A study on the use of andragogy in post-graduation education in administration/Um estudo sobre a utilizacao de andragogia no ensino de pos-graduacao em administracao/Un estudio sobre la utilizacion de andragogia en la ensenanza de postgrado en administracion.
Shinoda, Ana Carolina Messias ; Tumelero, Cleonir ; Merino, Martin Hernani 等
1. INTRODUCAO
A andragogia e uma abordagem de ensino com foco no publico adulto,
que vem ganhando significativa importancia nos ultimos anos, a partir do
expressivo crescimento do numero de adultos que estao retornando as
salas de aula. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicilios (PNAD), em 2008, 6,3 milhoes de pessoas frequentavam o ensino
superior de graduacao e pos-graduacao no Brasil, o que ja representava
11,3% do total de estudantes (IBGE, 2008). Alem disso, especificamente
na posgraduacao stricto sensu, em 2009, havia 161 mil estudantes, dos
quais 5,5 mil estavam inscritos no curso de Administracao e Ciencias
Contabeis (CAPES, 2010a). De acordo com a Coordenacao de Aperfeicoamento
de Pessoal de Nivel Superior (CAPES) (2010a), o numero de alunos na
posgraduacao stricto sensu em Administracao e Ciencias Contabeis cresceu
20,8% entre os anos de 2005 e 2009. Dada a expressividade desse publico,
e necessario compreender suas peculiaridades e adequar os metodos de
ensino a ele.
A necessidade de uma abordagem com foco especifico no adulto advem
da premissa de que adultos e criancas aprendem de formas diferentes.
Alguns pesquisadores propuseram teorias a respeito dessas diferencas,
que devem ser levadas em conta para facilitar o aprendizado (LINDEMAN,
1926; GIBB, 1960; KNOWLES; HOLTON III; SWANSON, 2009). De forma
resumida, podem-se destacar as seguintes particularidades: os adultos
precisam entender por que devem aprender algo e qual o ganho que terao
nesse processo, tem de utilizar a experiencia adquirida ao longo da vida
para construir o aprendizado, tem de se autodirigir (no sentido de ter
autonomia) e usar situacoes reais da vida; alem disso, sua motivacao e
mais interna do que externa (autoestima e desenvolvimento, e nao notas,
por exemplo).
Ha bastante discussao a respeito da validade de tais principios,
especialmente no que diz respeito ao que supostamente diferencia a
educacao de adultos da educacao de criancas, pois, a principio, criancas
tambem precisariam entender por que estao aprendendo determinado
conceito, tambem teriam experiencias validas para construir o seu
aprendizado. De acordo com Davenport e Davenport (1985), a andragogia
foi contestada por inumeros pesquisadores (HOULE, 1972; LONDON, 1973;
MCKENZIE, 1977; LEBEL, 1978; ELIAS, 1979; CARLSON, 1979; COURTENEY e
STEVENSON, 1983; RACHAL, 1983).
No entanto, o foco do presente estudo nao e averiguar a validade da
andragogia ou de seus principios. Parte-se da constatacao de que adultos
tem necessidades diferenciadas, que devem ser levadas em consideracao
pelas escolas para definir a melhor abordagem de ensino. Assim,
procura-se entender como os alunos de pos-graduacao em Administracao
percebem a utilizacao da andragogia em seu curso.
O foco em administracao advem do interesse de contribuir para a
melhoria da qualidade do ensino nessa area especifica. Por outro lado, a
pesquisa concentrou-se nos cursos mais bem avaliados porque esses cursos
devem estar entre os mais avancados na qualidade da educacao. Dessa
forma, justifica-se a replicacao do estudo no contexto brasileiro do
ensino de Administracao.
Por conseguinte, este estudo, aplicado aos alunos dos cursos de
pos-graduacao stricto sensu em Administracao mais bem avaliados no
estado de Sao Paulo, pretende identificar o modo como percebem a
utilizacao da andragogia.
Buscou-se tambem como objetivos secundarios verificar se genero,
idade, curso (mestrado/ doutorado), escola (FEA/ EAESP) e atuacao como
professor influenciam a percepcao de utilizacao de andragogia.
As escolas do estado de Sao Paulo nas quais se aplicou a pesquisa
foram a Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade da
Universidade de Sao Paulo (FEA-USP) e a Escola de Administracao de
Empresas da Fundacao Getulio Vargas (EAESP-FGV).
2. REVISAO BIBLIOGRAFICA
A revisao bibliografica aborda, no primeiro momento o contexto
historico no qual evoluiram a conceituacao da andragogia e seus
principios; em seguida, apresenta a mensuracao do processo de
aprendizagem da andragogia.
