Stimulating new firms from higher education institutions through innovation networks/A dinamica da criacao de empresas impulsionada por instituicoes de ensino superior por meio de redes de inovacao/La dinamica de la creacion de empresas estimulada po r instituciones de ensenanza superior a traves de redes de innovacion.
Simoes, Jorge Manuel Marques ; Silva, Maria Jose Aguiar Madeira Valente
1. INTRODUCAO
Na epoca de intensa globalizacao e de forte competicao em que se
vive, a criacao de empresas contribui para a introducao no sector
empresarial de novas tecnologias, novos produtos/servicos e novas formas
de organizacao, revelando-se um dos factores fundamentais para o
crescimento economico, a criacao de emprego, a eficiencia dos mercados,
a renovacao da estrutura economica e a difusao de inovacao, bem como
para a melhoria da competitividade global das empresas e dos paises
(BIRCH, 1981, 1987; PHILLIPS; KIRCHHOFF, 1989; ACS; AUDRETSCH, 1990;
HAMERMESH, 1993; REYNOLDS; MILLER; MAKI, 1995; WENNEKERS; THURIK, 1999;
BEDNARZIK, 2000; KEISTER, 2000). Paralelamente, constata-se que as redes
de inovacao, facilitadoras da reducao das incertezas por meio da
cooperacao entre os agentes, visam a producao e partilha de
conhecimentos e recursos em falta, bem como a partilha de custos e de
risco ou ate mesmo de ganhos de eficiencia devidos a divisao do
trabalho, entre outros beneficios (CAMAGNI, 1991; YEUNG, 1994; CASSIMAN;
VEUGELERS, 2002; FELMAN; GERTLER; WOLFE, 2006; BRAUNERHJELM, 2008;
WEBER; KHADEMIAN, 2008). Nestas redes de inovacao as Instituicoes de
Ensino Superior assumem um papel de destaque, pois permitem fomentar e
difundir os diversos contributos proporcionados pela rede, nao so em
nivel local e regional, mas tambem em nivel nacional e global (FELMAN et
al. 2006; AUDRETSCH; PHILLIPS, 2007; BRAUNERHJELM, 2008).
No actual clima economico, e tendo em conta as actuais taxas de
desemprego em Portugal (que recentemente tem vindo a aumentar),
estimular o empreendedorismo capaz de levar a criacao de empresas parece
ser uma das medidas que podem contribuir para minimizar os problemas
economicos e sociais. Assim, no contexto portugues, torna-se fundamental
analisar os factores que podem contribuir para promover a criacao de
empresas.
Esta pesquisa tem como objectivo principal identificar e analisar
se as Instituicoes de Ensino Superior impulsionam a criacao de empresas
por meio de redes de inovacao. A questao central para a investigacao e a
seguinte: Qual e o papel das Instituicoes de Ensino Superior na criacao
de empresas, no ambito das redes de inovacao? Para responder a esta
questao, as hipoteses de investigacao serao formuladas e testadas
empiricamente. Essas hipoteses estao relacionadas com dois objectivos
especificos, a saber: (i) identificar as atitudes das IES para a criacao
de empresas, analisando as melhores formas de estimular a criacao de
empresas pelas Instituicoes de Ensino Superior por meio das redes de
inovacao (ii) identificar os factores que facilitam a criacao de
empresas.
O trabalho esta estruturado da seguinte forma: na proxima seccao e
apresentada a fundamentacao teorica sobre a criacao de empresas
associada a redes de inovacao, e formuladas as hipoteses de investigacao
com base nos objectivos especificos apresentados. A seccao seguinte
descreve a metodologia de investigacao utilizada para testar as
hipoteses. Na quarta seccao, os resultados sao apresentados e
discutidos. Finalmente, na quinta seccao sao apresentadas as conclusoes
e sugestoes para futuras investigacoes.
2. FUNDAMENTACAO TEORICA
Na pesquisa enquadrada na teoria das redes, as ultimas duas decadas
do seculo passado revelaram um novo fenomeno interligado: o
empreendedorismo (HOANG; ANTONCIC, 2003; WOOLLARD; ZHANG; JONES, 2007).
