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文章基本信息

  • 标题:Identification the determinant variables of a delegation of public services effectiveness, according to the perception of its users/Identificacao das variaveis determinantes da eficacia de uma concessao publica, segundo a percepcao de seus usuarios/Identificacion de las variables determinantes de la eficacia de una concesion publica, segun la percepcion de seus usuarios.
  • 作者:de Souza, Ezequias Ferreira ; Silva, Wendel Alex Castro ; Araujo, Elisson Alberto Tavares
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2015
  • 期号:October
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
  • 摘要:A Administracao Publica (AP), enquanto conjunto de orgaos e entidades que buscam atingir os objetivos do governo--exercendo parcerias--, concede a prestacao de servicos publicos a iniciativa privada, gerando um modelo de atuacao desta denominado de concessao comum ou de Parcerias Publico Privadas (PPP). Por conseguinte, seja pela mudanca no papel do Estado, de executor de servicos para regulador ou fiscalizador, seja para avancar na melhoria e qualidade desses servicos, a administracao publica identifica a demanda por parcerias entre entes publicos e organizacoes privadas. Entao, buscaram-se novos modelos administrativos, em que se visualizasse a possibilidade de transferir ao setor privado alguns servicos prestados a populacao, necessarios, mas nao imprescindiveis de execucao direta pelo Estado. A partir disso, a AP alterou seu foco de executora para fiscalizadora (MARTINS, 1997; BRESSER PEREIRA, 1999; ABRUCIO, 2007).
  • 关键词:Public-private sector cooperation;Social service;Social services

Identification the determinant variables of a delegation of public services effectiveness, according to the perception of its users/Identificacao das variaveis determinantes da eficacia de uma concessao publica, segundo a percepcao de seus usuarios/Identificacion de las variables determinantes de la eficacia de una concesion publica, segun la percepcion de seus usuarios.


de Souza, Ezequias Ferreira ; Silva, Wendel Alex Castro ; Araujo, Elisson Alberto Tavares 等


1. INTRODUCAO

A Administracao Publica (AP), enquanto conjunto de orgaos e entidades que buscam atingir os objetivos do governo--exercendo parcerias--, concede a prestacao de servicos publicos a iniciativa privada, gerando um modelo de atuacao desta denominado de concessao comum ou de Parcerias Publico Privadas (PPP). Por conseguinte, seja pela mudanca no papel do Estado, de executor de servicos para regulador ou fiscalizador, seja para avancar na melhoria e qualidade desses servicos, a administracao publica identifica a demanda por parcerias entre entes publicos e organizacoes privadas. Entao, buscaram-se novos modelos administrativos, em que se visualizasse a possibilidade de transferir ao setor privado alguns servicos prestados a populacao, necessarios, mas nao imprescindiveis de execucao direta pelo Estado. A partir disso, a AP alterou seu foco de executora para fiscalizadora (MARTINS, 1997; BRESSER PEREIRA, 1999; ABRUCIO, 2007).

Com a insercao das concessoes na gestao das Utilities--servicos essenciais fornecidos pelo poder publico, como agua, eletricidade, gas natural, infraestrutura, dentre outros--, houve uma mudanca no papel do Estado, de executor para regulador. A partir das concessoes de servicos publicos e de PPPs, a regulacao tornou-se fundamental para garantir uma adequada relacao custo-beneficio e a avaliacao do valor social intrinseco. Mas o agente privado esta na posse do bem concedido--condicao privilegiada--e pode dificultar ou manipular informacoes relevantes a fiscalizacao. Como o agente e o regulador estao em polos conflitantes, os objetivos do principal podem estar sendo preteridos pelo agente, gerando prejuizo aos usuarios (SANTOS, 2003; CAMARA, 2006; MARINHO, 2006; SOUZA, 2007).

Esses interesses sao resguardados pelo artigo 6[degrees], caput, da Lei 8.987/95, cujo enunciado e "toda concessao ou permissao pressupoe a prestacao de servico adequado ao pleno atendimento dos usuarios, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato". Em seu paragrafo 1[degrees], define que: "servico adequado e o que satisfaz as condicoes de regularidade, continuidade, eficiencia, seguranca, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestacao e modicidade das tarifas" (BRASIL, 2010). Para que o Estado pudesse fiscalizar esses servicos, foram criadas, na decada de 90, as agencias reguladoras, e, os contratos de outorga de rodovias federais passaram a ser fiscalizados pela Agencia Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), criada em 2001.

Soares e Campos Neto (2006) relatam que a infraestrutura da malha rodoviaria e uma das mais carentes de recursos. Isso provoca uma continua depredacao de sua qualidade, demandando muitos investimentos para sua recuperacao, manutencao, operacao e ampliacao. Com isso, a concessao da gestao de rodovias as empresas privadas tem sido a solucao mais recorrente do Poder Publico. Para Rocha e Vanalle (2000), a administracao dessa malha destaca-se como o setor que mais tem sido concedido a iniciativa privada. Entretanto, no Brasil sao encontrados poucos estudos sobre o funcionamento de concessoes de servicos publicos.

Segundo o concessionario Autopista (2011), gestor da rodovia Fernao Dias, que liga as capitais Sao Paulo/SP e Belo Horizonte/MG, a rodovia cruzando 33 municipios--6 em Sao Paulo e 27 em Minas Gerais. A BR-381 e parte do precipuo corredor rodoviario de interligacao dos importantes polos economicos das Regioes Sudeste e Sul do Brasil e, destas, com os principais paises do Mercosul. Como essas concessoes tem como fundamento primordial gerar melhoria no atendimento as demandas dos usuarios--da coletividade--e as premissas da moderna AP gerencial, mostra-se relevante estudar se essa concessionaria tem atendido os usuarios da Fernao Dias com qualidade. Para tanto, percebe-se ser necessario buscar identificar variaveis explicativas da eficacia da concessao dessa rodovia federal.

Dessa forma, visa-se responder a seguinte questao: quais sao as variaveis determinantes da eficacia da concessao publica na avaliacao dos usuarios da rodovia Fernao Dias?

O objetivo foi identificar quais sao as variaveis determinantes da eficacia da concessao publica a partir da avaliacao dos usuarios da rodovia Fernao Dias. Buscou-se verificar se houve a prevencao contra os riscos de captura do principal (ANTT) pelo agente (concessionaria), conforme a Teoria de Agencia, descrever os processos de fiscalizacao pela reguladora e aferir as similaridades e divergencias dos servicos prestados a partir da perspectiva dos usuarios. Essa rodovia esta sendo gerida sob a forma de uma concessao comum, com base na lei 8.987/95.

Neste estudo, a eficacia da concessao, isto e, a capacidade da concessao de atingir os preceitos contidos na legislacao, e aferida com base na percepcao ou satisfacao dos usuarios da rodovia. Especificamente, examina-se se os servicos que a legislacao determina que devem ser entregues aos cidadaos o estao sendo, e se produzem o efeito de bem-estar decorrente da prestacao de servicos pela concessionaria.

Salienta-se, como contribuicao a academia, a identificacao de situacoes que tem ocorrido de forma distinta do preconizado pela teoria, o que nao impediu que a teoria de agencia fosse efetiva na concessao em estudo. A gestao governamental, o estudo proporciona informacoes que servem de base para a constituicao de novos contratos de concessao. E, finalmente, para mitigar os riscos de conflitos de agencia, esta pesquisa mostra a relevancia da governanca publica e do controle social.

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1. A reforma da Administracao Publica brasileira e o principio da eficiencia

Apesar de a Constituicao da Republica de 1988 (CR/88) proporcionar uma das transformacoes de maior importancia nas reformas paradigmaticas da AP, enquanto construcao de uma cidadania plena, houve progressos e retrocessos em seus resultados e, com isso, a reforma administrativa tornou-se essencial, para o alcance de maior eficiencia na gestao publica, melhor qualidade dos servicos, menores custos e maior foco no cidadao, como cliente beneficiario do Estado (SOUZA; FADUL, 2006). Para Bresser Pereira (1999) e Bresser Pereira e Pacheco (2005), a AP gerencial foi um avanco e uma ruptura com a AP burocratica, mas isso nao significou uma negacao de todos os principios weberianos. Ao contrario, a AP gerencial apoia-se neles e busca maiores flexibilidades do ponto de vista estrategico e estrutural.

A Emenda Constitucional (EC) 19/98 colaborou bastante com a reforma da AP, ja que consagrou o principio da eficiencia no servico publico. Em decorrencia disso, a eficiencia adquiriu forca constitucional, e dos agentes publicos passou-se a exigir que, alem de desempenharem suas atividades com legalidade e moralidade, apresentassem resultados positivos e satisfatorios nos servicos prestados aos cidadaos, agora clientes-cidadaos (MORAES, 2008).

Foi com essa previsao constitucional de eficiencia que se visualizou a ineficiencia do Estado em prestar alguns servicos, e isso contribuiu para emergirem as parcerias entre governo e empresas privadas (concessoes). A partir delas, caberia aquele transferir a execucao do servico ao ente privado, que o executa representando a AP, restando ao Estado fiscalizar a prestacao desses servicos aos usuarios e evitar possiveis externalidades que afetariam as tarifas ou a qualidade dos servicos. O que se quer e se busca, por meio desse novo paradigma da AP, e a parceria entre o publico e o privado, em substituicao a possiveis atos de descentralizacao da AP (DI PIETRO, 2007).

2.2. Concessao de servico publico no Brasil

As concessoes sao os modelos mais aplicados no Brasil para suprir a insuficiencia de investimentos publicos em segmentos fundamentais para o desenvolvimento do pais, tais como: saude, educacao, energia, agua e saneamento, infraestrutura, telecomunicacoes e seguranca. A legislacao enuncia tres modalidades, quais sejam: a concessao comum (Lei no. 8.987/95) e as PPPs nas modalidades patrocinada e administrativa Lei no. 11.079/04 (ANDRADE; MARTINS, 2010). As maiores distincoes entre a modalidade comum e as PPPs sao a reparticao de risco e a obrigatoriedade de haver uma contraprestacao pecuniaria subsidiada pelo Poder Publico.

