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  • 标题:Occupational stress of workers in a public hospital of Belo Horizonte: a case study in intensive care units/Estres ocupacional de los trabajadores de un hospital publico de Belo Horizonte: un estudio de caso en los centros de tratamiento intensivo/Estresse ocupacional dos trabalhadores de um hospital publico de Belo Horizonte: um estudo de caso nos centros de terapia intensiva.
  • 作者:de Lourdes Ulhoa, Maria ; Garcia, Fernando Coutinho ; Lima, Cristina Torres
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2011
  • 期号:July
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
  • 关键词:Job stress;Workers

Occupational stress of workers in a public hospital of Belo Horizonte: a case study in intensive care units/Estres ocupacional de los trabajadores de un hospital publico de Belo Horizonte: un estudio de caso en los centros de tratamiento intensivo/Estresse ocupacional dos trabalhadores de um hospital publico de Belo Horizonte: um estudo de caso nos centros de terapia intensiva.


de Lourdes Ulhoa, Maria ; Garcia, Fernando Coutinho ; Lima, Cristina Torres 等


1. INTRODUCAO

A sociedade em geral vive um processo de intensificacao do ritmo em que as mudancas acontecem. Como consequencia direta disso, o mundo do trabalho tambem experimenta modificacoes de forma acelerada (PEREIRA, 2005). As mudancas organizacionais fizeram e fazem parte da vida. Atualmente, ha dois aspectos caracteristicos de nosso tempo: velocidade e profundidade. Ha exigencias cada vez maiores aos trabalhadores, que conduzem a deterioracao da qualidade de vida dos individuos. Pereira (2005) comenta que, nesse contexto, o estresse configurase como uma variavel importante, considerando-se que e elevado o numero de individuos atingidos por esse processo de mudanca. Assim, na medida do possivel as pessoas buscam regular e controlar essas mudancas, a fim de impedir que sobrevenham exageradamente rapidas ou de forma muito intensa, gerando impactos negativos em suas vidas (GOLDBERG, 1986).

As pressoes geradas pelas continuas transformacoes economicas e sociais tem tornado os individuos mais vulneraveis as doencas psicossomaticas e organicas. Segundo Albrecht (1990), o estresse e uma doenca que se tornou recorrente nos paises altamente industrializados e esta acarretando um elevado custo em termos de saude e bem-estar emocional. De acordo com esse autor, os grandes inimigos da saude das pessoas nao sao mais somente uma crise ocupacional, uma perturbacao emocional ou uma situacao perigosa, mas tambem o estado prolongado e constante de preocupacao, alerta e ansiedade, que caracteriza uma forte carga de estresse (ALBRECHT, 1990).

O trabalho e um dos elementos da propria cultura humana, talvez um dos mais importantes, gerador de bens e riquezas, mas tambem de agravos a saude das pessoas. Para as organizacoes, e importante que o trabalho garanta as pessoas prazer, satisfacao profissional, realizacao e uma permanente aspiracao a felicidade (PASCHOAL; TAMAYO, 2004).

O estresse decorrente das situacoes de trabalho e chamado estresse ocupacional e se refere a uma reacao do individuo ao seu ambiente de trabalho, que de alguma forma o atinge (PASCHOAL; TAMAYO, 2004). Para Fernandes, Medeiros e Ribeiro (2008), apesar de existirem discordancias sobre o conceito de estresse entre pesquisadores do assunto, pode-se definir estresse ocupacional como um processo em que o profissional reconhece as demandas do trabalho como estressores, os quais, ao excederem sua habilidade de enfrentamento, podem provocar nele diversas doencas vinculadas ao trabalho.

Paschoal e Tamayo (2004) comentam que o trabalho humano, observado sob o prisma historico, revela sua transformacao num meio civilizado e de cultura. Representa tambem um dos aspectos mais relevantes da vida do individuo e e inseparavel de sua existencia. Nao e so producao de bens e riquezas, mas tambem uma maneira de autorrealizacao. A relacao entre o trabalho e o bemestar do trabalhador requer a implantacao e implementacao, por parte das organizacoes, de politicas de prevencao, com a construcao de uma cultura organizacional em que seja propicia a realizacao da missao da organizacao com a garantia de qualidade de vida e realizacao das pessoas.

De acordo com Fernandes, Medeiros e Ribeiro (2008:415), o estresse ocupacional pode ser visto como "consequencia das relacoes complexas que se processam entre condicoes de trabalho", "nas quais as demandas do trabalho excedem as habilidades do trabalhador para enfrenta-las". Suas consequencias aparecem sob a forma tanto de problemas na saude fisica e mental do profissional, quanto de insatisfacao no trabalho (FERNANDES; MEDEIROS; RIBEIRO, 2008).

