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文章基本信息

  • 标题:An empiric study on the store image dimensions in the retail shoe sector/Um estudo empirico sobre as dimensoes da imagem de loja no varejo calcadista/Un estudio empirico sobre las dimensiones de la imagen de tienda en el sector minorista de calzados.
  • 作者:Silva, Tarsis Souza ; Giraldi, Janaina de Moura Engracia ; Tamashiro, Helenita R. da Silva
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2012
  • 期号:January
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
  • 摘要:O processo de globalizacao, caracterizado principalmente pelas significativas transformacoes ocorridas nos diversos setores da economia (VERBEKE; VIAENE, 1999), trouxe muitas oportunidades para as empresas em escala mundial. E possivel, por exemplo, identificar inumeras opcoes de compras, tanto em termos de formato de varejo (MOURA; SILVA; BATALHA, 2006; TAMASHIRO; MERLO; SILVEIRA, 2008) como em servicos e produtos (GIRALDI; CARVALHO, 2006). Wikstrom, Carlell e Frostling-Henningsson (2002) trazem a tona ainda a questao da transicao da oferta de produtos fisicos para o mundo virtual, a qual tem produzido mudancas significativas no que diz respeito as escolhas de "onde comprar".
  • 关键词:Footwear;Retail industry;Retail trade;Shoe stores

An empiric study on the store image dimensions in the retail shoe sector/Um estudo empirico sobre as dimensoes da imagem de loja no varejo calcadista/Un estudio empirico sobre las dimensiones de la imagen de tienda en el sector minorista de calzados.


Silva, Tarsis Souza ; Giraldi, Janaina de Moura Engracia ; Tamashiro, Helenita R. da Silva 等


1. INTRODUCAO

O processo de globalizacao, caracterizado principalmente pelas significativas transformacoes ocorridas nos diversos setores da economia (VERBEKE; VIAENE, 1999), trouxe muitas oportunidades para as empresas em escala mundial. E possivel, por exemplo, identificar inumeras opcoes de compras, tanto em termos de formato de varejo (MOURA; SILVA; BATALHA, 2006; TAMASHIRO; MERLO; SILVEIRA, 2008) como em servicos e produtos (GIRALDI; CARVALHO, 2006). Wikstrom, Carlell e Frostling-Henningsson (2002) trazem a tona ainda a questao da transicao da oferta de produtos fisicos para o mundo virtual, a qual tem produzido mudancas significativas no que diz respeito as escolhas de "onde comprar".

No caso do setor de calcados, um estudo da Agencia de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresario (SEBRAE, 2005) esclarece que a evolucao do complexo calcadista dos paises industrializados tem apresentado como principal direcao o abandono dos grandes mercados massificados de produtos padronizados, em favor de produtos que incorporem mais intensamente os conceitos de moda e estilo. Assim, o foco concorrencial vem se centrando no design e na qualidade de produtos e materias-primas, na constituicao de marca propria, na diminuicao dos prazos de entrega e, finalmente, na reducao dos precos.

Santos e Dias (2008) relatam uma evolucao das caracteristicas do setor de varejo calcadista no Brasil. Eles afirmam que os ultimos cinco anos foram caracterizados por mudancas nas condicoes comerciais e mercadologicas, que alteraram as bases competitivas do setor de calcados no Brasil. No eixo principal dessas transformacoes estao as significativas modificacoes no comportamento do consumidor, que passou a ver o sapato como um produto de moda e complemento fundamental, que deve combinar com a roupa e se adequar as condicoes de uso.

Essa nova caracteristica deixou de lado a visao tradicionalista que ve o sapato apenas como um item basico do guarda-roupa. Anteriormente, a maioria da populacao brasileira baseava suas decisoes de compra de calcados na possibilidade de usar o modelo todos os dias e em variadas circunstancias sociais. Outra caracteristica importante para a escolha desse consumidor era a durabilidade do produto. Essas caracteristicas permitiram ao varejo e a industria atuar com riscos menores, pois os modelos apresentavam ciclos de vida bem mais longos do que hoje (SANTOS; DIAS, 2008).

Com o crescimento e modernizacao do setor varejista, aumenta tambem o ritmo de mudanca dos modelos de varejo, sendo necessario, entao, ao varejista, um acompanhamento constante da imagem que o cliente tem de sua loja, para que seu modelo nao se torne ultrapassado. Segundo Spinelli e Giraldi (2004), os varejistas precisam atrair os consumidores para suas lojas, razao pela qual necessitam de uma pesquisa de imagem da loja, para assegurar que ela e positiva e, caso nao o seja em algum aspecto, focar os esforcos em certa area especifica, a fim de sanar o problema apresentado. Isso ocorre mediante uma adaptacao constante a opiniao dos consumidores e tornou-se uma necessidade para que um varejo seja bemsucedido e os seus consumidores leais.

Blacwell, Miniard e Engel (2005) mostram-se concordantes com Mckenna (1997) ao afirmarem que o estudo sobre o comportamento do consumidor considera os consumidores como fonte de influencia das acoes das empresas. Em vez de apenas influenciar os consumidores, as organizacoes eficazes tem adotado metodos que permitem aos consumidores influencia-las nos precos, produtos e promocoes. Uma das ferramentas de ouvir o consumidor e faze-lo influenciar na loja e a pesquisa de imagem, que permite que o varejo satisfaca os consumidores mais facilmente, criando fidelidade a marca e aumentando seu faturamento. Considerando o contexto aqui explicitado, definiu-se como problema de investigacao o seguinte questionamento: quais sao as dimensoes de imagem de loja que podem ser identificadas e consideradas como mais importantes para um grupo de clientes de uma loja de calcados?

Ja os objetivos desta pesquisa, para poder-se chegar a resposta do problema de pesquisa definido, sao os seguintes: entender quais sao as variaveis que formam a imagem de uma loja, identificar formas de mensuracao da imagem de loja, coletar a avaliacao da imagem da loja, definir quais sao as dimensoes de imagem de loja que compoem a imagem da loja estudada, bem como avaliar a ordenacao da importancia dessas dimensoes para o grupo de clientes analisado.

A pesquisa de imagem permite que o varejo desenvolva programas de marketing que sao influenciados pelo consumidor, diferentemente do modelo antigo, no qual o varejo tentava colocar o consumidor sob a influencia do marketing. Ela pode ser utilizada tambem para influenciar ou modificar o comportamento do consumidor de alguma forma. Uma das justificativas da realizacao deste trabalho e o pequeno numero de estudos sobre imagem do varejo calcadista. A maioria deles, realizada no Brasil, nao e especifica do varejo calcadista, que por sua vez se torna carente tanto de estudos de imagem quanto de marketing, de uma forma geral. Dessa maneira, ha um vasto campo do conhecimento a ser explorado no setor de varejo calcadista no Brasil.

Outra justificativa e que no Brasil as pequenas empresas, como a que sera estudada, possuem uma administracao familiar, ou seja, a administracao muitas vezes e feita sem a aplicacao de nenhuma ferramenta administrativa. Este estudo, entao, atraves da exploracao de uma ferramenta de marketing que sera utilizada na empresa estudada, pode servir de exemplo e auxilio a outras pequenas empresas, que poderao adapta-la e utiliza-la em seus negocios.

Os aspectos importantes para a teoria do marketing neste estudo sao uma revisao dos conceitos de varejo e imagem e um estudo dos varios metodos de mensuracao de imagem, para adaptar e escolher um que melhor se aplique ao caso especifico desta pesquisa. Dessa forma, este estudo ajudara a desenvolver o conceito de imagem, que e um tema bastante complexo.

