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  • 标题:Progressing in the theoretical discussion about IT portfolio management and its dimensions/Avancando na discussao teorica sobre a gestao do portfolio de TI e suas dimensoes/Avanzando en la discusion teorica sobre la gestion del portafolio de TI y sus dimensiones.
  • 作者:Dolci, Pietro Cunha ; Macada, Antonio Carlos Gastaud ; Pedrozo, Eugenio Avila
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2014
  • 期号:April
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
  • 摘要:O desenvolvimento de um campo teorico unificado e um objetivo valioso para qualquer area ou disciplina. Uma estrutura teorica e um dos requisitos para que uma area ou disciplina se torne ciencia (HUNT, 1971). Entretanto, tem sido apontada, na literatura, a falta de teorias e discussoes teoricas no campo de sistemas de informacao (SI) que considerem multiplas abordagens para a realizacao de pesquisas na area (GREGOR, 2006; SANCHES; PINHEIRO, 2009; RECKER, 2013). Esse campo possui um grande nivel de diversidade, especialmente quanto a disciplinas e fundamentacoes teoricas (BENBASAT; ZMUD, 2003), mas uma carencia de discussoes sobre o assunto. Em outras areas da Administracao, como marketing, essa discussao existe desde a decada de 1950 (BAUMOL, 1957).
  • 关键词:Financial analysis;Information management;Information technology;Information technology management;Investment analysis;Portfolio management;Securities analysis

Progressing in the theoretical discussion about IT portfolio management and its dimensions/Avancando na discussao teorica sobre a gestao do portfolio de TI e suas dimensoes/Avanzando en la discusion teorica sobre la gestion del portafolio de TI y sus dimensiones.


Dolci, Pietro Cunha ; Macada, Antonio Carlos Gastaud ; Pedrozo, Eugenio Avila 等


1. INTRODUCAO

O desenvolvimento de um campo teorico unificado e um objetivo valioso para qualquer area ou disciplina. Uma estrutura teorica e um dos requisitos para que uma area ou disciplina se torne ciencia (HUNT, 1971). Entretanto, tem sido apontada, na literatura, a falta de teorias e discussoes teoricas no campo de sistemas de informacao (SI) que considerem multiplas abordagens para a realizacao de pesquisas na area (GREGOR, 2006; SANCHES; PINHEIRO, 2009; RECKER, 2013). Esse campo possui um grande nivel de diversidade, especialmente quanto a disciplinas e fundamentacoes teoricas (BENBASAT; ZMUD, 2003), mas uma carencia de discussoes sobre o assunto. Em outras areas da Administracao, como marketing, essa discussao existe desde a decada de 1950 (BAUMOL, 1957).

Assim, e preciso estudar e relacionar diferentes assuntos e temas da area de tecnologia da informacao (TI) com diversas teorias que proporcionem subsidios para um melhor e mais amplo entendimento. Um assunto que vem sendo discutido em diferentes pesquisas em TI e a Gestao do Portfolio de TI (GPTI) (JEFFERY; LELIVELD, 2004; WEILL; ARAL, 2006; KUMAR; AJJAN; NIU, 2008; DOLCI; MACADA, 2011). O tema nao e um topico novo nas pesquisas em TI, uma vez que entrou para a literatura academica nos anos 1970, quando pesquisadores comecaram a estudar os sistemas no contexto da organizacao como um todo (LUCAS, 1973). Entretanto, em 2008 esse conceito ainda era considerado um tema em desenvolvimento (KUMAR; AJJAN; NIU, 2008).

Dessa forma, discussoes sobre a busca por elementos e subsidios teoricos que fundamentem assuntos e topicos na area de SI, como, por exemplo, a GPTI, sao necessarias.

Uma teoria, segundo Kerlinger (1973), e um conjunto de construcoes, definicoes e proposicoes inter-relacionadas que apresenta uma visao sistematica dos fenomenos por meio de uma especificacao de relacoes entre variaveis, com o objetivo de explicar. Dessa forma, este ensaio teorico busca estabelecer relacoes teoricas com diferentes teorias e campos teoricos para a GPTI e suas dimensoes, a partir do modelo proposto por Weill e Broadbent (1998).

Foi realizada uma extensa busca e levantamento de diferentes teorias que tivessem relacoes teoricas com a GPTI e suas dimensoes: infraestrutura, transacional, informacional e estrategica. As origens da GPTI estao fundamentadas nos estudos seminais referentes a teoria moderna de portfolio (MARKOWITZ, 1952). Entretanto, uma abordagem das relacoes entre as teorias e as dimensoes da GPTI, a maior contribuicao deste trabalho, nunca havia sido feita na literatura. Muitos estudos sobre o tema foram publicados em periodicos de negocio como, por exemplo, o MIT Sloan Management Review (WEILL; ARAL, 2006), e em livros voltados para a pratica (WEILL; BROADBENT; 1998; MAIZLISH; HANDLER, 2005). Essa constatacao abre espaco para um maior entendimento de como a GPTI pode ser embasada em diferentes teorias, alem de na teoria moderna de portfolio. Assim, neste ensaio foi realizada uma revisao e ampliacao do tema GPTI, utilizando-se como base as seguintes teorias: Teoria Institucional, Teoria da Producao, Qualidade da Informacao (QI) e Visao Baseada em Recursos (RBV).

A infraestrutura de TI foi relacionada com a teoria institucional, pois cada vez mais as organizacoes se parecem (DIMAGGIO; POWELL, 1983; HINNINGS, 2003), apresentando infraestruturas de TI que podem diferir em usos e atualizacoes, mas, geralmente, em essencia, sao as mesmas. A Teoria da Producao foi relacionada a dimensao transacional, pois tem sido utilizada para avaliar outputs, como o aumento da produtividade, a diminuicao de custos e a otimizacao de processos oriundos de diferentes inputs, como: capital, trabalho e investimentos em TI (BADESCU; GARCESAYERBE, 2009; KO, M.; CLARK; KO, D., 2008). Existe uma relacao direta entre a QI e a dimensao informacional: os investimentos em TI melhoram a qualidade das informacoes que sao utilizadas nas empresas (WEILL; BROADBENT, 1998; DOLCI; MACADA, 2011). Ja a dimensao estrategica foi relacionada a RBV, pois a questao teorica primaria desta teoria e por que as empresas se diferenciam pela criacao de vantagem competitiva (BARNEY, 1991; MADHOK, 2002), uma das caracteristicas da dimensao estrategica.

