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文章基本信息

  • 标题:Startups in the way of a possible Organizational Educomunication: First Act/ Comunicacao/educacao nas organizacoes? Primeiro ato de uma metodologia de analise aplicada junto a startups.
  • 作者:Palmerston, Virginia Borges ; Braighi, Antonio Augusto
  • 期刊名称:Revista Famecos - Midia, Cultura e Tecnologia
  • 印刷版ISSN:1415-0549
  • 出版年度:2015
  • 期号:October
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Editora da PUCRS
  • 摘要:O Centro Universitario de Belo Horizonte (UniBH) criou em 2013 um grupo de pesquisas em Educomunicacao, tendo, em uma das linhas de investigacao, o objetivo de desenvolver pesquisas sobre a inter-relacao Comunicacao/Educacao no ambito das organizacoes que tenham a formacao e a transformacao pelo conhecimento como constitutivas de determinadas atividades e interacoes sociais.
  • 关键词:New business enterprises;Startups

Startups in the way of a possible Organizational Educomunication: First Act/ Comunicacao/educacao nas organizacoes? Primeiro ato de uma metodologia de analise aplicada junto a startups.


Palmerston, Virginia Borges ; Braighi, Antonio Augusto


Introducao

O Centro Universitario de Belo Horizonte (UniBH) criou em 2013 um grupo de pesquisas em Educomunicacao, tendo, em uma das linhas de investigacao, o objetivo de desenvolver pesquisas sobre a inter-relacao Comunicacao/Educacao no ambito das organizacoes que tenham a formacao e a transformacao pelo conhecimento como constitutivas de determinadas atividades e interacoes sociais.

O Grupo busca compreender o potencial, meios, usos e tecnicas da Educomunicacao no envolvimento com o sujeito social, focando especificamente nas organizacoes, a fim de verificar o que pode resultar na melhor utilizacao de tais ferramentas, assim como dos dispositivos midiaticos.

Para alem da Educomunicacao, levantamos, durante quase um ano, conceitos primordiais para nosso estudo, tais como: organizacoes e sujeitos aprendentes e organizacoes de aprendizagem. Com base nesses, realizamos um mapeamento de empresas instaladas na capital mineira que empregassem acoes de vies educomunicativo e/ou de aprendizagem organizacional. Apesar de algumas organizacoes afirmarem que realizam tais praticas, investigando mais a fundo, percebeu-se que a educacao era parte constitutiva apenas de seus objetivos comerciais, como treinamentos, cursos de formacao, entre outros. Partimos, pois, para o primeiro ato de nossa investigacao e encontramos nas startups um potencial corpora para aplicacao das categorias levantadas pelo grupo e, em seguida, para a verificacao dos resultados.

Neste artigo apresentamos o resultado desse primeiro momento em que cruzamos teorias com a pratica, quando observamos, na primeira startup pesquisada, a Samba Tech, sete categorias fundamentadas em levantamento teorico anterior. O resultado desse trabalho aponta para uma serie de particularidades desse tipo de empresa, sinalizando uma possivel "Educomunicacao Organizacional".

Revendo os conceitos

Em estudo anterior (Palmerston e outros, 2013) ja haviamos apresentado os conceitos de Educomunicacao e de Organizacoes Aprendentes. No entanto, consideramos importante revisita-los aqui, ate para uma necessaria reorganizacao das perspectivas e para a demonstracao da estrutura metodologica que fundamenta a analise apresentada ao final.

Educomunicacao

A definicao clara e delimitada do conceito de Educomunicacao parece ser um desafio para os pesquisadores da area. Ve-se, porem, como um dos principais expoentes, o professor Ismar Soares. De forma didatica, ele se alvitrou a responder tal questao.

Educomunicacao define-se como um conjunto das acoes destinadas [...] 1--integrar as praticas educativas o estudo sistematico dos sistemas de comunicacao [...]; 2--criar e fortalecer ecossistemas comunicativos em espacos educativos [...]; 3--melhorar o coeficiente expressivo e comunicativo das acoes educativas [...] observados alguns procedimentos sem o quais fica irreconhecivel, entre os quais estes: a) E necessario prever e planejar \'conjuntos de acoes\; no contexto do plano pedagogico das escolas, e nao acoes isoladas [...]; b) Todo planejamento deve ser participativo envolvendo todas as pessoas envolvidas como agentes ou beneficiarias das acoes [...]; c) As relacoes de comunicacao devem ser sempre francas e abertas (a educomunicacao busca rever os conceitos tradicionais de comunicacao, como se existisse apenas para persuadir ou fazer a boa imagem dos que detem poder e fama. Aqui, a comunicacao e feita para socializar e criar consensos); d) O objetivo principal e o crescimento da auto-estima e da capacidade de expressao das pessoas, como individuos e como grupo (Soares, 2014, p.1-2) (2).

