redes e, ainda, da suspeita das análises que atribuem aos documentos curriculares prescritivos a possibilidade de apagamento da diferença nos cotidianos escolares. Assume a ideia de acaso como condição de desconstrução dos clichês nos cotidianos das escolas, na medida em que potencializa a dimensão de política e de inventividade desses cotidianos.