Quanto ao conteudo da rede, as relacoes interpessoais e
interorganizacionais sao vistas como os meios pelos quais os actores tem
acesso a uma variedade de recursos, incluindo o conhecimento,
disponibilizados por outros actores (HOANG; ANTONCIC, 2003).
Consequentemente, as IES sao uma importante fonte de conhecimento.
Quando a competitividade se baseava em tarefas rotineiras, as
universidades desempenharam um papel importante no campo social,
politico e cultural; porem, no economico, desempenharam um papel menos
directo, o que incidiu, principalmente, na formacao dos futuros
colaboradores das empresas (AUDRETSCH; PHILLIPS, 2007). Contudo, a
medida que a competitividade se tornava dependente do conhecimento, das
ideias e da criatividade, as universidades surgiam como cruciais para o
desenvolvimento economico, emergindo, assim, o conceito de universidades
empreendedoras (CLARK, 1998, 2004; VAN VUGHT, 1999; AUDRETSCH; PHILLIPS,
2007). Nesse ambito, em uma economia baseada no conhecimento, as
universidades surgiram como actores centrais, e se espera que
desempenhem um papel activo na promocao da inovacao e das mudancas
tecnologicas (BRAMWELL; WOLFE, 2008).
As universidades empreendedoras, neste sentido, sao agentes
pertencentes a uma rede de inovacao composta de diversos actores, onde o
governo e as politicas publicas terao um papel relevante. Para que as
IES consigam difundir seu conhecimento como actores empreendedores,
deverao inserir-se em redes de inovacao, mas, como poderao impulsionar a
difusao do conhecimento e a criacao de empresas? As redes de inovacao
podem trazer beneficios-chave para a criacao de empresas, tais como:
(i) O conteudo da rede: um beneficio-chave das redes de inovacao
para o processo da criacao de empresas e o acesso que a rede proporciona
a um conjunto de informacoes e conselhos. Os relacionamentos tambem
podem ter conteudos reputacionais ou de sinalizacao (KRACKHARDT; STERN,
1988; HOANG; ANTONCIC, 2003; MAROUF, 2007);
(ii) A gestao da rede: outro beneficio-chave das redes de inovacao
e seu mecanismo de gestao, que gera e coordena as relacoes de troca na
rede. A confianca entre os actores da rede e, maioritariamente, vista
como um elemento critico que pode influenciar a qualidade dos recursos
partilhados. A confianca e a profundidade e riqueza das relacoes de
troca, particularmente no que se refere a troca de informacao, serao os
tais elementos criticos (GRANOVETTER, 1973; NELSON, 1989; HOANG;
ANTONCIC, 2003; MAROUF, 2007; HUANG; CHANG, 2008);
(iii) A estrutura da rede: e definida como o padrao dos
relacionamentos que resultam dos relacionamentos fortes e fracos entre
os actores que compoem essa mesma rede. Uma proposicao geral e de que as
diferentes posicoes que os actores ocupam na estrutura da rede tem um
importante impacto na fluicao dos recursos e, por consequencia, nos
resultados das actividades empreendedoras (GRANOVETTER, 1973; NELSON,
1989; HOANG; ANTONCIC, 2003; MAROUF, 2007). A unidade de medicao mais
intuitiva e a dimensao da rede, definida como o numero de ligacoes
directas entre o actor focado e outros actores. A analise da dimensao da
rede mede a extensao pela qual os recursos podem ser acedidos ao nivel
do empreendedor e das organizacoes (ALDRICH; REESE, 1993; BAUM; CABRESE;
SILVERMAN, 2000).
Essas tres componentes surgem como elementos-chave em modelos que
visam explicar as redes de inovacao que desenvolvem actividades
empreendedoras. O processo do empreendedorismo, de acordo com Shane e
Venkataraman (2000), consiste em actividades distintivas, tais como a
identificacao de oportunidades, a mobilizacao de recursos e a criacao de
uma organizacao. Posto isto, as IES serao entendidas como actores de
excelencia para integrar uma rede de inovacao, dado que possuem um corpo
docente e diversas unidades de investigacao que poderao ajudar as
empresas nascentes e jovens empreendedores na identificacao de
oportunidades, na mobilizacao de recursos e na criacao de uma
organizacao (SMITH, 2003; EIRIZ, 2005; FELMAN et al., 2006;
BRAUNERHJELM, 2008; HUANG; CHANG, 2008; WEBER; KHADEMIAN, 2008).
