Business evaluation using activity indicators: an application of AHP method/Avaliacao de empresas por meio de indicadores de atividade: uma aplicacao do metodo AHP/Evaluacionde empresas utilizando indicadores de actividad: una aplicacion del metodo AHP.
Kroenke, Adriana ; Hein, Nelson
1. INTRODUCAO
Atualmente, a concorrencia no mercado faz com que a gestao
estrategica nas empresas evolua. As demonstracoes contabeis divulgadas
pelas empresas tornaram-se alvo de diversos estudos acerca do desempenho
empresarial, do gerenciamento de resultado e da previsao de falencia.
Sua capacidade explicativa e suas relacoes se ramificaram nas empresas
desde o projeto do produto ate o acompanhamento no posvenda (produto ou
servico). Por meio delas, mais especificamente de seus dados, e possivel
realizar analises, interpretar a situacao financeira e economica em que
as empresas se encontram em determinados periodos, e principalmente
realizar projecoes.
A analise de balancos, conforme salienta Iudicibus (2008:74),
"deve ser entendida dentro de suas possibilidades e limitacoes. De
um lado, mais aponta problemas a serem investigados do que indica
solucoes; de outro, desde que convenientemente utilizada, pode
transformar-se num poderoso painel de controle da administracao".
Analisando os dados de empresas de determinado segmento, pode-se
conhecer a situacao delas, porem e necessario analisar comparativamente
os dados de todas as empresas do ramo para estabelecer uma
classificacao. Essa classificacao pode ser realizada por meio de um
ranqueamento. Para que este seja estabelecido, consideram-se alguns
criterios por meio dos quais e possivel identificar a importancia de
cada elemento em relacao ao seu conjunto. Ressalta-se que um
ranqueamento consiste na classificacao ordenada de determinados
elementos de acordo com a importancia de cada um em relacao aos demais.
Para ranquear, podem-se atribuir pesos, ou seja, valores que
caracterizam a importancia de cada elemento, o que pode ser realizado
por meio da aplicacao do metodo de analise hierarquica, conhecido como
Analytic Hierarchy Process (AHP), desenvolvido por Thomas L. Saaty. O
modelo estabelecido pelo metodo de analise hierarquica, de acordo com
Saaty (1991:1), "tem de incluir e medir todos os fatores
importantes, qualitativa e quantitativamente mensuraveis, sejam eles
tangiveis ou intangiveis".
Gomes, Araya e Carignano (2004:42) destacam que o metodo AHP
"determina, de forma clara e por meio da sintese dos valores dos
agentes de decisao, uma medida global para cada uma das alternativas,
priorizando-as ou classificando-as ao finalizar o metodo". Esse
modelo permite criar hierarquias por meio de prioridades e pode ser
utilizado como apoio a tomada de decisao. Com base no exposto, este
estudo apresenta a seguinte questao de pesquisa: Qual o ranking das
empresas do setor metal mecanico listadas na Bovespa, considerando-se os
indicadores de atividade? O objetivo consiste em definir, por meio de
indicadores de atividade e utilizando o metodo de Analise Hierarquica de
Processos (AHP) uma classificacao em forma de ranking dos resultados
auferidos pelas empresas do setor metal mecanico listadas na Bovespa.
Esse metodo, da escola americana de analise multiatributo, possibilita
obter, por meio da comparacao entre as alternativas, uma estrutura
hierarquica dos criterios analisados.
2. INDICADORES DE ATIVIDADE
De acordo com Marion (2005:120), os indicadores deste grupo visam
demonstrar o tempo que "a empresa demora, em media, para receber
suas vendas, para pagar suas compras e para renovar seu estoque".
Assim, afirma que "para fins de analise, quanto maior for a
velocidade de recebimento de vendas e de renovacao de estoque, melhor.
Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que
nao corresponda a atrasos, melhor". Dessa forma, o autor enfatiza a
importancia da velocidade do giro no desenvolvimento das atividades
empresariais.
Brigham e Houston (1999:81) explicam que esses quocientes sao um
"conjunto de indices que medem a eficacia com que uma empresa
gerencia seus ativos". Os autores destacam que, por meio desses
indicadores, e possivel verificar se o valor dos ativos e razoavel, alto
demais ou baixo demais em relacao ao nivel de venda atual e projetado.
