Com o processo de metropolização pelo qual passam os municípios brasileiros, a Educação Infantil tem sido cada vez mais necessária e posta em pauta como objeto de discussão de políticas públicas. Da mesma forma, olhares se voltam às demandas que deveriam ser respondidas por ela e, portanto, voltam-se à sua identidade. O currículo, por sua vez, tornou-se um tema nuclear da política do conhecimento e tem sido considerado ingrediente significativo na busca do desenvolvimento das nações. A área de Educação Infantil tem utilizado esse termo com reservas para definir suas políticas e atribuições específicas dessa etapa da Educação Básica. Este artigo considera que, embora a expressão currículo esteja cada vez mais presente nos textos, nas discussões e nas preocupações dos professores e pesquisadores brasileiros da Educação Infantil, essa área ainda não o assumiu como parte da sua identidade. Busca razões históricas do fato, argumentos na área do currículo para justificar o seu uso e incorporação do seu conceito à Educação Infantil, e argumenta a favor da construção de uma identidade desta que incorpore a ideia de currículo.