Para uma melhor explanacao dos conceitos e abordagens relacionados ao tema proposto, optouse por estruturar a presente pesquisa da seguinte maneira: esta introducao, que traz uma sintese do tema e o problema de investigacao, e seguida pela revisao da literatura, que buscou conceituar os principais aspectos considerados pertinentes ao objeto de estudo. Em seguida, apresentam-se os aspectos metodologicos adotados na parte empirica da pesquisa. Posteriormente, sao apresentados e discutidos os resultados encontrados e, em seguida, sao feitas as consideracoes finais, incluindo as limitacoes e as sugestoes para pesquisas adicionais sobre o tema.

2. REVISAO DA LITERATURA

Neste topico sao apresentados e discutidos os seguintes conceitos: aspectos sociais e economicos do setor calcadista brasileiro, varejo calcadista no Brasil e no mundo, definicao de imagem de loja, componentes da imagem da loja varejista e mensuracao de imagem de loja.

2.1. Aspectos sociais e economicos do setor calcadista brasileiro

Esta secao insere-se no debate sobre o setor de calcados no Brasil, cujo intuito e apresentar indicadores e, a partir destes, implementar discussoes que evidenciem a relevancia socioeconomica do setor para o pais. Com relacao a empregabilidade e producao, os seguintes dados podem ser observados:

2.1.1. Empregabilidade

A industria calcadista representa importante papel na economia brasileira, ja que emprega 4,3% do total da industria de transformacao, gerando em torno de 300 mil empregos diretos. Com relacao as regioes, o Nordeste e o Sul sao responsaveis por 78% desses empregados, dos quais o Nordeste e responsavel por 44% e o Sul por 34%. O Sudeste aparece com 21% do total. Fica evidente que se trata de um setor importante em termos sociais, por sua capacidade de geracao de empregos. Em 2006, o setor varejista, por exemplo, empregou um total de 7.599.505 pessoas, das quais 4.826.855 foram empregadas por empresas varejistas com ate 19 funcionarios, o que representa mais de 60% do total de empregados no setor (IBGE, 2006). O setor de varejo de tecidos, artigos de vestuario e calcados possui uma media de 4 pessoas ocupadas por empresa, que ganham um salario medio de 1,4 salarios minimos. A Tabela 1 traz uma sintese dos principais Estados empregadores no pais.

Verifica-se, pela disposicao da tabela acima, que o Rio Grande do Sul e responsavel por 37% da empregabilidade no setor, seguido do Ceara e de Sao Paulo, que respondem por 17% cada, Bahia, por 9%, e Minas Gerais, por 8%. As empresas de grande porte, ou seja, as que tem acima de 1.000 funcionarios, sao responsaveis por 58% do total da producao.

2.1.2. Producao

Atualmente, o calcado e um dos principais produtos na pauta das exportacoes brasileira. As empresas faziam os contatos com os compradores internacionais e trabalhavam diretamente com os line builders--responsaveis pela criacao das linhas. Em 2004 a producao brasileira de calcados chegou a atingir a casa dos 900 milhoes de pares, mas passou a reduzir-se anualmente, chegando a 803 milhoes de pares estimados em 2008. Despontando recentemente como o sexto maior exportador mundial de calcados, o Brasil tem como um dos principais produtos de sua pauta de exportacoes o calcado (ABICALCADOS, 2009).

A producao brasileira se destina principalmente a fabricacao de calcados de plastico/borracha (52%) e de calcados de couro (31%), os quais representam 83% da producao total. Segundo estimativas do IEMI (Instituto de Estudos e Marketing Industrial), a producao brasileira de calcados atingiu 808 milhoes de pares em 2007, destacando o Brasil como um dos maiores produtores mundiais. No final dos anos 80, chegou-se a exportar 170 milhoes de pares, superados somente em 1993, quando o volume de pares exportados alcancou 201 milhoes, e em 2004, com 212 milhoes de pares (ABICALCADOS, 2009). A Tabela 2 mostra que, em termos mundiais, China, india, Brasil, Indonesia e Vietna sao os principais mercados relacionados a producao, importacao, exportacao e consumo de calcados. Todavia, o principal destaque e a China, que em 2007 liderou a producao mundial, sendo, naturalmente, a maior fornecedora de calcados (exportador).

De acordo com a tabela acima, os EUA lideram o consumo mundial de calcados, atendendo sua demanda exclusivamente por meio das importacoes. A China e responsavel por 64% da producao mundial e lidera as exportacoes com 73% do total. Os Estados Unidos apareceram como os maiores importadores mundiais de calcados, com 26%, consumindo 17% do total do consumo mundial. O Brasil tem uma participacao de 5% na producao e consumo mundial.

Na disposicao das informacoes agrupadas por Continente, a Asia lidera o mercado, sendo responsavel por 84% da producao e exportacao e por 38% do consumo. A Europa e a maior compradora, com 42% das importacoes. Este Continente nao possui elevada producao, apenas 6%, tendo uma participacao de 25% no consumo mundial. O grupo de paises da America do Norte/Central aparece com 29% das importacoes e 20% do consumo mundial.

Dados do IBGE (2008) mostram que o segmento de tecidos, artigos de vestuario e calcados no Brasil tem participacao de 10,3% na receita liquida de revenda, 16,9% dos salarios, 19% do pessoal ocupado e 21,8% no numero de empresas, comparativamente com o segmento varejista como um todo. Esses dados mostram que a receita liquida do seguimento tem um grande potencial de aumento, ja que, apesar de pagar 16,9% dos salarios e ter 19% do pessoal ocupado, o segmento possui apenas 10,3% de participacao na receita.

As definicoes de imagem de loja, bem como os componentes que integram a imagem de loja varejista, sao apresentados e discutidos nas secoes a seguir.

3. DEFINICOES DE IMAGEM DE LOJA

O design da loja e um dos elementos mais visiveis da estrategia de posicionamento do varejista (MCGOLDRICK, 2002). Parente (2007) advoga que as decisoes sobre a loja, sua atmosfera, apresentacao externa e interna, layout, exposicao dos produtos devem visar a construcao da imagem e a conquista das preferencias dos clientes, e estimular o aumento da produtividade da area de venda. Conhecer melhor a imagem que os consumidores tem de sua loja permite aos varejistas compreender melhor e posicionar seu negocio de acordo com o esperado pelos consumidores. Em essencia, a pesquisa de imagem ajuda os varejistas a agradar os consumidores e, com isso, impactar diretamente sua receita (BLACWELL; MINIARD; ENGEL, 2005).

Martineau (1958 apud BARBOSA; TEIXEIRA, 2006:243) foi um dos primeiros autores a escrever sobre imagem de loja em seu livro The Personality of the Retail Store, que desencadeou um processo de valorizacao da questao da imagem organizacional no varejo. Ele afirma que lojas de varejo possuem personalidade e que elas devem ser capazes de criar uma empatia com seus consumidores. Essa personalidade, ou seja, a imagem da loja, e formada com base nas caracteristicas funcionais e nos atributos psicologicos. Ele realizou uma pesquisa junto aos consumidores de tres lojas, com o objetivo de descobrir os motivos que levam os consumidores a dar preferencia a uma loja em detrimento de outras. A pesquisa apontou aspectos intrinsecos das lojas que sao menos tangiveis e que nao eram levados em consideracao no momento da publicacao da pesquisa.