2.1 A evolucao do conceito e os principios da andragogia
O presente estudo aborda o ensino para adultos e, para melhor
esclarecer de onde surgiu e como se desenvolveu a andragogia, devemos
partir do ensino convencional, a pedagogia. Para Knowles, Holton III e
Swanson (2009), a pedagogia ou aprendizagem direcionada e um metodo no
qual o aluno e dependente do professor e as leituras e exercicios
designados sao de total responsabilidade do facilitador (DEAQUINO, 2007;
KNOWLES; HOLTON III; SWANSON, 2009; CONNER, 2010). Segundo os autores,
os alunos sao motivados por fatores extrinsecos, como notas, aprovacao,
competicao, dentre outros. Forrest III e Peterson (2006) e Knowles,
Holton III e Swanson (2009) complementam que a experiencia do aluno nao
vale muito no ambiente pedagogico, pois se acredita que uma crianca
possui pouca ou nenhuma experiencia relevante.
Ja o termo andragogia, que vem do grego andra (adulto) e agogus
(lider de), tem como significado "a arte de liderar adultos".
O termo se diferencia de pedagogia, que, advindo de paid (crianca) e
agogus (lider de), significa "a arte de liderar criancas"
(DEAQUINO, 2007).
E importante mencionar que pedagogia e andragogia nao sao opostos,
mas complementares. DeAquino (2007) aponta que a pedagogia e a
andragogia se encontram nas extremidades opostas de um continuo, no qual
criancas tem maior afinidade com a abordagem pedagogica e adultos mais
familiaridade com a abordagem andragogica. Knowles, Holton III e Swanson
(2009) expecficam que algumas vezes a pedagogia e necessaria para o
ensino de adultos, por diversos motivos: quando os adultos nao tem
familiaridade com o tema ou quando estao ha muito tempo longe dos
estudos. Knowles, Holton III e Swanson (2009) assinalam tambem que
muitos adultos ainda nao tem a capacidade de ser autodirecionados e
questionadores e, portanto, necessitam de uma abordagem pedagogica.
Historicamente, o ensino para adultos se desenvolveu como uma
teoria dominante a partir da segunda metade do seculo XX (HOLTON III;
WILSON; BATES, 2009; MERRIAM; CAFFARELLA, 1999). Em uma revisao sobre o
surgimento da andragogia, o Nottinghan Andragogy Group (1983, apud
DAVENPORT; DAVENPORT, 1985) descreve que foi Alexander Kapp, um
professor alemao de gramatica, quem cunhou o termo andragogia em 1833,
ao descrever alguns elementos da teoria filosofica de Platao.
Essa especie de ensino surge a partir da premissa de que adultos
nao aprendem como aprendem as criancas, dado que ja possuem certa carga
de experiencia e que procuram preencher as lacunas de sua experiencia
vivencial (FORREST III; PETERSON, 2006). Para McGregor (1960), os
adultos buscam a autoorientacao, sao criativos, tem responsabilidade
sobre si e suas atividades e estabelecem seu conhecimento com base em
suas educacionais.
Lindeman (1926) acentua a importancia do ensino para adultos como
uma forma de permitir a autorrealizacao dos homens, que podem entao
expressar suas potencialidades em uma sociedade democratica. Essa
argumentacao e reforcada por Zmeyov (1998), que explicita que a
perspectiva andragogica confere liberdade ao individuo no processo de
aprendizagem, partindo das habilidades humanas para um aproveitamento
mais completo do potencial humano.
Knowles, Holton III e Swanson (2009) e Jarvis (1985, apud DEAQUINO,
2007) argumentam que andragogia e uma aprendizagem autodirecionada, ou
seja, o professor nao e o detentor do conhecimento, mas um facilitador
que deve auxiliar na educacao centrada nas necessidades e desejos dos
alunos, e que o aluno e responsavel por sua educacao e evolucao
profissional, e pelas decisoes que toma em sua vida, alem de ser
motivado por fatores internos. Houle (1972) assinala que o ensino para
adultos e uma cooperacao entre facilitador e aprendiz e entre
aprendizes. Kolb (1984) diz que a aprendizagem de adultos e muito mais
efetiva quando apresentada de forma vivencial e nao de forma passiva; o
aluno precisa entrar em contato com o que esta sendo apresentado a ele.
Forrest III e P eterson (2006) dizem que o aluno adulto tem a
necessidade de aplicar prontamente aquilo que foi aprendido. Essas
perspectivas podem ser sintetizadas na definicao de andragogia proposta
por Knowles (1980:43; "a arte e ciencia de ajudar os adultos a
aprenderem".
Uma vez contextualizadas as visoes sobre andragogia, e oportuno
compreender seus principios.
