摘要:O presente texto traz para análise as aproximações e os desdobramentos entre dois modelos de universidade: o modelo clássico, gestado no contexto histórico e sociocultural europeu do início do século XIX, e o modelo brasileiro, criado nos anos 1920 e 1930 do século passado. O ideário da universidade clássica assenta-se nos pressupostos da modernidade, entre os quais, o humanismo secular, a racionalidade técnico-científica, os ideais iluministas da liberdade e da autonomia e a crença no poder da razão. Por sua vez, o ideário da universidade brasileiro ora se aproxima do marco conceitual assumido pela universidade clássica, em seu modelo francês-napoleônico, ora assume a concepção e princípios subjacentes à universidade clássica, em seu modelo alemão-humboldtiano. O estudo permitiu chegar a duas considerações finais: as características do modelo francês-napoleônico de universidade aproximam-se, claramente, das características do modelo brasileiro representado por universidades cujo escopo se reduz à missão de formar profissionais para o mercado de trabalho, como foi o caso da criação da Universidade do Rio de Janeiro, em 1920; por sua vez, as características do modelo alemão-humboldtiano de universidade são encontradas no modelo brasileiro representado pela Universidade de São Paulo (1934), até hoje reconhecida como um modelo de universidade de pesquisa integrada ao ensino.Palavras-chave: Modelo de universidade. Universidade clássica. Universidade brasileira.