Quanto ao estresse ocupacional, as modificacoes nos processos e na organizacao do trabalho podem causar instabilidade emocional e fisica nos ocupantes dos postos de trabalho, em virtude do estimulo e valorizacao da competitividade (AYRES; SILVA, 2004). Por essa razao, a qualidade de vida no trabalho tornou-se foco de atencao, como forma de minimizar os efeitos negativos que o estresse causa aos individuos e as organizacoes.

Reforcando essa questao, os estudos de Morgan (1996) mencionam que os valores culturais do processo de trabalho tem assumido elementos geradores de estresse. Ainda na visao desse autor, as organizacoes utilizam mecanismos estressantes como forma de maximizar os resultados, como, por exemplo, o estabelecimento de metas a serem cumpridas

As instituicoes necessitam conscientizar-se da necessidade de adotar uma melhor postura em relacao aos processos de trabalho, para garantir desenvolvimento e realizacao aos individuos (CUNHA, 2009). A autora menciona ainda que, para seu sucesso, as organizacoes devem preocupar se em manter uma avaliacao sobre sua contribuicao para a qualidade de vida no trabalho (QVT) dos profissionais, a satisfacao de suas necessidades e expectativas. Um dos desafios e desenvolver a vitalidade organizacional, utilizando novo estilo de gestao, que deve pautar-se no comprometimento, reciprocidade e planejamento estrategico (CUNHA, 2009).

Nas organizacoes hospitalares, os trabalhadores de saude estao vivenciando o estresse e a inseguranca profissional. E o que concluiu o estudo desenvolvido pelo The National Institute for Occupational Safety and Health, que caracterizou o cenario de violencia que envolve os profissionais hospitalares e sugeriu as instituicoes o desenvolvimento de programas de prevencao aos fatores de risco em cada unidade, com orientacao aos trabalhadores. Cunha (2009:232) ainda menciona que os programas ajudariam os profissionais a criar para si "instrumentos de combate ao medo, as agressoes, a humilhacao e aos homicidios em seus locais de trabalho".

Cunha (2009) comenta, em sua recente pesquisa, que politicas organizacionais de saude que excluem a Gestao da Qualidade de Vida no Trabalho (GQVT) negligenciam em algum grau sua sanidade operacional, a saude e o bem-estar de seus profissionais.

O foco deste estudo e uma organizacao hospitalar, especificamente as unidades responsaveis pela assistencia a pacientes em terapia intensiva, chamadas UTIs ou CTIs, cujos pacientes recebem cuidados especificos encaminhados da unidade de urgencia e emergencia. A opcao por estas como unidade especial de pesquisa deve-se ao fato de que, nelas, todos os profissionais, sobretudo os trabalhadores de enfermagem, que sao em maior numero, alem de enfrentarem no seu dia a dia situacoes de limite fisico e psicologico, convivem em um ambiente de trabalho com riscos resultantes de agentes quimicos, fisicos, biologicos e psiquicos, capazes de causar danos a sua saude. Nesses ambientes, o desenvolvimento crescente de novas tecnologias e a incorporacao de novas formas de organizacao do trabalho, aliados as demandas de participacao dos trabalhadores nos diversos ambientes, contribuem para o estabelecimento do estresse

como fenomeno (PEREIRA, 2005).

Diante disso, definiu-se como objeto de estudo o estresse ocupacional. Deseja-se que o estudo seja um instrumento que viabilize a promocao de intervencoes na estrutura de decisao e na forma de organizacao do trabalho, que possibilite maior flexibilidade e equidade e que possa exercer influencias positivas nos niveis de tensao mental dos profissionais, comumente submetidos a altas exigencias no que se refere a assistencia intensiva aos pacientes e aos resultados organizacionais.

Entao, propos-se como objetivo geral para este estudo identificar os principais fatores que contribuem para o estresse ocupacional dos agentes administrativos, enfermeiros, fisioterapeutas, medicos e tecnicos de enfermagem dos tres centros de terapia intensiva adulto de um hospital publico municipal de Belo Horizonte.

Como objetivo especifico, propos-se avaliar se:

* o fator nivel de demanda psicologica pode gerar stresse ocupacional nos funcionarios;

* o fator nivel de controle do trabalhador sobre seu proprio trabalho pode desencadear estresse ocupacional;

* o fator nivel de apoio social pode gerar estresse ocupacional.

2. REFERENCIAL TEORICO

O conceito de estresse consolidou-se ao longo dos anos. No seculo XIX, o estresse era entendido como um fator de ma condicao de saude. Ja no seculo XX, foi visto como um disturbio de homeostase presente em determinadas condicoes (FOSTER et al., 2007). A partir da decada de 70, com o surgimento do interesse nos estudos referentes ao impacto das mudancas sociais sobre a vida humana, o estresse ocupacional passou a ser considerado como um novo campo de estudo, que se tornou relevante em consequencia do aparecimento de doencas vistas como relacionadas ao trabalho. No seculo XXI, o estresse passou, entao, a figurar entre os principais desafios a serem enfrentados.