Lindeman (1926) foi o precursor dos principios e destacou cinco
pressupostos-chave para a educacao de adultos: (1) adultos sao motivados
a aprender na medida em que experimentam que suas necessidades e
interesses sao satisfeitos; (2) a orientacao para a aprendizagem esta
centrada na vida; (3) o centro da metodologia da educacao do adulto deve
ser a experiencia; (4) adultos tem uma profunda necessidade de serem
autodirigidos; (5) as diferencas individuais entre as pessoas cresce com
a idade, e por isso a educacao de adultos deve considerar as diferencas
de estilo, tempo, lugar e ritmo de aprendizagem.
Gibb (1960) assim apresenta seus principios relativos a
aprendizagem de adultos: (1) a aprendizagem deve ser centrada em
problemas; (2) a aprendizagem deve ser centralizada em experiencias; (3)
a experiencia deve ser significativa para o estudante; (4) o aprendiz
deve ter liberdade de analisar a experiencia; (5) as metas e a pesquisa
devem ser fixadas e executadas pelo aluno; (6) o aluno deve receber
feedback sobre o seu progresso em relacao as metas.
Os principios formulados por Knowles, Holton III e Swanson (2009)
reforcam alguns dos principios de Lideman (1926) e Gibb (1960). Sao
eles: (1) a necessidade de conhecer: os adultos necessitam saber a
utilidade e valor do material que eles estao usando antes de se
envolverem na aprendizagem; (2) autoconceito de individuo: o
autoconceito do adulto aprendiz e autodirecionado e autonomo; (3) o
papel da experiencia: as experiencias previas sao o mais rico recurso
disponivel para o individuo que aprende; (4) prontidao para aprender:
entre os adultos, a prontidao para aprender depende da valorizacao da
relevancia do topico tratado e de como ele contribui para sua situacao
de vida e problemas; (5) orientacao para a aprendizagem: a orientacao
dos adultos para aprender e centrada no problema, centrada na tarefa e
centrada na vida; o que os motiva e perceber que o conhecimento os
ajudara a desempenhar tarefas e resolver problemas; (6) motivacao: os
adultos estao direcionados principalmente por pressao interna, pela
motivacao, pelo desejo de autoestima e pela meta realizada.
A partir dos principios apresentados, e possivel avancar para a
mensuracao do processo de aprendizagem da andragogia, segundo elementos
definidos por Knowles (1995).
2.2 A mensuracao do processo de aprendizagem da andragogia
Knowles (1995), em sua teoria, deu especial atencao a aplicacao
pratica da andragogia. Em sua obra Designs for Adult Learning foram
explicitados os elementos necessarios ao desenho do processo de
aprendizagem para adultos, que se configuram em oito elementos: (1)
preparar os aprendizes; (2) clima; (3) planejamento; (4) diagnostico das
necessidades; (5) definicao dos objetivos; (6) desenho dos planos de
aprendizagem; (7) atividade de aprendizagem; (8) avaliacao. A descricao
de cada elemento e apresentada no Quadro 1.
Cabe por fim ressaltar que alguns pesquisadores desenvolveram
instrumentos para examinar a andragogia sob diferentes aspectos: definir
a orientacao educacional do professor, verificar a aplicacao da
andragogia na percepcao de alunos e de professores, analisar a relacao
de diferentes variaveis com a preferencia pelo uso da andragogia, dentre
outros aspectos (HADLEY, 1975; CONTI, 1978, KERWIN, 1979; CHRISTIAN,
1982; KNOWLES, 1987; SUANMALI, 1981; LESNIAK, 1995; MCCOLIN, 1998;
PINHEIRO, 1999; PERRIN, 2000; ASHLEY-BAISDEN, 2001, apud WILSON, 2005).
A primeira iniciativa, nesse sentido, foi feita por Hadley (1975)
ao criar o Educational Orientation Questionnaire (EOQ), um instrumento
que determina a orientacao educacional no continuo da pedagogia e
andragogia dos professores. Ele criou um instrumento com 60 itens, 30
dos quais favoraveis a andragogia e 30 favoraveis a pedagogia.
Em estudo posterior, Conti (1978) criou um instrumento chamado
Principles of Adult Learning Scale (PALS), que mensura a frequencia com
que o individuo aceita e adere aos principios de aprendizado congruentes
com o modo de ensino colaborativo.
A partir do questionario criado por Hadley (1975), Kerwin (1979)
criou o Educational Description Questionnaire (EDQ), com o objetivo de
examinar se os alunos percebiam diferencas entre as orientacoes
pedagogica e andragogica dos educadores, alem de analisar se existiam
diferencas significativas entre andragogia e pedagogia.
Os estudos de Hadley (1975) e Kerwin (1979) foram utilizados por
Christian (1982 apud WILSON, 2005) para criar um instrumento capaz de
identificar preferencias dos estudantes por um ambiente pedagogico ou
andragogico, que foi chamado de Student Orientation Questionnaire (SOQ).
