摘要:Nos estudos da filosofia da linguagem e da lingu¨ªstica, tem tido um lugar particular, por raz.es diversas, a quest.o do nome pr¨®prio. Do ponto de vista da lingu¨ªstica e da gram¨¢tica costuma-se distinguir os nomes pr¨®prios dos nomes comuns e para isso apresentam-se certas constru..es poss¨ªveis com nomes comuns e imposs¨ªveis com nome pr¨®prio. Por exemplo, se diz que o nome pr¨®prio n.o pode receber um determinante. Neste caso como em outros ¨¦ sempre poss¨ªvel mostrar que h¨¢ condições em que isso pode ocorrer 1 . H¨¢ entre os linguistas aqueles que consideram que a diferen.a entre nome pr¨®prio e nome comum n.o ¨¦ de natureza, mas de grau, ¨¦ o caso, por exemplo de Br¨¦al (1897, cap. XVIII). Por outro lado, e ligado a esse tipo de considera..o, a filosofia da linguagem carrega dentro de suas discuss.es um quest.o cujos limites s.o tamb¨¦m dif¨ªceis de estabelecer: o nome pr¨®prio tem ou n.o tem sentido. De um lado est¨¢, por exemplo, a posição de S. Mill (1843), para quem o nome pr¨®prio n.o significa (ele diz n.o conota), o nome pr¨®prio s¨® refere (ele diz denota). De outro lado est¨¢ a posição de Frege (1892) para quem tanto os nomes comuns como os nomes pr¨®prios t¨ºm sentido e refer¨ºncia. E na medida em que um nome pr¨®prio tem sentido, descreve algo, ele refere a este algo. Numa posi..o at¨¦ certo ponto intermedi¨¢ria, se coloca, por exemplo, Searle (1958, 1969, p. 214-229), que vai dizer que toda vez que um nome pr¨®prio ¨¦ usado ele se liga a um conjunto de enunciados a que est¨¢ relacionado, e assim ele significa na situação de seu uso, em virtude desta rela..o. Assim ,para Searle, em certa medida, os nomes pr¨®prios t¨ºm sentido por estarem associados a enunciados descritivos, mas seu sentido ¨¦ impreciso. Por outro lado os nomes pr¨®prios referem independentemente deste sentido.