Nos itens seguintes sao revisados elementos fundamentais de cada uma das teorias, bem como aspectos relacionados com o tema de pesquisa. Nao sao apresentadas explicacoes amplas de cada uma das teorias e campos teoricos, mas sao enfatizados alguns de seus aspectos seminais e importantes, que depois sao relacionados ao tema GPTI e as suas dimensoes. Entao, sao realizadas discussoes e aproximacoes entre essas teorias e a GPTI e suas dimensoes. Por fim, sao apresentadas as principais consideracoes da pesquisa, as limitacoes e as pesquisas futuras.

2. A TEORIA MODERNA DE PORTFOLIO E A GESTAO DE PORTFOLIO DE TI: ORIGENS, CONCEITOS E DIMENSOES

A Gestao de Portfolio de TI (GPTI) tem sua raiz teorica na Teoria Moderna de Portfolio de Markowitz (1952), com o trabalho seminal Portfolio Selection. Esse artigo definiu o que e portfolio, qual sua utilizacao, alem de apresentar duas variaveis muito importantes relacionadas ao portfolio: risco e retorno. Assim, a GPTI e definida como o gerenciamento da TI como um portfolio de ativos similares a um portfolio financeiro, visando melhorar o desempenho do portfolio por meio do balanceamento entre risco e retorno dos diferentes investimentos (JEFFERY; LELIVELD, 2004).

A teoria referente a portfolio e utilizada em diferentes areas do conhecimento, como na Matematica, na Saude e na Administracao. Nesta ultima, observa-se, por exemplo, seu uso em marketing, no sentido de um portfolio de produtos de uma empresa com a quantidade de produtos que essa empresa possui para vender aos clientes finais (KOTLER; ARMSTRONG, 1993). Alem disso, utiliza-se a gestao de portfolio em pesquisa e desenvolvimento (P&D), para otimizar a alocacao dos recursos entre os projetos, a fim de balancear os riscos e beneficios e alinhar os projetos com as estrategias da empresa (DICKINSON; THORNTON; GRAVES, 2001). Utiliza-se o termo portfolio no contexto das aliancas em estrategias nas relacoes interorganizacionais, para identificar quais as aliancas mais vantajosas e que possuem um papel fundamental no desempenho das organizacoes (HOFFMAN, 2007).

Observa-se tambem a utilizacao dessa teoria na area de TI. O primeiro autor a explorar o tema portfolio na area de TI foi Warren McFarlan (1981), que estudou o portfolio de TI mais direcionado para o gerenciamento de projetos de TI. Assim como os investimentos financeiros, os investimentos em TI nas empresas podem ser concebidos nao como um portfolio financeiro, mas sim como um portfolio de TI que contem investimentos com diferentes objetivos gerenciais (WEILL; BROADBENT, 1998; MAIZLISH; HANDLER, 2005). A partir dos estudos seminais de Turner e Lucas (1985) sobre os objetivos empresariais, Weill e Broadbent (1998) identificaram quatro diferentes dimensoes (infraestrutura, transacional, informacional e estrategica) as quais todos os investimentos em TI podem ser alocados. Essas dimensoes, que foram estudadas por diferentes autores (WEILL; ARAL, 2006; DOLCI; MACADA, 2011), sao apresentadas a seguir.

A dimensao de infraestrutura de TI e a base do portfolio e proporciona a estrutura para os servicos de TI compartilhados (humanos e tecnicos, como, por exemplo, computadores pessoais, equipamentos de comunicacao, servidores, rede, laptops, base de dados, help desk, etc.). Representa investimentos realizados para prover uma base flexivel para as iniciativas de negocios futuros. Os beneficios com os investimentos que compoem esta dimensao estao ilustrados na Figura 1.

A dimensao transacional representa gastos e investimentos para suportar as tarefas diarias e operacionais da organizacao, tais como ordens de pedidos, controle de inventario, gestao de caixa, contas a receber, contas a pagar, relatorios de producao e outros processamentos cotidianos da empresa. Os beneficios com os investimentos que compoem esta dimensao estao ilustrados na Figura 1.

A dimensao informacional representa gastos e investimentos para melhorar a disponibilidade de informacoes para o gerenciamento e controle da empresa, suportando a tomada de decisao, o planejamento, a comunicacao, a contabilidade e as analises. Essas informacoes provem de resumos obtidos de sistemas componentes da dimensao transacionai. Os beneficios que compoem esta dimensao estao ilustrados na Figura 1.

A dimensao estrategica e composta de investimentos para reposicionar e manter a empresa no mercado. Os investimentos nesta dimensao tipicamente alteram a natureza dos servicos de TI e os processos organizacionais na industria. Dada a natureza dinamica da TI, muitos investimentos considerados estrategicos em um dado momento e espaco deixam de se-lo com o passar do tempo, em um processo de comoditizacao. E o caso, por exemplo, dos caixas eletronicos. Com sua introducao, alteraram-se os servicos entregues aos clientes bancarios e garantiram-se vantagens aos primeiros bancos que os adotaram. Hoje, entretanto, representam investimentos transacionais (e nao mais estrategicos), uma vez que se tornaram universalmente adotados.

[FIGURE 1 OMITTED]

A Figura 1 apresenta as dimensoes do portfolio de investimentos em TI segundo uma estrutura hierarquica, assim como os beneficios associados a cada uma delas. A seguir, sao apresentadas as teorias e campos teoricos relacionados com cada uma das dimensoes da GPTI.

3. TEORIA INSTITUCIONAL

Diferentemente da ecologia da populacao, que esta centrada em explicar por que ha tanta variacao nas organizacoes, estudiosos da teoria institucional questionam por que as organizacoes se parecem tanto ou o que as torna tao similares (DIMAGGIO; POWELL, 1983; HINNINGS, 2003). Alem disso, segundo Dimaggio e Powell (1983), o conceito de campo organizacional compreende um conjunto de organizacoes que, no agregado, constituem uma area conhecida da vida institucional: fornecedores-chave, clientes de recursos e produtos, agencias reguladoras e outras organizacoes que dispoem de produtos ou servicos semelhantes. Ainda segundo os autores, uma vez que as organizacoes emergem como um campo, um paradoxo surge: atores racionais criam e tornam suas empresas similares as demais em uma tentativa de muda-las.