Como se ve, a Educomunicacao tem como norte o desenvolvimento da perspectiva da leitura critica, freireana, de modo a despertar consciencia social, cultural, humana, de forma ampla (Soares, 1999). Surge um "[...] referencialteorico que sustenta a inter-relacao comunicacao/educacao como campo de dialogo, espaco para o conhecimento critico e criativo, para a cidadania e a solidariedade" (Soares, 2004, p.12). No entanto, durante algum tempo, o conceito Educomunicacao significou apenas educacao para a midia, numa perspectiva de formacao do senso critico dos meios de comunicacao, o que ainda permanece, mas com vies ampliado.

Outro desafio do campo comunicacao/educacao e observar de maneira critica que a realidade em que vivemos e uma realidade mediada e mediatizada, reconhecendo-se "a forte incidencia dos meios em combinacao com as demais agencias de socializacao sobre a tessitura da cultura, sobre a realidade social". (Baccega, 2011, p. 36).

Dolabella (2010, p.124) lembra que o principal sistema de informacao da sociedade contemporanea e composto pelos veiculos de comunicacao; materiais simbolicos de grande circulacao e penetracao social que produzem efeitos de sentido diversos. Para a autora, e justamente por isso que essa instancia permitiria a ocorrencia de aprendizagens. Nessa dinamica a fonte de saberes e conhecimento seria a propria sociedade e o sistema de circulacao o mediatico.

Baccega (2011) salienta que o que se deve constatar e que os meios de comunicacao tambem se configuram como educadores e a construcao de cidadania passa igualmente por eles. Por esse motivo, a autora entende que a Educomunicacao inclui, mas, nao se restringe a busca de educacao para a midia, tampouco a utilizacao das ferramentas tecnologicas no processo ensinoaprendizagem. Comunicacao/Educacao deve ser observada e entendida como uma area do conhecimento que poe em discussao

o lugar que ela ocupa na formacao dos alunos, dos cidadaos, da sociedade contemporanea nos varios ambitos: da circulacao de informacoes a mudanca dos conceitos de tempo/espaco, a modificacao na producao e sua influencia sobre o consumo e o mercado de trabalho (Baccega, 2011, p.34-35).

Ainda segundo as ideias de Baccega (2011), o que de forma mais ampla a area teria como intento entao, a partir do reconhecimento das constantes mudancas sociais, e o desenvolvimento dos sujeitos por inteiro, atraves da manipulacao dos meios para os fins de formacao, nao apenas capacitando os individuos, mas procurando torna-los autores do seu proprio processo de transformacao, via aprendizagem.

De acordo com a autora, os ambientes de aprendizagem ha muito ja ultrapassaram as paredes das escolas. Esse processo pode e deve ser estimulado nao apenas na e pelas instituicoes de ensino, formais, mas por outros tipos de organizacoes e plataformas, atraves da dinamica nao-formal e informal. Pensando na logica academica, Baccega (2011) nos diz que o objetivo da educomunicacao tambem e proporcionar o interesse atraves da criacao de autonomia do aluno, isso por meio da visao de que o colegio deve trabalhar formulas que tragam sentido a vida do estudante--e o professor levar em conta os conhecimentos diversos dos discentes.

Subvertemos essa logica para pensar nas empresas, indagando que essa perspectiva nao seria diferente. A educomunicacao organizacional deveria dar liberdade ao funcionario e estimulo para o desenvolvimento da proatividade, reconhecendo paralelamente suas limitacoes e potencialidades, assim como sua historia de vida e sua bagagem cultural, de modo tal que este perceba o seu local de trabalho enquanto instancia para o crescimento pessoal e nao apenas profissional.

Entendemos que as empresas poderiam ser suportes para essa dinamica, convertendo-se em verdadeiros ecossistemas comunicacionais, destacados por Soares (2004). Isso, uma vez que, pela propria relacao dos individuos, em um tempo-espaco que lhes ocupa atencao e envolvimento em grande parte do dia, ja gera aprendizagem informal. Bastaria apenas que as empresas provessem atividades, espacos, estimulos e, mais importante, consciencia (atraves de missao, visao, valores e, acima de tudo, comportamentos), para que essa ambiencia fosse criada efetivamente, facilitando a circulacao de saberes e as condicoes para que um processo educomunicativo fosse desenvolvido.

Entretanto, alguns problemas ja se colocam. Em entrevista, o professor Ismar Soares (2014) apresenta uma visao um tanto pessimista, demonstrando entraves quanto a possibilidade de desenvolvimento da Educomunicacao nas empresas. Ha um esforco de educacao corporativa (verticalizado) que remete a potencializacao de caracteristicas (do empregado) que sao importantes para o trabalho (e nao para o sujeito ou sociedade).

A educomunicacao nao tem muito a ver com essa perspectiva tradicional porque parte do principio que o aprendiz e um criador, um inovador, e pode colaborar no processo educativo. Ela nao e realizada plenamente devido a existencia de hierarquia e expectativa estabelecidas pelas empresas com relacao ao comportamento dos funcionarios (Veroneze, 2008).