A imagem da loja varejista deve refletir o posicionamento que a empresa deseja ter no mercado. Por isso, Mckenna (1997) afirma que o posicionamento de uma empresa comeca com o consumidor. Nesse contexto, a imagem da loja varejista, em qualquer epoca, e o resultado dos reforcos diferenciais anteriores no contexto de uma loja. E evidente que uma importante faceta da imagem da loja e a experiencia anterior da pessoa. Consequencias recompensadoras de experiencias passadas no contexto de uma dada loja levam a uma imagem de loja favoravel, que induz a lealdade a loja. Consequencias negativas de experiencias passadas no contexto de uma dada loja levam a uma imagem de loja desfavoravel, que induz a aversao a loja (KUNKEL; BERRY, 1968).

Estudos recentes da area de marketing indicam que as variaveis internas e externas influenciam de forma significativa nas vendas (KUMAR; KARANDE, 2000; PARENTE, 2007). Segundo Ailawadi e Keller (2004), um ambiente agradavel encoraja os consumidores a visitar e comprar mais na loja.

Nesse contexto, a imagem e considerada um aspecto fundamental pelo fato de propiciar ao varejo o conhecimento da visao que os clientes tem da loja, gerando-lhe um feedback, para que possa corrigir erros e atender as expectativas de seus clientes, a fim de que consiga sustentar-se de forma competitiva no mercado. A revisao da literatura revelou a existencia de uma pluralidade conceitual acerca da imagem de loja. O Quadro 1, a seguir, traz a visao de alguns autores sobre os aspectos conceituais da imagem de loja.

Pela disposicao dos conceitos acima e possivel afirmar que a imagem de loja esta diretamente relacionada a uma hierarquia de valores, necessidades e desejos definidos pelos consumidores com base em opinioes, experiencias, dados empiricos e referencias obtidas por meio de comunicacao boca a boca. Tudo isso e usado para a tomada de decisoes de compra. Toda essa visao centralizada no consumidor, como forma de estar atento a ele e desenvolver o que ele deseja, reforca entao a importancia da imagem no varejo para que o varejista atinja sucesso.

4. COMPONENTES DA IMAGEM DA LOJA

VAREJISTA

A personalidade da loja, ou seja, a imagem da loja, e composta de diferentes fatores. Aspectos das lojas, aliados a caracteristicas dos consumidores, ajudam a prever em qual loja as pessoas vao comprar. Os aspectos tipicos de uma loja trabalham juntos para criar uma impressao geral. Quando consumidores opinam sobre as lojas, provavelmente nao apontam caracteristicas muito especificas delas. Eles frequentemente avaliam a loja de uma maneira geral, e essa avaliacao normalmente baseia-se em aspectos intangiveis (SOLOMON, 2002).

Segundo Spinelli e Giraldi (2004), apesar de haver varios estudos a respeito da definicao de imagem de loja e nao existir ainda um consenso sobre a definicao mais adequada, sua complexidade e um elemento sobre o qual os estudiosos do tema concordam, tanto com relacao aos inumeros componentes envolvidos, quanto aos diversos padroes de relacionamento.

Um componente da imagem de loja que vem ganhando importancia e a atmosfera da loja, definida por Parente (2007) como o sentimento psicologico que o varejo desenvolve no consumidor quando ele visita o estabelecimento. A atmosfera e desenvolvida utilizando-se os recursos de apresentacao interna e externa da loja, as opcoes de layout e a forma de exposicao dos produtos. Para o autor, a imagem que os clientes tem de uma loja esta intimamente ligada a atmosfera que esta consegue desenvolver, mas os dois conceitos sao diferentes, a imagem sendo mais abrangente. Churchill Junior e Peter (2007) acrescentam que os varejistas se preocupam com a atmosfera de sua loja para criarem e sustentarem imagens positivas.

Segundo Bloemer e Ruyter (1998), ao longo dos anos, diferentes autores, ao falarem de imagem no varejo, definiram atributos ou caracteristicas que compoem a imagem global da loja. As decisoes sobre a loja, sua atmosfera, a apresentacao externa e interna, o layout e a exposicao dos produtos devem visar a construcao da imagem e a conquista das preferencias dos clientes, e estimular o aumento da produtividade da area de venda. Devem motivar os consumidores a passar o maior tempo possivel na loja, estimulando-os a visitar os varios departamentos (PARENTE, 2007). Segundo esse mesmo autor, alguns fatores devem ser considerados na fachada externa: tamanho, arquitetura, acabamento, fachada, comunicacao visual externa. Dessa forma, a loja projeta uma imagem desejada, de sofisticacao, jovem, popular e alegre.

Os aspectos externos produzem um forte impacto na imagem da loja e, por essa razao, sao extremamente importantes na atracao dos consumidores, pois determinam a primeira impressao e influenciam a percepcao dos consumidores sobre a qualidade e o tipo da loja. Tais premissas permitem inferir que eles produzem um forte impacto na imagem da loja (PARENTE, 2007). Os aspectos internos que tambem influenciam na formacao da imagem da loja sao: cores das paredes, aroma, refrigeracao, iluminacao e limpeza (PARENTE 2007; MCGOLDRICK, 2002).

James, Durand e Dreves (1976), antes de realizarem uma pesquisa de imagem em si com o varejo masculino, efetuaram uma pre-pesquisa para apurar os atributos mais importantes para o consumidor. Os atributos identificados foram: sortimento, funcionarios, atmosfera, servico, qualidade e preco.

Burt e Carralero-Encinas (2000) escolheram as dimensoes usadas em sua pesquisa de imagem do varejo a partir de diferentes graus de tangibilidade. Caracteristicas fisicas, politica de precos e variedade de produtos foram escolhidos para representar dimensoes mais tangiveis, ja que propiciam aos consumidores pistas que servem de base as suas percepcoes, tais como limpeza, decoracao, variedade, qualidade das mercadorias e preco. Em termos gerenciais, uma maior tangibilidade permite uma adaptacao mais rapida das dimensoes as condicoes de mercado. Ja as dimensoes servicos ao consumidor, carater e reputacao apresentam menor tangibilidade e sao mais dependentes da experiencia dos clientes, que e baseada em percepcoes de bondade, confianca, simpatia e posicao.

Resultados semelhantes tambem foram encontrados em uma pesquisa realizada por Tamashiro et al. (2009). Nesse estudo, os autores concluem que os atributos "preco/promocao" sao os mais valorizados pelos respondentes, seguidos das dimensoes "atributos fisicos da loja" e "qualidade". Esses resultados corroboram as premissas de Monroe (1990), que ja assinalavam que o preco se configura como um atributo determinante no processo de escolha dos compradores por produtos e servicos. Conclusoes semelhantes foram encontradas nas pesquisas de Watson, Viney e Schomaker (2002), Ailawadi e Keller (2004), McGoldrick (2002) e Kumar e Karande (2000).

Birtwistle, Clarke e Freathy (1999) tambem fizeram um estudo sobre o varejo de roupas masculinas e selecionaram oito atributos para compor a pesquisa: moda e estilo das roupas, layout da loja, preco, qualidade das roupas, politica de trocas e devolucoes, reputacao da empresa, conhecimento e cordialidade dos empregados da loja e variedade.

Outra pesquisa realizada por Hirschman, Greenberg e Robertson (1978) em sete cidades americanas, para avaliar os atributos servico de atendimento, localizacao, preco, politica de credito, layout e atmosfera, qualidade, variedade e sortimento de mercadorias, exposicao das mercadorias, politica de garantia e trocas e descontos reais, concluiu que os atributos, quando comparados entre si nas cidades pesquisadas, apresentam baixo grau de congruencia, evidenciado pelas significativas diferencas nas pontuacoes da pesquisa feita quando dos cruzamentos entre as cidades. Esse resultado mostra que o conhecimento das principais dimensoes de um mercado nao serve para determinar as principais dimensoes de outro mercado.