As organizacoes sao pressionadas pelo ambiente, que as torna mais homogeneas, configurando o conceito de isomorfismo (DIMAGGIO; POWELL, 1983). Existem tres tipos de mecanismos: (i) coercitivo: decorre de expectativas sociais e de pressoes exercidas pelo Estado ou pela industria sobre organizacoes que dependem deles; (ii) mimetico: resulta da imitacao, por parte de uma organizacao, de arranjos estruturais e de estrategias de acao implementados com sucesso pelos concorrentes, num contexto de incerteza ocasionada por problemas tecnologicos, objetivos conflitantes e exigencias ambientais; e (iii) normativo: originase na esfera ocupacional, ao envolver o compartilhamento de normas e metodos de trabalho pelos membros dos segmentos profissionais.

Alem disso, uma ideia central e que as organizacoes adotam estruturas e sistemas nao em razao apenas da eficiencia das atividades da empresa, mas tambem para ganhar legitimidade (MEYER; ROWAN, 1977). A partir da dispersao da inovacao, alcanca-se popularidade, portanto a adocao da inovacao pode ser mais um fator para se legitimar perante as demais empresas do que para aumentar o desempenho. As organizacoes competem nao apenas por recursos e consumidores, mas tambem por poder politico, legitimidade social e para se ajustar a economia. O conceito de isomorfismo e uma ferramenta util para entender as politicas e cerimonias que permeiam qualquer vida organizacional moderna (DIMAGGIO; POWELL, 1983).

Estrategias mais racionais para uma organizacao individual podem nao ser adotadas por um numero elevado de empresas (MEYER; ROWAN, 1977; DIMAGGIO; POWELL, 1983). Segundo Scott (1995), elas nao sao apenas racionais, como pretendem ser, mas tambem detentoras de valores embutidos. Alem disso, a visao de institucionalizacao poe muito peso nos padroes culturais, enfatizando o controle exercido pelos valores sobre as condicoes.

4. TEORIA DA PRODUCAO

A teoria microeconomica e a estrategia de negocio podem fornecer bases uteis para a avaliacao dos beneficios da tecnologia (HITT; BRYNJOIFSSON, 1996). Esses autores apontam tres diferentes teorias para analisar topicos distintos: Teoria do Consumidor (valor para o consumidor), Teoria de Estrategia Competitiva (lucratividade do negocio) e Teoria da Producao (produtividade). Segundo Henderson e Quandt (1980), a teoria da producao faz parte da teoria microeconomica--segundo a qual os outputs ou saidas sao o resultado de varios inputs ou entradas--e se refere ao processo de conversao dos fatores de producao.

Ha varios anos a Teoria da Producao tem sido utilizada para avaliar a produtividade de diferentes inputs empresariais, como: capital, trabalho e gastos com pesquisa e desenvolvimento (BERNDT, 1991). Mais recentemente, tem sido utilizada para avaliar os investimentos em tecnologia (KO, M.; OSEI-BRYSON, 2006; KO, M.; CLARK; KO, D., 2008). Podemos citar os estudos de Brynjolfsson e Hitt (1995, 1996), que tiveram sucesso em demonstrar os resultados dos investimentos em tecnologia no desempenho, custos e processos da empresa. Alem disso, a teoria da producao, que e apontada como um campo teorico ainda em construcao, possibilita um entendimento da otimizacao dos processos de producao por meio dos fatores produtivos, como e o caso do uso da tecnologia (FANTI; MANFREDI, 2009).

Brynjolfsson (1993) e Brynjolfsson e Hitt (1996) realizaram pesquisas para medir a relacao entre os investimentos em TI e a produtividade, e criaram o termo "paradoxo da produtividade". Esse termo significa a dificuldade de verificar a influencia positiva dos investimentos em TI na produtividade da organizacao e a existencia do efeito "tardio" da TI, ou seja, a diferenca temporal entre os gastos em TI e os ganhos nos resultados da empresa.

Radhakrishnan, Zu e Grover (2008) realizaram uma pesquisa avaliando os trabalhos que mensuram o impacto da TI nas empresas. Considerando o relacionamento entre TI e um determinado output, os autores encontraram diferentes resultados. Algumas pesquisas determinaram que essa relacao e positiva (BRESNAHAN, 1986; DEVARAJ; KOHLI, 2000); negativa (BAILY, 1986; JORGENSON; STIROH, 1995); mista (ROACH, 1987; HITT; BRYNJOLFSSON, 1996); e inexistente (BAILY; CHAKRABARTI, 1988; KOSKI, 1999). Conforme mencionado, estudos mais recentes tem encontrado relacoes positivas maiores entre os investimentos em TI e os resultados das empresas (ADAMIDES; KARACAPILIDIS, 2006; BADESCU; GARCES-AYERBE, 2009).

Segundo Badescu e Garces-Ayerbe (2009), mais recentemente estudos sobre as empresas sao otimistas em relacao a contribuicao da tecnologia na produtividade. Com novos dados que tem sido disponibilizados pelo uso de novas metodologias e tecnologia utilizadas, estudos empiricos tem observado que a tecnologia gera aumentos na produtividade e crescimento economico.

5. QUALIDADE DA INFORMACAO

O campo de estudo qualidade da informacao, mesmo nao sendo muito recente, enfrenta um problema de organizacao de seu campo teorico (LIMA; MACADA, 2008). Varios estudos tem sido realizados sobre o assunto em diferentes contextos--dentre outros, desenvolvimento de uma metodologia de gestao da qualidade da informacao de servicos via Web (CAPPIELLO; PERNICI, 2006), modelos de qualidade de informacao para o setor bancario (LIMA; MACADA; KOUFTEROS, 2007), aspectos da qualidade da informacao sobre a garantia de revenda de produtos (BAAMAN, 2007), confiabilidade das informacoes em jornais eletronicos brasileiros (DE SORDI; MEIRELES; GRIJO, 2008)--, permitindo a consolidacao do tema como uma teoria utilizada neste estudo. Mesmo nao sendo considerada como uma teoria por si so, resgatando-se Kerlinger (1973) pode-se considerar que a qualidade da informacao implica um conjunto de construcoes, definicoes e proposicoes inter-relacionadas, apresentadas anteriormente, contendo uma visao sistematica dos fenomenos, possibilitada pela especificacao de relacoes entre variaveis, cujo objetivo e explicar o fenomeno analisado.

