摘要:Resumo O diagnóstico de câncer frequentemente suscita a consciência da possibilidade de morte. Admitir a morte na infância implica considerar que o ciclo vital se inverteu e que crianças também morrem. O objetivo deste estudo foi compreender os significados que mães de crianças que terminaram o tratamento oncológico atribuem à morte de outras crianças com câncer vivenciada no contexto hospitalar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com fundamentação fenomenológica. Foram realizadas entrevistas com sete mães cujos filhos haviam concluído tratamento em hospital terciário do interior paulista, audiogravadas e transcritas para análise compreensiva dos relatos. A compreensão do fenômeno estudado evidenciou que, quando as mães recordavam a morte de uma criança com câncer no hospital, significavam esse acontecimento com intensos sentimentos de frustração, tristeza e sofrimento. As participantes relataram de forma explícita que sentiam medo diante da morte de uma criança no hospital, pois isso as fazia pensar na possibilidade de morte do próprio filho ou da recidiva da doença.
其他摘要:Abstract Cancer diagnosis often leads to fear of death. Facing the death of children implies admitting the reversal of life cycle and that children also die. The aim of this study was to understand the significance attributed by mothers whosechildren have completed cancer treatment to the death of other children undergoing cancer treatment at the hospital. This is a qualitative phenomenological research. Individual in-depth interviews were conducted with seven mothers of children who had already completed oncologic treatment at a tertiary hospital in São Paulo State, Brazil. The interviews were audio recorded and transcribed for comprehensive analysis of recorded data. The understanding of the phenomenon studied shows that when the mothers recalled the death of a child with cancer at the hospital, the significance they attributed to that event was expressed with strong feelings of frustration, sorrow, and pain. The participants explicitly reported feeling fear whenever a child died at the hospital because it made them think about the possibility of their own child's death or relapse of the disease.