Gitman (2004:47) comenta que "os indices de atividade medem a
velocidade com que as varias contas sao convertidas em vendas ou caixa entradas ou saidas"; mais adiante, destaca que "tambem e
possivel medir a eficiencia com a qual os ativos totais sao
usados".
As empresas sao envolvidas por ciclos operacionais, que se
caracterizam pelo tempo de cada processo e compreendem desde a aquisicao
de materia-prima ate a realizacao das vendas. Esses periodos ou duracoes
sao mensurados pelos indicadores de atividade, e, para reduzir esse
tempo, as empresas utilizam prazos para pagamentos de estoques e de
operacoes bancarias de desconto de duplicatas representativas das vendas
a credito (ASSAF NETO, 2003).
Os prazos sao importantes para a liquidez, o endividamento e o
retorno da empresa, alem de serem determinantes no tocante a necessidade
de capital de giro. Nesse sentido, "a gestao dos prazos e,
consequentemente, dos ciclos tem interferencia tambem na lucratividade,
na liquidez e na estrutura de capitais da empresa" (SILVA,
2004:277). A importancia desses indicadores, segundo Iudicibus
(2007:97), consiste em eles expressarem relacionamentos dinamicos, isto
e, o indice de rotatividade na empresa que influencia na liquidez e na
rentabilidade.
Dessa forma, consideram-se alguns indicadores, como o prazo medio
de estocagem, que, segundo Assaf Neto (2003:109), "indica o tempo
medio necessario para a completa renovacao dos estoques da
empresa". Adiante, esse autor afirma que "quanto maior for
esse indice, maior sera o prazo em que os diversos produtos permanecerao
estocados e, consequentemente, mais elevadas serao as necessidades de
investimentos em estoques". Em decorrencia, sera necessario mais
capital para financiar a atividade da empresa.
Em relacao ao volume de estoques, uma empresa depende do volume de
vendas e de sua politica de estocagem, pois, quanto mais produtos
estocados, mais recursos a empresa compromete com esses estoques, como,
por exemplo, os custos de fabricacao, armazenagem e seguros (SILVA,
2004:277). Nesse sentido, Brigham e Houston (1999) apontam a pressao
existente para reducao de estoques, a fim de conter os custos de uma
empresa. Deve haver uma quantidade necessaria de estoques para manter as
operacoes, porem os custos de encomenda e manutencao devem ser mantidos
no nivel mais baixo possivel.
Silva (2004:277) ressalta que uma das possibilidades de
interpretacao dos estoques e ver "o montante de estoques da empresa
como algo que representa certa potencialidade de os mesmos serem
transformados em dinheiro, que e a imagem que as empresas tentam passar
aos gerentes de bancos quando querem obter emprestimos". Outra
possibilidade, tambem conforme Silva (2004:277), e entender "os
estoques como investimento (aplicacao de recursos) no ativo
circulante". O autor alerta sobre os efeitos da quantidade de
estoques apresentados no Balanco Patrimonial para obtencao de
emprestimos, pois, se estes forem vendidos, a empresa tera condicoes de
saldar o emprestimo.
O indice de prazo medio de pagamento a fornecedores, tambem
conhecido como prazo medio de pagamento das compras, indica quanto
tempo, em media, uma empresa leva para pagar suas dividas a fornecedores
(SILVA, 2004). Iudicibus (2007:100) ressalta que, no geral, "se uma
empresa demora muito mais para receber suas vendas a prazo do que para
pagar suas compras a prazo, ira necessitar de mais capital de giro
adicional para sustentar suas vendas, criandose um circulo vicioso
dificil de romper". O autor infere que empresas que se encontrarem
nessa situacao deverao criar alternativas como, por exemplo, trabalhar
com maior margem de lucro sobre as vendas e procurar prolongar ao maximo os prazos de pagamento.