Assim, o processo de desenvolvimento da rede de inovacao estara,
durante a fase inicial de constituicao, de forma surpreendente,
relacionado com as caracteristicas dos empreendedores (HOANG; ANTONCIC,
2003). Consequentemente, quando os empreendedores desenvolvem o plano de
negocios, este tem um alto nivel de qualidade, pois, ao pertencerem a
uma rede de inovacao, os empreendedores podem incorporar os beneficios
dai advindos. Alem disso, quanto mais proximos estiverem os contactos
entre os varios actores da rede, maior sera a qualidade da informacao.
O conceito de universidades empreendedoras surgiu com Etzkowitz, em
1983, quanto este descreveu as instituicoes que desempenham um papel
critico para o desenvolvimento economico regional (CLARK, 2004; MULLER,
2006; AUDRETSCH; PHILLIPS, 2007; WOOLLARD et al., 2007; VECIANA, 2006,
2008; BRAMWELL; WOLFE, 2008). O termo "universidades
empreendedoras", sempre envolto numa rede de inovacao, foi adoptado
por academicos e por politicos para descrever as IES que desempenham
esta missao (CLARK, 1998, 2004; VAN VUGHT, 1999; HUGGINS et al., 2008).
O desenvolvimento de uma cultura empreendedora pode ser visto como um
mecanismo essencial pelo qual as universidades se envolveram,
efectivamente, no desenvolvimento economico. Etzkowitz e Leydersdorf
(2000) descreveram a evolucao das relacoes tripartidas entre as
universidades, a industria e o governo por meio do modelo Triple Helix
III. Bercovitz e Feldman (2006) enfatizam a relevancia que existe na
relacao universidade/industria, afirmando que ela revela a importancia
das universidades para o sistema regional de inovacao, formando a base
para o desenvolvimento economico.
A relevancia da universidade empreendedora e demonstrada pelo
simples facto de esta estar inserida numa rede de inovacao, pois dessa
forma pontencia contributos em nivel local, regional e nacional. Com
esse sentido, as IES efectuam um contributo-chave, gerando novas ideias
e conhecimentos nas disciplinas-base, que sao o nucleo tradicional das
universidades. Quando a procura de conhecimento e de aplicacoes praticas
aumentou, foram criados programas aplicados e adaptados a realidade do
mundo do trabalho A distincao crucial entre esses programas aplicados e
as disciplinas-base e a orientacao do formador no sentido de trazer uma
contribuicao para a sociedade, existente para alem dos muros das IES.
Para serem sustentaveis ao longo do tempo, os programas aplicados exigem
uma procura e um interesse fora das IES. Por um lado, seu
desenvolvimento e evolucao sao tipicamente moldados pelas necessidades e
interesses da sociedade, mas, por outro lado, a evolucao e o
desenvolvimento das disciplinas-base tendem a ser moldados e
influenciados pelas disciplinas em si mesmas (evolucao do conhecimento)
(AUDRETSCH; PHILLIPS, 2007; WOOLLARD et al., 2007).
Nem mesmo a adicao da investigacao aplicada e da educacao
profissional, porem, geram suficientes spillovers da fonte do
conhecimento a universidade--para permitir o crescimento da geracao de
inovacoes nas economias regionais e estatais. O investimento nas
disciplinas tradicionais e nos programas aplicados nao e suficiente. Num
esforco para penetrar o filtro do conhecimento e facilitar o spillover
da geracao de conhecimento e ideias da universidade, desenvolveu-se uma
terceira area--os mecanismos de transferencia do conhecimento e da
tecnologia criados nas IES, tais como os gabinetes de tecnologia, as
incubadoras e os centros de investigacao das IES. O objectivo desses
gabinetes e mecanismos e facilitar o spillover do conhecimento do
interior para o exterior (WOOLLARD et al., 2007; BRAMWELL; WOLFE, 2008;
VECIANA, 2006, 2008).