A ideia, no entanto, e a de que as empresas se reposicionem em relacao a dinamica de capacitacao, sem abrir mao das plataformas de instrucao. Para isso, e preciso horizontalizar as relacoes, permitir que o interlocutor exista tambem enquanto produtor--a se expressar culturalmente, alem de reconhecer e compreender as caracteristicas socioculturais dos funcionarios para adequar as relacoes/metodologias de trabalho por meio de um processo construtivo/ participativo (Veroneze, 2008).

Contudo, essa entrevista do professor Soares e um dos raros registros que se encontram com uma discussao pontual acerca da aplicabilidade da Educomunicacao nas instituicoes. Nao se localizam com facilidade estudos direcionados ao inter-relacionamento de teorias, tampouco interessados em observar a dinamica das organizacoes educomunicativas. Isso na perspectiva da Educomunicacao, pois, paralelamente, correm os estudos relacionados ao conceito de organizacoes aprendentes, que fundamentam uma serie de analises da area de gestao.

Nao so por isso que se envereda aqui para uma estrutura metodologica interdisciplinar. Isso e, com base em Japiassu (1976), entende-se que essa vertente vem do reconhecimento parcial, particular ou restritivo de uma determinada disciplina, o que se teria quando nao se enxergam adaptacoes para a analise e/ ou realizacao de praticas educomunicativas no meio empresarial. Entretanto, ja ha uma base, ou um "conjunto de pesquisas especialistas" nesta area, que fundamentam o olhar para as relacoes nas organizacoes. A terceira vertente para uma construcao da interdisciplinaridade e justamente o proposito de resolver um problema social a partir do concurso (paralelismo complementar) com mais uma area: as organizacoes aprendentes.

De todo modo, tambem damos seguimento a prescricao de Soares (2004, p.22), de que, para a Educomunicacao, seria com "a interdiscursividade, vale dizer, o dialogo com outros discursos, e a garantia da sobrevivencia do novo campo e de cada uma das areas de intervencao, ao mesmo tempo que vai permitindo a construcao de sua especificidade".

Organizacoes Aprendentes

As Organizacoes Aprendentes tem um conceito classico, encontrado com recorrencia em estudos sobre o tema. A definicao foi elaborada por Peter Senge (2009), afirmando que este tipo de empresa representa o lugar em que

pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente desejam, em que se estimulam padroes de pensamento novos e abrangentes, a aspiracao coletiva ganha liberdade e as pessoas aprendem continuamente a aprender juntas (Senge, 2009, p.27-28).

Ora, a primeira observacao e justamente sobre o ponto para o qual Senge (2009) lanca sua discussao. Ainda que as nocoes sejam utilizaveis em qualquer grupo organizado com determinado proposito em comum, o autor estrutura "as cinco disciplinas" em torno de sua aplicabilidade na gestao de companhias, o que poderia ser visto de forma limitada, e ate estereotipada, por quem defende a Educomunicacao.

Mas isso nao deve ser visto de forma negativa. Para o filosofo brasileiro Hugo Assmann (1998), que cita inclusive Senge, logicas mais amplas de aprendizagem, sejam elas nas empresas ou em qualquer organizacao, "implicam numa redignificacao, personalizada e coletiva, dos sujeitos aprendentes. Isto significa que tanto os individuos envolvidos como a propria dinamica dos conjuntos organizacionais precisam impregnar-se de um novo humanismo." (Assmann, 1998, p.89--grifos no original).

Esse novo humanismo, defendido por Assmann (1998), talvez seja a principal barreira no mundo dos negocios e uma das frentes basilares de constituicao de estereotipos para quem nao acredita que uma relacao baseada na cidadania possa existir nas empresas. Outra condicao complexa e que, para a existencia de processos verdadeiramente transparentes, humanos, de troca, deve haver um envolvimento individual e proativo (ainda que condicoes/ suportes possam e devam ser criados), baseado no interesse do fim em si mesmo, e nao na recompensa ou na punicao em fazer ou deixar de fazer.

Isso coloca a exigencia de combinacoes complexas entre motivacao intrinseca individualizada e motivacoes extrinsecas, consensuais ou nao. Os graus e variedades dessas combinacoes sempre influenciaram de maneira evolutiva ou regressiva as aprendizagens possiveis e, em decorrencia, a propria vitalidade desse tipo de organizacoes (Assmann, 1998, p.87).

Para a efetiva organizacao aprendente, entao, nao se trataria apenas de um trabalho de Comunicacao Interna com vistas a um bom clima organizacional; essa e apenas uma condicao planificada para que os processos possam existir. Na mesma medida, e preciso que haja uma preocupacao paulatina com os aspectos relacionados a cidadania (ao reconhecimento do funcionario, na empresa, como um ser complexo, sujeito de direitos e deveres, que pensa e sente multifacetado, atravessado por aspectos sociais, politicos, culturais, economicos, entre outros), nao apenas no papel (missao e visao) ou no discurso, mas na pratica.