As pesquisas sobre qualidade da informacao desenvolvem-se sob diferentes ambitos ou dimensoes de analise (DE SORDI; MEIRELES; GRIJO, 2008). Ha muitas formas de categorizar as dimensoes da qualidade da informacao; Garvin (1988), Salmela (1997) e Huang, Lee e Wang (1999) sao alguns dos autores que esquematizaram diferentes conjuntos de dimensoes.

Huang, Lee e Wang (1999), por exemplo, elaboraram uma lista de quinze dimensoes para analise da informacao, classificadas em quatro categorias: (i) qualidade intrinseca: acuracia, objetividade, confiabilidade e reputacao; (ii) qualidade de acessibilidade: acesso e seguranca; (iii) qualidade contextual: relevancia, valoragregado, economia de tempo, completeza e quantidade de dados; e (iv) qualidade representacional: interpretabilidade, facilidade de uso, representacao concisa e representacao consistente.

Mais recentemente, em um estudo desenvolvido por Pipino, Lee e Wang (2002), foi apresentada uma serie de dimensoes para medir e analisar a qualidade da informacao (LIMA; MACADA; KOUFTEROS, 2007). As dimensoes sao apresentadas na Tabela 1.

6. VISAO BASEADA EM RECURSOS (RBV)

Os teoricos da Visao Baseada em Recursos, ou Resource Based View (RBV), veem as empresas como um conjunto de ativos e recursos que, se empregados de formas distintas, podem criar vantagem competitiva (CONNER, 1991; BARNEY, 1991; PETERAF, 1993). A RBV tem despertado grande interesse em estudiosos de diferentes areas, como as de gestao estrategica, gestao das operacoes, marketing e sistemas de informacao (LADO et al., 2006). Ela e considerada uma teoria elementar para entender as origens da vantagem competitiva (HOOPES; MADSEN; WALKER, 2003; BINGHAM; EISENHARDT, 2008). Segundo Bingham e Eisenhardt (2008), existem duas perspectivas sobre a estrategia: a primeira refere-se ao poder exercido externamente e a segunda aos recursos internos da organizacao.

De acordo com Barney (1991), um recurso com o potencial de criar vantagem competitiva deve conter alguns criterios, incluindo valor, raridade, imitabilidade e substitutabilidade. Recursos e capacidades sao considerados valorosos se permitirem que a organizacao explore e contenha as ameacas de seu ambiente (MCIVOR, 2009). O criterio de raridade esta relacionado com o numero de competidores que possuem recursos valiosos, que sao a fonte de vantagem competitiva. O criterio imitabilidade esta relacionado com a facilidade dos competidores em replicar o recurso valoroso e raro possuido por uma organizacao e com a sustentacao da vantagem competitiva. Finalmente, o criterio de substitutabilidade relaciona-se com a nao existencia de um recurso equivalente estrategicamente no mercado, onde as estrategias devem gerar uma vantagem competitiva duravel.

[FIGURE 2 OMITTED]

Segundo Madhok (2002), a questao teorica elementar da RBV e por que as empresas sao diferentes; ja o condutor principal dos estudos da RBV e a pesquisa sobre vantagem competitiva. Como afirmado por Barney (1991), utilizando-se os criterios e elementos da RBV, a vantagem competitiva e criada e sustentada ao longo do tempo, permitindo as organizacoes se diferenciarem e se destacarem na industria em que atuam. Na Figura 2 e apresentado um esquema no qual, na fase de criacao da vantagem competitiva, as empresas usam seus recursos valorosos, raros, de forma produtiva, o que permite uma vantagem competitiva no curto prazo. Na fase de sustentabilidade (sustainability), essa vantagem competitiva e sustentada ao longo do tempo pelo fato de os recursos possuirem algumas caracteristicas: imitabilidade, substitutabilidade e mobilidade (WADE; HULLAND, 2004).

A imitabilidade sustenta o valor do recurso na empresa e esta relacionada com a facilidade de outras empresas imitarem a adocao ou o investimento em uma determinada tecnologia. A sustentabilidade sustenta a raridade do recurso e esta relacionada a quantidade de tempo de uso daquela determinada tecnologia e quando sera utilizada ou vai ser disponibilizada para as outras organizacoes. E a mobilidade, que sustenta a raridade do recurso tambem, esta relacionada com a facilidade de disseminacao da tecnologia entre as empresas.

7. APRESENTACAO E DISCUSSAO DA RELACAO DAS TEORIAS COM AS DIMENSOES DA GPTI

A partir da revisao de diferentes teorias e campos teoricos, como a Teoria Moderna de Portfolio, a Teoria Institucional, a Teoria da Producao, a Qualidade da Informacao, a RBV e a apresentacao das caracteristicas e beneficios da GPTI, sao apresentadas, nesta secao, as relacoes entre cada uma das teorias com a GPTI e suas respectivas dimensoes.

7.1. A dimensao infraestrutura de TI e a teoria institucional

A dimensao infraestrutura foi relacionada a teoria institucional por diferentes motivos. As empresas investem em infraestrutura de TI, e muitas delas utilizam as mesmas tecnologias ofertadas no mercado. O que pode ser diferente sao os usos dessas tecnologias. Dessa forma, como apontado por DiMaggio e Powell (1983) e Hinnings (2003), cada vez mais as organizacoes se parecem. Diferentes infraestruturas de TI, como bancos de dados, a parte fisica de comunicacao (cabeamento e equipamentos), provedores de internet, sistemas de backup e de hardware, podem diferir em valores e atualizacoes, mas, em essencia, praticamente as mesmas estruturas sao utilizadas pela empresas. Outro aspecto e a teoria institucional, que fornece suporte no que tange aos objetivos das empresas. Muitas organizacoes realizam investimentos nesta dimensao com o objetivo de mudar a estrutura da empresa, mas acabam tornando-a mais semelhante a de outras empresas (DIMAGGIO; POWELL, 1983; HINNINGS, 2003).