A PPP patrocinada e similar a concessao comum, sendo a contraprestacao (maximo de 70% do faturamento do concessionario, exceto por previsao legal) do concedente a maior diferenca entre elas. A contraprestacao completa a remuneracao recebida pelo parceiro privado. Ja na modalidade comum, o concessionario e remunerado somente pela tarifa dos usuarios (salvo autorizacao legal em situacoes especificas). Alguns aspectos diferenciadores da patrocinada em relacao a comum sao: 1) o compartilhamento dos riscos entre os parceiros; 2) as garantias que o Estado fornece ao concessionario e ao financiador do projeto; 3) a reparticao de receitas economicas em razao da reducao do risco de credito do financiamento (DI PIETRO, 2002).

Na modalidade administrativa (juncao de concessao com empreitada), a AP e usuaria, direta ou indiretamente, do servico, ainda que demande investimentos. Alem disso, inexiste receita de tarifas. Esta modalidade distingue-se dos contratos de servicos (por empreitada)--Lei 8.666/93 (Licitacoes)--e seu prazo se refere a vigencia anual dos creditos do orcamento--curto prazo (salvo excecoes)--, ao passo que o da patrocinada e a partir de cinco anos (DI PIETRO, 2002).

2.2.1. Parcerias Publico-Privadas (PPPs)

De acordo com Pereira e Ferreira (2008), PPPs sao contratos relativos a desembolsos do Estado para o parceiro privado, como contrapartida a prestacao de servicos. Essas transferencias visam a diminuicao dos custos de oportunidade dos investimentos que nao seriam feitos pelo setor privado em virtude da baixa expectativa de retornos financeiros. Varios estados adotaram esse modelo de financiamento da estruturacao de suas rodovias. Tais parcerias sao regulamentadas por contratos de concessao, que abordam a especificidade dos ativos, riscos e frequencia, alem de aspectos economicos e financeiros previstos em clausulas de preservacao do equilibrio do retorno do investimento (DAL VESCO et al, 2011). A precariedade de recursos governamentais para a realizacao de novos investimentos em infraestrutura ou manutencao dos existentes foi uma das maiores razoes para a adocao das PPPs (PERICO; REBELATTO, 2005; SOARES; CAMPOS NETO, 2006).

Para Perico e Rebelatto (2005), algumas restricoes as PPPs sao: i) delimitacao de atribuicoes: aquelas do parceiro privado e as da AP no contrato. Na lei das PPPs, "regular, legislar e policiar sao os unicos dominios de responsabilidade governamental aos quais ficam interditadas as parcerias publico-privadas" (art. 2[degrees], III); ii) captacao de recursos: a insuficiencia de especificacao relativa a sobre quem recaira o investimento nao realizado pelo Estado; iii) fundos: os agentes financeiros devem classificar o risco pela avaliacao da credibilidade das obrigacoes do governo (aval do financiamento); iv) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): garante o equilibrio das contas publicas e impede excessos no endividamento do Poder Publico; v) Leis de Licitacoes e Contratos e de Concessao: normas gerais sobre obras, servicos, compras, publicidade, locacoes e alienacoes nos orgaos e entidades dos poderes da Uniao, dos estados, do Distrito Federal e dos municipios, da AP direta e indireta.

No caso especifico de rodovias, Rocha e Vanalle (2000) mencionam que as concessionarias tem papel preponderante no alcance da efetividade das PPPs. Para tanto, o planejamento operacional dessas empresas deve assegurar o cumprimento dos objetivos (SLACK et al., 1997), que sao: i) qualidade na gestao de rodovias--o padrao e a infraestrutura disponibilizada, como pistas, sinalizacao, pavimento e acostamento; ii) rapidez nos servicos--a agilidade com que os servicos especiais e eventuais sao prestados; iii) confiabilidade--garantia de que o servico sempre sera executado quando acionado; iv) flexibilidade --mesmo com a sazonalidade do trafego ha a capacitacao para a manutencao do padrao de qualidade; v) custo--atencao tanto no custo interno (operacionais) quanto no custo do usuario (custo externo).

Quanto as experiencias internacionais em infraestrutura de PPPs, citam-se: Franca, Hungria, Republica Tcheca, Portugal, Irlanda e Eslovenia. Ja na America Latina, Mexico, Argentina e Peru obtiveram resultados distintos (BONOMI; MALVESSI, 2004). Para Savi, Albuquerque e Rebelatto (2009), Irlanda e Chile podem proporcionar algumas contribuicoes ao modelo brasileiro de concessao de rodovias. Apenas na Africa e no Oriente Medio prevalecem os investimentos em agua, situando-se as rodovias em segundo lugar. Para Carvalho (2010), a delegacao do servico publico e diferente da prestacao de servicos publicos, e a AP deve ter conhecimento de suas particularidades. O principal (AP) precisa ser capaz de monitorar o contrato e assegurar que seja cumprido pelo agente (concessionario).

2.3. A regulacao do empreendimento

A regulacao e a determinacao de regras para a atividade economica, destinadas a garantir seu funcionamento equilibrado, segundo os objetivos publicos (RAMIRES, 2005). A partir desse mecanismo, o Estado fiscaliza os servicos de setores estrategicos da economia, ou de interesse publico, cuja prestacao direta e realizada pela iniciativa privada. Nao e pacifico, porem, o entendimento da imprescindibilidade da regulacao dos servicos publicos. Demsetz (1968), por exemplo, argumenta que a teoria do monopolio natural nao fornece embasamentos suficientes que justifiquem a atuacao reguladora do Estado, que poderia trazer custos excessivos para os agentes economicos. Segundo Romanielo (2009), isso afasta a demanda pela regulacao classica controle de precos e do comportamento do agente pelo principal. O unico papel do Estado seria o de desenhar uma forma de selecionar o "lance vencedor". Para Demsetz (1968), se for realizado um leilao que assegure a outorga (delegacao) do servico ao agente da melhor proposta, e desnecessaria a regulacao, e isso alivia as firmas do desconforto causado pelas agencias reguladoras.

Williamson (1976) afirma que, ate certo ponto, os problemas da regulacao seriam sanados pela selecao de determinado leilao. Segundo Souza Jr. (2006), isso e denominado, nos problemas tratados por Demsetz, como "irrelevantes complicacoes". O autor questiona sobre o exito na substituicao da atividade regulatoria pelo franchise bidding, quando da elaboracao da licitacao, que demandaria um aparato administrativo proximo ao exigido pelas reguladoras.

Existe, ainda, outro problema articulado a regulacao, que para Williamson nao seria resolvido pelo modelo de franchise de Demsetz, qual seja: os reajustes tarifarios contratualmente previstos. Afinal, a previsao de precos fixos, em um contrato de longo prazo, e quase impossivel, pois a relacao preco-custo e instavel (ROMANIELO, 2009). Williamson (1976) aponta que o objeto da regulacao consiste no controle da remuneracao; destarte, regulados e reguladores estao em constante negociacao, especialmente quando das revisoes das tarifas. Conforme Souza Jr. (2006), esse debate refere-se a uma das maiores discussoes na AP--a necessidade ou nao da existencia de agencias reguladoras. E, independentemente do leilao a ser escolhido, a constituicao de um aparato regulatorio e necessaria para obter servicos de qualidade e com precos modicos.

Cabe as agencias exercerem as competencias regulatoria, fiscalizatoria e normativa, controlando a conduta dos agentes e editando diretrizes para as materias inerentes. A vantagem do modelo de "agencia reguladora" e a substituicao do controle politico-burocratico pelo tecnico, assegurado pela selecao baseada no merito e submetida a aprovacao de orgao colegiado e pela independencia administrativa face a sua constituicao como autarquia especial, com autonomia decisoria de objetivos, de instrumentos e financeira (SOUTO, 2002).

2.3.1. Contrato de concessao de servicos publicos

Segundo Di Pietro (2007), os contratos de concessao, no Brasil, tem forma especifica para cada tipo de servico publico, mas, em regra, esses contratos obedecem a lei federal das concessoes no. 8.987/95, na qual se encontram arroladas as obrigacoes dos concessionarios que exploram os servicos publicos de concessao de rodovias. As principais modalidades de contratos administrativos destacadas na doutrina e pelo uso sao: de fornecimento, de servico, de obra publica, de gestao e de concessao--contrato administrativo por excelencia. Esses contratos possuem clausulas exorbitantes que tornam os agentes desiguais no polo juridico, conferindo maior poder (superioridade juridica) a AP (MEIRELLES, 2003). Dentre essas clausulas, destacam-se: exigencia de garantia, alteracao unilateral, rescisao unilateral, anulacao, fiscalizacao, aplicacao de penalidade sem necessidade de recorrer ao judiciario, retomada do objeto, restricoes ao uso e excecao do contrato nao cumprido.

O contrato firmado entre a Uniao, por intermedio da ANTT, e a Autopista Fernao Dias S/A preve, no capitulo XIX, das inexecucoes contratuais e aplicacao de penalidades, que, caso sejam descumpridas as clausulas contratuais da concessao, alem das multas previstas, pode, a contratante, extinguir o contrato por: advento do termo contratual, encampacao, caducidade, rescisao, anulacao, falencia ou extincao da empresa concessionaria. Conforme o capitulo I, das disposicoes gerais, para todos os efeitos legais, integra-o seus 12 anexos, organizados da seguinte forma: I--edital; II--proposta comercial; III--Programa de Exploracao da Rodovia (PER); IV--acordo de subscricao e realizacao de capital; V--estatuto social; VI--quadro de acionistas da concessionaria; VII--apolices de seguro; VIII garantia de execucao do contrato; IX--plano de contas; X--plano de trabalho e cronograma fisico; XI--termo de cessao de bens do lote rodoviario; e XII--perguntas e respostas dos esclarecimentos sobre o edital (ANTT, 2011).