Segundo Pereira (2005), ha tres abordagens sobre estresse, que podem ser consideradas complementares e interligadas. A primeira e a bioquimica, que surgiu nas decadas de 1930 e 1950 e trata da fisiologia do estresse, importante para se ter uma visao global das manifestacoes do estresse. A segunda e a psicologica, que estuda a percepcao e o comportamento dos individuos manifestados no processo de estresse. A terceira abordagem e a sociologica, que esta relacionada a compreensao do contexto da sociedade em que o individuo esta inserido. Dessa forma, Albrecht (1990) comenta que a adaptacao dos individuos tem sido questionada nos niveis fisico, psicologico e espiritual, pois o estresse deles decorrente provoca alteracoes responsaveis pela maioria dos considerados males da modernidade.

Sobre essa questao, Mota, Tanure e Carvalho Neto (2008) comentam que as fontes de tensao e de estresse diferem de individuo para individuo, e que, portanto, as pessoas nao reagem de forma homogenea a uma determinada situacao de trabalho que causa estresse.

Pode-se entao conceituar estresse como uma combinacao de reacoes fisiologicas e comportamentais que as pessoas apresentam em resposta aos eventos que as ameacam ou desafiam, Caracteriza-se, assim, como um processo dinamico que se manifesta por meio de sintomas fisicos, psicologicos e comportamentais. E uma tentativa de reacao do organismo a um processo de excitacao emocional (MOTA; TANURE; CARVALHO NETO, 2006). Esses autores citam Selye (1956), considerado "o pai do estresse", e enfatizam que o processo de adoecimento e desenvolvido em tres fases distintas, denominadas de Sindrome de Adaptacao Geral--SAG:

a. Fase de Alarme--caracteriza-se pelas reacoes que o corpo apresenta quando o agente estressor e reconhecido e aquele se mobiliza para lutar ou fugir;

b. Fase de Resistencia--caso o agente estressor mantenha sua acao, o corpo se esforca para resistir aos efeitos da fase anterior e voltar ao seu estado de equilibrio;

c. Fase de Exaustao--esta fase ocorre somente se o estresse permanecer por mais tempo que o corpo pode resistir e representa muitas vezes a falha dos mecanismos de adaptacao.

Decorrentes do estado de tensao, varias reacoes fisiologicas e bioquimicas ocorrem no corpo humano, como o aumento do fluxo de sangue no cerebro e nos musculos, que permite um melhor raciocinio e respostas musculares mais rapidas; elevacao da pressao sanguinea; dilatacao das pupilas, que proporciona aumento do campo e da acuidade visual; e aumento dos batimentos cardiacos e da frequencia respiratoria, que provocam melhoria na oxigenacao do sangue e, consequentemente, melhoria no desempenho de diversos orgaos do corpo. Todas essas reacoes estao relacionadas a melhor preparacao do organismo para enfrentar as fontes de pressao as quais esta sendo submetido ou adaptar-se a elas (SELYE, 1956).

Os primeiros estudos sobre estresse no trabalho em CTIs de hospitais brasileiros foram implantados a partir da decada de 60, e fizeram com que os profissionais de saude exercessem novas praticas de atuacao. Por um lado, o avanco tecnologico possibilitou a estruturacao dos CTIs, que reuniu num mesmo espaco os recursos imprescindiveis a uma assistencia otimizada ao paciente critico. Os profissionais passaram a conviver com uma serie de riscos relacionados as condicoes e ao ambiente de trabalho, nem sempre considerados a genese das desordens fisicas e psiquicas (SANTOS; OLIVEIRA; MOREIRA, 2006).

Os trabalhos desenvolvidos em CTIs exigem uma grande carga mental, uma vez que o enfermeiro se depara com diversos estressores, como o excesso de trabalho, contato constante com o sofrimento do outro, complexidade de tarefas e imprevisibilidade do estado geral dos pacientes, que levam os profissionais de enfermagem a desenvolver alteracoes fisiologicas, emocionais, cognitivas ou comportamentais (SANTOS; OLIVEIRA; MOREIRA, 2006). Segundo os autores, tais alteracoes remetem ao estresse, que representa a resposta generalizada do organismo as exigencias ambientais. Trata-se de um mecanismo fisiologico inerente que prepara o organismo para reagir em face dessas exigencias.