O proprio Knowles (1987 apud WILSON, 2005) criou um instrumento
chamado The personal HRD Style Inventory, como uma forma de ajudar
educadores na sua orientacao para o aprendizado de adultos. No entanto,
essa ferramenta ainda nao foi testada cientificamente.
Outros pesquisadores criaram instrumentos para medir de alguma
forma a utilizacao da andragogia (SUANMALI, 1981; LESNIAK, 1995;
MCCOLIN, 1998; PINHEIRO, 1999; PERRIN, 2000; ASHLEY-BAISDEN, 2001). No
entanto, nenhum instrumento havia focado os elementos do processo de
andragogia sugeridos por Knowles (1995). Tal instrumento foi
desenvolvido somente a partir do estudo de Wilson (2005) e, dado que se
entende que os elementos sao uma forma de avaliar a aplicacao da
andragogia na pratica, o instrumento desenvolvido pela autora foi
escolhido como base para a presente pesquisa.
3. METODOLOGIA
A partir do objetivo de identificar qual e a percepcao sobre o uso
da andragogia nos cursos de pos-graduacao stricto sensu em
Administracao, desenvolveu-se uma pesquisa de campo quantitativa e
descritiva, utilizando-se um modelo nao-experimental (MARCONI e LAKATOS,
2003).
Esse tipo de estudo tem em vista entre seus propositos, "[...]
uma detalhada descricao quantitativa de um determinado fenomeno"
(TRIPODI; FELLIN; MEYER, 1975, p. 64). A escolha do enfoque quantitativo
deve-se ao fato de que os resultados de uma pesquisa quantitativa tendem
a provar se as crencas e as proposicoes de um pesquisador estao proximas
ou nao da realidade do ambiente (SAMPIERI, COLLADO e LUCIO, 2006).
Alem disso, a pesquisa quantitativa permite uma medicao objetiva,
por meio da quantificacao dos resultados obtidos (GODOY, 1995),
envolvendo coleta e analise de dados numericos e aplicacao de testes
estatisticos (COLLIS E HUSSEY, 2005).
Como metodo para responder a questao pesquisa foi realizado um
estudo de enfoque quantitativo, que utiliza a medicao numerica e a
abordagem estatistica para aprender com a maior exatidao possivel os
padroes de comportamento da populacao pesquisada (SAMPIERI; COLLADO;
LUCIO, 2006).
O metodo escolhido foi o survey descritivo, a partir de uma amostra
nao probabilistica por conveniencia, determinada pela disponibilidade
dos participantes (FREITAS et at, 2000) e composta por alunos dos cursos
de pos-graduacao stricto sensu em Administracao das universidades mais
bem avaliadas pela CAPES, no estado de Sao Paulo: a Faculdade de
Economia, Administracao e Contabilidade da Universidade de Sao Paulo
(FEA-USP) e a Escola de Administracao de Empresas de Sao Paulo da
Fundacao Getulio Vargas (EAESP-EAESP-FGV) (CAPES, 2010b). A escolha
especifica do publico de pos-graduacao stricto sensu foi feita por dois
motivos. O primeiro, relacionado a escolha do foco em pos-graduacao, e
que um aluno que escolhe um curso de pos-graduacao ja e um adulto do
ponto de vista psicologico e, portanto, esta inserido no publico a que
se aplica a andragogia. O segundo, relacionado ao foco no stricto sensu,
decorre do fato de estes alunos terem maior chance de se tornarem
futuros professores o que torna relevante indagar se eles ja tiveram
contato com abordagens andragogicas no seu proprio aprendizado.
Assim, a amostra foi constituida por 84 alunos de pos-graduacao em
Administracao da FEA-USP e por 55 alunos de pos-graduacao em
Administracao da EAESP-EAESP-FGV-um total de 139 estudantes.
O instrumento de coleta foi um questionario estruturado e impresso
composto por duas partes e aplicado presencialmente com a participacao
de pelo menos um dos pesquisadores. Conforme sera explanado abaixo, a
primeira parte contem a Escala dos Elementos do P rocesso de Andragogia
de Wilson (2005) e a segunda, dados descritivos.
A Escala dos Elementos do Processo de Andragogia de Wilson (2005)
consta de 22 variaveis, agrupadas em seis dimensoes (Objetivos de
Aprendizagem, Estabelecimento do Clima, Avaliacao, Preparacao dos
Alunos, Desenho da Experiencia de Aprendizagem e Atividades de
Aprendizagem). A referida escala foi aplicada para se conhecer o grau de
concordancia que cada individuo atribui a aplicacao das variaveis dos
elementos do processo de andragogia no seu cenario de aprendizagem. Os
dados descritivos subordinam-se ao objetivo de caracterizar a composicao
da amostra e compreendem: 1) sexo; 2) idade; 3) nivel academico; e 4)
experiencia anterior como professor.