Dentre os topicos contidos no PER e no questionario desta pesquisa, destacam-se: i) o capitulo introdutorio, que regula o sistema de telecomunicacoes: "deverao ser disponibilizados e implantados, no minimo, os seguintes equipamentos: um par de call box a cada um Km, ao longo de toda a Rodovia, perfazendo um total de, no minimo, 1.124 unidades". Contudo, em 05/11/2009, ocorreu uma revisao extraordinaria do PER, aprovada pela Resolucao n. 3.311, instituindo que o sistema de telefonia de emergencia seria executado entre o 3[degrees] e 6[degrees] ano da implantacao da concessao; ii) o item 2.4.2, que preve que a conservacao dos dispositivos de drenagem devera "garantir boas condicoes de captacao, escoamento e destinacao das aguas, para manter as caracteristicas de aderencia nas pistas, preservar as estruturas e oferecer conforto e seguranca aos usuarios"; iii) o item 6.8.1 estipula que, com o intuito de assegurar a integridade do patrimonio, "a concessionaria devera implantar uma estrutura de vigilancia patrimonial, que fiscalizara as estruturas fisicas e as areas da faixa de dominio na rodovia" (ANTT, 2011).

De acordo com Santos (2003), a maior participacao de atores privados na provisao das atividades antes operacionalizadas pelo Estado demanda um controle mais rigido, como forma de evitar que o interesse privado sobreponha o interesse publico. Mesmo assim, ainda permanece o risco de captura do regulador pelas empresas reguladas (conflito de agencia).

2.4. Teoria de Agencia

O processo de desestatizacao que o pais adotou desde a decada de 1990 buscou atingir o maximo de eficiencia na prestacao de servicos aos usuarios. Entretanto, a separacao entre concedente (principal) e executor (agente) traz a divergencia de interesses entre as partes, ocasionando problemas que tornam mais dificil a consecucao dos objetivos tracados pelo principal. Esse problema e denominado de agente-principal e sua ocorrencia exige medidas mitigadoras dos efeitos causados, a fim de melhorar a qualidade dos servicos publicos fornecidos pelo privado, ao qual interessa, especialmente, o lucro, diferentemente do interesse do usuario, que sao melhores servicos a menores precos (CAMARA, 2006).

Os problemas relacionados a teoria de agencia surgem quando ha conflito de interesses entre as partes (JENSEN; MECKLING, 1976). Na AP, esses problemas sao relevantes, pois as reformas que aconteceram no Estado provocaram uma revisao de seu papel, reducao da maquina estatal e ampliacao das relacoes com organizacoes vinculadas direta ou indiretamente ao governo. Entao, ocorre uma tensao e possivel ambiguidade no papel de regulador, em razao dos interesses conflitantes entre o bem-estar social, o Poder Publico e a regulada. Destaca-se, ainda, que a agencia nao e uma entidade inerte no sistema triangular, pois tambem possui interesses que podem divergir dos objetivos do Estado e da concessionaria (CAMARA, 2006).

Conforme Brasil (2003), no Relatorio do Grupo de Trabalho Interministerial, a "teoria da captura" mostra que o aparelho regulatorio sofre o risco de ser "adquirido" pelas firmas ou concessionarias, com "a regulacao desenhada e operada primariamente para o seu beneficio" (StIGLER, 1971). Assim, sem o apropriado controle social das praticas regulatorias, os interesses das concessionarias reguladas podem influir nessas praticas e molda-las de maneira distorcida em beneficio proprio. Em qualquer pais essa situacao implica riscos de que tanto governo quanto empresas tenham acoes oportunistas: de um lado, ja confirmada a concessao de um servico publico essencial, surge para a empresa investidora a oportunidade de pleitear beneficios nao previstos inicialmente; por outro lado, pela otica do governo, como a concessionaria ja realizou expressivo investimento fixo, ela sera incentivada a reduzir sua remuneracao. Para se contrapor a esses incentivos naturais, porem conflitantes e ineficientes, o Estado necessita garantir e fortalecer o papel autonomo e independente das agencias como reguladoras desses setores.

A fim de regular e fiscalizar o movimento de transportes e de infraestrutura do pais exercido por terceiros, e articular os interesses publicos com os objetivos dos usuarios e das concessionarias, permissionarias e arrendatarias que exploram esses servicos, foi criada, pelo governo federal, a ANTT, por meio da Lei no. 10.233/01.

2.5. Trabalhos anteriores

Os estudos sobre concessao e PPPs sao, ainda, incipientes no Brasil, nao obstante se reconheca sua importancia para o avanco da AP. Contudo, foram localizados alguns trabalhos que abordaram o tema e constam no Quadro 1.

Nesses estudos sobre as concessoes de servicos publicos e as modalidades de PPPs, percebe-se que o Brasil tem a tendencia de absorver esse modelo de gestao dos servicos que pode alavancar o bem-estar da coletividade. Contudo, foram identificadas acoes de oportunismo e baixos beneficios ao parceiro privado, o que pode prejudicar a qualidade dos servicos prestados. Dessa forma, nao se observaram pesquisas que investigassem as variaveis determinantes da eficacia da concessao publica de rodovias na otica dos usuarios.

3. CARACTERIZACAO DA RODOVIA FERNAO DIAS--BR 381

Segundo a ANTT (2011), a rodovia BR 381 inicia-se no municipio de Sao Mateus/ES, no entroncamento com a BR 101, e termina em Sao Paulo/SP, na BR 116, possuindo 1.181 km. Contudo, o trecho pesquisado, entre Sao Paulo e Belo Horizonte/MG, conhecido como rodovia Fernao Dias, tem 562 km. Benjamin (2006) esclarece que a Fernao Dias foi construida entre 1957 e 1960, com o intuito de completar a conexao do denominado "Triangulo Economico do Brasil".

Mesmo com a realizacao de obras nos locais especiais da rodovia, em 1983, os congestionamentos persistiam. Entao, em 1993, contratou-se um emprestimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para duplica-la e restaura-la em duas etapas. Com isso, em outubro de 2007 a ANTT promoveu a licitacao para a concessao dessa rodovia a empresas privadas. Nessa ocasiao, venceu a concorrencia a holding espanhola Obrascon Huarte Lain do Brasil S/A (OHL), que criou a empresa Autopista Fernao Dias S/A para geri-la. O contrato para a gestao foi firmado em 14 de fevereiro de 2008, com duracao de 25 anos, e desde entao os servicos de melhoria e manutencao sao realizados pela concessionaria (ANTT, 2011).

4. METODOLOGIA

Esta pesquisa possui natureza empiricodescritiva, ja que tem a intencao de descrever o comportamento de fenomenos, obtendo informacoes sobre suas caracteristicas (COLLIS; HUSSEY, 2005). Seu objetivo e identificar quais sao as variaveis determinantes da eficacia da concessao publica na avaliacao dos usuarios da rodovia Fernao Dias.

Sua abordagem e quantitativa, associada a quantificacao dos fenomenos por intermedio da coleta e analise de dados numericos, com aplicacao de testes estatisticos (COLLIS; HUSSEY, 2005). A unidade de analise foi o concessionario Autopista Fernao Dias S/A, e os sujeitos de pesquisa foram os usuarios do servico prestado na rodovia.

E um estudo de caso, orientado para a profundidade e com enfase na analise contextual completa de poucos fatos ou condicoes e suas inter-relacoes (COOPER; SCHINDLER, 2003). Ainda, e do tipo survey (HAIR JR et al., 2009), e a ferramenta de coleta de dados foi um questionario ja validado por Marinho (2006) e adaptado aos propositos deste trabalho. O instrumento continha 30 questoes e foi dividido em dois grupos: o primeiro, apresentava 9 questoes relacionadas as caracteristicas sociodemograficas dos respondentes; o segundo, possuia 21 questoes para aferir a percepcao dos respondentes sobre os servicos prestados pela concessionaria.

No bloco inicial, as respostas aos itens apresentaram distintas opcoes, sem uma padronizacao. No segundo, as respostas se apresentaram em escala intervalar de 5 pontos, embasada no raciocinio de avaliacoes graduais e intangiveis, que permitem verificar a intensidade das respostas (LIKERT, 1979): Discordo

Inteiramente (1); Discordo Parcialmente (2); Nao concordo nem discordo (3); Concordo Parcialmente (4) e Concordo Inteiramente (5). Ao final do questionario, foi incluido um item sobre a opiniao do usuario (satisfacao geral) quanto a prestacao do servico pela concessionaria, em que houve uma escala com mesma gradacao: otimo, bom, regular, ruim, pessimo.

A populacao do estudo foram todos os usuarios da rodovia, no periodo da coleta. A amostra continha 96 sujeitos; para obter maior numero de respondentes, utilizou-se o metodo nao probabilistico intencional por julgamento e acessibilidade (HAIR JR et al, 2009; COOPER; SCHINDLER, 2003). Acredita-se que o vies decorrente da escolha desse metodo foi pulverizado, pois procurou-se o retorno de sujeitos com diferentes caracteristicas sociodemograficas (estratos distintos de sexo, escolaridade, faixa etaria, motivacao para trafegar na via, frequencia de utilizacao dela, envolvimento em situacoes adversas na via: acidente/roubo ou furto), apuradas na parte inicial da ferramenta. Assim, os resultados refletiriam melhor a populacao. A entrega de questionarios aos usuarios da rodovia para a coleta de dados foi efetuada entre 10/08 e 24/08/11 (15 dias).