Cabe perguntar se e possivel avancar nessa direcao [desenvolvimento da motivacao intrinseca] mediante meras simulacoes virtuais ou se o discurso sobre um novo "clima organizacional" necessario para que surjam "contextos aprendentes" precisa cumprir o pre-requisito de levar a serio a dignidade humana dos envolvidos (Assmann, 1998, p.89).

Ha, no entanto, problemas acerca do limite do conceito. De acordo com o estudo realizado recentemente por Martins (2014), a falta de definicoes mais claras faz com que a linha entre organizacoes aprendentes (ou organizacoes de aprendizagem) seja tenue em relacao a aprendizagem organizacional. Enquanto a primeira, foco de nosso estudo, trabalha "com modelos ciclicos de aprendizagem, considerando-a como um processo continuo que cria melhorias e que deve sempre ser conscientemente planejado", a segunda gira em torno, desde a decada de 1970, da "descoberta de que o conhecimento e um dos recursos mais significativos da sociedade contemporanea e por isso tratava-se de um processo a ser gerenciado como qualquer outro processo organizacional" (Martins, 2014, p. 46-47)3.

Uma critica de interesse, presente em Martins (2014), e a de que, muito embora isso nao fique evidente, na obra de Senge (2009) haveria uma tentativa de controle, na medida mesma em que o intuito primeiro do modelo de organizacao aprendente seria avaliar como as pessoas pensam e se comportam para fazer brotar a aprendizagem com vistas a melhoria da habilidade empresarial, com base nas proprias experiencias e expectativas da companhia.

Tal perspectiva seria reforcada por Easterby-Smith, Burgoyne e Araujo (2001), que afirmaram que "a concepcao de aprendizagem como 'modelo', pressupoe que todos os individuos desenvolvam a aprendizagem segundo um mesmo roteiro preestabelecido" (Martins, 2014, p. 47), o que vai justamente contra as perspectivas da Educomunicacao.

Na linha de Senge (2009), segundo Martins (2014), viriam ainda David Garvin (1992), Kolb (1997), Marquardt (1996), entre outros. Ha entao visoes diversas sobre organizacoes que aprendem. Algumas delas mais simplificadas, como a encontrada em Garvin (1992), afirmando que estas estariam aptas a criar, adquirir e transferir conhecimentos, promovendo modificacoes em seus comportamentos de maneira a refletir esses novos conhecimentos. Isso, no entanto, seria apenas parte do processo de aprendizagem organizacional. McGee e Prusak (1994) reforcam, na mesma linha, que o importante e que esse tipo de instituicao seja mais explicita, sistematica e eficiente no aprendizado.

Haveria contradicoes, como entre Sequeira (2008) e Kim (1993). Enquanto que, para o primeiro estudo, a aprendizagem organizacional e um tipo de conceito metaforico baseado na aprendizagem individual, alvo do desenvolvimento de diferentes perspectivas de estudo como a behaviorista e a cognitivista, para o segundo, a aprendizagem organizacional apresenta maiores niveis de complexidade e dinamismo do que a individual. O que e comum a todos parece ser a forma ciclica como a aprendizagem influencia os sujeitos e a organizacao. Para Bhatt (2000, citado por Martins, 2014, p.47), "o conhecimento nao esta exclusivamente presente nos individuos nem na organizacao, mas distribuido em cada um deles, ou seja, ambos sao complementares".

Vale ainda, como leitura complementar ao conceito de Organizacoes Aprendentes, verificar Pedler, Burgoyne e Boydell (1996) e Garvin (2000). Retomando Senge (2009), para que uma organizacao se qualifique como de aprendizagem, esta devera atender a cinco componentes, chamados por ele de disciplinas, que devem ser desenvolvidas separadamente, mas que sao, individualmente, fundamentais para o sucesso das outras quatro.

Nesse caso, disciplina significa um conjunto de tecnicas a serem estudadas e dominadas para serem praticadas. A pratica e proposta como um caminho importante para que o sujeito se torne competente em determinada disciplina. As disciplinas sao:

* O dominio pessoal, definido pelo autor como base espiritual de uma organizacao de aprendizagem;

* Os modelos mentais, que sao ideias profundamente arraigadas, generalizacoes ou imagens que influenciam no modo de compreender o mundo e as proprias atitudes;

* O Objetivo comum (ou visao compartilhada), nascendo sempre dos objetivos pessoais--por isso as organizacoes que pretendem construir os primeiros encorajam os individuos a desenvolverem seus objetivos individuais;

* A aprendizagem em grupo--processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade de um grupo criar os resultados que os membros desejam;

* E, o raciocinio sistemico--que preve a capacidade de identificar interrelacoes no lugar de cadeias lineares de causa e efeito e ver processos de mudanca ao inves daqueles instantaneos. Essa e a base da organizacao que aprende. E importante que as disciplinas trabalhem juntas (Senge, 2009).

