摘要:RESUMO Aproximadamente 90% da população no noroeste da Amazônia é composta de grupos indígenas e o acesso deles aos serviços de saúde ainda é um desafio. O objetivo deste estudo foi determinar a frequência de parasitos em dois grupos indígenas (Baré e Baniwa) no noroeste da Amazônia. Amostras de fezes de 270 indivíduos (199 Baniwa e 71 Baré) foram analisadas pelos métodos de Richie e sedimentação espontânea. Foram determinadas diferenças estatísticas entre as proporções de indivíduos infectados com base no sexo, idade e etnia. Todos os indivíduos estavam infectados por protozoários ou helmintos. Os parasitos mais frequentes nos índios foram Ascaris lumbricoides (73%), Entamoeba spp. (53%), e Giardia intestinalis (48%). Protozoários parasitos foram mais comuns entre as crianças com idade entre 0-12 anos; no entanto, a frequência de ancilostomídeos e A. lumbricoides foi maior em adultos. Não houve diferenças significativas nas frequências de parasitos entre os diferentes sexos ou grupos étnicos. Infecções mistas por duas ou mais espécies de protozoários e/ou helmintos foram detectadas em 96% dos indivíduos. Um indivíduo estava infectado por 14 espécies. Uma alta frequência de parasitos intestinais foi encontrada em indígenas dos grupos Baré e Baniwa. Melhorias dos programas de infra-estrutura e educação em saúde são necessárias para reduzir o risco de infecção por parasitos intestinais.
其他摘要:ABSTRACT Approximately 90% of the population in the northwestern Amazonia is composed of indigenous people and their healthcare is still a challenge. The objective of this study was to determine the frequency of parasites in two indigenous ethnic groups (Baré and Baniwa) in northwestern Amazonia. Stool samples from 270 individuals (199 Baniwa and 71 Baré) were analyzed using Richie's method and the spontaneous sedimentation method. Statistical differences among the proportions of infected individuals based on gender, age, and ethnicity were determined. All individuals were infected by protozoans or helminths. The most frequent parasites in the indigenous people were Ascaris lumbricoides (73%), Entamoeba spp. (53%), and Giardia intestinalis (48%). Protozoan parasites were more common among children aged 0-12 years; however, the frequency of helminths, such as hookworms and A. lumbricoides, was higher in adults. There were no significant differences in parasite frequencies between different genders or ethnic groups. Mixed infections by two or more protozoan and/or helminth species were detected in 96% of individuals. One individual was infected by 14 species. A high frequency of intestinal parasites was found in Baré and Baniwa ethnic groups. Improvements to infrastructure and health education programs are required to reduce risk of infection by intestinal parasites.