O nivel de distribuicao dos questionarios atingiu 250, no total; por se tratar de uma rodovia, esse numero foi considerado expressivo em razao do problema de disponibilidade dos usuarios. Alguns questionarios foram respondidos imediatamente e devolvidos ao pesquisador, mas boa parte o foi posteriormente, e sua devolucao foi feita no local de sua retirada. Assim, a contribuicao dos gerentes e proprietarios das empresas em que foram deixados os questionarios foi muito importante na distribuicao e coleta das respostas. Inumeros questionarios foram aplicados aos pesquisados diretamente, em pontos de parada ao longo da via. Outros foram deixados em locais estrategicos--postos de gasolina, oficinas mecanicas, restaurantes e lanchonetes -, para que fossem repassados aos usuarios. Neste caso, os questionarios foram recolhidos ao final de 15 dias.

Evitou-se o vies de selecao, ao se anular a possibilidade de redundancia dos respondentes (cada usuario respondeu ao questionario somente uma vez), portanto, atendendo aos criterios de representatividade da populacao de interesse. Tambem, pulverizou-se o vies nas respostas ao se garantir que os questionarios fossem aplicados no contexto de normalidade do funcionamento da rodovia; caso contrario, a ocorrencia de algum evento especifico poderia influenciar nas respostas, enviesando os resultados. No momento de aplicacao dos questionarios, buscou-se esclarecer os respondentes sobre a importancia de sua opiniao ser isenta, para retratar seu julgamento acerca das questoes; ja sua identidade seria preservada e suas respostas seriam fundamentais para o sucesso da pesquisa.

Destaca-se que varios cuidados na operacionalizacao do survey na administracao publica sao sugeridos por Lee, Benoit-Bryan e Johnson (2011), e contribuiram para refinar o processo.

Quanto ao tratamento de missings nas respostas ao questionario, faltaram 23 informacoes (1%). Estas foram substituidas pela media das notas da questao. A partir disso, as respostas foram avaliadas com base na validade de conteudo, segundo a compreensao das questoes pelos respondentes, e na redundancia e confiabilidade das escalas. A quantificacao da opiniao dos entrevistados, em cada uma das dimensoes da percepcao sobre os servicos, deu-se pela media de cada item ou questao avaliada e pelo intervalo de confianca, baseado em 95%.

A descricao do perfil dos respondentes e a avaliacao das variaveis caracterizadoras da satisfacao dos usuarios ocorreram por meio de tecnicas descritivas. Para avaliar a confiabilidade interna das escalas do questionario, utilizou-se o alfa de Cronbach, em que o valor minimo obtido deve ser maior que 0,6, para que as analises possam ter continuidade (HAIR JR et al., 2009).

Apos isso, aplicou-se a tecnica de analise fatorial, utilizando-se a analise de componentes principais para estimar o modelo, a fim de avaliar, dentre as questoes, qual seria o melhor agrupamento, de acordo com os criterios de avaliacao dos servicos. Esse metodo tem como objetivo descrever a variabilidade de um conjunto de variaveis por meio de um numero reduzido de variaveis aleatorias denominadas fatores. Nestes, buscam-se resumir as informacoes primordiais contidas nas variaveis originais a partir do menor conjunto de novas variaveis. O criterio de Kaise-Meyer-Olkin (KMO) e o teste de esfericidade de Bartlett foram utilizados para avaliar se a fatorial poderia ser utilizada. Um modelo bem ajustado deve apresentar um valor de KMO elevado e rejeitar a hipotese de que a matriz de correlacao populacional e diferente da matriz identidade, ou seja, os dados possuem correlacao significativa segundo o modelo de Bartlett. Com a tecnica de rotacao varimax, obteve-se o melhor modelo. Entao, passou-se a caracterizacao dos fatores, para identificar a correspondencia do fator com os itens avaliados (HAIR JR et al., 2009).

Em seguida, procedeu-se a analise discriminante. O modelo discriminante busca estipular uma variavel estatistica discriminante (ou funcao discriminante)--qual seja, a combinacao linear de duas (ou mais) variaveis independentes, que irao melhor discriminar entre os objetos. Os pesos da variavel estatistica para cada variavel independente sao gerados para maximizar as diferencas entre os grupos. Construiu-se uma regra de classificacao, que possibilitou a determinacao dos fatores mais apropriados para dividir os usuarios em dois grupos--satisfeitos e insatisfeitos--, indicando quais itens de percepcao dos usuarios sobre o servico os discriminam em relacao a satisfacao geral com o mesmo (variavel resposta categorica). A equacao geral da funcao e (HAIR JR et al., 2009):

[Z.sub.jk] = [alpha] + [W.sub.1] [X.sub.1k] + [W.sub.2] [X.sub.2k] + ... [W.sub.n][X.sub.nk] [equacao 1]

em que: [Z.sub.ik] = escore Z discriminante da funcao discriminante j e objeto k (variavel explicada: satisfacao geral do usuario); a = intercepto; [W.sub.i] = peso discriminante para a variavel explicativa; [X.sub.ik] = variavel explicativa i para o objeto k.

A significancia do modelo foi validada pelo teste de Wilk's Lambda. A qualidade do ajuste foi dada pelo coeficiente de correlacao canonica, que revela a proporcao da variabilidade das respostas (satisfacao geral) explicada pelos itens da percepcao dos sujeitos, contidos nos fatores constituidos. A multicolinearidade tambem foi avaliada (HAIR JR et al., 2009).

Para determinar se os resultados foram estatisticamente significantes, o estudo baseou-se no nivel de significancia de 5% ([alpha] = 0,05) . Logo, sugeriram evidencias aqueles cuja probabilidade de significancia do teste (p-valor) foi menor que 0,05 (p - vaior < [alpha]), e, indicios, menor que 0,10.

Os dados obtidos foram tabulados e submetidos as analises uni e multivariada por meio do software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versao 16.

5. RESULTADOS

5.1. Caracterizacao dos usuarios respondentes

Identificou-se que 68,5% dos respondentes eram do sexo masculino, e 31,5%, do feminino. Dentre eles, 37% possuiam entre 26 e 35 anos de idade; 4,2%, entre 56 e 65 anos, e nenhum tinha idade acima de 65 anos. Quanto ao grau de escolaridade, 44% possuiam o ensino medio e 10,6% ate o ensino fundamental. Sobre os motivos que os levavam a trafegar pela via, 54% utilizavam-na a trabalho, 46% a lazer ou turismo, 20% a estudo e 3% para realizar tratamento de saude. A intensidade dessa utilizacao era de 35% semanalmente, 23% diariamente e 16% mensalmente. Sobre os limites de velocidade, 82% os consideravam adequados. Quanto a acidentes na rodovia, 8,3% ja haviam sofrido algum. Em relacao a furtos e roubos, 4,2% e 1,1%, respectivamente, ja haviam sido vitimas deles.

5.2. Analise fatorial

Na Analise Fatorial, determinou-se o numero de fatores a serem utilizados para explicar as informacoes obtidas pelo questionario. Os criterios para estimar tal quantidade foram os autovalores de cada fator, a proporcao acumulada da variabilidade explicada pelos fatores e sua interpretabilidade (HAIR JR et al., 2009). Selecionaram-se varias amostras estratificadas, foram realizadas analises independentes e os mesmos fatores foram confirmados. Com base no porcentual de variabilidade explicada pelos fatores, optou-se pela estrutura com 3 fatores (40,3%). Uma melhor interpretacao deles foi possivel aplicando-se a rotacao ortogonal quartimax (HAIR JR et al., 2009). Na avaliacao da adequacao do modelo, o teste de KaiserMeyer-Olkin (KMO) foi de 0,752, proximo ao ideal (acima de 0,8). Mas inexiste um consenso sobre esse teste, razao pela qual foi necessario aplicar outro (MINGOTI, 2005). Rencher (2002) citado por Mingoti (2005), defende que se deve utilizar outro criterio para decidir pelo ajuste ou nao do modelo fatorial. Entao, aplicou-se o teste de Bartlett, que confirmou a correlacao significativa entre as variaveis (p-valor < 0,001) (MINGOTI, 2005). Logo, concluiu-se pela adequabilidade do ajuste do modelo de 3 fatores, que compreende as dimensoes: Fator 1 (explica 25% da variabilidade): eficiencia, seguranca, fluidez de trafego; Fator 2 (explica 8,3%): regularidade, continuidade, atualidade e generalidade; fator 3 (explica 7%): modicidade de tarifa, cortesia na prestacao do servico e conforto.

5.3. Mensuracao dos itens dos fatores

A avaliacao individual das questoes que descrevem a satisfacao dos respondentes com os servicos prestados pela Concessionaria deu-se por intermedio da nota media aritmetica de cada item, adequada as distribuicoes de dados com comportamento linear. Considera-se que, quanto maiores as notas, mais evidente a concordancia com as afirmativas.

Inicialmente, foram avaliados os itens que compoem o Fator 1 (Tabela 1).

A questao mais bem avaliada pelos usuarios foi a Q15 (Nos casos de acidentes, a equipe de socorro medico chega a tempo para prestar atendimento e fazer o resgate das vitimas quando necessario. A equipe e bem treinada e capacitada para fazer as intervencoes medicas.), apresentando media igual a 3,8. Neste caso, ainda que nem todos os usuarios facam uso desses servicos de assistencia, as informacoes sobre eles, ou alguma conduta observada pelos respondentes, levaram a esse resultado. Ja a Q12 (Ao precisar utilizar telefones publicos ao longo da via, nao ha problemas, eles estao la e sem nenhum risco a minha seguranca ao usa-los.) foi o item em que houve maior discordancia, com media igual a 2,4. Neste caso, a percepcao do usuario evidencia um descumprimento da Concessionaria ao que determina o PER, no capitulo introdutorio. Constata-se que ocorreu uma mudanca contratual durante a execucao do servico, sem que o usuario, destinatario dos servicos, fosse informado.