Kunkel e Berry (1968), em seu estudo sobre imagem de loja, realizaram primeiro uma pesquisa nao estruturada para descobrir os componentes associados a imagem do varejo. Apos isso, efetuaram uma pesquisa estruturada com os componentes descobertos na anterior. Considerando-se as discussoes das conclusoes dos autores pesquisados, fez-se uma consolidacao, apresentada no Quadro 2, de todos os componentes e subcomponentes da imagem de loja identificados em seus estudos.

5. MENSURACAO DA IMAGEM DE LOJA

Segundo Hawkins, Albaum e Best (1975), medidas de imagem de loja desempenham um papel importante na pesquisa aplicada de marketing. Administradores de marketing utilizam medidas de imagem da loja para ajudar no desenvolvimento de estrategias competitivas.

Reardon, Miller e Coe (1995) focam suas discussoes em metodos estruturados e nao estruturados de mensurar a imagem de uma loja. Para eles, os metodos nao estruturados de mensuracao da imagem de loja oferecem vantagens. A primeira vantagem e que o pesquisador nao impoe uma estrutura ao respondente por meio da linguagem ou das dimensoes. A segunda e que cada respondente e capaz de descrever as dimensoes da imagem de loja ao seu estilo, o que reduz assim os erros de omissao por parte do pesquisador. Por fim, a pesquisa capta uma imagem mais robusta da imagem de uma loja.

Entretanto, essa tecnica apresenta tambem desvantagens. A primeira e que os resultados sao de dificil interpretacao por causa das avaliacoes subjetivas, que tornam as generalizacoes bastante dificeis. A segunda desvantagem e que a codificacao usada pelo pesquisador pode gerar vies na pesquisa. A terceira refere-se ao fato de que a natureza dos dados diminui significativamente o poder da analise estatistica, sendo necessario, assim, o uso de tecnicas especiais ou de estatistica nao parametrica. A quarta e que as variacoes na capacidade do respondente de articular seus pensamentos e sentimentos afetam a qualidade dos dados. Por fim, outra desvantagem e que, apesar de a tecnica permitir mais formas de mensuracao, normalmente nao ha como mensurar o grau em que um atributo ou sentimento esta presente.

Kunkel e Berry (1968) afirmam que, ao se definir imagem como um reforco esperado associado a um determinado conjunto de estimulos, problemas relacionados aos instrumentos da avaliacao estruturada se tornam aparentes. A maior limitacao, especialmente a do teste de diferencial semantico, e o fornecimento de categorias de imagem ao respondente. A partir disso, o publico e encorajado a apontar caracteristicas que nem sempre correspondem a imagem que ele tem da loja. Essa constatacao dos autores esta em total concordancia com a opiniao de Reardon, Miller e Coe (1995) sobre o tema. Exemplificando, um respondente e perguntado sobre sua satisfacao com a variedade de uma loja. O problema, porem, e que ele nem pensaria nesse componente se tivesse que avaliar essa loja. Entao, quando o respondente e requisitado a avaliar todas as caracteristicas de uma loja, elas se tornam parte da imagem, gerando um vies nas pesquisas que usam instrumentos estruturados de mensuracao.

Segundo Birtwistle, Clarke e Freathy (1999), a tecnica mais comum utilizada para mensurar a imagem de uma loja e pedir aos clientes para avaliarem uma loja de acordo com uma escala pre-definida. As escalas de diferencial semantico de Likert e de Stapel sao algumas das empregadas ao se mensurar a imagem de uma loja (BIRTWISTLE; CLARKE; FREATHY, 1999; BURT; CARRALERO-ENCINAS, 2000; MENEZES; ELBERT, 1979). A escala de diferencial semantico e uma escala de sete pontos, em que os pontos extremos sao adjetivos que representam opostos. Na escala de Likert, os respondentes sao solicitados a indicar seu grau de concordancia, optando por uma das cinco categorias de resposta (algumas variantes dela utilizam sete ou nove categorias). Os pontos extremos dessa escala sao normalmente nomeados como "discordo muito" e "concordo muito".

A escala Stapel e, em geral, apresentada verticalmente com um adjetivo no ponto do meio de uma escala de +5 a -5. Nao e fornecido um ponto 0, o que nao permite uma resposta neutra. O entrevistado seleciona um numero, de forma a indicar quao precisamente ou imprecisamente cada termo descreve o objeto. Quanto maior e positivo for o numero, mais precisamente o adjetivo descreve o objeto (MALHOTRA, 2001).

Kunkel e Berry (1968) falam ainda sobre uma alternativa para mensurar a imagem de loja, que sao os metodos nao estruturados, mesmo tema tratado por Reardon, Miller e Coe (1995). Nas respostas de questionarios nao estruturados, que possuem questoes abertas, o respondente e livre para discutir somente o que e relevante na imagem da loja. Ou seja, somente importantes componentes do varejo sao citados, ao contrario da pesquisa de diferencial semantico, que forca respostas para todos os componentes que estao no questionario e, por isso, nao serve para isolar componentes importantes da imagem.

Menezes e Elbert (1979) focaram seus estudos de mensuracao na comparacao entre as escalas de Likert, diferencial semantico e Stapel em seu estudo. A pesquisa nao pode concluir sobre a existencia de uma clara superioridade de uma escala em relacao as outras na obtencao de uma medida pura da imagem de uma loja. Entretanto, o estudo chegou a algumas indicacoes, nao conclusivas, de vantagens de cada escala. A escala de diferencial semantico, por exemplo, parece ser mais precisa, pois a variabilidade entre os respondentes foi reduzida. Como a pesquisa desses autores concluiu que nao ha diferencas gerais entre as tres escalas, eles delinearam um aspecto importante a ser levado em consideracao na escolha da escala: conhecer a populacao que a pesquisa ira abordar para adaptar as perguntas, de forma a facilitar o entendimento.

Birtwistle, Clarke e Freathy (1999) destacam dois problemas encontrados em pesquisas de imagem de loja. O primeiro e o pesquisador determinar as dimensoes que serao avaliadas pelos consumidores. O segundo e que muitos estudos trataram os atributos de imagem de loja como tendo igual importancia, o que pode nao ser o caso.

Os diversos metodos e tecnicas apresentados sobre a mensuracao da imagem de loja serviram de base para o desenvolvimento do desenho dos procedimentos metodologicos utilizados neste estudo, apresentado na secao seguinte.

6. METODO DA PESQUISA EMPIRICA

A pesquisa desenvolvida neste estudo e classificada como descritiva (MALHOTRA, 2001), ja que seu objetivo e identificar a imagem que os consumidores tem de uma loja. Para mensurar a imagem da loja, a escala escolhida foi a de Likert, que e facil de ser compreendida pelo entrevistado e de ser construida pelo pesquisador. Cabe destacar que a escala de Likert e, originalmente, uma escala ordinal, ou seja, e uma escala nao metrica na qual as variaveis podem ser ordenadas de acordo com a concordancia do entrevistado com as afirmacoes (HAIR JUNIOR et al., 2005). No entanto, discute-se muito sobre a melhor forma de mensurar constructos como atitudes e imagens--se com escalas ordinais ou intervalares. Para Churchill (1991), a postura preponderante em marketing parece-se com a de muitos psicologos: as escalas de atitudes deveriam ser intervalares ou, pelo menos, consideradas como tal. Dessa forma, esta pesquisa adota a posicao preponderante relatada por Churchill (1991) e usa procedimentos estatisticos metricos para tratar a escala de Likert.