Tal como foi anteriormente referido, a divulgacao de conhecimentos
e a forma de transferencia de conhecimento, directa ou indirectamente,
de uma parte para outra (DEEDS et al, 1997; MALECKI, 1985; GILBERT;
McDOUGALL; ANDRETSCH, 2008). As repercussoes sao geradas por
instituicoes que tenham actividades inovadoras, e sao validas porque
essas actividades proporcionam conhecimentos novos e relevantes para a
instituicao beneficiaria (MALECKI, 1985; DEEDS et al, 1997; GILBERT et
al, 2008). Portanto, as IES vao transferir o conhecimento que geram por
meio de uma rede de inovacao, mas tambem receberao conhecimento e
inovacao gerados pelos diversos actores que compoem essa rede.
Nesse contexto, o modelo conceptual de investigacao visa determinar
os principais factores que influenciam a criacao de empresas,
estimulados por Instituicoes de Ensino Superior, dentro de redes de
inovacao. A Figura 1 contempla a variavel dependente da criacao de
empresa e um conjunto de motivos (variaveis independentes), referindo-se
as Instituicoes de Ensino Superior e as redes de inovacao. As variaveis
associadas as Instituicoes de Ensino Superior e as redes de inovacao
estao relacionadas com a oferta formativa que as IES possuem,
nomeadamente a existencia de cursos breves direccionados para o
empreendedorismo, com sua localizacao e insercao na regiao, com o facto
de manterem relacoes com organizacoes ja existentes e com o conhecimento
e investigacao cientifica produzidos.
[FIGURE 1 OMITTED]
A partir da revisao de literatura, algumas hipoteses foram
formuladas para serem testadas empiricamente.
No que diz respeito ao fato de as IES terem uma influencia na
criacao de empresas, essa contribuicao e decisiva, porque gera novas
ideias e conhecimentos nas disciplinas basicas, que sao o nucleo
tradicional das IES. Esta investigacao tem como objectivo identificar se
a oferta de formacao prestada pelas IES influencia a criacao de
empresas.
Por conseguinte, as seguintes hipoteses sao apresentadas:
Hipotese 1: A criacao de cursos de curta duracao na area de
empreendedorismo influencia positivamente a criacao de empresas;
Hipotese 2: A localizacao da IES que presta formacao para a criacao
de empresas influencia positivamente o empreendedor nascente na seleccao
da instituicao.
Deve-se notar, no entanto, que, na sociedade da informacao e do
conhecimento, criar e fazer crescer as empresas baseadas nas novas
tecnologias e, portanto, de alto valor acrescentado, capazes de competir
em nivel internacional e susceptiveis de criar empregos com salarios
elevados, depende de pessoas que, tecnicamente, estao mais bem
preparadas e suficientemente motivadas (CRISTOBAL, 2006; BRAUNERHJELM,
2008). Nesse contexto, Cox e Taylor (2006) e Bramwell e Wolfe (2008)
concordam que o empreendedorismo e um dos factores mais importantes para
o desenvolvimento economico futuro.
Paralelamente, o objectivo e identificar e analisar as melhores
praticas utilizadas pelas IES para incentivar a criacao de risco dentro
de redes de inovacao; desse modo, as seguintes hipoteses sao
apresentadas para a investigacao:
Hipotese 3: A cooperacao das IES com outras organizacoes influencia
positivamente a criacao de empresas;
Hipotese 4: A investigacao cientifica desenvolvida nas IES
influencia positivamente a criacao de empresas.
3. METODOLOGIA
3.1. Amostra
Os dados utilizados foram recolhidos a partir de um questionario
que fez um levantamento dos empreendedores nascentes das IES no sector
publico. Contemplam, assim, potenciais empreendedores, isto e, pessoas
que estao interessadas em iniciar um novo negocio, que esperam ser
proprietarias de um novo negocio, ou de parte dele, e que foram activas
na tentativa de iniciar um novo negocio nos ultimos 12 meses (WAGNER,
2004).