Quanto a eficiencia da comunicacao e do relacionamento da reguladora com o usuario (fazer denuncia pelo telefone 0800), apresentou limite inferior abaixo da media (Q24). Isso configura distanciamento, falta de comunicacao ou ineficiencia no relacionamento entre usuario e regulador. A seguranca do usuario, no periodo chuvoso, foi o segundo topico mais criticado negativamente (Q17). Essa desaprovacao indica o nao atendimento ao PER (item 2.4.2). A seguranca pessoal e patrimonial (Q16) mostrou-se fragil, ou seja, os usuarios pouco percebem a presenca de vigilantes e policiais ao longo da via, o que tambem fere previsao do PER (topico 6.8.1). Contudo, a porcentagem de respondentes que sofreram roubos e furtos (1,1% e 4,2%) foi avaliada como baixa. A eficiencia do atendimento as vitimas de acidentes teve otima avaliacao (Q15), com media igual a 3,8. Ainda obteve avaliacao muito positiva a questao sobre a fluidez do transito e a eficiencia da Concessionaria em garantir a continuidade do trafego, que permite que o tempo de viagem programado pelo usuario ocorra como planejado ou com pouca variacao.

No Fator 2, a melhor avaliacao foi a da Q10 (A pista e os acostamentos sao bem conservados e oferecem seguranca. No entorno da via a vegetacao e sempre aparada e as arvores podadas, permitindo boa visibilidade da paisagem, dos acessos e dos postos de servico.), com media de 4,1. A Q28 (A Concessionaria informa a existencia e mantem a disposicao nas pracas de pedagio e nas demais bases operacionais livros para registro de reclamacoes e sugestoes dos usuarios. Sempre que solicitados, esses livros sao prontamente apresentados ao usuario.) apresentou a menor avaliacao, com media igual a 3,1.

Percebe-se que a Concessionaria tem respeitado o principio da atualidade na prestacao de servicos, pois seus equipamentos sao modernos e novos. Nas cabines de cobranca de pedagios, em alguns casos, o veiculo pode passar direto, pois e reconhecido pelo sistema de fibra otica, caso em que a tarifa e quitada antecipadamente. E os servicos prestados mantem-se de acordo com os principios de regularidade e continuidade, com avaliacao media de 4,1.

De outro lado, a questao que trata da regularidade e generalidade apresentou a avaliacao mais baixa, com media igual a 3,1. Logo, a Concessionaria, ferindo disposicoes contidas no PER, nao tem informado aos usuarios que existem a sua disposicao, nas pracas de pedagio e nas bases operacionais, livros para registro de reclamacoes e sugestoes, sempre que julgarem necessario. Neste caso, a Concessionaria dificulta o acesso a informacoes importantes a fiscalizacao. A falta dessas informacoes pode gerar algum tipo de privilegio e prejudicar o interesse publico.

Ja no Fator 3, a Q26 (As informacoes prestadas pela concessionaria, verbais ou por panfletos, placas, jornais, radio, internet, sao corretas e adequadas, etc.) foi a questao mais bem avaliada, com media igual a 3,7. A pior foi a Q29 (Como usuario, sempre faco sugestoes, reclamacoes, e cobro quando vejo algo errado na rodovia.), que teve media igual a 2,7. Verificou-se que, durante a prestacao dos servicos, as informacoes seriam corretas e adequadas e os funcionarios atenderiam alguns quesitos de qualidade, tais como utilizacao de uniformes para facil identificacao (Q26). A educacao e a atencao individualizada aos usuarios tambem faz parte desse item. Salienta-se que os quesitos conforto, cortesia e comunicacao nao sao verificados quando o relacionamento e entre o usuario e a reguladora.

Finalmente, averiguou-se que a prestacao de servico pela Concessionaria foi considerada satisfatoria por 79% dos respondentes. Ha sinais de que os interesses dos usuarios, expressos no caput do art. 6 da Lei 8.987/95, estao sendo respeitados em sua maioria; embora sejam necessarias melhorias na prestacao dos servicos da rodovia, nao ha fortes indicios de possivel existencia do problema de agencia (STIGLER, 1971; JENSEN; MECKLING, 1976; CAMARA, 2006). Em sintese, a parceira parece gerar resultados positivos para os usuarios.

5.4. Avaliacao da confiabilidade das escalas e analise exploratoria

Antes de comparar os grupos em relacao a visao dos usuarios sobre os servicos prestados, avaliou-se a adequacao das escalas utilizadas para mensurar as variaveis (fatores). A consistencia interna das escalas e boa se o valor obtido esta acima do minimo aceitavel (0,6). No fator em que o valor estiver abaixo do minimo, deve-se inverter o sentido das perguntas ou exclui-las das analises.

A Tabela 4 mostra que existe adequacao das escalas utilizadas para mensurar a satisfacao geral com os itens dos fatores 1 e 2. Ja o fator 3 nao possibilitou a obtencao de confiabilidade, mesmo com inversoes e retirada de algumas variaveis.

Na analise exploratoria (Tabela 5), a percepcao dos respondentes, nos tres fatores, foi representada pela media das notas atribuidas as questoes contidas nos respectivos fatores.

Em media, houve concordancia entre as respostas sobre os itens utilizados para mensurar a satisfacao. O fator 2 foi o que apresentou a maior concordancia dos respondentes, com media de 3,7, que se refere-se a media aritmetica das respostas do conjunto de questoes que compuseram os fatores 1, 2 e 3.

5.5. Analise discriminante: variavel explicada satisfacao geral (satisfeitos ou insatisfeitos)

5.5.1. Selecao do modelo discriminante

Pretendeu-se identificar os fatores que explicam a satisfacao geral dos respondentes e a tendencia dessa relacao. A variavel resposta categorica refere-se a satisfacao geral e foi dividida nos grupos satisfeito e insatisfeito. A satisfacao foi considerada para os casos em que a avaliacao da satisfacao geral foi igual a otima ou boa (Tabela 6).

Em seguida, gerou-se o modelo para a determinacao dos indicadores mais apropriados para discriminar a satisfacao dos entrevistados. Esse modelo permitiu, a partir das caracteristicas dos respondentes, classifica-los em um dos tres fatores. Para apontar quais fatores possuiam maior poder de discriminacao dos grupos da satisfacao geral, utilizou-se o teste de Wilk's Lambda, que compara a media das notas de cada fator. Esse teste mostra quais variaveis independentes (fatores) classificam melhor os respondentes, a partir dos grupos de satisfacao.

Visualiza-se, na Tabela7, a existencia de diferenca significativa entre as notas medias atribuidas aos fatores eficiencia, seguranca e fluidez de trafego, de um lado, e, de outro, regularidade, continuidade, atualidade e generalidade, que distinguem, de forma significativa, os grupos de satisfacao geral. Ja no caso da dimensao modicidade de tarifa, cortesia e conforto, nao foi possivel verificar diferenca entre os grupos, porem essa e uma avaliacao realizada para cada fator individualmente.

5.5.2. Analise e interpretacao do modelo discriminante final

Nesta secao avalia-se o modelo final obtido, a partir da satisfacao com eficiencia, seguranca e fluidez e com regularidade, continuidade, atualidade e generalidade, que sao capazes de discriminar os grupos avaliados, alem de interpretar os resultados advindos do modelo.

Percebe-se, a partir da Tabela 8, que o modelo mostrou-se significativo (p-valor <0,05), com razoavel ajuste aos dados e uma explicabilidade de 40%, segundo o coeficiente de correlacao canonica, o que indica que esse porcentual da variabilidade dos grupos pode ser explicado pela funcao discriminante, ou seja, pelas variaveis de eficiencia, seguranca e fluidez e de regularidade, continuidade, atualidade e generalidade. Os valores obtidos sao considerados satisfatorios, por se tratar de um estudo da area social, em que o controle sobre o processo de formacao do fenomeno estudado inexiste e no qual outras variaveis nao incluidas no modelo podem se-lo, para ampliar sua eficiencia e aumentar seu poder explicativo.

6. CONSIDERACOES FINAIS

O objetivo desta pesquisa foi identificar as variaveis determinantes da eficacia da concessao publica, na avaliacao dos usuarios da rodovia Fernao Dias. A preocupacao com a qualidade, na AP, medida pela satisfacao ou insatisfacao do usuario do servico, visa a melhoria do bem-estar social.

Quanto ao perfil dos respondentes, no survey identificou-se que: i) a maioria dos participantes e do sexo masculino; ii) boa parte tem idade entre 26 a 65 anos; iii) a maior parcela possui somente o ensino medio; iv) as principais razoes que os levaram a utilizar a rodovia sao, respectivamente: trabalho, lazer ou turismo, estudo e tratamento de saude; v) essa utilizacao da-se na ordem: semanal, diaria e mensal; vi) a maior parte considera apropriados os limites de velocidade dela; vii) menos de 10% ja sofreu acidentes na via; e viii) uma pequena parte sofreu furtos ou roubos na pista.

Nao houve indicios de investidas do agente contra o principal. O principal encontra-se protegido desses riscos pelas normas e pelo contrato que regem a concessao. Em relacao a percepcao dos usuarios, a prestacao de servicos tem transcorrido de maneira eficiente. Por outro lado, as clausulas exorbitantes presentes na contratacao com a AP atendem ao interesse publico e encerram as possibilidades de captura do principal. Dessa forma, nao se vislumbra essa possibilidade, exceto, caso ocorra, de maneira ilicita por meio de corrupcao ou por descumprimento, pelo agente, dos quesitos referidos no contrato de concessao.

Quanto a fiscalizacao, a ANTT e presente na via e, em 2009, aplicou 205 termos de registro de ocorrencia e 15 autos de infracao. Contudo, o relacionamento da agencia com os usuarios mostrou-se incipiente, o que enfraquece o poder de fiscalizacao da agencia. Nota-se que a ANTT, mesmo criada no contexto da AP gerencial, nao tem conseguido estabelecer uma boa relacao com os usuarios, um consenso que constitui um entrave na expansao da fiscalizacao. Verificou-se que, em contrato, e previsto o estimulo a formacao de associacoes de usuarios para auxiliar na fiscalizacao.