Segundo Malhotra (2001), ocorre um conflito ao se decidir o numero de categorias de uma escala. Quanto maior o numero de categorias, mais refinada e a discriminacao possivel entre os objetos de estimulo. Entretanto, como a maioria dos respondentes tem condicoes de lidar apenas com poucas categorias, as diretrizes tradicionais sugerem que o numero apropriado de categorias deve ser sete mais ou menos dois: entre cinco e nove. Como nesta pesquisa os respondentes nao estao muito envolvidos, ja que muitas vezes podem estar com pressa e o nivel de conhecimento e escolaridade nao e alto, optou-se pela utilizacao da escala de cinco pontos, com o objetivo de simplificar o preenchimento do questionario pelos respondentes. Dessa forma, foram feitas algumas afirmacoes e foi solicitado aos respondentes que declarassem sua concordancia com elas, de acordo com as seguintes categorias: "discordo totalmente", "discordo um pouco", "nao concordo nem discordo", "concordo um pouco" e "concordo totalmente".

Como nesta pesquisa foi feito um levantamento de campo para a obtencao das informacoes necessarias, utilizou-se um questionario estruturado como instrumento de coleta. O questionario foi elaborado em duas etapas. A primeira foi fruto da revisao da literatura sobre componentes da imagem de loja, sintetizados no Quadro 2, apresentado anteriormente. As perguntas contempladas no instrumento de coleta de dados constam no Quadro 3, a seguir.

A segunda etapa para a confeccao do questionario consistiu em considerar o contexto especifico da loja analisada. Levou-se em consideracao o setor em que a loja atua e algumas caracteristicas dela, ja que alguns itens propostos pela teoria nao eram aplicaveis a loja estudada. A partir disso, para cada componente da imagem de loja foram propostas algumas frases, com base em estudos de outros autores, totalizando 20 afirmacoes. O Quadro 3 apresenta as 20 frases da pesquisa separadas por dimensoes (componentes) da imagem de loja; ao lado delas foram colocadas as referencias bibliograficas que embasaram a criacao da frase.

Ao final do questionario, havia mais 5 perguntas que utilizavam escalas nominais. Essas perguntas tiveram como objetivo conhecer um pouco mais do perfil do cliente que estava respondendo a pesquisa. As cinco perguntas sobre o perfil foram: tempo de compra na loja, sexo, idade, escolaridade e frequencia de compra na loja.

Com relacao a populacao desta pesquisa, ela foi definida como sendo todos os clientes e consumidores de uma loja de calcados do interior do Estado de Minas Gerais. A loja esta no mercado desde agosto de 2002 e possui cerca de 1700 clientes cadastrados. Entretanto, o numero de pessoas que ja compraram na loja e maior, pois os clientes que compram apenas a vista nao sao cadastrados.

Para a coleta dos dados, esta pesquisa de campo optou pela coleta via questionario autoadministrado na forma impressa. Um funcionario da loja abordava o cliente apos a compra, caso este estivesse de acordo, solicitando que respondesse o questionario e fazendo uma breve explanacao sobre o funcionamento dele, de forma a facilitar sua compreensao. O cliente respondia e depositava o questionario em uma urna, preservando-se o anonimato. Em razao da adocao desse procedimento de coleta dos dados, a amostra coletada na pesquisa foi do tipo nao probabilistica por conveniencia.

7. APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS

RESULTADOS

As caracteristicas sociodemograficas dos 123 respondentes que constituiram a amostra do estudo revela o seguinte: 62,5% dos participantes possuem idade entre 31 e 50 anos; a maioria dos respondentes e do sexo feminino (84,2%); com relacao a desde quando os participantes frequentam a loja, a maioria (67,2%) a frequenta ha mais de 2 anos. Foi verificada a escolaridade dos participantes: a maioria (62%) possui ate o 2[degrees]grau incompleto. A Tabela 3 mostra as cargas fatoriais obtidas na solucao forcada em 7 fatores, rotacionada pelo metodo Varimax. Foram omitidos os valores das cargas de fatores inferiores a 0,2, de forma a facilitar sua leitura.

Outro passo na interpretacao dos fatores envolve avaliar a confiabilidade do resultado obtido. O coeficiente de confiabilidade utilizado nesta pesquisa foi o alfa de Cronbach. De acordo com Hair Junior et al. (2005), o limite inferior para o alfa de Cronbach e 0,7, podendo cair para 0,6 no caso de pesquisas exploratorias. Ja George e Mallery (2003) fornecem a seguinte classificacao, de acordo com o valor do alfa: acima de 0,9 e excelente, entre 0,8 e 0,9 e bom, entre 0,7 e 0,8 e aceitavel, entre 0,6 e 0,7 e questionavel, entre 0,5 e 0,6 e uma confiabilidade pobre, e abaixo de 0,5 e inaceitavel.

Segundo Streiner (2003), e verdade que quanto maior a correlacao entre os itens de uma escala, maior o valor do alfa de Cronbach. Assim, o alfa e fortemente afetado pelo numero de itens na escala, de acordo com Cortina (1993) (numero de afirmacoes sobre a imagem da loja, no caso especifico desta pesquisa). Abaixo segue a Tabela 4, que apresenta os sete fatores nomeados e seus respectivos valores de alfa de Cronbach e porcentagens de variancia explicada.

Os fatores da imagem da loja sao a media das variaveis que compoem cada fator. O Fator 6, por exemplo, tem duas variaveis: "a Via Mares e uma loja desorganizada" e "o atendimento da Via Mares e rapido". Foram consideradas, por respondente, as respostas nessas duas variaveis, e foi feita a media entre elas. Esse valor medio passou a compor o Fator 6. Isso foi feito para todos os respondentes e em todos os fatores.

Ao se analisar a Tabela 5, verifica-se que a dimensao do atendimento foi a que recebeu os melhores escores (media igual a 4,767), indicando que o atendimento da Via Mares e a dimensao da imagem de loja mais bem avaliada pelos consumidores. Ja a dimensao mais mal avaliada foi o preco. Uma observacao importante a fazer e que as dimensoes preco e atendimento apresentaram o valor de N menor que 123. Isso ocorreu pelo fato de as duas dimensoes possuirem valores perdidos.

A presente pesquisa, apesar de usar metodos diferentes e abordar setores distintos, obteve algumas dimensoes semelhantes as do estudo de Theodoridis e Chatzipanagiotou (2009) e de Giraldi, Spinelli e Campomar (2007). O estudo de Theodoridis e Chatzipanagiotou (2009) obteve os seguintes fatores: atendimento, atmosfera, produtos, preco, apresentacao das mercadorias e conveniencia interna. Desses fatores, atmosfera e atendimento possuem exatamente o mesmo nome de dois fatores deste estudo. Embora esses fatores possuam variaveis diferentes em cada estudo, eles se referem ao mesmo atributo da imagem e, por isso, podem ser considerados semelhantes. Outro fator que possui o mesmo nome nos dois estudos e o preco.

No caso desse fator, as duas variaveis que o compoem neste estudo tambem estao presentes no fator preco do estudo de Theodoridis e Chatzipanagiotou (2009). Por fim, ha outros fatores que, apesar de terem nomes diferentes, sao bem semelhantes--o produto, do estudo de Theodoridis e Chatzipanagiotou (2009), e o sortimento, desta pesquisa. O fator produto contem variaveis relacionadas a variedade e a qualidade, como acontece com o fator sortimento, que possui uma variavel relacionada a variedade e outra a qualidade.