Arroba e James (1988) comentam que as respostas cognitivas mais frequentes seriam: problemas de concentracao, indecisao, esquecimento, sensibilidade a criticas, pensamentos autocriticos e atitudes rigidas. As reacoes emocionais potenciais incluiriam: medo, ansiedade, excitacao, nervosismo, tensao, irritabilidade, raiva, hostilidade, tristeza, vergonha, mau humor, solidao, ciume, sentimento de insatisfacao e falta de interesse. Dessa forma, a conclusao dos autores Arroba e James (1988) sobre as reacoes comportamentais e de que elas podem se expressar por meio de atitudes como: fala agressiva, tom de voz alterado e comportamento hostil. Ou o oposto: um comportamento retraido. Nao ha uma lista definitiva, pois cada um tem seu proprio padrao de resposta.

Outro estudo sobre estresse no trabalho de relevancia na literatura foi desenvolvido por Cooper e considera que os agentes estressores integrados as ocupacoes profissionais podem ser classificados em seis grandes categorias: fatores intrinsecos ao trabalho--condicoes de salubridade, jornada de trabalho, ritmo, riscos potenciais a saude, sobrecarga de trabalho, introducao de novas tecnologias, natureza e conteudo do trabalho; papel do individuo na organizacao--ambiguidade e conflito de papeis; relacionamento interpessoal com os superiores, colegas e subordinados; desenvolvimento na carreira--congruencia de status, seguranca no emprego e perspectiva de promocoes; clima e estrutura organizacional ameacas potenciais a integridade do individuo, a sua autonomia e identidade pessoal; e interface casa/trabalho--aspectos relacionais de eventos pessoais fora do trabalho e dinamica psicossocial do estresse (PEREIRA, 2005).

Outro efeito do conflito e da competicao que traz consequencias adversas a saude do profissional de saude e o isolamento social. Os efeitos fisicos tendem a ser cronicos e progressivos. Conforme mencionado por Rossi, Perrewe e Sauter (2005), o estresse nas situacoes de trabalho pode trazer como consequencia mudancas comportamentais (que se referem a reacoes do individuo como, por exemplo, a automedicacao, o uso de alcool, o fumo exagerado, a ingestao excessiva de alimentos e ate mesmo o suicidio). Alem disso, a perda da integracao social pode ser insuportavel quando o individuo nao consegue superar as barreiras a comunicacao que foram criadas (EVANS; BARTOLOME, 1980 apud MOTA; TANURE; CARVALHO NETO, 2008; QUICK et al, 2003 apud MOTA; TANURE; CARVALHO NETO, 2008).

A unidade de terapia intensiva, como o proprio nome sugere, tem como atribuicao assistir e prestar cuidados aos pacientes em estado grave com possibilidade de recuperacao, que exigem permanente assistencia medica e de enfermagem, alem da utilizacao eventual de equipamento especializado. Constitui-se em um ambiente que requer maximo cuidado, proficiencia, atencao e habilidade por parte dos profissionais no trato com seus pacientes. E tambem um ambiente que pode desencadear estresse, em razao do contato com a ambiguidade de vida e morte. Sabe-se que esse ambiente propicia o surgimento de problemas emocionais em seus profissionais. (SIQUEIRA; LEAO; CARPENTIERI, 2002).

Nessa discussao, apresenta-se a realidade dos profissionais que atuam em permanente contato com o sofrimento, a dor, o desespero, a irritabilidade e demais reacoes que podem surgir nos pacientes e em seus familiares em virtude da situacao de saude por que passam no momento (CAVALHEIRO; MOURA JUNIOR; LOPES, 2008).

Considerando-se que os seres humanos interagem com o meio e sao suscetiveis de sofrer influencias dele, quando o estresse permanece, pode promover desequilibrios internos no organismo (ULRICH, 2005). O estresse tambem pode afetar o estilo de vida das pessoas, no que se refere, por exemplo, a alimentacao, ao ritmo de vida, ao controle do estresse, aos relacionamentos interpessoais, a pratica ou nao de atividades fisicas, entre outros (ZANELLI, 2007). O autor comenta que, se a pessoa sofrer muita pressao no trabalho, pode acontecer que necessite mudar o estilo de vida, o que requer uma serie de mudancas significativas em seu padrao de comportamento.

Admitir os prejuizos que as condicoes de risco a saude impoem ao ser humano e a organizacao e um passo preliminar necessario para planejar e desenvolver as mudancas. Zanelli (2007) menciona que alguns agentes devem ser desenvolvidos no processo de intervencao, com o objetivo de identificar as caracteristicas e procedimentos organizacionais e individuais de mudancas em busca de saude no trabalho.