Dessa maneira, a Escala dos Elementos do Processo de Andragogia foi
operacionalizada por intermedio de uma escala de cinco pontos, variando
de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente).
A escala encontrava-se apenas em ingles, o que tornou necessaria
uma traducao reversa (back translation) para o portugues, feita com o
auxilio de pesquisadores que possuem dominio de ambas as linguas e que
conhecem do tema aqui estudado, conforme sugerem Mallinckrodt Wang
(2004).
Elaborado o questionario, foi realizado um preteste. Segundo
Malhotra (2001, p. 290) "[...] o pre-teste se refere ao teste do
questionario em uma pequena amostra de entrevistados, com o objetivo de
identificar e eliminar problemas potenciais". Nesse sentido, o
questionario foi submetido a dois pre-testes com cinco e tres estudantes
de mestrado da FEA-USP, buscando analisar dificuldades por dos alunos
quanto a linguagem, as instrucoes, ao formato, a compreensao da escala,
dentre outras dificuldades potenciais. Assim, apos os dois pretestes, o
questionario, submetida pequenas modificacoes foi considerado apto para
a coleta de dados.
A coleta de dados ocorreu em diferentes salas de aula de ambas as
universidades selecionadas, e efetuou-se da seguinte maneira: 1)
realizacao de um breve relato padronizado sobre a pesquisa e o
questionario; 2) entrega do questionario aos estudantes; e 3)
recolhimento dos questionarios apos o preenchimento, que teve uma
duracao media de 10 minutos. Cuidados eticos foram devidamente
considerados durante a coleta. T odos os pesquisadores seguiram o mesmo
protocolo na aplicacao da pesquisa, nao tendo havido nenhum tipo de
coercao sobre o respondente ou promessas de recompensas.
4. ANALISE DOS RESULTADOS
Os dados foram analisados com os softwares estatisticos SPSS 15.0
(Statistical Package for the Social Science) e SYSTAT 12.0. Depois dos
procedimentos de valores omissos, deteccao de outliers e da normalidade
das variaveis, a amostra permaneceu em 139 observacoes, sendo
considerada apta para iniciar as analises estatisticas.
4.1 Caracterizacao da amostra
Com relacao a caracterizacao da amostra, na Tabela 1, observa-se
que o maior porcentual da amostra sao alunos de mestrado (62,6%) da
EAESP-FGV (69,1% dos mestrandos).
Ainda e pertinente assinalar que, de uma forma geral, houve
predominancia de respondentes do genero masculino (61,9%), sendo que
essa incidencia foi maior entre os alunos da EAESPFGV (65,5% de homens)
do que entre os alunos da FEA-USP (59,5% de homens). Ja o genero
feminino apresentou um porcentual de 38,1%, sendo ligeiramente maior na
FEA-USP (40,5% de mulheres) do que na EAESP-FGV (34,5% de mulheres).
4.2 Validade e confiabilidade do instrumento
Foi realizada uma analise fatorial exploratoria de validade de
construto (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2006) a fim de determinar como se
agrupavam as variaveis da escala dos elementos (fatores) de andragogia.
Tal como no estudo de Wilson (2005), usou-se o metodo de componentes
principais, rotacao obliqua (Oblimin) e a extracao de fatores com
autovalor acima de um.
A respeito da retencao das variaveis em cada fator, utilizaram-se
os criterios do estudo de Wilson (2005), os quais se caracterizam por
ter: (1) cargas fatoriais de 0,40 ou mais e (2) cargas cruzadas
(situacao em que a variavel possui cargas fatoriais acima de 0,30 em
dois ou mais fatores). Adicionalmente, para que os dados tivessem uma
melhor adequacao, agregou-se como complemento, mais um criterio para a
permanencia do fator emergente: (3) nenhum fator com menos de tres
variaveis (COSTELLO; OSBORNE, 2005).
A fim de assegurar confiabilidade dos fatores resultantes da
escala, os dados foram submetidos ao teste Alfa de Cronbach. Hair et al.
(1999:767) assilalam que "valores entre 0,60 e 0,70 sao
considerados o limite inferior de aceitabilidade". Dessa maneira, o
mencionado teste teve como resultado um Alfa de Cronbach de 0,89 para o
construto dos elementos de andragogia no contexto brasileiro. A tabela 2
apresenta os fatores resultantes e seus respectivos Alfas.
A Tabela 2 tambem apresenta os quatro fatores, aqui definidos como
elementos resultantes da aplicacao da escala de Wilson (2005) no
contexto brasileiro. Cabe salientar ainda que a variancia explicada
acumulada para os quatro fatores foi de 55,19%, que Hair et al. (1999)
consideram como satisfatoria.