Pode-se aferir que as variaveis determinantes da eficacia da concessao publica, conforme a avaliacao dos usuarios da rodovia, foram eficiencia, seguranca e fluidez, de um lado, e, de outro, regularidade, continuidade, atualidade e generalidade. Tal eficacia foi apontada como otima por expressiva parcela dos usuarios. Dessa forma, o usuario tende a preferir os servicos prestados pela Concessionaria aquele prestado diretamente pelo Poder Publico, mesmo tendo que pagar diretamente pelo servico e esse pagamento desonerar o Estado, ainda que este nao desonere o usuario.

Mesmo existindo acoes passiveis de autuacao da concessionaria, em vista da legislacao vigente, a concessao de rodovias a iniciativa privada sinaliza estar obtendo sucesso quanto a qualidade dos servicos prestados ao usuario, como preconiza a teoria. Mas e importante que essa parceria seja cercada por um sistema regulatorio que garanta a manutencao de servicos com qualidade e modicidade, finalidade publica do ato administrativo.

Como contribuicao academica, este estudo acrescenta-se as discussoes sobre o instituto concessao publica, possibilitando ampliar o debate sobre a concessao de rodovias, a partir da Fernao Dias, o que pode auxiliar seus pares em situacao de conflito de agencia, ainda que tal situacao nao esteja se apresentando, segundo a percepcao dos usuarios. Para os casos em que o equipamento publico funciona a deriva, este estudo mostrou-se efetivo ao captar variaveis relevantes que podem ser utilizadas em seus diagnosticos. Ja a gestao publica e privada, proporciona informacoes que poderao servir de base para os contratos de concessoes, pois ha um pedido explicitamente publico para que seja duplicada a segunda parte da BR-381 (considerada atualmente como a rodovia da morte). Os gestores podem utilizar os resultados obtidos seja no controle do Estado sobre a empresa privada, seja no setor privado sobre a operacionalizacao do servico prestado. Ainda, e necessario evitar ou dissipar os riscos de conflito de agencia, conforme enunciado pela teoria de agencia, estipulando mecanismos de controle ou de protecao do usuario. Nesse sentido, a governanca publica e o controle social passam a ser relevantes, tambem por gerarem maior transparencia sobre as acoes publicas e suas rupturas com a legislacao.

Os elementos teoricos e evidencias surgidos neste estudo permitem avancar em estudos de modelos de avaliacao de desempenho como instrumentos tanto de controle do Estado em rodovias, quanto de identificacao da existencia de oportunismo dos agentes neste caso especifico.

Como limitacao da pesquisa, indica-se a percepcao individual dos respondentes--um aspecto subjetivo. Recomenda-se sua extensao a outros usuarios, principalmente aqueles que utilizam a rodovia intensamente, como transportadoras de mercadorias, empresas de onibus, industrias, etc.

DOI: 10.5700/565

Recebido em: 7/10/2013

Aprovado em: 9/6/2015

Ezequias Ferreira de Souza

Mestre em Administracao pela Faculdade Novos Horizontes (FNH)--Belo Horizonte-MG, Brasil

E-mail: ezequias.souza@mestrado.unihorizontes.br

Wendel Alex Castro Silva

Professor-Pesquisador do Mestrado da Faculdade Novos Horizontes (FNH). Professor do

Unibh-ICSA--Belo Horizonte-MG, Brasil

Doutor em Administracao de Empresas pela UFLA

E-mail: wendel.silva@unihorizontes.br

Elisson Alberto Tavares Araujo

Mestre em Administracao de Empresas (Financas) pela Faculdade Novos Horizontes--Belo

Horizonte-MG, Brasil

E-mail: elisson.araujo@bb.com.br

Artigo--Administracao Publica

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ROMANIELO, E. S. Possiveis impactos da escolha do mecanismo de leilao utilizado em outorgas de concessao. In: ENCONTRO

NACIONAL DE ECONOMIA POLITICA, 14., 2009, Sao Paulo. Anais... Sao Paulo: SEP, 2009.

SANTOS, L. A. Politicas e experiencias de gestao e fortalecimento da funcao publica: a experiencia brasileira com a regulacao e as transformacoes na funcao regulatoria do estado. In: CONGRESO INTERNACIONAL DEL CLAD, 8., 2003, Panama. Anais... Panama: CLAD, 2003.

SAVI, E. M. S.; ALBUQUERQUE, A. A.; REBELATTO, D. A. N. Parcerias PublicoPrivadas (PPPs): uma alternativa para o desenvolvimento em infra-estrutura no cenario brasileiro. Revista de Desenvolvimento Economico, v. 11, n. 20, p. 76-87, 2009.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; HARLAND, Christine; HARRISON, Alan; JOHNSTON, Robert. Administracao da Producao. Sao Paulo: Atlas, 1997.

SOARES, R. P.; CAMPOS NETO, A. S. Das concessoes rodoviarias as parcerias publico-privadas: preocupacao com o valor do pedagio. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 34., 2006, Salvador/BA. Anais... Rio de Janeiro: ANPEC, 2006.

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APENDICE

PESQUISA COM USUARIOS

Convidamos voce para participar de uma pesquisa academica da Faculdade Novos Horizontes-BH e do mestrando Esequias Ferreira de Souza. Para isso, gostariamos de conhecer sua opiniao sobre a qualidade dos servicos prestados pela Concessionaria na rodovia Fernao Dias-BR 381. FAVOR NAO COLOCAR O NOME.

A) Caracteristicas do usuario:

1) Sexo: Masculino () Feminino ()

2) Qual e sua faixa etaria:

18 a 25 ()26 a 35 ()36 a 45 ()46 a 55 ()56 a 65 () acima de 65 ()

3) Qual e seu grau de instrucao:

Ensino fundamental--1a a 8a () Ensino medio () Superior ()Pos-graduacao ()

4) Quais sao os motivos que o levam a trafegar pela Fernao Dias-BR 381:

Trabalho () Lazer-Turismo () Estudo () Tratamento saude () Outros ()

5) Com que frequencia utiliza esta rodovia:

Diariamente () Semanalmente () Mensalmente ()Esporadicamente ()

6) Considera os limites de velocidade adequados para esta rodovia?Sim () Nao ()

7) Ja se envolveu em algum acidente na Fernao Dias?Sim () Nao ()

8) Ja sofreu assalto/roubo (caracteriza-se roubo com violencia contra a pessoa)?

Sim () Nao ()

9) Ja sofreu furto (caracteriza-se furto quando nao ha violencia contra a pessoa)?

Sim () Nao ()

B) Indique abaixo o grau de concordancia ou de discordancia com as declaracoes feitas quanto aos servicos prestados pela Concessionaria na Fernao Dias-BR 381.

Diante das afirmativas abaixo, marque o numero apropriado de acordo com sua concordancia:
                                        Discordo       Discordo
                                      Inteiramente   Parcialmente
                                          (DI)           (DP)

                                           1              2

                                           DI             DP

10) A pista e os acostamentos sao          1              2
bem conservados e oferecem
seguranca. No entorno da via,
a vegetacao e sempre aparada e
as arvores podadas, permitindo
boa visibilidade da paisagem,
dos acessos e dos postos de
servico.

11) Nos locais onde ha maiores             1              2
quantidades de pedestres, existem
passarelas para a travessia segura
deles.

12) Ao precisar usar telefones             1              2
publicos ao longo da via, nao ha
problemas, eles estao la e sem
nenhum risco a minha seguranca
ao usa-los.

13) As curvas perigosas, encostas          1              2
e outros pontos de risco da
rodovia sao guardados por grades
metalicas, muros e demais
elementos de seguranca. A rodovia
e bem sinalizada, e todos os
pontos perigosos, como curvas,
aclives, acessos e saidas de
veiculos, sao previamente
alertados. Sao poucos os riscos
para os viajantes.

14) A concessionaria mantem                1              2
constante vigilancia na via,
retira animais da pista e resolve
todos os problemas que ocorrem em
tempo adequado.

15) Nos casos de acidentes,                1              2
a equipe de socorro medico chega
a tempo para prestar atendimento
e fazer o resgate das vitimas
quando necessario. A equipe e bem
treinada e capacitada para fazer
as intervencoes medicas.

16) Ha presenca de policiais ao            1              2
longo da via e, em sintonia com
os funcionarios da concessionaria,
transmitem confianca e seguranca.

17) As valetas e a drenagem                1              2
da pista sao boas e quando chove
nao permitem a formacao de pocas
ou acumulo de agua sobre o
pavimento.

18) As placas de transito sao bem          1              2
localizadas, dimensionadas e de
boa visibilidade. A pintura e a
conservacao da sinalizacao na
pista permitem que as faixas
sejam bem visiveis, orientando
os motoristas.

19) Nos pontos mais criticos ou            1              2
perigosos existem taxas refletivas
(olhos de gato), pintura na pista
ou placas com setas indicativas ou
sonorizadores. Tambem, nos casos
emergenciais, a concessionaria
prontamente faz a sinalizacao no
local, garantindo a seguranca e
a fluidez do trafego.

20) As obras para correcao dos             1              2
defeitos e imperfeicoes da rodovia
sao continuas e rapidas. Sempre ha
informacao antecipada e
sinalizacao nas obras que sao
feitas, com orientacao sobre os
desvios e horarios de fechamento
da pista. Geralmente nao ha
engarrafamento.

                                           DI             DP

21) O numero de cabines e os               1              2
sistemas de arrecadacao da
concessionaria sao bem
dimensionados e isso permite que
o fluxo dos veiculos ocorra sem
grande perda de tempo ou formacao
de grandes filas.

22) A quantidade de 8 pedagios ao          1              2
longo da pista (BH/SP) e correta,
os servicos e melhorias oferecidos
atraves das obras e ampliacoes
valem o valor do pedagio e, quanto
aos reajustes ocorridos,
acho justo.