As relacoes sociais do ambiente de trabalho sao muitas vezes fontes geradoras de estresse. O modelo utilizado para este estudo foi um modelo teorico bidimensional projetado por Robert Karasek, um dos pioneiros nos anos 70 tanto no uso de escalas de medidas no ambito dos estudos epidemiologicos para avaliar aspectos psicossociais do trabalho, quanto em permitir relacionar dois aspectos demanda e controle--no trabalho que podem levar ao risco de adoecimento (ALVES et al., 2004). O modelo preve a avaliacao simultanea de niveis de demanda e controle.

Nesse contexto, entende-se demanda por pressao de natureza psicologica, que pode ser quantitativa, ou seja, referir-se ao tempo para realizar um volume de tarefas num determinado ritmo e volume, ou qualitativa, ou seja, dizer respeito aos conflitos entre demandas contraditorias. O controle e a possibilidade de o trabalhador utilizar suas habilidades intelectuais criativas e tarefas diferentes para o desenvolvimento e realizacao de seu trabalho, bem como possuir autoridade suficiente para tomar decisoes sobre a forma de realiza-lo. O foco do Modelo Karasek e dirigido ao modo de organizacao do trabalho e tambem a estrutura psiquica e organica dos profissionais trabalhadores (ALVES et al., 2004).

Alves et al. (2004) comentam que o Modelo de Karasek utiliza escores medios, que sao distribuidos em quatro quadrantes de forma que configurem as relacoes entre demanda e controle, como visualizado na Figura 1.

[FIGURE 1 OMITTED]

A coexistencia de grandes demandas psicologicas com alto controle sobre o processo de trabalho gera alto desgaste (job strain). Isso e que causa efeitos nocivos a saude do trabalhador.

Tambem nociva e a situacao que conjuga baixas demandas e baixo controle (trabalho passivo), uma vez que pode gerar perda de habilidades e desinteresse. Por outro lado, quando alta demanda e baixo controle coexistem numa situacao, os individuos experimentam o processo de trabalho ativo: ainda que as demandas sejam excessivas, elas sao menos danosas, ja que o trabalhador pode escolher como planejar suas horas de trabalho de acordo com seu ritmo biologico e criar estrategias para lidar com suas dificuldades. A situacao "ideal", de baixo desgaste, conjuga baixas demandas e alto controle do processo de trabalho (ALVES et al., 2004)

A autora tambem comenta a terceira dimensao, a do apoio social no ambiente de trabalho. Esta foi acrescentada ao modelo proposto por Johnson em 1988, e define os niveis de interacao social tanto com os colegas quanto com os gerentes. A escassez deste nivel de relacionamento pode gerar consequencias negativas a saude.

3. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa caracterizada como um estudo quantitativo. No que diz respeito aos objetivos da pesquisa, este trabalho pode ser caracterizado como uma pesquisa descritiva, pois estabelece relacoes entre variaveis por meio da descricao das caracteristicas de determinado fenomeno ou populacao, segundo comenta Gil (2002).

Em relacao aos procedimentos para execucao da pesquisa, pode-se classificar este trabalho como um estudo de caso realizado em uma instituicao hospitalar publica localizada em Belo Horizonte.

A utilizacao de um estudo de caso unico e apropriada em circunstancias nas quais se pretende determinar se as proposicoes de uma teoria sao corretas (YIN, 2001). O autor menciona tambem que o estudo de caso "[...] beneficia-se do desenvolvimento previo de proposicoes teoricas para conduzir a coleta e analise dos dados" (YIN, 2001:32-33).

Os sujeitos do estudo foram os trabalhadores das diversas categorias profissionais (medicos, enfermeiros, tecnicos de enfermagem) das tres unidades de CTI do Hospital Municipal Odilon Behrens no municipio de Belo Horizonte-MG. A populacao pesquisada constituiu-se de 136 dos 180 trabalhadores dos CTIs do hospital.

3.1. Escala

A escala de estresse ocupacional e composta de 28 itens, seis dos quais se referem a Demanda, nove ao Controle e 13 ao Apoio Social. Os itens da escala sao validados em outros estudos (THEORELL; KARASEK, 1996; THEORELL, 2000) e permitem avaliar o grau de estresse dos trabalhadores.

O uso de escalas de medidas no ambito dos estudos epidemiologicos tem permitido avaliar constructos como o de estresse. Conforme Alves et al. (2004), o Modelo Demanda-Controle de Karasek assume casualidade sociologica, uma vez que defende que as acoes de promocao da saude no trabalho devem ser direcionadas as mudancas nas organizacoes e nao nos comportamentos individuais. Esse modelo de referencia tem sido utilizado com frequencia, principalmente na area da saude, para avaliar diferentes agravos: depressao, doencas cardiovasculares e estresse. Cada item dos constructos Demanda e Controle foi preenchido de acordo com a escala "likert" de cinco itens, enquanto a terceira dimensao, a do Apoio Social, foi preenchida de acordo com a escala "likert" de quatro itens (TRIOLA, 1998). A escala pode ser visualizada no ANEXO A.