Gitman (2004) destaca uma das dificuldades de aplicacao desse
indice, que consiste em saber qual o valor das compras anuais, item nao
divulgado nas demonstracoes contabeis. Para estimar o valor das compras,
utiliza-se uma proporcao do custo das mercadorias vendidas. Na tomada de
decisao referente a compras a vista ou a prazo consideram-se os juros do
mercado, pois neste caso sao avaliados os custos de oportunidade para a
empresa (ASSAF NETO, 2003).
O indice de prazo medio de cobranca, de acordo com Assaf Neto
(2003:110), "revela o tempo medio (meses ou dias) que a empresa
despende para receber suas vendas realizadas a prazo". O autor
ressalta que "a empresa deve abreviar, sempre que possivel, o prazo
de recebimento de suas vendas", pois, conforme Iudicibus (2007), a
ociosidade de recebiveis e alta e a empresa deixa de receber dinheiro
que poderia estar sendo investido, alem de se expor ao risco de perder
poder de compra com a acumulacao de recebiveis em razao dos efeitos de
inflacao.
Para Silva (2004:279), "os termos de vendas em uma empresa
compreendem os prazos concedidos aos clientes, os descontos concedidos
para pagamento a vista e os instrumentos de formalizacao da venda a
prazo". Alguns fatores podem distorcer o calculo desse indice,
como: a) a sazonalidade das vendas; b) a data de encerramento das
demonstracoes financeiras, quando a empresa tem caracteristicas
sazonais; e c) fatores externos como qualidade das duplicatas, volume
das vendas canceladas e montante de incobraveis que a empresa vem
apresentando (SILVA, 2004:387).
Esse indice e tratado por Brigham e Houston (1999) como prazo medio
de rendimento e os autores ressaltam que ele e aplicado para analisar as
contas a receber de uma empresa por meio da divisao da media diaria de
vendas pelas contas a receber, com o que se obtem o numero de dias
retidos no contas a receber.
No tocante ao prazo de recebimento, Iudicibus (2007:99) alega que
sua interpretacao depende de varios fatores, como: "usos e costumes
do ramo de negocios, politica de maior ou menor abertura para credito,
eficiencia do servico de cobrancas, situacao financeira de liquidez dos
clientes (do mercado) etc." Ou seja, o autor ressalta que este
indicador esta relacionado com o mercado.
Constata-se que os indicadores de atividade dependem do ramo
empresarial. Alguns produtos, do setor alimenticio, por exemplo, nao
podem ficar estocados por muito tempo; ja no setor industrial nao ha
problema em estocar produtos por um periodo maior, porem, em alguns
casos, estocar produtos de um ano para outro implica desvalorizacao de
estoques, em razao do lancamento de novas colecoes, da desvalorizacao da
moeda, do prazo de validade, etc.
Em relacao aos prazos, que determinam os ciclos operacional e
financeiro da empresa, Silva (2004:276) menciona que, "em termos de
necessidade de capital de giro, o ideal seria que o ciclo financeiro
fosse negativo, ou seja, que o recebimento das vendas ocorresse antes do
pagamento das compras". Entende-se que quanto menor for o prazo de
recebimento de vendas a prazo, melhor para a empresa, pois esta tera
recursos para investimentos, compra de insumos e capital de giro, para
dar continuidade as atividades com as quais busca gerar novos recursos.
Vale ressaltar que sao indicadores importantes de serem analisados,
porem ha que considerar suas limitacoes.
3. ANALISE HIERARQUICA DE PROCESSOS
O metodo AHP foi desenvolvido por Thomas L. Saaty e teve sua origem
em 1971, sua adolescencia em 1972 e sua maturidade aplicativa em 1973,
com um estudo dos Transportes do Sudao. O enriquecimento teorico que
vinha ocorrendo desde a sua origem foi intensificado no periodo de 1974
a 1978 (SAATY, 1991).
Este metodo esta ligado ao processo de decisao e tem como foco o
apoio a tomada de decisao multicriterio, que consiste em atender a
varios criterios simultaneamente. Para DeWayne (2009), a beleza do
metodo AHP esta no fato de estabelecer um ranking dos elementos. Varias
instituicoes governamentais, militares e educacionais, por exemplo,
utilizaram o AHP para sua tomada de decisao. Para tomar decisoes,
segundo Saaty (1991), e necessario avaliar a alternativa que satisfaca
da melhor maneira o conjunto de criterios pretendidos. Nesse sentido,
Zeleny (1982:16) destaca que "a melhor solucao para um problema
multicriterial nao e aquela obtida por um metodo matematico complexo,
mas aquela preferida, aceita, entendida e defendida pelo decisor".
