出版社:Faculdade de Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
摘要:Houve uma proliferação de estudos que atribuem um operador pluracional a leituras de eventos plurais de várias estruturas que antes recebiam uma abordagem não-pluracional, como, por exemplo, imperfectivos, progressivos e habituais (Bertinetto, Lenci, 2012). O rótulo pluracional, entretanto, tem sido usado de forma inconsistente na literatura, gerando conflitos sobre a natureza da pluracionalidade e como figura no quadro maior de pluralidade de eventos. O foco deste trabalho é o pretérito perfeito composto no português brasileiro, que também já recebeu o tratamento pluracional. Neste artigo, sugere-se uma abordagem que dê conta da pluralidade sem recorrer à pluracionalidade. A semântica de argumentos plurais mostra que nenhuma condição proposta para a definição de pluracionalidade se sustenta na definição do pretérito perfeito composto. Dado esse insight, assuma-se plurais essenciais, de Schein (1993), para poder reformular a questão da pluralidade sem referência à pluracionalidade, mantendo, ao mesmo tempo, as intuições de uma semântica baseada em eventos. ******************************************************************** On the plurality of events and essential plurals Abstract: There has been a proliferation of studies attributing pluractional operators to plural event readings of a variety of structures that have previously been treated in a non-pluractional manner, such as imperfectives, progressives and habituals (Bertinetto, Lenci, 2012). The pluractional label, however, has been used in a non-systematic manner across the literature, generating conflicting conceptions of what exactly pluractionality is and how it figures into the larger picture of event plurality. The focus of this paper is the present perfect in Brazilian Portuguese, which has also recently been receiving the pluractional treatment. The present paper suggests an exercise in accounting for plurality without appealing to pluractionality. The semantics of plural arguments show that none of the conditions proposed in the definition of pluractionality can be maintained for the present perfect. Given the insight provided by plurals, we assume essential plurals, by Schein (1993), in order to recast the issue of plurality without reference to pluractionality, while maintaining intuitions captured by event-based semantics. Keywords: Present perfect; Events; Plurals; New-davidsonian semantics; Pluractionality