No entanto, ha uma concepcao comum, presente em correntes de estudos da area, de que o conhecimento organizacional vem de uma construcao coletiva. Assim, a ideia de que a enfase das pesquisas que pretendem avaliar a aprendizagem organizacional (e ate as organizacoes aprendentes) e uma tonica que deve estar no processo. E nessa linha que, ao menos a priori, construimos a inter-relacao das organizacoes aprendentes com a Educomunicacao, procurando nos dedicar mais a analise do ambiente, nos processos de construcao de significados, na abertura e intentos de mudanca e nos ciclos e niveis que facilitam e potencializam a aprendizagem enquanto ferramenta de desenvolvimento dos sujeitos, quais sejam, em seus respectivos locais de trabalho.

A inter-relacao

Diante das problematicas expostas (e de uma ampla leitura anterior) percebe-se o cruzamento de nortes da Educomunicacao com preceitos das organizacoes aprendentes. Podem-se listar principalmente os que seguem abaixo. Estes sete pontos foram tratados com mais profundidade em Palmerston e outros (2013).

1. Posicionamento/Valorizacao do Sujeito;

2. Comportamento Criativo Libertatorio;

3. Dialogo;

4. Uso de tecnologias;

5. Presenca do outro;

6. Cidadania como norte;

7. Empresa (ou qualquer organizacao) como organismo vivo e nao como maquina.

Startups

O termo startup, nosso objeto de estudo, significa, segundo a Associacao Brasileira de Startups (ABSTARTUPS, 2014), uma "empresa, ou negocio, de base tecnologica, que nasce com uma ideia inovadora e esta em busca de um modelo de negocios repetivel e escalavel". Na maioria das vezes, essas empresas sao novas no mercado e estao na etapa de expansao, estudo e analise. As startups procuram sempre inovar, e, frente a um problema, buscam encontrar uma solucao diferenciada. Grande parte dessas empresas e formada por jovens, que pretendem oferecer recursos criativos para as mais diversas necessidades, por meio de projetos promissores, geralmente relacionados a tecnologia.

As startups sugiram nos Estados Unidos nos anos de 1990 e de la pra ca vem ocupando uma fatia consideravel do mercado. Sao empresas que buscam, principalmente com a internet, revolucionar as fronteiras de criacao, com tecnologias e conviccoes que facilitem o dia a dia da sociedade e tragam lucros.

Uma pesquisa da Fundacao Dom Cabral (2014, p. 25) mostra que, no Brasil, grandes organizacoes tem se inserido nessas empresas iniciantes, agindo efetivamente na cadeia produtiva, ja que se utilizam das startups como fornecedoras de tecnologia especifica. Essa pratica tem influenciado diretamente na criacao de um maior numero de empresas do tipo no pais. Em Belo Horizonte, um grupo de empreendedores criou a San Pedro Valley, uma comunidade de startups que se localiza, principalmente, no bairro de Sao Pedro, na zona sul da capital mineira. Esse grupo surgiu espontaneamente, em encontros ocasionais de jovens empresarios, em cafes e ruas do bairro, quando, nas ocasioes, brincavam que a regiao era o correspondente ao Vale do Silicio nos EUA, onde se concentra o maior numero de startups.

Entretanto, uma quantidade significativa de instituicoes do genero se originou e concentrou-se mais fortemente em Sao Paulo e no Rio de Janeiro. Nao obstante, Belo Horizonte, cidade que abriga tambem nosso grupo de pesquisa, tem pessoas e empresas capacitadas para transformar, o que ja vem acontecendo, a capital mineira em uma cidade de negocios promissores, no ramo da tecnologia.

E o que afirma Pedro Filizolla (2013), gerente de comunicacao da Samba Tech, ratificando que, alem de ter um custo de vida menor do que das capitais paulista e carioca, Belo Horizonte tem um novo polo dos ecossistemas de startups que vem sendo reconhecido no mundo todo. A San Pedro Valley ja foi noticia nos jornais The Economist, no The Next Web. Isso mostra o avanco da capital mineira em meio as maiores e mais importantes cidades do pais. Em consonancia com esse fato, o numero de startups no Brasil cresce a cada ano, sendo que em 2012 ultrapassou a marca de dez mil (PROPMARK, 2014).

A Samba Tech

Tomando como recorte apenas uma startup, optamos por analisar uma das mais representativas empresas deste cenario, a Samba Tech, que esta entre as principais do pais. A organizacao se destaca por ser a unica empresa do pais a produzir plataformas de video para clientes corporativos.

Com mais de 70 funcionarios, alocados em tres escritorios, nas capitais mineira e paulista, a Samba e uma das empresas fundadoras da San Pedro Valley. Ja atendeu e atende clientes expressivos como as emissoras de TV Globo e SBT, as operadoras Tim e Oi, a linha de produtos de beleza Boticario, os institutos de educacao Estacio, Anhanguera e Newton Paiva, entre outros. Vencedora de diversos premios nacionais e internacionais, como "MITTechnology Review Brasil", de empresa mais inovadora antes de 35 anos no mercado, e o "Most Innovative Companies in Latin America--Fastcompany", premio de empresa mais inovadora do continente.