Na totalidade dos itens da escala, respostas mais proximas de 1 indicam maior suscetibilidade ao estresse, enquanto respostas mais proximas de 5 (Demanda e Controle) ou 4 (Apoio Social) indicam o contrario. Alguns itens da escala nao respeitam essa interpretacao e, portanto, tiveram suas respostas invertidas para a analise.

3.2. Plano de Coleta e Analise dos Dados

Para a coleta de dados foram anexados a escala itens de levantamento sociodemografico (APENDICE A) que permitiriam conhecer o perfil dos respondentes em relacao ao genero, a faixa etaria, ao estado civil, ao turno de trabalho e a categoria profissional.

A aplicacao da escala e do questionario foi realizada pela pesquisadora e por cinco voluntarios, alunos de graduacao em enfermagem. A equipe foi treinada e informada quanto ao objetivo do projeto, forma de aplicacao do questionario e da escala, aplicacao do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, instrucoes de trabalho e postura pessoal durante a abordagem. Como os profissionais trabalham durante os sete dias da semana e nos periodos diurno e noturno, a aplicacao da escala e do questionario foi organizada de modo que todos os profissionais pudessem ter oportunidade de participar da pesquisa, obtendo-se, dessa forma, o maior numero possivel de participantes.

Os dados coletados foram analisados a partir da construcao de uma base de dados no programa SPSS[R] 17.0 (Statistical Package for the Social Sciences). Primeiramente, realizou-se a codificacao das diferentes perguntas (variaveis) do questionario no SPSS[R], de modo a nele inserir cada uma das variaveis e suas respectivas caracteristicas. Em seguida, fez-se o cruzamento dos dados e, a partir dos resultados obtidos, sua analise.

Inicialmente, realizou-se uma analise exploratoria com o objetivo de caracterizar a amostra dos informantes, para o que foram utilizadas distribuicoes de frequencias para as variaveis sociodemograficas da populacao do estudo.

Para a analise da possivel associacao da escala de estresse com as variaveis Genero e Turno, foi utilizado o teste nao parametrico de Mann-Whitney (TRIOLA, 1998), pois essas variaveis possuem somente duas categorias. Ja para as variaveis Unidade de CTI e Profissao, que possuem mais de duas categorias, foi utilizado o teste nao parametrico de Kruskal-Wallis (TRIOLA, 1998). O teste de correlacao nao parametrica de Spearman (TRIOLA, 1998) foi utilizado para analisar a correlacao entre a escala de estresse e a variavel Idade, tendo em vista que esta variavel esta em uma escala ordinal.

Em todos os testes estatisticos utilizados considerou-se um nivel de significancia de 5%. Dessa forma, foram consideradas associacoes estatisticamente significativas aquelas cujo valor p era inferior a 0,05.

3.3. Local da Pesquisa

O Hospital Municipal Odilon Behrens e um hospital publico, geral, de ensino e de pesquisa, cuja missao e prestar atendimentos de urgencia/emergencia, de especialidades e internacao com eficiencia, etica e qualidade. Passou a integrarse ao Sistema Unico de Saude (SUS) a partir de 1989 e hoje tem papel fundamental na regulacao das urgencias e emergencias. Com sua incorporacao ao SUS, o HOB apresentou crescimento importante em numero de leitos e uma qualificacao respeitada na assistencia a saude, com nivel crescente de complexidade. Possui, alem do servico de pronto atendimento de referencia para urgencias, tres Centros de Terapia Intensiva Adulto, que contam com 30 leitos (BELO HORIZONTE, 2007).

4. RESULTADOS E DISCUSSAO

A tabela a seguir resume a caracterizacao da amostra estudada.

As unidades de CTI do hospital estudado possuem, no total, 180 funcionarios, dos quais 136 participaram da pesquisa. Desses, 62,5% sao do sexo feminino, a maioria e de solteiros (49.3%), realizam seu trabalho no turno diurno (59,6%) e a categoria profissional mais representada e formada por tecnicos de enfermagem (70,6%). Outros profissionais representantes da populacao estudada sao os medicos (15,4%), os enfermeiros (9,6%), fisioterapeutas (2,9%) e os agentes administrativos (1,5%).

O Grafico 1 apresenta os resultados dos constructos do Modelo Karasek de Demanda e Controle nas tres unidades de CTI, obtidos apos verificacao dos dados.

Em relacao ao constructo Demanda, vale ressaltar que o CTI do 3 andar foi o que apresentou o maior valor dentre as demais unidades (3,94), seguido do CTI do 2 andar (3,84) e do CTI do 1 andar (3,67). O teste de Mann-Whitney indicou nao haver diferencas estatisticamente significativas entre os tres CTIs, o que leva a concluir que todos apontam uma situacao de alta demanda, comprovando a teoria de Theorell e Karasek (1996).