Assim, o primeiro elemento denominou-se Objetivos e Recursos do
Plano de Aprendizagem, que reune dois dos elementos da escala de Wilson
(2005), Formulacao de Objetivos de Aprendizagem e Desenho do Plano de
Aprendizagem. Com esse nome pretende-se descrever as caracteristicas
latentes do elemento encontrado. Ao se referirem a esse procedimento,
Hair et al. (1999:114) afirmam que "e possivel dar um nome logico
que represente a natureza subjacente dos fatores, facilitando assim a
apresentacao e compreensao da solucao fatorial". Pode-se, afinal,
inferir desse resultado que os alunos negociam com o professor o que
devera ser aprendido, levando em conta como limitacao os recursos
necessarios para atingir uma boa aprendizagem.
O segundo elemento foi denominado Estabelecimento do Clima,
mantendo-se o nome original. Assim, foram retiradas, segundo os
criterios anteriormente assinalados, duas variaveis das seis que o
elemento da escala original continha. Foram elas: "os professores e
eu trabalhamos em conjunto para me preparar para esta experiencia de
aprendizagem" e "houve uma quantidade adequada de dialogo com
os meus professores a respeito das minhas necessidades de
aprendizagem". Dessa forma, na percepcao dos alunos, se estabeleceu
um clima de parceria e conexao com os professores na experiencia de
aprendizagem.
O terceiro elemento, Avaliacao, agrupou tres variaveis como na
escala de Wilson (2005). Os alunos percebem que os metodos de avaliacao
utilizados auxiliam na identificacao das necessidades de aprendizado,
bem como na avaliacao da experiencia de aprendizagem.
O quarto elemento, denominado Preparacao dos alunos, manteve as
tres variaveis da escala de Wilson (2005). Neste elemento os alunos
percebem, portando, que o modo de preparacao para a experiencia de
aprendizagem foi adequado e suficiente, incluindo as proprias
responsabilidades dos alunos nesse processo.
Por fim, deve-se indicar que o elemento Atividades de aprendizagem,
nao se apresentou na pesquisa. Por um lado, e possivel considerar que o
elemento, por conter somente duas variaveis, nao possibilitou uma
adequacao dos dados. Essa posicao e corroborada por Costello e Osborne
(2005), os quais comentam que um fator (elemento) deve possuir no minimo
tres variaveis como recomendacao de aprimoramento da analise fatorial
exploratoria. Por outro lado, tambem e possivel considerar que o
elemento nao emergiu em razao do contexto brasileiro em que a pesquisa
foi aplicada (ou seja, os alunos brasileiros nao percebem a aplicacao de
tecnicas experienciais no ensino).
4.3 Analises especificas do estudo
A fim de avaliar se as variaveis genero, idade, nivel academico
(mestrado/ doutorado), experiencia anterior como professor e escola
(FEA-USP/ EAESP-FGV) influenciavam na percepcao da utilizacao de
andragogia, foi realizado o teste de Qui-quadrado para cada uma das 18
variaveis remanescentes da analise fatorial. Esse teste foi realizado em
funcao de o estudo apresentar variaveis nao normais. O Teste
Kolmogorov-Smirnov confirmou a distribuicao nao normal em todas as
variaveis das duas escalas, uma vez que os valores tiveram em sua
totalidade p<0,05.
A seguir, apresentam-se os casos em que houve influencia
estatisticamente significativa ao nivel p<0,05 nas variaveis, quanto
a percepcao do uso da andragogia.
Como se pode observar na Tabela 3, a variavel Escola parece
influenciar a percepcao sobre a utilizacao de instrumentos de avaliacao
para ajudar professor e aluno a identificarem as necessidades de
aprendizagem (Q4). Essa diferenca e estatisticamente significativa ao
nivel de p<0,05. De maneira geral, observa-se que os respondentes se
concentram em uma percepcao mais discordante a respeito da aplicacao
dessa atividade (33,1%). Os alunos da FEA-USP discordam na sua maioria
(35,8%), diferentemente dos estudantes da EAESP-FGV, que se agrupam
mantendo uma posicao mais imparcial a respeito da aplicacao da atividade
em questao (30,9%).
Na Tabela 4, nota-se que a variavel Nivel academico (mestrado/
doutorado) parece influenciar a percepcao sobre o fato de alunos e
professores se tornarem parceiros ao estabelecerem os objetivos de
aprendizagem (Q7), sobre se os metodos de avaliacao usados durante as
aulas estao de acordo com suas necessidades (Q13) e sobre se os metodos
de avaliacao ajudam os alunos a diagnosticar a necessidade de aprofundar
seu aprendizado (Q14). Observa-se que as diferencas sao estatisticamente
significativas ao nivel de p<0,05.