Existem forcas externas que pressionam as empresas a adotar determinado tipo de infraestrutura de TI. Podem-se citar diferentes isomorfismos utilizando como base os conceitos de Dimaggio e Powell (1983): o isomorfismo coercitivo, caracterizando, por exemplo, pelas pressoes governamentais para as empresas utilizarem a nota fiscal eletronica; o isomorfismo mimetico, caso em que as organizacoes imitam umas das outras a adocao de uma determinada infraestrutura de TI, quando identificam sucesso no uso pelos concorrentes; e, por ultimo, o isomorfismo normativo, quando existe o compartilhamento de normas e metodos de trabalho, mediante o uso de determinadas infraestruturas de TI pelos membros dos segmentos profissionais, como, por exemplo, a substituicao da comunicacao tradicional de telefone pelo uso de bate-papo virtual e de ferramentas de comunicacao on-line (Skype) ou uso de tecnologias de troca de informacoes digitais, como o Dropbox. Ressalta-se que as empresas podem comprar infraestrutura de TI de outras organizacoes que a possuem. Entretanto, e a maneira de usa-la que vai diferencia-las. Zwicker et al. (2007) defendem que o uso da TI deve ser analisado em sua relacao com a geracao de valor na empresa e com a efetividade de seus beneficios para o negocio. Assim, essas empresas podem ser similares no processo de compra e obtencao de infraestrutura de TI, por exemplo, mas podem se diferenciar de acordo com os objetivos que possuem.

O conceito de isomorfismo e uma ferramenta util para entender as politicas e cerimonias que permeiam qualquer vida organizacional moderna (DIMAGGIO; POWELL, 1983). Um fator determinante e que as organizacoes podem adotar estruturas e sistemas nao em razao da eficiencia num sentido de contingencia direto, mas para ganhar legitimidade (MEYER; ROWAN, 1977). A partir da dispersao da inovacao, sua adocao pode fornecer mais legitimidade do que aumentar o desempenho. As organizacoes competem nao apenas por recursos e consumidores, mas tambem por poder politico e legitimidade. Dessa forma, a empresa pioneira que adquire a infraestrutura mais moderna, a qual e depois seguida e copiada pelas demais, pode ser motivada nao apenas pelo aumento do desempenho, integracao do negocio ou reducao dos custos de TI, mas tambem pela possibilidade de ganhar legitimidade e poder. Muitas organizacoes, alem de serem racionais, possuem valores proprios (SCOTT, 1995), e a utilizacao de novas TIs pode proporcionar a busca por legitimidade e por aspectos mais subjetivos, e nao apenas materiais e financeiros. Uma ilustracao da relacao entre a teoria institucional e os investimentos na dimensao infraestrutura de TI e apresentada na Figura 3.

[FIGURE 3 OMITTED]

7.2. A dimensao transacionai e a teoria da producao

A dimensao transacionai esta relacionada a teoria da producao pelo fato de que esta teoria avalia a forma pela qual diferentes inputs resultam em outputs para as empresas (HENDERSON; QUANTD, 1980). A Teoria da Producao tem sido utilizada para avaliar outputs como o aumento da produtividade, a diminuicao de custos e a otimizacao de processos (BRYNJOLFSSON; HITT, 1995; BRYNJOLFSSON; HITT, 1996; BADESCU; GARCES-AYERBE, 2009; FANTI; MANFREDI, 2009), oriundos de diferentes inputs, como: capital, trabalho, investimentos em TI e gastos com pesquisa e desenvolvimento (BERNDT, 1991; KO; OSEI-BRYSON, 2006; KO, M., CLARK; KO, D. 2008). Essa relacao entre os inputs e os outputs e apresentada na Figura 4.

[FIGURE 4 OMITTED]

Os investimentos em TI referentes a dimensao transacional podem ser considerados como inputs (conforme mostrado na Figura 4) que acarretam diferentes beneficios para as organizacoes. Conforme apresentado na Figura 1, os beneficios da dimensao transacional sao: aumento da produtividade, reducao dos custos, otimizacao dos processos e integracao dos dados. A partir do referencial teorico referente a Teoria da Producao, realizaram-se relacionamentos e convergencias entre a teoria e os beneficios da dimensao.

Utilizando a Teoria da Producao e os investimentos em TI, pode-se inferir que os gastos em tecnologia servem de inputs, proporcionando os beneficios mencionados anteriormente como outputs. Os processos de transformacao consistem nas pessoas e processos utilizados para transformar esses investimentos na TI em beneficios para as organizacoes. Cabe ressaltar dois aspectos: primeiro, os investimentos em TI melhoram os processos da empresa, um vez que eles otimizam e auxiliam as empresas a alcancar novos beneficios; segundo, a integracao dos dados e proporcionada por tecnologias transacionais, tais como sistemas ERP, sistemas de compensacao e sistemas para controlar a balanca de entrada de cargas de caminhoes, sustentadas por diferentes processos de transformacao, por exemplo.

7.3. A dimensao informacional e a qualidade da informacao

O campo teorico Qualidade da Informacao fomece subsidios conceituais a dimensao Informacional. Foram utilizados, nesta abordagem, os trabalhos de Pipino, Lee e Wang (2002) e de Lima, Macada e Koufteros (2007), dos quais foram utilizadas as dimensoes da qualidade da informacao relacionadas com a dimensao informacional da GPTI.

Existe uma relacao direta entre a QI e a dimensao informacional: foram identificados estudos que apontam diferentes beneficios dos investimentos em TI, desde questoes transacionais (DOLCI; MACADA, 2011) ate estrategicas (SANCHEZ; MACADA; SAGARDOY, 2014). Os investimentos em TI tambem podem melhorar a qualidade das informacoes utilizadas nas empresas (WEILL; BROADBENT, 1998; DOLCI; MACADA, 2011). Alem disso, existem outras relacoes, que sao apresentadas a seguir, utilizando-se como ponto de referencia a Tabela 1.