23) Os paineis de mensagens ao             1              2
longo da rodovia sao bastante
visiveis e bem localizados,
possibilitando uma facil leitura.
As mensagens sao uteis e
relevantes, informam sobre o
transito, acidentes,
engarrafamentos e como contatar
os servicos de apoio.

24) A rodovia e continuamente              1              2
fiscalizada pela Agencia Nacional
Transporte Terrestre. Sempre que
precisei fazer denuncias a agencia
(ANTT), fui bem atendido. O 0800
funciona bem, inclusive nos finais
de semana, e o tempo de espera ao
telefone e pequeno.

25) O trafego na rodovia tem boa           1              2
fluidez e sempre esta sob controle
da Concessionaria. O tempo que
programo para a viagem varia
muito pouco.

26) As informacoes prestadas pela          1              2
concessionaria, verbais ou por
panfletos, placas, jornais, radio,
internet, sao corretas e adequadas.
Os funcionarios sao uniformizados,
educados, simpaticos e oferecem
atencao individualizada ou mesmo
especial aos usuarios.

27) O tempo para a chegada ao              1              2
local e atendimento do Servico de
Apoio aos Usuarios--SAU (medico,
mecanico, guincho e inspecao de
trafego) e rapido e garante que
os usuarios tenham solucao para
os problemas.

28) A Concessionaria informa a             1              2
existencia e mantem a disposicao
nas pracas de pedagio e nas demais
bases operacionais livros para
registro de reclamacoes e
sugestoes dos usuarios. Sempre que
solicitados, esses livros sao
prontamente apresentados ao
usuario.

29) Como usuario, sempre faco              1              2
sugestoes, reclamacoes e cobro
quando vejo algo errado na
rodovia.

30) Ainda que a manutencao de              1              2
rodovias seja servico que, em
regra, e prestado diretamente pelo
Estado, prefiro a Concessionaria.

                                      Nao concordo     Concordo
                                      nem discordo   Parcialmente
                                          (N)            (CP)

                                           3              4

                                           N              CP

10) A pista e os acostamentos sao          3              4
bem conservados e oferecem
seguranca. No entorno da via,
a vegetacao e sempre aparada e
as arvores podadas, permitindo
boa visibilidade da paisagem,
dos acessos e dos postos de
servico.

11) Nos locais onde ha maiores             3              4
quantidades de pedestres, existem
passarelas para a travessia segura
deles.

12) Ao precisar usar telefones             3              4
publicos ao longo da via, nao ha
problemas, eles estao la e sem
nenhum risco a minha seguranca
ao usa-los.

13) As curvas perigosas, encostas          3              4
e outros pontos de risco da
rodovia sao guardados por grades
metalicas, muros e demais
elementos de seguranca. A rodovia
e bem sinalizada, e todos os
pontos perigosos, como curvas,
aclives, acessos e saidas de
veiculos, sao previamente
alertados. Sao poucos os riscos
para os viajantes.

14) A concessionaria mantem                3              4
constante vigilancia na via,
retira animais da pista e resolve
todos os problemas que ocorrem em
tempo adequado.

15) Nos casos de acidentes,                3              4
a equipe de socorro medico chega
a tempo para prestar atendimento
e fazer o resgate das vitimas
quando necessario. A equipe e bem
treinada e capacitada para fazer
as intervencoes medicas.

16) Ha presenca de policiais ao            3              4
longo da via e, em sintonia com
os funcionarios da concessionaria,
transmitem confianca e seguranca.

17) As valetas e a drenagem                3              4
da pista sao boas e quando chove
nao permitem a formacao de pocas
ou acumulo de agua sobre o
pavimento.

18) As placas de transito sao bem          3              4
localizadas, dimensionadas e de
boa visibilidade. A pintura e a
conservacao da sinalizacao na
pista permitem que as faixas
sejam bem visiveis, orientando
os motoristas.

19) Nos pontos mais criticos ou            3              4
perigosos existem taxas refletivas
(olhos de gato), pintura na pista
ou placas com setas indicativas ou
sonorizadores. Tambem, nos casos
emergenciais, a concessionaria
prontamente faz a sinalizacao no
local, garantindo a seguranca e
a fluidez do trafego.

20) As obras para correcao dos             3              4
defeitos e imperfeicoes da rodovia
sao continuas e rapidas. Sempre ha
informacao antecipada e
sinalizacao nas obras que sao
feitas, com orientacao sobre os
desvios e horarios de fechamento
da pista. Geralmente nao ha
engarrafamento.

                                           N              CP

21) O numero de cabines e os               3              4
sistemas de arrecadacao da
concessionaria sao bem
dimensionados e isso permite que
o fluxo dos veiculos ocorra sem
grande perda de tempo ou formacao
de grandes filas.

22) A quantidade de 8 pedagios ao          3              4
longo da pista (BH/SP) e correta,
os servicos e melhorias oferecidos
atraves das obras e ampliacoes
valem o valor do pedagio e, quanto
aos reajustes ocorridos,
acho justo.

23) Os paineis de mensagens ao             3              4
longo da rodovia sao bastante
visiveis e bem localizados,
possibilitando uma facil leitura.
As mensagens sao uteis e
relevantes, informam sobre o
transito, acidentes,
engarrafamentos e como contatar
os servicos de apoio.

24) A rodovia e continuamente              3              4
fiscalizada pela Agencia Nacional
Transporte Terrestre. Sempre que
precisei fazer denuncias a agencia
(ANTT), fui bem atendido. O 0800
funciona bem, inclusive nos finais
de semana, e o tempo de espera ao
telefone e pequeno.

25) O trafego na rodovia tem boa           3              4
fluidez e sempre esta sob controle
da Concessionaria. O tempo que
programo para a viagem varia
muito pouco.

26) As informacoes prestadas pela          3              4
concessionaria, verbais ou por
panfletos, placas, jornais, radio,
internet, sao corretas e adequadas.
Os funcionarios sao uniformizados,
educados, simpaticos e oferecem
atencao individualizada ou mesmo
especial aos usuarios.

27) O tempo para a chegada ao              3              4
local e atendimento do Servico de
Apoio aos Usuarios--SAU (medico,
mecanico, guincho e inspecao de
trafego) e rapido e garante que
os usuarios tenham solucao para
os problemas.

28) A Concessionaria informa a             3              4
existencia e mantem a disposicao
nas pracas de pedagio e nas demais
bases operacionais livros para
registro de reclamacoes e
sugestoes dos usuarios. Sempre que
solicitados, esses livros sao
prontamente apresentados ao
usuario.

29) Como usuario, sempre faco              3              4
sugestoes, reclamacoes e cobro
quando vejo algo errado na
rodovia.

30) Ainda que a manutencao de              3              4
rodovias seja servico que, em
regra, e prestado diretamente pelo
Estado, prefiro a Concessionaria.

                                        Concordo
                                      Inteiramente

                                           5

                                           CI

10) A pista e os acostamentos sao          5
bem conservados e oferecem
seguranca. No entorno da via,
a vegetacao e sempre aparada e
as arvores podadas, permitindo
boa visibilidade da paisagem,
dos acessos e dos postos de
servico.

11) Nos locais onde ha maiores             5
quantidades de pedestres, existem
passarelas para a travessia segura
deles.

12) Ao precisar usar telefones             5
publicos ao longo da via, nao ha
problemas, eles estao la e sem
nenhum risco a minha seguranca
ao usa-los.

13) As curvas perigosas, encostas          5
e outros pontos de risco da
rodovia sao guardados por grades
metalicas, muros e demais
elementos de seguranca. A rodovia
e bem sinalizada, e todos os
pontos perigosos, como curvas,
aclives, acessos e saidas de
veiculos, sao previamente
alertados. Sao poucos os riscos
para os viajantes.

14) A concessionaria mantem                5
constante vigilancia na via,
retira animais da pista e resolve
todos os problemas que ocorrem em
tempo adequado.

15) Nos casos de acidentes,                5
a equipe de socorro medico chega
a tempo para prestar atendimento
e fazer o resgate das vitimas
quando necessario. A equipe e bem
treinada e capacitada para fazer
as intervencoes medicas.

16) Ha presenca de policiais ao            5
longo da via e, em sintonia com
os funcionarios da concessionaria,
transmitem confianca e seguranca.

17) As valetas e a drenagem                5
da pista sao boas e quando chove
nao permitem a formacao de pocas
ou acumulo de agua sobre o
pavimento.

18) As placas de transito sao bem          5
localizadas, dimensionadas e de
boa visibilidade. A pintura e a
conservacao da sinalizacao na
pista permitem que as faixas
sejam bem visiveis, orientando
os motoristas.

19) Nos pontos mais criticos ou            5
perigosos existem taxas refletivas
(olhos de gato), pintura na pista
ou placas com setas indicativas ou
sonorizadores. Tambem, nos casos
emergenciais, a concessionaria
prontamente faz a sinalizacao no
local, garantindo a seguranca e
a fluidez do trafego.

20) As obras para correcao dos             5
defeitos e imperfeicoes da rodovia
sao continuas e rapidas. Sempre ha
informacao antecipada e
sinalizacao nas obras que sao
feitas, com orientacao sobre os
desvios e horarios de fechamento
da pista. Geralmente nao ha
engarrafamento.

                                           CI

21) O numero de cabines e os               5
sistemas de arrecadacao da
concessionaria sao bem
dimensionados e isso permite que
o fluxo dos veiculos ocorra sem
grande perda de tempo ou formacao
de grandes filas.

22) A quantidade de 8 pedagios ao          5
longo da pista (BH/SP) e correta,
os servicos e melhorias oferecidos
atraves das obras e ampliacoes
valem o valor do pedagio e, quanto
aos reajustes ocorridos,
acho justo.

23) Os paineis de mensagens ao             5
longo da rodovia sao bastante
visiveis e bem localizados,
possibilitando uma facil leitura.
As mensagens sao uteis e
relevantes, informam sobre o
transito, acidentes,
engarrafamentos e como contatar
os servicos de apoio.

