摘要:Apresentamos, no presente trabalho, algumas considerações a respeito das potencialidades e dos limites da utilização de algumas fontes documentais para o estudo da população e da família escrava em Franca, no período de 1806-1888. Ao optarmos pelo estudo da demografia e da família escrava, buscamos suporte em documentos que se prestam a esse tipo de estudo: fontes nominativas – como os registros paroquiais (batismo, casamento e óbito), as listas nominativas de habitantes e inventários post mortem – cujas informações permitem, inclusive, o cruzamento nominativo entre as fontes. Chamamos a atenção para a existência de outras fontes possíveis à análise da escravidão; contudo, as aqui ora apresentadas têm sido empregadas proficuamente nos estudos histórico-demográficos de modo a evidenciar e desvendar trajetórias individuais e familiares que marcaram a escravidão no Brasil colonial e imperial. Ademais, visamos atuar como um guia para os historiadores iniciantes (ou nem tanto) que se aventurarem pelos caminhos do estudo da escravidão em Franca ou em outras localidades paulistas.