A Samba Tech foi criada por Gustavo Caetano, em 2004. Na ocasiao, a startup desenvolvia jogos para celulares. Atuando em um mercado em ascensao, a empresa cresceu e chegou a distribuir os produtos em toda a America Latina, tendo escritorios no Chile e na Argentina. Em 2007, motivado pela percepcao das dificuldades em que ganhar escala com o negocio, em funcao do dominio do mercado por grandes empresas, Caetano decidiu mudar o ramo de atuacao e passou a trabalhar no desenvolvimento de plataformas digitais para videos on-line.

Entrevista com a SambaTech

Uma entrevista, balizada pelas perspectivas de pesquisa qualitativa, em profundidade, foi realizada com o gerente Pedro Filizolla, no dia 25 de abril de 2013. A estrutura do questionario, nao estruturado, foi baseada nos sete pontos de convergencia estabelecidos entre Educomunicacao e Organizacoes Aprendentes, apresentados anteriormente neste trabalho. A seguir, relacionamse, atraves de uma breve analise descritiva, os principais achados desta inquiricao.

Analise

Uma das principais diferencas entre as praticas tradicionais de organizacao do trabalho e as startups e o lugar ocupado pelo sujeito na empresa. Na Samba Tech nota-se que os sujeitos ocupam certa centralidade. Isso nao significa que o lucro nao seja importante. Como em qualquer empresa, ele e a finalidade do negocio. Mas isso nao impede que o sujeito seja visto em sua totalidade, com necessidades e interesses proprios.

A Samba promove, por exemplo, o Samba Elects, projeto no qual uma pessoa de cada area, que nao seja diretora ou gerente, e eleita para apontar melhorias para a empresa em diversos aspectos, nao apenas ligados ao objetivo fim, mas inclusive em relacao aos processos e em como eles afetam na lida diaria dos colaboradores, no que se refere em como sao afetados profissionalmente e pessoalmente por determinadas dinamicas da empresa. A preocupacao em ouvir o que pensam os funcionarios e uma maneira de valorizar o que pensa e sente o sujeito. Na Samba Tech, nas palavras de Filizolla (2013), a proposta e romper as barreiras do escritorio, oferecendo solucoes eficientes para o mercado, com um clima de trabalho descontraido e criativo.

Para tanto, o espaco para o dialogo e um das caracteristicas fortes no ambiente da Samba Tech. As relacoes hierarquicas horizontais existentes no cotidiano de trabalho da empresa reforcam esse ponto de vista (ainda que a estrutura seja vertical, ha um achatamento da piramide). Na Samba existem niveis hierarquicos, mas eles sao mais diretamente relacionados com a divisao estrategica das funcoes e responsabilidades do que com autoridade. Por isso, o transito dos profissionais nessa cadeia acontece de maneira fluida. Mas os relacionamentos diretos, mediados pelo dialogo continuo, acontecem em todas as esferas. Estagiarios, profissionais, gerentes e diretores conversam diretamente sobre todos os assuntos, sem barreiras.

Para Filizolla (2013), esse e um dos diferenciais da empresa, pois faz com que todos se sintam com voz ativa e incluidos no negocio."As pessoas tem espaco para questionar, discordar e sugerir a qualquer momento. Ao mesmo tempo, todos, inclusive estagiarios, assumem seus papeis com mais responsabilidade. Num ambiente como esse, isso e esperado", pontua Filizolla (2013).

A Samba e uma empresa que tem a tecnologia como negocio e como ferramenta para operacionalizar o cotidiano de trabalho. Alem de sistemas especificos utilizados por cada area para desempenhar as funcoes correspondentes, a startup utiliza o Week, um programa que armazena as informacoes relevantes, documentacao, processos e apresentacoes da empresa, de modo tal que estes estejam e sejam de facil acesso e manuseio por todos os funcionarios.

Alem disso, a equipe de operacoes usa o Sidle, um software de documentacao e gerenciamento de processos. Outro programa utilizado e o Samba Academy, que armazena o registro de palestras dadas pelos proprios funcionarios, estimulados a esta pratica, bem como por convidados, que auxiliam no treinamento de novos funcionarios. O Yummer, uma especie de Twitter corporativo, e utilizado para o compartilhamento de informacoes curtas e objetivas. A tecnologia e fundamental no cotidiano de trabalho da Samba Tech, mas, alem dela, para que as pessoas dialoguem e se aproximem, a estrategia utilizada e a facilitacao da comunicacao face a face. Para isso, as mesas nao tem divisorias e todos os funcionarios trabalham em uma unica sala, de 350[m.sup.2], sem paredes.

Segundo Filizolla (2013), essa logica de trabalho nao e, ou nao deveria ser, exclusividade da Samba Tech. Para ele, o contexto de trabalho das startups e colaborativo em diferentes esferas. A primeira delas e interna. As pessoas dialogam, criam oportunidades de desenvolvimento e troca de conhecimento constante. No caso da empresa analisada, e possivel observar uma variedade de acoes nesse sentido.