Com relacao a Q7, ha uma maior imparcialidade nos dois grupos
(34,5%), mas os doutorandos (44,2%) sao mais imparciais do que os
mestrandos (28,7%) na realizacao dessa atividade.
Com relacao a Q13, de forma geral, existe uma maior concordancia na
aplicacao dessa atividade (37,4%). Essa tendencia se mantem concentrada
nos mestrandos (44,8%), ao passo que os doutorandos mantem uma maior
imparcialidade com relacao a aplicacao da atividade. Finalmente, em
relacao a Q14, ha uma maior concordancia com a aplicacao da atividade
(36,1%), devendo-se assinalar que os mestrandos mantem essa tendencia de
concordancia (42,5%), ao passo que os doutorandos apresentam
majoritariamente uma posicao mais imparcial (34,6%).
A partir da Tabela 5, observa-se que a variavel Genero parece
influenciar a percepcao sobre o fato de os professores terem solicitado
sugestoes aos alunos a respeito dos objetivos de aprendizagem (Q3) e o
fato de os alunos e os professores se tornarem parceiros ao
estabelecerem os objetivos de aprendizagem (Q7). Essas diferencas sao
estatisticamente significativas, com p<0,05. A respeito de Q3, de
forma geral, houve maior discordancia na aplicacao dessa atividade
(31,7%), mantendo-se essa concentracao no genero feminino (47,2%). No
tocante ao genero masculino, a concentracao das respostas manteve uma
posicao mais imparcial (30,2%).
Por fim, com relacao a Q7, houve uma imparcialidade levemente maior
na sua aplicacao, mantendo-se essa concentracao de imparcialidade no
genero masculino (39,5%). Ja o genero feminino se concentrou, na sua
maioria, em torno de uma posicao discordante na aplicacao da atividade
em questao (37,7%).
Quanto as variaveis Idade e Experiencia anterior como professor,
nao se constatou que influenciassem a percepcao do uso da andragogia,
pois as diferencas, nesse caso, nao sao estatisticamente significativas
ao nivel p<0,05.
5. CONSIDERACOES FINAIS
O objetivo do estudo foi identificar a percepcao de alunos dos
cursos de pos-graduacao stricto sensu em Administracao mais bem
avaliados no estado de Sao Paulo, quando a utilizacao da andragogia.
Devido ao alto grau de validade e confiabilidade da escala de
mensuracao do uso da andragogia desenvolvida e aplicada nos Estados
Unidos, considerou-se adequada a utilizacao dessa mesma escala no
contexto brasileiro.
Por meio da pesquisa aplicada ao contexto brasileiro e a luz dos
instrumentos propostos por Knowles, Holton III e Swanson (2009) e Wilson
(2005), foi possivel identificar a aplicacao da andragogia na EAESP-FGV
e na FEA-USP.
Quatro elementos emergiram a partir da Analise Fatorial
Exploratoria. Os alunos percebem a emergencia de um processo de
preparacao, de estabelecimento de um clima colaborativo, de
estabelecimento de objetivos e de avaliacao continua da aprendizagem.
O fato de os alunos nao terem percebido o uso de tecnicas
experienciais de aprendizagem nas escolas, pode estar indicando que os
professores nao estao facilitando a aproximacao entre o conhecimento e a
experiencia vivencial dos alunos, conforme argumentam Forrest III e
Peterson (2006). Nesse caso, cabe as escolas treinar e estimular o
desenvolvimento de professores para a aplicacao de tecnicas
experienciais.
A luz dos objetivos secundarios do estudo, destacou-se, na
percepcao do uso de andragogia, a influencia do nivel academico. Em
relacao aos mestrandos, ha maior discordancia quanto as parcerias com
professores para estabelecimento de objetivos de aprendizagem. Por outro
lado, ha maior concordancia quanto a existencia de metodos adequados de
avaliacao, usados durantes as aulas. Tambem ha maior concordancia quanto
aos metodos de avaliacao utilizados para diagnosticar a necessidade de
aprofundar o aprendizado. Para as tres variaveis destacadas, a percepcao
dos doutorandos se concentra na imparcialidade, ou seja, nao concordam
nem discordam.
E importante ressaltar que a idade e o fato de o aluno ter ou nao
uma experiencia anterior como professor nao resultaram em diferencas
significativas na percepcao do uso da andragogia. Os resultados de
estudos anteriores reforcam a conclusao de que a idade nao parece
influenciar na percepcao da andragogia (HADLEY, 1975; KERWIN, 1979;
PERRIN, 2000; ASHLEYBAISDEN, 2001). Nao se identificaram estudos que
explorassem a experiencia anterior como professor para que se pudessem
comparar os resultados.