Os primeiros metodos de Apoio Multicriterio a Decisao surgiram, de
acordo com Gomes, Araya e Carignano (2004:2), na decada de 1970,
"com o intuito de enfrentar situacoes especificas, nas quais um
decisor, atuando com racionalidade, deveria resolver um problema em que
varios eram os objetivos a serem alcancados de forma simultanea".
O metodo de analise hierarquica do processo e um modelo matematico
que serve de apoio a tomada de decisao e permite sua aplicacao para
resolucao de diversos problemas. Sua aplicacao pode ser verificada por
meio da revisao de literatura. Com ela, observou-se que o metodo AHP e
utilizado em diversas areas do conhecimento, tanto nacionalmente, quanto
internacionalmente. Em estudos nacionais e internacionais constata-se
que o metodo e aplicado, por exemplo, nas Ciencias Exatas, Sociais
Aplicadas e da Saude.
Como exemplo, citam-se alguns estudos, como o de Liberatore e
Nydick (2008), que evidenciou a aplicacao da analise hierarquica do
processo a importantes situacoes de medicina e saude que necessitam de
cuidados na tomada de decisao. Schniederjans e Garvin (1997) propoem a
utilizacao do metodo de analise hierarquica do processo e uma
metodologia multiobjetivo (ZeroOne Goal Programming--ZOGP) como auxilio
na selecao dos direcionadores de custo no metodo de custeio baseado em
atividades. Apresentam um exemplo de aplicacao dessas metodologias e
mostram como a abordagem do metodo AHP pode dar mais consistencia ao
processo de selecao dos direcionadores de custo. Lee, Chen e Kang (2009)
aplicaram o modelo de analise hierarquica para selecao de um parque
eolico. A tecnica utilizada permite uma analise adequada pelo fato de
serem inumeros os fatores que afetam o sucesso de um parque eolico. No
estudo de Trevizano (2007), o metodo foi utilizado para desenvolver uma
ferramenta computacional que verificasse qual modelo de equipamento
thin-client seria mais apropriado para o atendimento das necessidades de
uma instituicao de ensino superior, considerando varios criterios e a
opiniao de tres grupos de avaliacao. E Lyra (2008), em sua tese de
doutorado, utilizou o metodo AHP para desenvolver um instrumento capaz
de avaliar a situacao economica e financeira de empresas por meio de uma
associacao de indicadores contabeis. Para selecionar os indicadores
contabeis aplicou a tecnica Delphi e para comparar os indicadores das
empresas utilizou a distancia euclidiana.
4. METODOLOGIA
O objetivo deste estudo, que consiste em definir, por meio de
indicadores de atividade e utilizando o metodo de Analise Hierarquica de
Processos, um ranking das empresas do setor metal mecanico listadas na
Bovespa, justifica que a pesquisa seja classificada como descritiva,
documental e quantitativa.
A coleta de dados para a analise foi realizada no sitio da Comissao
de Valores Mobiliarios (www.cvm.gov.br). Foram coletadas as
demonstracoes contabeis consolidadas Balanco Patrimonial e Demonstracao
do Resultado do Exercicio. As empresas que nao apresentaram as
demonstracoes contabeis consolidadas foram excluidas da analise, a
saber: Gerdau S.A., Gerdau Metalurgica S.A., Caraiba Metais S.A. e
Metalurgica Duque S.A. Das demonstracoes contabeis foram extraidos os
indicadores de atividade: prazo medio de estocagem, prazo medio de
pagamento a fornecedores e prazo medio de cobranca. Em seguida,
aplicou-se o metodo AHP para estabelecimento dos rankings.