Uma delas e a "Maratona de Programacao". Nesse evento, realizado anualmente nas dependencias da empresa, as pessoas sao estimuladas a desenvolver propostas inovadoras, relacionadas de alguma forma ao negocio. Alem de desenvolverem solucoes, os melhores produtos e propostas sao premiados. Algumas dessas solucoes tem como finalidade atender demandas internas, ligadas ao proprio ambiente de trabalho. Um desses resultados foi a criacao de um robo que realiza pedidos de almoco dos funcionarios para os restaurantes cadastrados.

O programa emite um alerta em todas as telas de computador da equipe as onze horas da manha. As pessoas tem um tempo determinado para decidir, dentre as opcoes, quais serao seus pedidos. Acabado o tempo, o programa envia todos os pedidos por e-mail aos restaurantes, que entregam na empresa cerca de uma hora depois. Nesse caso, esse produto simboliza um reconhecimento, por parte da empresa, da presenca do outro, ja que tempo e tecnologia foram investidos para melhorar um aspecto do cotidiano de trabalho da equipe. Alem disso, e notavel a percepcao da Samba como um organismo vivo, que, na condicao de empresa, precisa lucrar, mas que nao tem suas atividades acabadas apenas na necessidade do retorno financeiro. Percebe-se por essa acao que os empregados sao vistos como individuos, com necessidades reconhecidas e atendidas dentro das possibilidades. Por ultimo, nessa mesma acao, e possivel observar a valorizacao do pensamento criativo e libertatorio, que nao e somente incentivado, mas premiado na Maratona de Programacao.

O compartilhamento de conhecimentos adquiridos tambem indica o reconhecimento da presenca do outro. Nesse caso, a Samba desenvolve os Connections, que sao as palestras ministradas por empregados, com temas variados. Esse compartilhamento e tao considerado, que a equipe de Recursos Humanos estabelece uma meta de Connections que deve ser realizada em determinados periodos de tempo. Informalmente, as pessoas tem liberdade e espaco para trocarem entre si o tempo todo. Filizolla (2013) ressalta que a equipe nao perde de vista o objetivo de fazer o negocio funcionar, mesmo na ausencia de alguns profissionais. Por isso, e importante que mais de uma pessoa saiba exercer cada uma das funcoes. Para isso, os colaboradores dialogam e trocam conhecimentos com frequencia.

Alem disso, os fundadores da Samba sao criadores, junto a CEO's (Chief Executive Officer, que em portugues significa Diretor Executivo) de outras startups, da San Pedro Valley. Na condicao de um ecossistema de startups, a San Pedro e resultado do reconhecimento da presenca do outro em um nivel interempresarial. O grupo e tambem caracterizado como um cluster, que, de acordo com Porter (2001), significa uma aglomeracao geografica de empresas de um mesmo setor e empresas com negocios relacionados.

De maneira geral, as empresas que formam clusters priorizam a cooperacao interna, para fortalecer o grupo, de forma a competir com mais forca externamente. A comunicacao entre os membros da San Pedro Valley tambem esta baseada, principalmente, em recursos tecnologicos. A troca de informacoes se da, de maneira mais expressiva, por um grupo de e-mail e ate pela utilizacao de aplicativos como o Whatsapp. Sendo a Samba Tech uma das principais articuladoras desta alianca, as vantagens se dao tambem, sobremaneira, para a gestao interna desta empresa.

Olhar para os empregados como seres de deveres e direitos aparece em diversas praticas na Samba Tech, e como um discurso permanente, efetivo e, aparentemente, sincero por parte de Filizolla (2013). A nao exigencia de formalidade nos trajes e nas relacoes sao exemplos materiais do discurso. De acordo com Filizolla (2013), na empresa os relacionamentos sao diretos: "Nao existe uma hierarquia de comunicacao. Todos tem acesso a todos diretamente. Um estagiario dialoga diretamente com um diretor, por exemplo". Sobre as roupas, ele ressalta que nao ha um codigo estabelecido. "As pessoas vao vestidas como querem. Nao ha exigencia". Essas acoes de valorizacao da liberdade estao relacionadas com a construcao de relacoes cidadas por parte dos membros da empresa.

Consideracoes Finais

Tem-se, por fim, nos limites espaciais de um artigo academico, que o modelo de organizacao de trabalho das startups, ao menos o da Samba Tech, parece se encaixar nos sete pontos de convergencia entre educomunicacao e organizacoes aprendentes que fundamentam a metodologia que se quer estabelecer. Ha um reconhecimento e valorizacao dos funcionarios como sujeitos de direitos e deveres, fazendo com que a empresa se preocupe tambem com o bem estar do empregado; incentiva-se um comportamento criativo, que estimula a reflexao, fazendo com que os colaboradores saiam do lugar comum; o dialogo e incitado, entre todos os membros da equipe, de modo tal que este seja nao apenas passivo/devolutivo, mas que se torne efetivo e responsivo, no que concerne ao reconhecimento e resolucao de problemas do outro; a tecnologia atravessa boa parte dos processos; e, a empresa nao parece ter o lucro acima de sua missao e visao de negocio, tampouco sobre os processos internos.