Como limitacoes do estudo deve-se indicar o fato de nao se poder
generalizar os resultados para todo o universo de pos-graduacao stricto
sensu, dadas as proprias limitacoes do metodo.
Na area da andragogia ha espaco para pesquisas futuras, notadamente
no contexto brasileiro. Seria valido realizar uma pesquisa longitudinal,
para que fosse possivel acompanhar a evolucao do uso da andragogia no
pais.
Alem disso, seria oportuno estender a amplitude da pesquisa para
outras escolas brasileiras de negocios e outros cursos, para verificar
possiveis diferencas. Outra possibilidade de estudo futuro e inserir
novas variaveis no instrumento de pesquisa utilizado, para, atraves de
uma analise fatorial exploratoria e confirmatoria, identificar os demais
elementos propostos por Knowles (1995).
Tambem seria oportuno complementar o instrumento de pesquisa, de
forma a identificar os demais elementos propostos por Knowles (1995).
Alem disso, pode-se analisar a influencia de outras variaveis, como
etnia, religiao e linha de pesquisa (Administracao Geral, Marketing,
Financas, entre outros), na percepcao do uso da andragogia. Por fim,
analisar o impacto da andragogia na satisfacao dos alunos e no grau de
conhecimento adquirido tambem poderia contribuir para ampliar esse campo
de conhecimento.
DOI: 10.5700/rege543
Recebido em: 19/1/2012
Aprovado em: 13/12/2013
Ana Carolina Messias Shinoda
Mestre em Administracao pela FEA-USP graduada em Administracao de
Empresas pela EAESP-FGV. E certificada PMP--Project Management
Professional, pelo PMI (Project Management Institute). Possui formacao
em coaching pelo Instituto EcoSocial.
Consultora do grupo DMRH/Cia de Talentos na area de Desenvolvimento
e Carr eira. Professora do MBA Internacional da FIA na disciplina
Brazilian Market and Culture, professora convidada na graduacao da
FEA-USP na disciplina de Gestao de Projetos e na pos-graduacao da
POLI-USP e da FIA no curso de Gerenciamento de Projetos.
E-mail: carol.shinoda@usp.br
Cleonir Tumelero
Doutorando em Administracao pela Faculdade de Economia,
Administracao e Contabilidade da Universidade de Sao Paulo (FEA-USP).
Mestre em Administracao pela FEA-USP, em 2012. Especialista em Gestao
Empresarial pela Es cola Brasileira de Administracao Publica e de
Empresas da Fundacao Getulio Vargas (EBAPE-FGV), em 2007. Graduacao em
Administracao com habilitacao em Comercio Exterior pela Universidade de
Cuiaba (UNIC), em 2005
E-mail: ctumelero@usp.br
Martin Hernani Merino
Doutor em Administracao na Faculdade de Economia, Administracao e
Contabilidade pela Universidade de Sao Paulo (FEA-USP), mestre em
Administracao na Escola de Administracao pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (EA-UFRGS). Graduacao em Administracao pela
Universidad de Piura (Peru). Atualmente, atua como professor-pesquisador
do Departamento Academico de Administracao na Universidad del Pacifico
(Lima-Peru) e como integrante do Conselho Diretivo do Instituto Peruano
de Competitividad (INSPERCOM)
E-mail: martinhernani@usp.br
Angelo Monteiro Danese
Possui graduacao em Administracao de Empresas pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie (2009). Tem experiencia na area de
Administracao, com enfase em em operacoes e inovacao
E-mail: angelomdanese@usp.br
Adriano Augusto Costa Carnauba
Mestre em Administracao pela FEA-USP com dissertacao defendida na
area de Administracao. E graduado em Administracao de Empresas pela
FEA-USP. Atualmente e administrador no BNDES. Tem por temas de pesquisa
governanca e gestao em redes
E-mail: adriano.carnauba@hotmail.com
Bernadete de Lourdes Marinho
Possui graduacao em Administracao pela Universidade de Sao Paulo
(1977), especializacao em Estagio Para Estudos Cientificos pela
Conservatoire National des Arts et Metiers (1984), mestrado em
Administracao pela Universidade de Sao Paulo (1985), doutorado em
Administracao pela Universidade de Sao Paulo (1994), ensino
fundamental-primeiro-grau pelo Grupo Escolar Mauricio Murgel (1966),
ensino--mediosegundo-grau pelo Colegio Estadual Goncalves Dias (1973) e
ensino--medio--segundo-grau pelo Colegio Nossa Senhora Monte Calvario
(1970). Atualmente e Professora Doutora da Universidade de Sao Paulo,
Professora Titular do Centro Universitario FIEO e Coordenadora de
Projetos do Fundacao Instituto de Administracao. Tem experiencia na area
de Administracao
E-mail: marinhoy@usp.br
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