Nesta investigacao, a populacao sao todos os empreendedores
nascentes das instituicoes universitarias e politecnicas do ensino
superior publico portugues. Por conseguinte, e composta de individuos
que participaram, por sua propria vontade, em eventos visando a criacao
e o desenvolvimento de iniciativas empresariais: concursos
(Empreenda'09, PoliEmpreende 6a Edicao e START 2009) e cursos de
empreendedorismo de base tecnologica (CEBT e CEBCT).
A populacao e composta de 834 participantes, aos quais foram
enviados questionarios que, posteriormente, foram preenchidos pelos
inquiridos. O numero total de questionarios recebidos de volta foi de
255, o que representou uma taxa de resposta de 31%. Consequentemente, o
erro da amostra obtida pode ser calculado de acordo com Hair et al.
(1998), tendo sido obtido o valor de 5,2% para este estudo.
3.2. Descricao e caracterizacao dos dados
Este estudo procura contribuir para que as Instituicoes de Ensino
Superior identifiquem e analisem as possiveis relacoes entre a natureza
das accoes realizadas pelas IES e a criacao de novas empresas. Esta
pesquisa tem como objectivo determinar os factores que tem influencia
sobre a estimulacao da criacao de empresas por Instituicoes de Ensino
Superior mediante redes de inovacao. Portanto, o principal objectivo e
analisar se as Instituicoes de Ensino Superior incentivam a criacao de
empresas por meio de relacoes desenvolvidas entre os actores da rede de
inovacao e quais os factores que facilitam a criacao de empresas.
Neste estudo, a criacao de novas empresas, considerada a variavel
dependente, e medida a partir das informacoes recolhidas sobre as
intencoes dos empreendedores nascentes de criar uma nova empresa ou
desenvolver um projecto dentro de uma empresa ja existente, sendo esta
considerada a variavel dependente. Em relacao as variaveis
independentes, sao representadas pelas melhores formas de estimular a
criacao de empresas (Tabela 1) e pelos factores no seio das IES que
facilitam a criacao de empresas (Tabela 2).
4. RESULTADOS
Os entrevistados sao, maioritariamente, do sexo masculino e se
inserem tanto no subsistema de ensino politecnico, em que a maioria dos
respondentes esta na faixa etaria entre os 20 e os 30 anos, quanto no
subsistema de ensino universitario, em que se encontram na faixa etaria
entre os 20 e os 35 anos. Nesse contexto, de acordo com Wagner (2004), a
idade dos empreendedores nascentes esta relacionada com as expectativas
de retorno sobre o investimento, juntamente com as suas habilitacoes
academicas, a aversao ao risco e as caracteristicas da regiao onde
vivem.
Resumindo, os respondentes, em sua maioria, independentemente do
subsistema de ensino superior, possuem um grau academico,
maioritariamente das areas cientificas Economico/Empresariais e
Engenharia (cerca de 91% dos inquiridos). Outra caracteristica dos
entrevistados e que eles nao tem experiencia anterior de criacao de
empresa ou no sector de actividade onde visam desenvolver a iniciativa
empresarial, e nao realizaram, anteriormente, funcoes de gestao. Outra
conclusao do inquerito sobre os aspectos gerais dos entrevistados e de
que os mesmos pagariam uma formacao especifica; contudo, a opiniao dos
inquiridos e de que essa formacao deveria ser inserida na formacao
escolar de forma gratuita, mais concretamente no ensino secundario.
Os dados obtidos a partir do questionario foram submetidos ao
tratamento estatistico de analise factorial. Considerando-se o objectivo
de identificar a atitude das IES no sentido de fomentar actividades
empreendedoras, avaliaramse as melhores formas de estimular a criacao de
empresas por meio de redes de inovacao dentro das Instituicoes de Ensino
Superior. A analise factorial, com analise de componentes principais e
rotacao varimax mediante o metodo Kaiser-Meyer --Olkin KMO (0,80), o
teste de esfericidade Bartlett = 631,879 e a significancia a <0001,
fornece suporte para a validade convergente. Na analise dos dados, foram
identificados tres factores, nos quais as variaveis foram agrupadas da
seguinte forma (Tabela 1):
Tabela 1--As melhores formas de estimular a criacao de empresas
Variavel Factor 1 Factor 2
Cooperacao e Investigacao
Desenvolvimento Cientifica
Parcerias com Instituicoes de 0,781
Ensino Superior
Cursos de Pos-graduacao 0,743
Mestrados 0,663
Organismos 0,628
Parceiras com entidades do mundo 0,601
empresarial
Conferencias e Seminarios 0,775
Publicacao de artigos de divulgacao 0,737
Publicacao de material pedagogico 0,714
Cursos de empreendedorismo
Concursos
Disciplinas integradas nos planos de
Licenciatura
Fonte: Elaboracao propria.