Para a aplicacao do metodo foram construidas matrizes de
preferencias (indicador a indicador e grupo a grupo), com o fim de obter
o ranqueamento das empresas por meio de seus indicadores contabeis do
periodo de 2004 a 2008, ou seja, dos ultimos cinco anos. As preferencias
foram obtidas usando-se a carga do primeiro eixo fatorial da Analise das
Componentes Principais (ACPs) dos dados em analise. Usou-se o pacote
SPSS (versao 17). As cargas fatoriais, quando nao ha presenca de
outliers, ficam concentradas no intervalo continuo [-1, 1]. Na AHP nao
existe o estabelecimento de preferencias negativas. Saaty sugere a
adocao da escala discreta de um (1) ate (9), preferencialmente: {1, 3,
5, 7, 9}, usando-se {2, 4, 6, 8} como preferencias intermediarias. A
transposicao de escalas foi feita por meio de uma funcao de adequacao
desenvolvida por Lootsma. Para realizar as comparacoes par a par,
utilizou-se a escala natural de Lootsma (GOMES; ARAYA; CARIGNANO,
2004:63), conforme apresentada no Quadro 1.
A escala natural de Lootsma amplia a escala fundamental de Saaty,
pois considera preferencias negativas, ou seja, valores de -8 a 8.
Diante de preferencias positivas e negativas, a escala natural de
Loostma e a mais adequada. Para determinar as matrizes de preferencia,
consideraram-se os indices [[delta].sub.ij] para obter os valores dos
[[gamma].sub.ij] ou seja, a matriz normalizada, utilizando-se a formula
(GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004:64):
[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII]
Com base nos rankings parciais foram estabelecidos os rankings
gerais, nos quais se considerou o grupo dos indicadores do periodo de
2004 a 2008.
Este estudo apresenta como principal limitacao o fato de que a
utilizacao de varios indicadores para criar um ranking com base no
desempenho economico-financeiro e patrimonial nao permite que os
rankings obtidos sejam utilizados em uma analise especifica. Ou seja,
dependendo do objetivo da analise, os indicadores poderao variar, alguns
poderao ser excluidos e outros incluidos, e isso significa que o metodo
devera ser reaplicado.
5. ANALISE DOS RESULTADOS
Os indicadores de atividade sao utilizados para avaliar o
desenrolar das atividades operacionais da empresa, ou seja, o tempo
necessario para pagamentos, recebimentos ou renovacao de estoques. A
seguir, sao apresentados todos os indicadores coletados e utilizados na
aplicacao do metodo AHP para obtencao dos rankings. Na Tabela 1 sao
apresentados os indicadores de prazo medio de estocagem das empresas
analisadas, ou seja, e possivel verificar o tempo (em meses) que o
produto permanece no estoque.
Quanto menos tempo um produto permanece estocado, melhor para a
empresa. Assim, deve-se considerar o volume das vendas para que nao
sejam produzidas/adquiridas quantidades superiores ou inferiores a
demanda. Os dados da Tabela 1 mostram que nas empresas analisadas os
estoques sao renovados, em media, num periodo de cinco meses.
Verifica-se que a Aliperti e a unica empresa que, de modo geral, mantem
os produtos no estoque por mais de um ano.
Considerando-se o setor analisado, e possivel dizer que essas
empresas apresentam bons indicadores de prazo medio de estocagem.
Destaca-se que a Aliperti possui um prazo medio de estocagem bem
superior ao das demais empresas, contudo houve melhoria deste indicador
nos ultimos anos. Na Tabela 2 apresentam-se os indicadores de prazo
medio de estocagem invertidos, de modo que sejam interpretados como
"quanto maior, melhor". Ou seja, os indicadores de atividade
cuja interpretacao seria "quanto menor, melhor" sao
convertidos por meio de uma subtracao na qual se subtrai cada indicador
de 100. Neste caso, Acos Villares, com 2,47, passa a apresentar 97,53,
ou seja, 100--2,47 = 97,53.
Na Tabela 3 apresentam-se os indicadores de prazo medio de
pagamento a fornecedores.
Analisando os dados da Tabela 3, percebe-se que os indicadores
variam bastante nas empresas que compoem a amostra. Em algumas empresas
o prazo para pagamento a fornecedores e consideravel, como na Eluma,
Paranapanema, Vicunha, Sid Nacional. Em outras, como na Tekno e na
Ferbasa, o prazo e menor que um mes.
