出版社：Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
摘要：A ciência e a tecnologia ocupam um lugar fundamental e insubstituível na construção da realidade sociocultural atual. Estão ligadas ao destino da vida humana, sendo que o ser do homem está marcado cada vez mais pela ciência e a depender dela em sua efetivação. Porém, do expressivo avanço científico tecnológico advém um dilema que penetra o âmago da realidade sociocultural humana. O homem contemporâneo, por um lado, sente-se orgulhoso de ter superado a pura facticidade existencial de uma vida simplesmente inserida em crenças tradicionais, assumindo, por sua vez, a consciência de seu processo de autoconstrução e uma vida eminentemente racionalizada, mas, por outro, ele não consegue superar e ultrapassar a vigência histórica da normatividade da comunidade humana histórica na qual ele está inserido. Contudo, percebendo-se que o progresso científicotecnológico avança rapidamente, exigindo, pois, um novo espectro do raciocínio ético da ação, dimensão esta desconhecida a todas as formas precedentes de ação e reflexão, constata-se certo descompasso entre os avanços da ciência e da tecnologia com o alcance da reflexão e da práxis do agir ético, especialmente, depois que a ciência e a técnica ampliaram a margem de liberdade e autonomia a ponto de ser possível afirmar, depois de um desencantamento da natureza externa, agora, uma espécie de um novo encantamento com a natureza interna. À luz dessa nova conjuntura sociocultural, tem-se o propósito de remontar à Fundamentação da metafísica dos costumes de Kant na segunda formulação do imperativo categórico, humanidade como fim, a fim de investigar se a mesma, por um lado, pode ser aproximada à compreensão do fim último e do fim final no processo de moralização na Crítica do juízo, e, por outro lado, se tal formulação pode ser ancoradouro razoável à discussão ética contemporânea de espectro em nentemente científico.
其他摘要：Science and technology play a fundamental and irreplaceable place in the construction of the current socio-cultural reality. They are linked to the destiny of human life, and man’s being is marked increasingly by science and depends on it for its enforcement. However, from the significant scientific and technological advancement comes a dilemma that penetrates the core of human socio-cultural reality. Modern man, on the one hand, feels proud to have overcome the pure existential factuality of a lifetime simply inserted into traditional beliefs, assuming, in turn, awareness of his/her self process and a highly streamlined life, but on the other hand, he/she can’t overcome and surpass the historical validity of the normativity of the historical human community in which he/she is inserted. However, realizing that the scientific-technological progress advances rapidly, requiring, therefore, a new spectrum of ethical reasoning action, an unknown dimension to all previous forms of action and reflection, there has been a certain gap between advances in science and technology and the scope of reflection and practice of ethical behavior, especially after the science and technique increased the degree of freedom and autonomy as to be possible to say, after a disenchantment of external nature, now, a kind of a new enchantment with the inner nature. In light of this new socio-cultural environment, there is the purpose of reassembling in Kant’s Groundwork of the Metaphysic of Morals in the second formulation of the categorical imperative, humanity as an end in order to investigate whether the same on the one hand, can be approximated to understanding the ultimate and final end to the moralization process in the Critique of Judgment, and, on the other hand, if such a formulation may be a reasonable anchorage for contemporary ethical discussion in an eminently scientific spectrum.