8. CONSIDERACOES FINAIS

Ao final da presente pesquisa conclui-se que a imagem de loja e a soma das percepcoes que o cliente tem de uma loja, ou seja, e a soma do que os consumidores sabem sobre os atributos e associacoes de uma loja, a partir de sua experiencia com a propria. Ela e uma importante ferramenta para o ajuste dos programas de marketing das empresas varejistas. Essa ferramenta permite averiguar quais atributos de imagem da loja foram mal avaliados e, dessa forma, focar os esforcos em certa area especifica, para sanar os problemas apresentados. Alem disso, e possivel descobrir quais sao os atributos da imagem da loja com maior influencia na satisfacao dos consumidores, o que permite a empresa focar suas acoes de forma a maximizar a satisfacao de seus clientes.

Em relacao aos resultados obtidos na busca por dimensoes que formam a imagem de uma loja, fez-se uma revisao bibliografica sobre esse tema e chegou-se a um quadro resumo final que apresenta as dimensoes integrantes da imagem de loja. Sao elas: preco, qualidade, clientela, sortimento, instalacoes fisicas, estilo, pessoal de vendas, conveniencia da localizacao, outros itens de conveniencia, servicos, promocoes de vendas, propaganda, atmosfera de loja, politica de ajustes, institucional e pos-compra. Com isso, alcancou-se um dos objetivos desta pesquisa, que foi conhecer quais sao as variaveis que formam a imagem de uma loja.

Fez-se tambem uma busca por metodos de mensuracao da loja. Apos serem citados os achados de varios autores, chegou-se a conclusao de que nao ha um metodo ideal para mensurar a imagem da loja. Existem, na verdade, varios metodos, cada qual com suas vantagens e desvantagens. O pesquisador, entao, para escolher seu metodo, precisa levar em consideracao a situacao especifica de sua pesquisa e as caracteristicas da populacao que sera pesquisada, observando as vantagens e desvantagens de cada metodo, para, apos isso, fazer sua escolha.

As dimensoes resultantes da imagem da Via Mares nesta pesquisa foram sortimento, conveniencia, reputacao, preco, atmosfera, layout e atendimento. Verificou-se que a dimensao mais bem avaliada pelos respondentes foi "atendimento", enquanto a dimensao que recebeu a pior avaliacao foi "preco". Isso pode significar que, para que a loja melhore sua imagem junto a seus clientes, deve ter precos mais competitivos e menores.

Tais conclusoes sao especialmente importantes para o setor de varejo calcadista brasileiro, que possui uma carencia tanto de estudos de imagem quanto de estudos de marketing, de uma forma geral. Alem do mais, os resultados obtidos nesta pesquisa podem oferecer mais elementos para a discussao de futuras pesquisas nessa area, servindo de estimulo para que estas comecem a se tornar mais frequentes. Portanto, a partir dos resultados do presente estudo, acredita-se que profissionais e teoricos do varejo poderao entender melhor as dimensoes da imagem de loja e do proprio constructo de imagem de loja. Considera-se tambem que se promoveu um avanco nas pesquisas sobre imagem de loja, uma vez que se abordou um setor varejista pouco estudado anteriormente no Brasil.

Com relacao as limitacoes desta pesquisa, pode-se destacar a populacao-alvo dela, que foi bem restrita, ja que abrangeu apenas consumidores e clientes de uma loja. Outra limitacao foi o metodo adotado de coleta dos questionarios: amostragem nao probabilistica. Isso ocasionou uma restricao ainda maior nos resultados, ja que eles nao poderiam ser generalizados a todos os clientes da loja, que foi a populacao da pesquisa. Dessa forma, os resultados foram representativos apenas dos 123 respondentes.

DOI: 10.5700/rege 455

9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Tarsis Souza Silva

Pos-graduado em Marketing Estrategico pelo Centro Universitario de Franca (Uni-Facef)--Franca-SP, Brasil Bacharel em Administracao pela Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade de Ribeirao Preto (FEA-RP), da Universidade de Sao Paulo. E-mail: tarsis.s.silva@gmail.com

Janaina de Moura Engracia Giraldi

Professora Doutora da Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade de Ribeirao Preto (FEA-RP), Universidade de Sao Paulo (USP)--Ribeirao Preto-SP, Brasil Doutora e Mestre em Administracao pela Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade (FEA) da Universidade de Sao Paulo (USP). Master of Science in Marketing pela Katholieke Universiteit Leuven (KULeuven, Belgica) E-mail: jgiraldi@usp.br

Helenita R. da Silva Tamashiro

Professora da Faculdade de Ciencias Gerenciais de Sao Joaquim da Barra e da Faculdade Reges de Ribeirao Preto- Ribeirao Preto-SP, Brasil Doutoranda em Administracao pela Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade (FEA) da Universidade de Sao Paulo (USP). Mestre em Administracao pelo Centro Universitario de Franca (Uni-Facef). E-mail: hrstamashiro@ibest.com.br

Recebido em: 31/5/2010

Aprovado em: 5/11/2011
Quadro 1: Aspectos conceituais de imagem de loja

Autores                Descricao

                       E todo um complexo de percepcoes dos
Bloemer e Ruyter       consumidores de uma loja sobre
(1998)                 diferentes atributos. Os atributos
                       notaveis e importantes sao entao
                       avaliados e ponderados uns contra os
                       outros, e o resultado disso forma a
                       imagem que o consumidor tem de uma loja.

                       Pode ser definida como sendo estimulos
Kunkel e Berry         discriminativos para um reforco
(1968)                 esperado de uma dada acao. Mais
                       especificamente, a imagem de loja
                       varejista e o reforco total conceitual
                       ou esperado que uma pessoa associa
                       com a compra em uma determinada loja.

Hawkins,               E o que as pessoas sentem e pensam
Mothersbaugh e Best    quando compram em certa loja ou ouvem
(2007)                 falar a respeito dela. Portanto, e o
                       conjunto de associacoes que os
                       consumidores aprenderam a fazer sobre a
                       loja varejista.

                       Imagem de loja abrange tudo que os
Churchill Junior e     consumidores pensam sobre determinado
Peter (2007)           estabelecimento. Essas percepcoes
                       sao baseadas nas caracteristicas
                       fisicas da loja, como, por exemplo,
                       mercadorias, precos e vendedores;
                       incluem-se ai tambem os estados
                       emocionais.

                       Refere-se a um conjunto de atitudes
James, Durand e        baseadas na avaliacao de atributos de
Dreves                 loja que sao considerados importantes
1976                   pelos consumidores. Como as atitudes sao
                       um processo de aprendizagem, a imagem de
                       loja depende da experiencia que o
                       consumidor tem relacionada a loja.

Bloemer e Schroder     Refere-se a soma de todos os atributos
(2002)                 da loja, com base na forma percebida
                       pelo consumidor a partir de sua
                       experiencia com a loja.

                       A definicao e de que a imagem da loja e
Sheth, Mittal e        a soma total das percepcoes que o
Newman                 cliente tem sobre ela. As percepcoes sao
(2001)                 determinadas por fatores como:
                       mercadorias, preco, atendimento e
                       atmosfera. A imagem da loja determina o
                       tipo de consumidores que serao atraidos,
                       mas eles tambem realimentam a imagem da
                       loja.