Este indicador e interpretado como "quanto maior,
melhor", logo, a inversao nao e realizada. Na Tabela 4
apresentam-se os indicadores de prazo medio de cobranca.
Observa-se na Tabela 4 que as empresas analisadas apresentam, em
media, de dois a tres meses de prazo de recebimento, sem variacao
significativa entre elas. Na Tabela 5 os indicadores de prazo medio de
cobranca estao invertidos.
Neste caso, cita-se, como exemplo, a Acos Villares: com indicador
de 0,62, passou a apresentar 99,38, ou seja, 100--0,62 = 99,38.
De posse dos dados, realizou-se a aplicacao do metodo AHP para
definir o ranking das empresas quanto ao seu desempenho, considerando-se
o grupo de indicadores de atividade. Para ilustrar os procedimentos de
aplicacao do metodo, sera utilizado o indicador de prazo medio de
estocagem. Os demais indices seguem a mesma metodologia. Primeiramente,
realizou-se a comparacao entre os indicadores para determinar a matriz
de comparacao. Para tal, utiliza-se o metodo das diferencas, ou seja,
uma subtracao entre o indicador de cada linha e o indicador de cada
coluna; o resultado e dividido pelo menor valor entre os dois. Cada
indicador tem igual importancia. Por meio desse procedimento cada
empresa foi comparada com as demais. Apos a comparacao da empresa 1 com
todas as outras, comparou-se a empresa 2 com as demais empresas, e assim
sucessivamente, ate a empresa 13. Os valores obtidos compoem a matriz de
comparacao apresentada no Quadro 2.
Para determinar as matrizes de preferencia, consideraram-se os
indices [[delta].sub.ij] [member of]{-8, ..., -7, 7, 8}, a fim de obter
os valores dos [[gamma].sub.ij], ou seja, a matriz normalizada,
utilizando-se a formula (GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004:64):
[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII]
em que [gamma] representa o fator de escala da escala geometrica
utilizada.
Lootsma (1990) indica fatores de progressao para determinado numero
de categorias. Assim, sugere utilizar o "fator de progressao 4,
caso existam entre tres e cinco categorias principais, e um fator de
progressao igual a 2, caso existam entre seis e nove categorias
principais". Segundo ele, sera obtido um fator de escala [gamma] =
0,7 (ln 2 [approximately equal to] 0,7)" (GOMES; ARAYA; CARIGNANO,
2004:64).
Com base nos fatores de progressao propostos por Lootsma e
considerando-se 13 categorias, utilizou-se o fator de progressao 1, ou
seja, [gamma] = 0,35 (ln1 [approximately equal to] 0,35). Assim, a
matriz e normalizada conforme o exemplo:
[[gamma].sub.ij] = [e.sup.0,35 x 0,00] = 1,00
Esse procedimento se repete ate que todos os elementos da matriz
sejam normalizados. No Quadro 3 apresenta-se a matriz de preferencia
obtida.
Em seguida, as matrizes foram normalizadas de acordo com a
metodologia destacada por Saaty (1991:24), na qual se dividem os
elementos de cada coluna pelo somatorio da respectiva coluna. Feito
isso, o proximo passo consistiu em somar os elementos obtidos em linha e
dividir esse total pelo numero de elementos da linha. No Quadro 4
apresenta-se a matriz de comparacao do indicador de prazo medio de
estocagem de 2004 normalizada.
Apos a construcao das matrizes de comparacao, realizou-se o teste de consistencia para cada uma das matrizes. Inicialmente, com o auxilio
do software MATLAB 7.1, foram calculados os autovalores das respectivas
matrizes, e, de posse do [[lambda].sub.max], foi aplicada a formula da
consistencia:
IC = [[[lambda].sub.max]--n]/[n--1]
Quanto mais proximo de zero e IC, mais consistentes sao as matrizes
de preferencias (SAATY, 1991). A matriz de comparacao do indicador de
prazo medio de estocagem foi IC=0,10, apresentando consistencia,
portanto, pois seu autovalor associado foi muito proximo do numero de
indicadores utilizado. Da mesma forma, os procedimentos ate aqui
descritos foram realizados com os demais indicadores de atividade,
obtendo-se a matriz de prioridades que e apresentada no Quadro 5. Essa
consistencia foi obtida em todas as analises realizadas, conferindo
significancia a pesquisa.