Variavel Factor 3
Formacoes
Parcerias com Instituicoes de
Ensino Superior
Cursos de Pos-graduacao
Mestrados
Organismos
Parceiras com entidades do mundo
empresarial
Conferencias e Seminarios
Publicacao de artigos de divulgacao
Publicacao de material pedagogico
Cursos de empreendedorismo 0,833
Concursos 0,735
Disciplinas integradas nos planos de 0,572
Licenciatura
Fonte: Elaboracao propria.
Constata-se que a cooperacao e o desenvolvimento, que englobam
diversas formas de cooperacao com outras organizacoes e consultoria, sao
entendidos como a melhor forma de estimular a criacao de empresa, pois
irao atingir um publico vasto e serao uma optima maneira de as IES
fomentarem actividades empreendedoras. Relativamente ao objectivo de
identificar o que facilita a criacao de empresas, os dados obtidos a
partir da analise factorial permitiram a identificacao de dois factores
(Tabela 2), nos quais as variaveis sao agrupadas da seguinte forma:
Tabela 2--Razoes da seleccao da importancia dos factores que
facilitam a criacao de empresas
Variavel Factor 1
Actores da rede
Formacao prestada por profissionais do tecido 0,772
empresarial
Participacao/proximidade da escola com organismos 0,656
relacionados com o empreendedorismo (ANJE,
COTEC, IAPMEI, IEFP, entre outros)
Prestacao de servicos a comunidade
Informacao, orientacao e acompanhamento prestados
pelos organismos existentes na escola (OTIC, GAPI;
entre outros)
Formacao leccionada pelos docentes
Factor 2
Recursos
organizacionais
Formacao prestada por profissionais do tecido
empresarial
Participacao/proximidade da escola com organismos
relacionados com o empreendedorismo (ANJE,
COTEC, IAPMEI, IEFP, entre outros)
Prestacao de servicos a comunidade 0,718
Informacao, orientacao e acompanhamento prestados 0,667
pelos organismos existentes na escola (OTIC, GAPI;
entre outros)
Formacao leccionada pelos docentes 0,586
Fonte: Elaboracao propria.
A analise factorial, com analise de componentes principais e
rotacao varimax mediante o metodo Kaiser-Meyer--Olkin KMO (0,54), o
teste de esfericidade Bartlett = 93,994 e a significancia a <0001,
fornece suporte para a validade convergente.
Verificou-se, entao, que o factor identificado como os actores da
rede e o mais importante, pois possui variaveis que permitem, como o
proprio nome assume, incentivar e dinamizar os diversos elementos
integrantes da rede de inovacao, promovendo a partilha de conhecimento e
apoiando os empreendedores nascentes nas diversas fases da criacao de
empresas.
5. CONCLUSAO
O principal objectivo desta investigacao foi identificar os
factores que influenciam a capacidade das Instituicoes de Ensino
Superior de estimular a criacao de empresas por meio de redes de
inovacao. Com base na revisao teorica da literatura, verificou-se que a
criacao de empresas e influenciada por um vasto e complexo numero de
factores, que nao sao tratados de forma exaustiva neste estudo. No
entanto, um conjunto de factores internos e externos das IES destaca-se
como sendo capaz de influenciar a criacao de empresas no seio de redes
de inovacao. Ao se analisar a contribuicao de cada um desses factores
para o fenomeno da criacao de empresas por parte das IES, verificou-se
que as variaveis associadas com as IES e com as redes de inovacao estao
relacionadas com as relacoes existentes entre as Instituicoes de Ensino
Superior e as organizacoes existentes, com o conhecimento que elas tem
disponivel, com a formacao que oferecem e com as formas e actividades
que utilizam e estimulam a criacao de empresas. O modelo conceitual
apresentado propoe que as caracteristicas das IES influenciam a criacao
de empresas por meio de redes de inovacao.