Fonte: Elaborado pelos autores desta pesquisa, com base nos autores
referenciados

Quadro 2: Consolidacao dos componentes da imagem de loja

Componentes            Subcomponentes

Preco da Mercadoria    Precos baixos, precos competitivos ou
                       satisfatorios, precos nao competitivos
                       ou altos

Qualidade da           Qualidade boa ou ruim e marcas que
Mercadoria             compoem o estoque

Clientela              Caracteristicas dos consumidores que
                       frequentam a loja

Sortimento das         Amplitude, profundidade, existencia de
Mercadorias            marcas de interesse do cliente

Instalacoes Fisicas    Limpeza, layout da loja, facilidade de
                       compra e atratividade

Estilo das             Acompanhamento da moda
mercadorias

Pessoal de vendas      Postura do pessoal de vendas,
                       conhecimento do pessoal de vendas,
                       numero de vendedores da loja, servico
                       bom ou ruim, cordialidade

Conveniencia da        Localizacao proxima da residencia e do
Localizacao            trabalho do consumidor, acesso,
                       localizacao boa ou ruim

Outros itens de        Estacionamento, horario de
Conveniencia           funcionamento, conveniencia do layout da
                       loja, conveniencia de uma forma geral

Servicos               Credito, plano de reserva de mercadoria,
                       entrega e outros servicos

Promocoes de           Vendas especiais, cupons promocionais,
Vendas                 eventos especiais

Propaganda             Qualidade e estilo da propaganda, midia
                       utilizada, credibilidade da propaganda

                       Layout, iluminacao, temperatura,
Atmosfera de Loja      comunicacao visual, cores, tamanho da
                       area de vendas, decoracao externa e
                       interna, exposicao das mercadorias,
                       congestionamento dentro da loja,
                       prestigio

Politica de Ajustes    Politica de trocas e devolucoes de
                       mercadorias

Institucional          Reputacao da loja

Pos-compra             Nivel de satisfacao

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(1974 apud Hawkins, Mothersbaugh e Best, 2007), James, Durand e
Dreves (1976), Parente (2007), Doyle e Fenwick (1974 apud Bloemer e
Ruyter, 1998), Bearden (1977 apud Bloemer e Ruyter, 1998),
Birtwistle, Clarke e Freathy (1999), Ghosh (1990 apud Bloemer e
Ruyter, 1998) e Hirschman, Greenberg e Robertson (1978).

Quadro 3: Perguntas referentes a imagem da loja

Dimensoes         Frases

Preco dos         Os precos dos calcados da Via Mares sao
produtos          baixos

                  Os calcados da Via Mares sao mais caros
                  que os da concorrencia

Qualidade dos     Ja tive problemas com defeitos nos
produtos          calcados que comprei da Via Mares

                  Os calcados vendidos na Via Mares
                  possuem baixa qualidade

Sortimento dos    Quando vou a Via Mares encontro poucas
produtos          opcoes de calcados para comprar

                  Quando compro a Via Mares s empre
                  encontro os calcados que procuro

                  A loja renova os calcados frequentemente,
                  acompanhando as tendencias da moda

Pessoal de        Os vendedores sempre solucionam as
vendas            duvidas durante a compra de forma clara

                  Os vendedores da Via Mares sao amigaveis

                  O atendimento da Via Mares e rapido

Conveniencia      A localizacao da Via Mares e boa

                  O horario de funcionamento da Via Mares
                  e adequado as minhas necessidades

Instalacoes       A Via Mares e uma loja desorganizada
fisicas
                  Os calcados sao bem expostos

                  A Via Mares e uma loja com pouco espaco

Atmosfera de      A loja possui uma boa aparencia interna
loja
                  A loja e um lugar agradavel de fazer
                  compras

Reputacao da      A Via Mares e uma loja famosa na cidade
loja e Credito

                  Ja ouvi alguem falar mal da Via Mares

                  As opcoes de parcelamento da Via Mares
                  nao atendem as minhas necessidades

Dimensoes         Embasamento

Preco dos         KUNKEL; BERRY, 1968; ZIMMER; GOLDEN,
produtos          1988 (apud CUNHA, 2001)

                  KUNKEL; BERRY, 1968; ZIMMER; GOLDEN,
                  1988 (apud CUNHA, 2001)

Qualidade dos     KUNKEL; BERRY, 1968; LINDQUIST, 1974
produtos          (apud HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST,
                  2007), ZIMMER; GOLDEN, 1988 (apud CUNHA,
                  2001)

                  KUNKEL; BERRY, 1968; LINDQUIST, 1974(apud
                  HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007);

Sortimento dos    KUNKEL; BERRY, 1968
produtos

                  KUNKEL; BERRY, 1968

                  KUNKEL; BERRY, 1968; LINDQUIST, 1974
                  (apud HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007)

Pessoal de        KUNKEL; BERRY, 1968; BIRTWISTLE;
vendas            CLARKE; FREATHY, 1999

                  BIRTWISTLE; CLARKE; FREATHY, 1999;
                  BEARDEN, 1977 (apud BLOEMER; RUYTER,
                  1998:3); ZIMMER; GOLDEN, 1988 (apud
                  CUNHA, 2001)

                  CUNHA, 2001

Conveniencia      KUNKEL; BERRY, 1968; LINDQUIST, 1974
                  (apud HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST,
                  2007)

                  KUNKEL; BERRY, 1968

Instalacoes       ZIMMER; GOLDEN, 1988 (apud CUNHA, 2001)
fisicas
                  KUNKEL; BERRY, 1968; PARENTE, 2000;
                  HIRSCHMAN; GREENBERG; ROBERTSON,
                  1978

                  KUNKEL; BERRY, 1968; LINDQUIST, 1974
                  (apud HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST,
                  2007)

Atmosfera de      ZIMMER; GOLDEN, 1988 (apud CUNHA, 2001)
loja
                  PESSEMIER, 1980 (apud CUNHA, 2001);
                  LINDQUIST, 1974 (apud HAWKINS;
                  MOTHERSBAUGH; BEST, 2007)

Reputacao da      LINDQUIST, 1974 (apud HAWKINS;
loja e Credito    MOTHERSBAUGH; BEST, 2007); BIRTWISTLE;
                  CLARKE; FREATHY, 1999

                  LINDQUIST, 1974 (apud HAWKINS;
                  MOTHERSBAUGH; BEST, 2007); BIRTWISTLE;
                  CLARKE; FREATHY, 1999

                  KUNKEL; BERRY, 1968; HIRSCHMAN;
                  GREENBERG; ROBERSTSON, 1978

Fonte: Elaborado pelos autores.

Tabela 1: Empresas e Empregados na Fabricacao de Calcados por Estado
(2007)

Estado                 Empresas    % por Estado    Emprego

Rio Grande do Sul      2.755       35,2%           111.966
Ceara                  236         3,0%            52.746
Sao Paulo              2.354       30,1%           52.055
Bahia                  106         1,4%            28.134
Minas Gerais           1.382       17,7%           24.770
Paraiba                111         1,4%            12.710
Santa Catarina         307         3,9%            6.880
Sergipe                15          0,2%            3.001
Parana                 138         1,8%            1.999
Pernambuco             52          0,7%            1.653
Goias                  170         2,2%            1.463
Rio Grande do Norte    25          0,3%            1.375
Rio de Janeiro         64          0,8%            1.323
Espirito Santo         29          0,4%            1.144
Mato Grosso do Sul     24          0,3%            1.116
Outros                 62          0,8%            557

Totais                 7.830       100%            302.892

Estado                 % por Estado

Rio Grande do Sul      37,0%
Ceara                  17,4%
Sao Paulo              17,2%
Bahia                  9,3%
Minas Gerais           8,2%
Paraiba                4,2%
Santa Catarina         2,3%
Sergipe                1,0%
Parana                 0,7%
Pernambuco             0,5%
Goias                  0,5%
Rio Grande do Norte    0,5%
Rio de Janeiro         0,4%
Espirito Santo         0,4%
Mato Grosso do Sul     0,4%
Outros                 0,2%

Totais                 100%

Fonte: Elaborada pelos autores, com base nos dados da ABICALCADOS
(2009).