As dimensoes da QI relacionadas com o beneficio da dimensao informacional de aumentar os controles sao: consistencia, reputacao, credibilidade, seguranca e livre de erros. A dimensao consistencia refere-se a apresentacao da informacao sempre no mesmo formato, permitindo uma melhor visibilidade das informacoes e, assim, um controle maior. A reputacao esta relacionada a precedencia da informacao, cuja fonte e conteudo sao levados em consideracao, caracterizando-se uma relacao com o controle da informacao. A seguranca diz respeito a restricao ao acesso a informacao. Ja a dimensao livre de erros refere-se a quanto ela e correta e confiavel, e evidencia o controle exercido sobre as informacoes.

As dimensoes da QI relacionadas com o beneficio da dimensao informacional de integrar as informacoes sao: facilidade de uso, concisao, objetividade, relevancia e entendimento. A facilidade de uso diz respeito a facilidade de manipular a informacao e se utiliza em diferentes tarefas, o que evidencia sua relacao com o beneficio, pois a integracao das informacoes consiste em todos utilizarem a mesma informacao nas diferentes tarefas. A concisao diz respeito a quanto a informacao e compacta, o que caracteriza uma maior integracao das informacoes para melhor auxiliar o gestor na tomada de decisao. A objetividade diz respeito a nao dispersao da informacao e a sua imparcialidade, o que auxilia a integracao das informacoes entre os departamentos da organizacao. A relevancia esta relacionada com a tarefa desempenhada pelos gestores, na qual a informacao e aplicavel e colabora com as tarefas na empresa.

As dimensoes da QI relacionadas com o beneficio da dimensao informacional de obter mais informacoes sao: acessibilidade, quantidade, completeza e entendimento. A acessibilidade diz respeito a quanto a informacao e disponivel ou sua recuperacao e facil e rapida, auxiliando o gestor a obter a informacao desejada mais rapidamente. A quantidade esta relacionada com o quanto a informacao e adequada a tarefa que esta sendo desempenhada. A completeza refere-se a falta de informacoes para as tarefas desempenhadas na empresa, o que esta intimamente ligado com o beneficio de obter mais informacoes, pois nao ter a informacao desejada e tao prejudicial quanto nao ter informacao suficiente. Ja o entendimento diz respeito a quanto a informacao e entendida na empresa, pois nao adianta realizar investimentos em TI para obter mais informacoes se as pessoas nao entendem o que estao utilizando como subsidio para a tomada de decisao.

Por fim, as dimensoes da QI relacionadas com o beneficio da dimensao informacional de reduzir o tempo de ciclo sao: interpretabilidade e volatilidade. A interpretabilidade diz respeito a informacao estar em uma linguagem, simbolo e unidade claros, o que reduz os problemas de identificacao das informacoes e reduz o tempo de sua circulacao pela organizacao. Alem disso, a volatilidade esta relacionada ao tempo tambem, pois diz respeito a atualizacao da informacao para a tarefa a qual ela se destina, o que reduz o tempo de busca e identificacao e faz com que ela flua com maior rapidez entre os setores da empresa. As dimensoes da QI que correspondem aos beneficios da dimensao informacional sao apresentadas na Figura 5.

[FIGURE 5 OMITTED]

7.4. A dimensao estrategica e a visao baseada em recursos

Conforme mencionado, existem duas perspectivas sobre a estrategia (BINGHAM; EISENHARDT, 2008): uma referente ao poder exercido externamente e a outra aos recursos internos da organizacao. Os investimentos em TI, ou seja, como recursos internos, classificados na dimensao estrategica, proporcionam beneficios relacionados a inovacao, a prover servicos de forma diferenciada, a competitividade e ao posicionamento no mercado. Todos esses beneficios estao associados a relacao da empresa com o mercado em que atua e a criacao de vantagem competitiva por meio da inovacao, posicionamento no mercado e diferenciacao nos servicos prestados. Dessa forma, essa dimensao foi relacionada com a visao baseada em recursos.

Segundo Madhok (2002), a questao teorica elementar da RBV e por que as empresas sao diferentes, que e uma das caracteristicas da dimensao estrategica. Nesta dimensao, todos os esforcos dos gestores ao investir em TI sao empreendidos justamente para diferenciar suas empresas dos concorrentes. A vantagem competitiva, utilizando-se os criterios e elementos da RBV, deve ser criada e sustentada ao longo do tempo, permitindo as organizacoes se diferenciar e se destacar na industria em que atuam (BARNEY, 1991).

Resgatando a Figura 1, na fase de vantagem competitiva, o uso produtivo da TI, que pode ser considerado valioso e raro quando a empresa possui uma tecnologia nova que nenhuma empresa tenha ou utilize, permite a criacao de vantagem competitiva. Essa vantagem e sustentada ao longo do tempo, em razao de algumas caracteristicas da tecnologia, em uma fase chamada de sustentabilidade. Nesta fase, a vantagem competitiva e sustentada por algumas caracteristicas da TI: imitabilidade, ou seja, o quanto e facil ou dificil as outras empresas imitarem; substitutabilidade, isto e, quanto vai demorar para as outras empresas usarem ou adquirirem determinada tecnologia; e a mobilidade, que diz respeito a rapidez com que a TI vai ser disseminada entre as empresas.

Os investimentos em TI considerados estrategicos e, por isso, alocados na dimensao estrategica da GPTI sao dificeis de classificar e, apos classificados, permanecerem dessa forma durante algum periodo, em razao das caracteristicas mencionadas no paragrafo anterior. Um exemplo dessa fluidez foi a criacao e uso da Automate Teller Machine (ATM). Segundo Weill e Broadbent (1998), a implantacao da ATM foi um caso de sucesso do uso estrategico da TI nos anos 80. O Citibank, pioneiro no uso em grande escala da ATM, em Nova York, mudou os bancos para sempre. Para o Citibank, essa estrategia foi brilhante, pois forneceu acesso 24 horas de seus clientes aos seus fundos, enquanto lhes pedia que colocassem os dados de entrada eles mesmos. Essa estrategia de inovacao de produtos e de processos e a entrega dos servicos de forma renovada foram muito bem-sucedidas e, junto a outras iniciativas do banco, permitiram aumentar a participacao de mercado de 4% para 13%. O impacto no mercado forcou os outros bancos a responder rapidamente e a construir redes de ATM com altos custos.

