Este artigo analisa práticas matemáticas visuais produzidas por um grupo de alunos surdos, em uma escola estadual da região do Vale do Rio Pardo/RS. As discussões deste texto apoiam-se nas seguintes questões: Como são produzidas, por um grupo de alunos surdos, práticas matemáticas visuais? Quais implicações curriculares emergem destes modos de produção? Para tal, apoiamo-nos nos estudos sobre o currículo escolar em suas interlocuções com a Etnomatemática. A pesquisa foi realizada em uma escola referência no atendimento de alunos surdos e teve como sujeitos seis alunos surdos de uma turma do 6º ano. A produção de dados se deu a partir de: uma oficina de frações realizada com os alunos surdos e excertos do diário de campo. Os resultados da investigação nos permitiram pensar em um currículo que não se reduza apenas a tradução de conteúdos da Língua Portuguesa para a Língua de Brasileira de Sinais, mas que esteja mais atento às práticas visuais produzidas por surdos e para a convenção/criação de sinais na disciplina de Matemática.