Quanto ao constructo Controle, os resultados apresentados no grafico indicam semelhancas entre os CTIs do 1 e 3 andar (3,17 e 3,21, respectivamente); o CTI do 2 andar, por sua vez, apresentou valor menor (3,02). Considerando-se os dados acima indicados e o teste de Mann-Whitney realizado neste constructo, e possivel identificar tambem que nao houve diferencas estatisticamente significativas entre os tres CTIs, o que permite interpretar que todos apresentam uma situacao de Controle alto.

De acordo com o Modelo de Karasek de Demanda-Controle, a alocacao em quadrantes expressou a relacao entre demanda e controle, conforme aponta o resultado do presente estudo em cada CTI, melhor visualizado na Figura 2.

[FIGURE 2 OMITTED]

Os resultados indicam a coexistencia de alta demanda com alto controle nas tres unidades pesquisadas, conforme apontam os resultados na Figura 2. Os trabalhadores vivem o processo de trabalho de forma ativa: mesmo que as demandas sejam excessivas, elas geram impactos menos danosos, uma vez que o trabalhador pode criar estrategias para lidar com as dificuldades de planejar suas horas de trabalho de acordo com seu ritmo biologico. Segundo as teorias apresentadas, os maiores riscos a saude mental e a saude fisica causados pelo estresse envolvem os trabalhadores que lidam com altas demandas psicologicas ou pressoes que nao estao em equilibrio com as capacidades, recursos ou necessidades do profissional e com falta de autonomia para a tomada de decisoes, combinadas com uma baixa abrangencia de controle ou decisao sobre as demandas (FORSTER et al, 2007; PEREIRA, 2005).

A seguir, o Grafico 2 apresenta o constructo referente ao apoio social, que inclui componentes de natureza coletiva, capaz de interferir nas dimensoes demanda e controle explicitadas acima (FORSTER et al., 2007).

Neste constructo, avaliou-se que o CTI localizado no 2 andar foi o que apresentou o maior indice de apoio social (3,00), seguido do 1 e do 3 andar (2,80 e 2,68, respectivamente), porem, de acordo com o teste comparativo de Mann-Whitney, nao houve diferenca estatisticamente significativa entre os resultados encontrados. Ressalta-se que o teste aponta para uma situacao em que ha niveis de apoio social suficientes. Podera ocorrer certa absorcao de parte dos efeitos adversos do ambiente de trabalho, o que, consequentemente, podera amenizar o desencadeamento de doencas relacionadas ao estresse e favorecer um bom desempenho das tarefas pelos profissionais.

O resultado do teste de Mann-Whitney revelou nao haver relacao estatisticamente significativa (nivel de significancia = 5%) entre as variaveis Genero e Turno e a probabilidade de o estresse surgir. Ja o resultado do teste de o estresse KruskalWallis mostrou nao haver relacao significativa (nivel de significancia = 5%) entre as variaveis Unidade de CTI e Profissao. O resultado da analise da correlacao de Spearman, por sua vez, mostrou nao haver associacao entre a idade dos funcionarios e a probabilidade de surgir o estresse (nivel de significancia = 5%).

5. CONSIDERACOES FINAIS

O presente estudo teve como finalidade identificar se os niveis dos fatores Demanda, Controle e Apoio Social contribuem para o estresse ocupacional no trabalho dos profissionais que atuam nos tres CTIs do hospital pesquisado. No contexto hospitalar, as unidades de terapia intensiva ja foram foco de varias pesquisas relacionadas ao estresse dos profissionais. Sabe-se que nesta unidade hospitalar a atuacao junto a pacientes criticos e considerada desgastante, razao pela qual fazer parte desse cotidiano torna o profissional susceptivel ao estresse, tema importante nas pesquisas sobre o adoecimento no trabalho.

Os resultados revelaram que os profissionais apresentam possibilidades de desenvolver o estresse no ambiente de trabalho, considerando-se a analise do constructo Demanda. As caracteristicas descritas indicam a presenca de efeitos negativos sobre a saude dos profissionais, que podem gerar estresse e suas repercussoes no trabalho. Entretanto, verificam-se tambem altos niveis de Controle pelo profissional sobre suas atividades, o que lhe possibilita certa autonomia no planejamento de suas tarefas. Dessa forma, salienta-se a relacao positiva encontrada na avaliacao destes constructos, onde altos niveis de demanda confrontaram-se com altos niveis de Controle.