[FIGURE 6 OMITTED]

Percebe-se que essa tecnologia era um recurso raro e valioso para a empresa, pois esta se diferenciou das demais organizacoes utilizando uma tecnologia dificil de imitar e substituir, cara para adquirir e cuja utilizacao implicou altos custos. Hoje em dia, as empresas que utilizam ATM nao se destacam em relacao as demais; ao contrario, tornou-se uma obrigacao dos bancos possuir essa tecnologia, o que caracteriza a fluidez comentada. A partir da revisao da RBV e com exemplos e discussoes, evidenciou-se a relacao existente entre a dimensao estrategica da GPTI e a teoria proposta.

A seguir, na Figura 6, sao apresentadas as teorias utilizadas e abordadas neste ensaio como fundamentacao teorica para a GPTI e suas dimensoes.

8. CONSIDERACOES FINAIS

O objetivo deste ensaio teorico, de estabelecer relacoes teoricas entre diferentes teorias e campos teoricos para a GPTI e suas dimensoes, foi contemplado. A GPTI e suas dimensoes (infraestrutura, transacional, informacional e estrategica) foram relacionadas com diferentes teorias e campos teoricos, e seus conceitos e principais elementos foram abordados. Utilizaram-se ainda exemplos para corroborar os achados na literatura e fortalecer as relacoes entre a teoria e o tema GPTI.

A primeira relacao estabelecida que possuia fundamentacao na literatura foi a GPTI ter-se originado na teoria moderna de portfolio de Markowitz (1952). A GPTI e calcada na analise de riscos e retornos dos diferentes investimentos em TI realizados pelas organizacoes, que possui relacao direta com os trabalhos de Markowitz (1952, 1959). Essas variaveis determinam a maneira pela qual o gestor realiza seus gastos em tecnologia levando em conta os recursos que possui, com o objetivo de maximizar seus investimentos e alcancar os objetivos empresariais que a cupula da organizacao estabelece (DATZ; 2003; MAIZLISH; HANDLER, 2005; CHO, 2009).

As relacoes entre as teorias e as dimensoes da GPTI, que nao haviam sido abordadas pela literatura, foram a maior contribuicao deste trabalho. Foram identificados diferentes estudos que utilizaram as dimensoes da GPTI, mas nao apresentaram um conjunto de teorias que pudesse explicar outros fenomenos relacionados aos investimentos realizados em TI. Dessa forma, neste ensaio teorico foi possivel propor que outras teorias, alem da teoria moderna de portfolio, sejam utilizadas para maior compreensao do assunto. As teorias utilizadas podem proporcionar aos pesquisadores do tema uma lente para o entendimento mais profundo das atividades e processos relacionados as dimensoes e elementos da GPTI.

Ressalta-se que diferentes teorias foram analisadas e se mostraram distantes conceitualmente dos propositos deste trabalho, como, por exemplo, a Teoria dos Custos de Transacao e a Ecologia da Organizacao. Cabe ressaltar que as teorias, embora se apresentem como a forma mais eficiente de explicar fenomenos contemporaneos pelo uso dos conhecimentos atuais, tem por caracteristicas serem de carater provisorio, estar sempre abertas a revisao e se apresentar de muitas formas (NEUMAN, 2006). As teorias escolhidas proporcionam um melhor entendimento dos fenomenos que podem ocorrer em cada uma das dimensoes. Como Ouchi (1979) destaca, muitas teorias apresentam similaridades, mas podem ser consideradas distintas para explicar diferentes temas. Dessa forma, as proposicoes realizadas neste ensaio nao podem ser consideradas como verdades absolutas, mas permitem avancos na compreensao do tema GPTI. Alem disso, podem auxiliar a abrir novos caminhos para reinterpretar e aprofundar o tema, onde novas relacoes e proposicoes possam surgir.

A dimensao infraestrutura foi relacionada a Teoria Institucional em razao de suas caracteristicas--as empresas cada vez mais desejam se diferenciar e acabam realizando investimentos em servidores, comunicacao, computadores, que resultam em uma semelhanca maior entre as organizacoes. Como foi mencionado, muitas organizacoes realizam investimentos nesta dimensao com o objetivo de mudar a estrutura da empresa, mas acabam tornando-as mais semelhantes as demais (DIMAGGIO; POWELL, 1983; HINNINGS, 2003). O que se altera nas empresas e a utilizacao dessas tecnologias, a forma como elas utilizam a TI que pode gerar a diferenciacao entre as empresas. Entretanto, analisando a dimensao infraestrutura de TI, percebe-se que cada vez mais as organizacoes se parecem umas com as outras, o que e um dos conceitos fundamentais da teoria institucional. Alem disso, ha o aspecto subjetivo, ou seja, essa teoria proporciona as bases para entender os motivos que levam as empresas a realizar investimentos para se parecerem entre si em razao das questoes de legitimidade e politicas. Segundo Meyer e Rowan (1977), ha ainda o aspecto simbolico, pois a TI pode ser considerada como uma forma de mostrar a forca e a capacidade da organizacao.

A Teoria da Producao, por sua vez, forneceu as bases para analisar a dimensao transacional. A tecnologia foi analisada como um input na organizacao, onde todos os beneficios advindos desse investimento em TI puderam ser relacionados com os beneficios da dimensao transacional. Conforme a literatura (BERNDT, 1991; KO; OSEI-BRYSON, 2006; KO, M.; CLARK; KO, D., 2008; BADESCU; GARCES-AYERBE, 2009), as empresas utilizam investimentos de capital, de P&D, de pessoal e tambem de TI com o objetivo de reduzir custos, aumentar a produtividade e otimizar processos, que sao os beneficios da dimensao transacional. Dessa forma, a teoria proporciona subsidios para entender como as empresas realizam seus processos diarios e rotineiros. Apenas para o beneficio de integracao dos dados nao pode ser observada diretamente a utilizacao da teoria, pois essa e uma caracteristica especifica dos investimentos em TI; no entanto, em pesquisas anteriores com gestores brasileiros esse beneficio foi identificado (DOLCI; MACADA, 2011).