Todas estas informacoes, entretanto, advem de uma pesquisa com um dos diretores da Samba Tech, o que, apesar de rigorosa, deixa a entrevista, associada com as pesquisas previas, formando a base sobre a qual fazemos tais entrevistas. Nao foram ouvidos funcionarios da empresa para que fossem contrastadas as informacoes de Filizolla (2013), o que pode ser um trabalho porvindouro, ja que este nao era o objetivo aqui.

Tampouco foram ouvidas outras empresas. O que temos e uma amostra simples e inicial, mas representativa, ja que fora entrevistada uma expoente das startups no pais. Alias, o questionario aplicado a Samba Tech sera refinado, a partir de observacoes metodologicas, de modo que possa ser aplicado junto a outras empresas deste vetor de negocios. Este, em verdade, sera o segundo ato de nossa pesquisa, quando uma amostra de dez startups tambem sera entrevistada, desta feita in-loco, a fim de analisar tambem o ambiente das empresas.

Vale fazer a ressalva final de que as sete categorias elaboradas pelo grupo de pesquisa ainda sao um tanto abstratas e baseadas na subjetiva e analise critica do pesquisador. O modelo metodologico, em verdade, esta no inicio e em formacao. Nao se pode dizer se uma empresa e educomunicativa sem uma analise mais aprofundada e completa, considerando a pesquisa com funcionarios, a analise de ambiente e, inclusive, o resultado de acoes empreendidas a medio e longo prazo.

Alem disso, reforca-se que o modelo metodologico de analise parece nos encaminhar, neste momento, para um tipo de empresa. O que indica dar certo com as startups, talvez nao de com outras empresas, mas isso nao significa que elas nao podem ser consideradas educomunicativas. Conforme preconiza Assmann (1998, p.86), "o tamanho do sistema aprendente que costuma alterar bastante as condicoes de aprendizagem" deve ser levado em consideracao nesse sentido.

Da mesma forma, "e preciso destacar bem a peculiaridade dessas premissas basicas segundo o tipo de integrantes das organizacoes aprendentes" (Assmann, 1998, p.86). Em outras palavras, o autor sinaliza exatamente que as particularidades que as startups em geral tem frente a organizacoes de outros portes e campos de atuacao (no que concerne a estrutura e ao perfil dos funcionarios de uma empresa--idade, formacao, obrigacoes e responsabilidades na empresa, etc.) podem influenciar para que elas sejam mais bem sucedidas em praticas educomunicativas e aprendentes.

DOI: http://dx.doi.org/10.15448/1980-3729.2015.4.21018

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Recebido em: 11/6/2015

Aceito em: 14/7/2015

Endereco dos autores

Virginia Borges Palmerston <vpalmerston@hotmail.com>

Centro Universitario de Belo Horizonte, Centro Universitario de Belo Horizonte--Campus Lagoinha.

Rua Diamantina, 567--Lagoinha

31110320--Belo Horizonte, MG--Brasil

Antonio Augusto Braighi <antonioaugustobraighi@gmail.com>

Centro Federal de Educacao Tecnologica de Minas Gerais, Departamento de Linguagem e Tecnologia--DELTEC.

Av. Amazonas, 5253--Nova Suica

31110320--Belo Horizonte, MG--Brasil

(1) Estudo desenvolvido com financiamento da FAPEMIG via convenio com o Centro Universitario de Belo Horizonte (UniBH).

(2) Retirado de uma postagem do professor no site do Nucleo de Comunicacao e Educacao da USP, que teve como titulo a pergunta: "Mas, afinal, o que e educomunicacao?'; em resposta a um questionamento sobre a efetividade da educomunicacao na escola.

(3) Em detrimento disto, a perspectiva inicial de nosso estudo recai exatamente mais sobre o processo do que a gestao do conhecimento/conteudo. Evidentemente a complementacao se faz necessaria, mas, nesse momento, a analise estrutural parece ser mais importante de ser observada, para se ter, a posteriori, um avanco em relacao ao conteudo.

Virginia Borges Palmerston

Doutora em Linguistica, linha Analise do Discurso (UFMG), Mestre em Educacao, Comunicacao e Administracao, Especialista em Docencia do Ensino Superior e Professora do Centro Universitario de Belo Horizonte- UNI-BH.

<vpalmerston@hotmail.com>

Antonio Augusto Braighi

Doutorando em Estudos Linguisticos pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais--FALE/UFMG, Mestre em Estudos de Linguagens pelo Centro Federal de Educacao Tecnologica de Minas Gerais--CEFET-MG e Professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Centro Federal de Educacao Tecnologica de Minas Gerais (CEFET-MG).

<antonioaugustobraighi@gmail.com>
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