O Apoio Social tambem se associa aos aspectos que produzem um efeito sobre a saude fisica e psicologica do individuo. Neste constructo, avaliaram-se as interacoes afetivas com colegas e chefias. Os profissionais tambem foram questionados sobre a sintonia entre seus objetivos pessoais e os objetivos do hospital, a fim de configurar-se o ambiente geral no qual os profissionais estao inseridos. Os resultados apontaram a existencia de relacoes interpessoais positivas nos tres CTIs estudados, demonstrando que ha a disponibilidade de reconhecimento dos profissionais e das pessoas.

As reacoes dos trabalhadores ao estresse sao influenciadas direta e inversamente pelo nivel de suporte social. Dessa forma, o aumento do nivel de suporte social esta diretamente associado com a diminuicao da reacao de estresse. Essa relacao pode ser benefica dependendo da qualidade do clima organizacional na vida cotidiana dessa organizacao.

Pesquisas futuras devem ser desenvolvidas e direcionadas ao entendimento de fatores que provocam estresse ocupacional em outros setores hospitalares que, da mesma forma que os CTIs, sao ambientes propensos ao desenvolvimento dessa doenca ocupacional, como Lavanderia, Centro Cirurgico, Urgencias e outros tantos. Enfatiza-se a necessidade de realizacao de pesquisas na area de saude ocupacional, com o intuito de desenvolver e orientar os setores hospitalares a, juntamente com o setor de recursos humanos, oferecer condicoes para a obtencao de qualidade da saude no trabalho para os profissionais.

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALBRECHT, Karl. O gerente e o estresse: faca o estresse trabalhar para voce. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

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DOI: 10.5700/rege 433

Maria de Lourdes Ulhoa

Graduada em Enfermagem pela Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais Mestre em Administracao pela Faculdade Novos Horizontes . Especialista em Gestao Hospitalar pela Escola de Saude Publica do Estado de Minas Gerais. Docente do curso de Pos-graduacao em Enfermagem em urgencia e emergencia e atendimento prehospitalar do Centro Universitario UNA BH--Belo Horizonte-MG, Brasil E-mail: lulude.ulhoa@terra.com.br

Fernando Coutinho Garcia

Graduado em Geografia pela Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais Mestre em Administracao pela Universidade Federal de Minas Gerais. Doutor em Ciencia Politica pela Universidade de Sao Paulo. Pos-Doutor em Sociologia do Trabalho pela Universita di Roma. Professor Titular da Faculdade Novos Horizontes--Belo Horizonte-MG, Bras il E-mail: fernando. coutinho@unihorizontes.br

Cristina Torres Lima

Graduada em Nutricao e Dietetica pela UFOP/MG. Mestre em Administracao pela Faculdade Novos Horizontes. Especialista em Administracao de Servicos de Alimentacao pela FUMEC. Especialista em Administracao Hospitalar pela Faculdade Sao Camilo. Especialista em Auditoria em Sistemas de Saude pela Faculdade Sao Camilo Coordenadora do Curso de Especializacao em Gestao Hospitalar pela Escola de Saude Publica do Estado de Minas Gerais--Belo Horizonte-MG, Bras il E-mail: ctlima@terra.com.br

Pedro Adalberto Aguiar Castro

Graduado em Enfermagem pela Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais. PosGraduando em Gestao da Educacao para a Saude na Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais. Docente da disciplina Estagio Curricular II do curso de Enfermagem da Faculdade da Saude e Ecologia Humana de Vespasiano--Vespasiano MG, Brasil

E-mail: pedroacastro@gmail.com

Recebido em: 11/12/2009

Aprovado em: 5/11/2010
Tabela 1: Representacao sociodemografica da populacao do estudo

 Frequencia Porcentual

 CTI 1 andar 40 29,4
 2 andar 42 30,9
 3 andar 53 39
 Coordenador 1 0,7
 Sexo Masculino 51 37,5
 Feminino 85 62,5
 Estado Solteiro 67 49,3
 Civil Casado 60 44,1
 Separado 9 6,6
 Turno Dia 81 59,6
 Noite 55 40,4
 Profissao Tec. Enfermagem 96 70,6
 Medico 21 15,4
 Enfermeiro 13 9,6
 Fisioterapeuta 4 2,9
 Agente Administrativo 2 1,5
 Total 136 100

Fonte: Dados da pesquisa realizada em 2009.

Grafico 1: Avaliacao simultanea dos niveis de
Demanda e Controle nas tres unidades de CTI

Controle 3,21
Demanda 3,94
Controle 3,02
Demanda 3,84
Controle 3,17
Demanda 3,67

Fonte: Resultado da pesquisa realizada em 2009.

Note: Table made from bar graph.

Grafico 2: Representacao do resultado obtido no
constructo Apoio Social nos CTIs estudados

3 andar 2,68
2 andar 3,00
1 andar 2,80

Fonte: Resultado da pesquisa realizada em 2009.

Note: Table made from bar graph.


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