Os principais resultados obtidos com a analise factorial,
considerando-se os objectivos anteriormente mencionados das
organizacoes, encontram-se resumidos abaixo.
Quanto ao objectivo de identificar a atitude das IES com relacao a
criacao de empresas, concluise, com base na identificacao das melhores
formas de criacao de empresas, que a cooperacao e o desenvolvimento, que
englobam diversas formas de cooperacao com outras organizacoes e
consultoria, sao entendidos como a melhor forma, pois atingirao um
publico vasto e serao uma optima forma de as IES fomentarem actividades
empreendedoras. Dos factores assumidos pelos inquiridos, foi curioso o
facto de estes considerarem que a investigacao cientifica e uma maneira
melhor de fomentar actividades empreendedoras do que as formacoes,
situacao que, provavelmente, se relaciona com as exigencias do mercado
para garantir a criacao e o desenvolvimento de novos negocios por parte
dos empreendedores nascentes.
Quanto ao objectivo de identificar o que facilita a criacao de
empresas, os empreendedores nascentes seleccionaram como o mais
importante factor identificado os actores da rede, pois o mesmo possui
variaveis que permitem, como o proprio nome indica, incentivar e
dinamizar os diversos elementos integrantes da rede de inovacao,
promovendo a partilha do conhecimento e apoiando os empreendedores
nascentes nas diversas fases da criacao de empresas.
A partir da analise cuidadosa dos resultados anteriores, e possivel
detectar algumas limitacoes do estudo realizado. De forma mais
especifica, como limitacao da investigacao desenvolvida pode-se apontar
o fato de que foram objecto de estudo apenas os empreendedores
participantes nos concursos e nos cursos de formacao seleccionados.
Relativamente as sugestoes para futuras investigacoes relacionadas com a
criacao de empresas, podera ser importante proceder a uma analise
cuidadosa das diversas empresas constituidas e de quais instituicoes
impulsionaram sua criacao. Tambem podera ser relevante avaliar a razao
da defasagem entre o numero impulsionado e o numero de empresas
constituidas. Efectivamente, e util que se compreendam as motivacoes e
causas da constituicao das empresas, pois e de crer que subsistam
situacoes bastante distintas, que vao desde simples limitacoes
financeiras ate a ausencia de apoio e orientacao para a constituicao e
continuidade das empresas.
DOI: 10.5700/rege500
Recebido em: 8/3/2012
Aprovado em: 26/10/2012
Jorge Manuel Marques Simoes
Doutor, mestre e licenciado em Gestao. Docente do Instituto
Politecnico de Tomar (IPT), onde ensina Empreendedorismo na licenciatura
e no mestrado--Tomar, Portugal Director do Curso de Mestrado em Gestao
de Empresas Familiares e Empreendedorismo e do Curso de Mestrado em
Gestao de Recursos de Saude. Director da Unidade Departamental de
Ciencias Empresariais. Investigador do NECE--Nucleo de Estudos em
Ciencias Empresariais
E-mail: jorgesimoes@gmail.com
Maria Jose Aguiar Madeira Valente Silva
Doutora, mestre e licenciada em Gestao. Docente da Universidade da
Beira Interior (UBI), onde ensina Empreendedorismo na licenciatura e no
mestrado e Inovacao Empresarial no doutorado mestrado--Tomar, Portugal
Directora do Curso de Mestrado em Empreendedorismo e Criacao de Empresas
e Coordenadora Cientifica do Projecto INESPO--Innovation Network
Spain-Portugal no ambito do Programa de Cooperacao Transfronteirica
Espanha-Portugal (POCTEP) Investigadora do NECE--Nucleo de Estudos em
Ciencias Empresariais
E-mail: msilva.ubiu@gmail.com
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