A qualidade da informacao foi utilizada para fornecer embasamento teorico a dimensao informational. Todas as dimensoes da QI foram associadas com os beneficios da dimensao informational. Utilizando-se pesquisas sobre o tema, foi possivel realizar relacoes teoricas, nas quais foi expresso com maiores detalhes cada um dos beneficios da dimensao. Diferentes aspectos conceituais foram utilizados para realizar as aproximacoes entre o campo teorico e os beneficios da dimensao. Utilizaram-se os beneficios da QI de diferentes autores (PIPINO; LEE; WANG, 2002; LIMA; MACADA; KOUFTEROS, 2007), relacionando-os com os beneficios da dimensao informacional da GPTI. Assim, foi possivel identificar como os beneficios da GPTI podem ser alcancados pelo uso das informacoes nas empresas e dos beneficios da credibilidade, relevancia, seguranca e acessibilidade, por exemplo.

A RBV foi utilizada para proporcionar suporte a dimensao estrategica. Diferentes caracteristicas e conceitos da teoria foram abordados e, depois, relacionados com os beneficios da dimensao. Inovacao (KOSTOPOULOS; SPANOS; PRASTACOS, 2002), vantagem competitiva (WADE; HULLAND, 2004), diferenciacao (MADHOK, 2002) e posicionamento no mercado (FINNEY; LUEG; CAMPBELL, 2008) sao os beneficios da dimensao, objetos de estudo de diferentes pesquisas sobre RBV, o que permitiu a realizacao da associacao da teoria com essa dimensao. Segundo Santos e Reinhard (2007), a RBV auxilia no entendimento dessas questoes, mostrando que a utilizacao estrategica dos recursos da empresa leva a sustentacao de sua vantagem competitiva. Alem disso, foi abordado que os investimentos em TI alocados nesta dimensao variam com o tempo, uma vez que um investimento inicial e considerado estrategico, conforme o exemplo da ATM fornecido, pois proporciona vantagem competitiva e demais beneficios mencionados, mas depois e considerado como transacional e ate mesmo como infraestrutura. Esse aspecto ilustra que os investimentos em TI devem ser realizados sempre com o objetivo de criar vantagem competitiva, dificultar a imitacao e sustentar essa vantagem ao longo do tempo.

Cabe ressaltar que as dimensoes da GPTI foram analisadas de forma separada e relacionadas com diferentes teorias, para avancar e fornecer bases para um maior entendimento do tema. Entretanto, a GPTI e uma ferramenta que pode auxiliar os executivos a gerenciar melhor seus investimentos em TI e nao apenas analisar uma ou duas dimensoes. A GPTI proporciona uma visibilidade de todos os investimentos em TI nas empresas, por meio da utilizacao de suas quatro dimensoes exploradas neste estudo a partir de diferentes teorias e campos teoricos. Percebe-se, por exemplo, uma relacao das dimensoes infraestrutura e estrategica com o ambiente externo, a primeira com o intuito de homogeneizacao e a segunda de diferenciacao. As duas dimensoes devem ser utilizadas em conjunto, mas cada uma pode possibilitar um entendimento maior de um fenomeno que esteja ocorrendo com as empresas em um determinado momento.

Assim, as relacoes e associacoes realizadas neste ensaio entre as diferentes teorias e a GPTI e suas dimensoes permitem a exploracao de novos estudos. Como agenda de pesquisa, a partir deste ensaio, propoe-se a realizacao de estudos com o objetivo de explorar mais o tema, corroborar e ampliar as proposicoes deste ensaio. As diferentes teorias podem ser exploradas enfocando-se cada uma das dimensoes e teorias. A teoria institucional, por exemplo, poderia ser utilizada com a dimensao infraestrutura, destacando-se os principais elementos das empresas que as tornam semelhantes e verificando-se mais especificacoes dos isomorfismos e sua influencia ou impacto nas demais dimensoes e no portfolio da empresa como um todo. Alem disso, poder-se-ia explorar na pratica como os gestores analisam a dimensao estrategica a luz da RBV, que possibilita perceber como os investimentos em TI podem tornar as empresas mais competitivas e como sustentar essa vantagem ao longo do tempo. Outro estudo que pode ser realizado envolveria validar e explorar com executivos de TI de diferentes empresas e setores as dimensoes da qualidade da informacao relacionadas as dimensoes da GPTI propostas neste ensaio.

DOI: 10.5700/rege531

Recebido em: 15/12/2011

Aprovado em: 1/4/2014

Pietro Cunha Dolci

Professor Adjunto na Universidade de Santa Cruz do Sul--Porto Alegre-RS, Brasil

Doutor em Administracao pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

E-mail: pcdolci@gmail.com

Antonio Carlos Gastaud Macada

Professor Associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul--Porto Alegre-RS, Brasil

Doutor em Administracao pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

E-mail: acgmacada@ea.ufrgs.br

Eugenio Avila Pedrozo

Professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul--Porto Alegre-RS, Brasil

Doutor pelo Institut National Polytechnique de Lorraine

E-mail: eugenio.pedrozo@ufrgs.br

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Tabela 1--Dimensoes Para Medir e Analisar a Qualidade da Informacao

Dimensoes                               Descricao

Acessibilidade        O quanto o dado e disponivel, ou sua
                      recuperacao e facil e rapida

Quantidade            O quanto o volume de dados e adequado a
                      tarefa

Credibilidade         O quanto o dado e considerado verdadeiro

Completeza            O quanto nao ha falta de dados e que sejam
                      de profundidade e amplitude suficientes para
                      a tarefa

Concisao              O quanto o dado e representado de forma
                      compacta

Consistencia          O quanto o dado e sempre apresentado no
                      mesmo formato

Facilidade de Uso     O quanto o dado e facil de manipular e de
                      ser usado em diferentes tarefas

Interpretabilidade    O quanto o dado esta em linguagem, simbolo
                      e unidade adequados, e possui definicoes
                      claras

Livre de Erros        O quanto o dado e correto e confiavel

Objetividade          O quanto o dado nao e disperso e imparcial

Relevancia            O quanto o dado e aplicavel e colaborador
                      a tarefa

Reputacao             O quanto o dado e valorizado de acordo com
                      sua fonte ou conteudo

Seguranca             O quanto o dado e apropriadamente restrito
                      para manter sua seguranca

Volatilidade          O quanto o dado e suficientemente atualizado
                      para a tarefa

Entendimento          O quanto o dado e facilmente compreendido

Fonte: Adaptado de Pipino, Lee e Wang (2002) e de
Lima, Macada e Koufteros (2007).
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