Tabela 2: Principais Produtores, Importadores, Exportadores e
Consumidores em Nivel Mundial

Produtores          Importadores                Exportadores

Pais            Pares         Pais          Pares         Pais
China         10.209,0         EUA         2.362,3        China
india           980,0         Japao         594,2        Vietna
Brasil          796,3       Alemanha        497,5        Italia
Vietna          665,2      Reino Unido      486,0       Indonesia
Indonesia       565,0        Franca         445,0        Belgica
Outros         2.858,1       Outros        4.732,8       Outros
TOTAL         16.073,6        TOTAL        9.117,8        TOTAL

Produtores   Exportadores     Consumidores

Pais            Pares       Pais        Pares
China          8.175,0       EUA       2.393,0
india           614,6       China      2.080,1
Brasil          245,3       india       895,5
Vietna          229,0       Japao       706,7
Indonesia       199,1      Brasil       648,0
Outros         1.797,4     Outros      7.208,2
TOTAL         11.260,4      TOTAL     13.931,5

Fonte: Elaborada pelos autores, com base nos dados da ABICALCADOS
(2009).

Tabela 3: Matriz de Componentes Rotacionada

Variaveis                                            Componentes

                                                        1         2

Quando vou a loja encontro poucas opcoes de           0,658
calcados para comprar

Os calcados vendidos na loja possuem baixa            0,654
qualidade

As opcoes de parcelamento da loja nao atendem as      0,608
minhas necessidades

Quando compro na loja, sempre encontro os             0,465     0,431
calcados que procuro
Os calcados sao bem expostos                                    0,729

Os vendedores da loja sao amigaveis                             0,570

A localizacao da loja e boa                          -0,397     0,569

A loja renova os calcados frequentemente,                       0,544
acompanhando as tendencias da moda

A loja e uma loja famosa na cidade

A loja e um lugar agradavel de fazer compras

Os calcados da loja sao mais caros que os da
concorrencia

Os precos dos calcados da loja sao baixos

Ja ouvi alguem falar mal da loja

A loja possui uma boa aparencia interna               0,347     0,292

A loja e uma loja com pouco espaco

A loja e desorganizada

O atendimento da loja e rapido                                  0,237

Os vendedores sempre solucionam as duvidas
durante a compra de forma clara

Variaveis

                                                        3         4

Quando vou a loja encontro poucas opcoes de
calcados para comprar

Os calcados vendidos na loja possuem baixa            0,218
qualidade

As opcoes de parcelamento da loja nao atendem as                0,365
minhas necessidades

Quando compro na loja, sempre encontro os             0,248
calcados que procuro
Os calcados sao bem expostos

Os vendedores da loja sao amigaveis

A localizacao da loja e boa                           0,352

A loja renova os calcados frequentemente,             0,266
acompanhando as tendencias da moda

A loja e uma loja famosa na cidade                    0,756

A loja e um lugar agradavel de fazer compras          0,739     0,205

Os calcados da loja sao mais caros que os da          0,220     0,742
concorrencia

Os precos dos calcados da loja sao baixos                       0,662

Ja ouvi alguem falar mal da loja

A loja possui uma boa aparencia interna                         0,306

A loja e uma loja com pouco espaco                   -0,202     0,472

A loja e desorganizada                                0,266

O atendimento da loja e rapido                       -0,302     0,412

Os vendedores sempre solucionam as duvidas
durante a compra de forma clara

Variaveis

                                                        5         6

Quando vou a loja encontro poucas opcoes de
calcados para comprar

Os calcados vendidos na loja possuem baixa                      0,343
qualidade

As opcoes de parcelamento da loja nao atendem as     -0,367
minhas necessidades

Quando compro na loja, sempre encontro os
calcados que procuro
Os calcados sao bem expostos

Os vendedores da loja sao amigaveis                             0,202

A localizacao da loja e boa                                     0,251

A loja renova os calcados frequentemente,                      -0,407
acompanhando as tendencias da moda

A loja e uma loja famosa na cidade

A loja e um lugar agradavel de fazer compras

Os calcados da loja sao mais caros que os da
concorrencia

Os precos dos calcados da loja sao baixos

Ja ouvi alguem falar mal da loja                      0,790

A loja possui uma boa aparencia interna               0,583

A loja e uma loja com pouco espaco                    0,523     0,251

A loja e desorganizada                                          0,788

O atendimento da loja e rapido                                  0,521

Os vendedores sempre solucionam as duvidas
durante a compra de forma clara

Variaveis

                                                        7

Quando vou a loja encontro poucas opcoes de
calcados para comprar

Os calcados vendidos na loja possuem baixa
qualidade

As opcoes de parcelamento da loja nao atendem as     -0,232
minhas necessidades

Quando compro na loja, sempre encontro os             0,244
calcados que procuro
Os calcados sao bem expostos

Os vendedores da loja sao amigaveis

A localizacao da loja e boa

A loja renova os calcados frequentemente,             0,241
acompanhando as tendencias da moda

A loja e uma loja famosa na cidade

A loja e um lugar agradavel de fazer compras         -0,241

Os calcados da loja sao mais caros que os da          0,239
concorrencia

Os precos dos calcados da loja sao baixos

Ja ouvi alguem falar mal da loja                      0,204

A loja possui uma boa aparencia interna

A loja e uma loja com pouco espaco

A loja e desorganizada

O atendimento da loja e rapido                        0,292

Os vendedores sempre solucionam as duvidas            0,826
durante a compra de forma clara

Fonte: Dados coletados na pesquisa de campo.

Tabela 4: Resumo da analise fatorial

Fatores         Variaveis que compoem

                "quando vou a loja encontro poucas
                opcoes de calcados para comprar",  "os
Sortimento      calcados vendidos na loja possuem baixa
                qualidade", "as opcoes de parcelamento
                da loja nao atendem as minhas
                necessidades" e "quando compro na loja
                sempre encontro os calcados que procuro"
                "os calcados sao bem expostos", "os
                vendedores da loja sao

Conveniencia    amigaveis", "a localizacao da loja e
                boa" e "a loja renova os calcados
                frequentemente, acompanhando as
                tendencias da moda"

Reputacao       "a loja e uma loja famosa na cidade" e
                "a loja e um lugar agradavel de fazer
                compras"

Preco           "os calcados da loja sao mais caros que
                os da concorrencia" e "os precos dos
                calcados da loja sao baixos"

Atmosfera       "ja ouvi alguem falar mal da loja", "a
                loja possui uma boa aparencia interna" e
                "a loja e uma loja com pouco espaco"

Layout          "a loja e desorganizada" e "o
                atendimento da loja e rapido"

Atendimento     "os vendedores sempre solucionam as
                duvidas durante a compra de forma clara"

Fatores         Valor a de       % da variancia
                  Cronbach          explicada

Sortimento          0,577            10,33%

Conveniencia        0,469            10,31%

Reputacao           0,554            9,68%

Preco               0,593            9,56%

Atmosfera           0,438            8,43%

Layout              0,454            8,31%

Atendimento          --              6,88%

Fonte: Dados coletados na pesquisa de campo.

Tabela 5: Ordenacao das dimensoes de imagem de loja identificadas na
pesquisa

                  N     Minimo     Maximo     Media      Desvio-Padrao

Atendimento      120     1,00        5        4,767          0,670
Reputacao        123     2,33        5        4,715          0,572
Layout           123     1,00        5        4,699          0,827
Conveniencia     123     2,00        5        4,580          0,609
Atmosfera        123     1,00        5        4,455          0,822
Sortimento       123     1,75        5        4,113          0,848
Preco            122     1,00        5        3,934          1,134

Fonte: Dados coletados na pesquisa de campo.
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