24) A rodovia e continuamente              5
fiscalizada pela Agencia Nacional
Transporte Terrestre. Sempre que
precisei fazer denuncias a agencia
(ANTT), fui bem atendido. O 0800
funciona bem, inclusive nos finais
de semana, e o tempo de espera ao
telefone e pequeno.

25) O trafego na rodovia tem boa           5
fluidez e sempre esta sob controle
da Concessionaria. O tempo que
programo para a viagem varia
muito pouco.

26) As informacoes prestadas pela          5
concessionaria, verbais ou por
panfletos, placas, jornais, radio,
internet, sao corretas e adequadas.
Os funcionarios sao uniformizados,
educados, simpaticos e oferecem
atencao individualizada ou mesmo
especial aos usuarios.

27) O tempo para a chegada ao              5
local e atendimento do Servico de
Apoio aos Usuarios--SAU (medico,
mecanico, guincho e inspecao de
trafego) e rapido e garante que
os usuarios tenham solucao para
os problemas.

28) A Concessionaria informa a             5
existencia e mantem a disposicao
nas pracas de pedagio e nas demais
bases operacionais livros para
registro de reclamacoes e
sugestoes dos usuarios. Sempre que
solicitados, esses livros sao
prontamente apresentados ao
usuario.

29) Como usuario, sempre faco              5
sugestoes, reclamacoes e cobro
quando vejo algo errado na
rodovia.

30) Ainda que a manutencao de              5
rodovias seja servico que, em
regra, e prestado diretamente pelo
Estado, prefiro a Concessionaria.


De uma maneira geral indique abaixo qual e sua opiniao quanto aos servicos prestados pela Concessionaria Autopista Fernao Dias S/A:

() Otimo () Bom () Regular () Ruim () Pessimo

Adaptado de Marinho (2006).
Tabela 1--Media e IC para os itens do Fator 1
(Variaveis: eficiencia, seguranca e fluidez no transito)

                       Intervalo de
                      Confianca (95%)

Questoes    Media   Inferior   Superior

12           2,4      2,2        2,7
13           3,3      3,0        3,6
14           3,6      3,4        3,9
15           3,8      3,6        4,0
16           2,9      2,7        3,2
17           2,8      2,5        3,1
18           3,6      3,4        3,9
19           3,7      3,5        4,0
22           3,2      2,9        3,5
24           3,1      2,9        3,3
25           3,7      3,5        4,0
27           3,6      3,4        3,9

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 2--Media e IC para os itens do Fator 2
(regularidade, continuidade, atualidade e generalidade)

                       Intervalo de
                      Confianca (95%)

Questoes    Media   Inferior   Superior

10           4,1      4,0        4,3
20           3,2      2,9        3,5
21           3,8      3,5        4,1
28           3,1      2,9        3,3
30           4,1      3,9        4,4

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 3--Media e IC para os itens do Fator 3
(modicidade de tarifa (preco), cortesia na prestacao e conforto)

                      Intervalo de
                     Confianca (95%)

Questoes   Media   Inferior   Superior

11          2,9      2,6        3,2
23          3,5      3,2        3,8
26          3,7      3,5        3,9
29          2,7      2,5        3,0

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 4--Alfa de Cronbach avaliado para cada um dos constructos

Fator    Variaveis Incluidas      Itens        Itens     Alfa de
         nos Fatores            Invertidos   Excluidos   Cronbach

1        Eficiencia,                -            -        0,806
         seguranca, fluidez
         de trafego

2        Regularidade,              -            -        0,616
         continuidade,
         atualidade e
         generalidade

3        Modicidade de              -            -        0,458
         tarifa (preco),
         cortesia na
         prestacao e
         conforto

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 5--Caracterizacao da percepcao dos usuarios
sobre os fatores avaliados

Fator   Variaveis Incluidas nos Fatores

1       Eficiencia, seguranca, fluidez de trafego

2       Regularidade, continuidade, atualidade
        e generalidade

3       Modicidade de tarifa, cortesia na
        prestacao e conforto

                   Intervalo de
                  Confianca (95%)

Fator   Media   Inferior   Superior

1        3,3      3,2        3,5

2        3,7      3,5        3,8

3        3,2      3,1        3,4

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 6--Distribuicao dos entrevistados segundo
a satisfacao geral com o servico

Avaliacao         Satisfeito   Frequencia   Porcentual (IC 95%)

Otimo ou Bom         Sim           75        78,9 (70,6; 87,3)
Ruim ou Regular      Nao           20        21,1 (12,7; 29,4)

Total                              95              100,0

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 7--Teste de Wilk's Lambda

Fator   Itens Incluidos nos Fatores

1       Eficiencia, seguranca, fluidez de trafego
2       Regularidade, continuidade, atualidade e generalidade
3       Modicidade de tarifa (preco), cortesia na prestacao e
        conforto

Fator   Wilk's Lambda      F      P-valor

1           0,849        10,311   < 0,001
2           0,926        4,614     0,008
3           0,980        0,953     0,173

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 8--Avaliacao da significancia da funcao discriminante

Autovalor   % Variancia   Wilk's     Qui
             Explicada    Lambda   Quadrado

0,190          100%       0,840      16,0

Autovalor   G.L.    Sig.     Coef. Correl.
                               Canonica

0,190        2     < 0,001       0,40

Fonte: Dados da pesquisa.

Quadro 1--Trabalhos anteriores sobre concessao e PPPs

Autor (es)                               Objetivo

Perico e             Discutir o potencial do PPP no financiamento
Rebelatto (2005)     de obras e servicos publicos no Brasil.

Pereira e            Utilizar um modelo dinamico de equilibrio geral
Ferreira (2008)      para investigar os impactos do crescimento
                     economico e bem-estar associados a politica
                     PPP.

Cardoso et al.       Analisar a relacao entre concessionarias e
(2012)               a agencia reguladora do programa de concessoes
                     rodoviarias no Estado de Sao Paulo.

Resende, Oliveira    Identificar os possiveis problemas que limitem
e Souza (2009)       a utilizacao do modal ferroviario, com fulcro
                     nos parametros regulatorios dos sistemas de
                     concessao.

Carvalho (2010)      Analisar a presenca de problemas de assimetria
                     de informacao em uma subconcessao de servico
                     publico.

Andrade e            Investigar as alternativas possiveis de
Martins (2010)       contabilizacao dos ativos e passivos dos
                     contratos de concessao nos parceiros privados
                     e publicos.

Dal Vesco et al.     Verificar se a mudanca politica do governo do
(2011)               Parana, em 2003, afetou o risco dos contratos
                     entre Estado e concessionarios de rodovias.

Brandao et al.       Utilizar a teoria de opcoes reais para avaliar
(2012)               uma PPP em execucao: a linha 4 do metro de
                     Sao Paulo.

Cardoso et al.       Realizar uma analise comparada das notificacoes
(2012)               e ajustes contratuais em 12 concessoes de
                     rodovias de Sao Paulo vigentes em 2006.

Muller et al.        Propor um modelo regulatorio alternativo a
(2012)               determinacao das tarifas de pedagios
                     rodoviarios de cinco concessionarias do
                     Rio Grande do Sul.

Bogoni et al.        Verificar o nivel de investimento em rodovias
(2014)               do Rio Grande do Sul, a geracao de receitas e
                     despesas dos pedagios, para perceber se as
                     PPPs sao atraentes.

Minoru (2015)        Analisar as taxas de retorno (TIR) utilizadas
                     para a modelagem das tarifas-teto do setor de
                     rodovias federais.

Autor (es)                              Conclusoes

Perico e             O potencial de crescimento brasileiro
Rebelatto (2005)     pode ser alcancado.

Pereira e            O impacto potencial da lei das PPPs sobre o
Ferreira (2008)      crescimento e pouco significativo, mas os
                     ganhos de bem-estar podem ser expressivos.

Cardoso et al.       O atual modelo de concessao gera poucos
(2012)               incentivos a concessionaria.

Resende, Oliveira    Apesar dos fortes investimentos privados,
e Souza (2009)       nos ultimos anos a malha ferroviaria tem
                     operado longe do ideal.

Carvalho (2010)      A reducao dos precos das tarifas e a melhoria
                     no atendimento do servico publico foram
                     parcialmente atingidas.

Andrade e            As caracteristicas de controle, propriedade e
Martins (2010)       risco influenciam na contabilizacao e
                     evidenciacao das demonstracoes contabeis
                     produzidas.

Dal Vesco et al.     Os agentes sao oportunistas, mas a estrutura
(2011)               contratual manteve-se por meio de clausulas
                     de ajustes periodicos. Entao, nao se inferiu
                     que esse comportamento afetou o desempenho.

Brandao et al.       A aplicacao de opcoes reais explicitou a
(2012)               reducao do risco envolvido em projetos de
                     PPP para o concessionario.

Cardoso et al.       As renegociacoes obtidas nao alteraram os
(2012)               termos gerais do contrato, mas sim o cronograma
                     de obras e acrescimos nao previstos no programa
                     original, preservando o equilibrio financeiro
                     inicial do contrato.

Muller et al.        O modelo atual, com o descasamento entre o
(2012)               custo de capital e a TIR contratada, gera
                     ganhos anormais as concessionarias, o que
                     seria sanado pela proposta.

Bogoni et al.        A concessao mostrou-se atrativa ao setor
(2014)               privado, mas as deficiencias nas rodovias
                     demonstram a necessidade de os setores publico
                     e privado aumentar em os investimentos, para
                     melhorar a infraestrutura de transportes.

Minoru (2015)        A metodologia da TIR do Tesouro Nacional pode
                     ser aperfeicoada quanto ao grau de alavancagem
                     e capital de terceiros. E a taxa tem se
                     aproximado do custo de oportunidade do setor.

Fonte: Compilado pelos autores.
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