De posse da matriz de prioridades dos indicadores, o proximo passo
foi elaborar a matriz de prioridade das alternativas. O procedimento foi
o mesmo utilizado e descrito ao se apresentar a elaboracao da matriz de
prioridade dos indicadores.
A partir disso foi possivel estabelecer a posicao individual de
cada empresa por meio da multiplicacao da matriz dos vetores de
prioridade dos indicadores pela matriz do vetor de prioridade das
alternativas. No caso dos indicadores de prazo medio de estocagem, foi
efetuada a seguinte multiplicacao:
[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII]
Realizada a multiplicacao dessas matrizes, obteve-se a ordenacao
das empresas com o melhor desempenho nos indicadores de atividade em
cada ano. O ranking obtido e apresentado no Quadro 7.
O melhor desempenho, de acordo com o Quadro 7, foi o das empresas
Acos Villares em 2004, Eluma em 2005 e 2006 e Mangels em 2007 e 2008. A
Acos Villares, que, em 2004, apresentava o melhor desempenho, passa a
decair ate 2006, recupera-se um pouco em 2007 e cai novamente em 2008.
Observa-se que as empresas em geral apresentam variacao na posicao ao
longo do periodo, e que nenhuma delas se manteve na mesma posicao nos
cinco anos analisados. O prazo medio de recebimento foi excluido ao se
estabelecer o ranking de 2007 para estabelecer-se o ranking com o metodo
AHP.
De posse dos rankings parciais, ou seja, ano a ano, montou-se um
ranking geral considerando-se o grupo de indicadores de atividade e o
periodo analisado. Para estabelecer esse ranking a partir dos rankings
parciais, verificou-se a evolucao de cada empresa ao longo dos anos
analisados por meio de um sistema de pontos corridos.
Toma-se como exemplo uma empresa i, com i = 1, 2, 3, ..., 13, que
possui uma posicao no ranking em cada ano para os indicadores de
atividade: 2004, a 9a posicao; 2005, a 7a posicao; 2006, a 9a posicao;
2007, a 6a posicao; e 2008, a 9a posicao. Considerando-se o total de 13
empresas, a ultima posicao possivel e a de 13a. Nesse caso, tem-se o
seguinte cenario:
(13-9) + (13-7) + (13-9) + (13-6) + (13-9) = 4 + 6 + 4 + 7 + 4 = 25
O melhor cenario possivel e:
(13-1) + (13-1) + (13-1) + (13-1) + (13-1) = 12 + 12 + 12 + 12 + 12
= 60
O pior cenario possivel e:
(13-13) + (13-13) + (13-13) + (13-13) + (13-13) = 0 + 0 + 0 + 0 + 0
= 0
Dessa forma, cada empresa apresenta uma pontuacao e a empresa que
tiver a pontuacao mais alta estara em primeiro lugar no ranking.
Consequentemente, a empresa que apresentar a menor pontuacao estara em
13 lugar. Como criterio de desempate, foi utilizado o indicador de prazo
medio de estocagem, pois, de acordo com Assaf Neto (2003:109), quanto
mais tempo os produtos ficarem estocados, maior sera a necessidade de
investimentos em estoques e de captar mais capital para financiar a
atividade da empresa. No Quadro 8 apresenta-se o ranking obtido mediante
esse procedimento.
Destacam-se a Mangels e a Acos Villares, ocupando a primeira e a
segunda posicao, respectivamente, enquanto a terceira posicao e ocupada
pela Eluma. As ultimas posicoes sao ocupadas pela Tekno, Ferbasa e
Aliperti. Silva (2004) afirma que a gestao dos prazos influencia na
liquidez, no endividamento e na lucratividade da empresa.
Nesse sentido, considerando-se a afirmacao de Silva (2004),
verifica-se a importancia de acompanhar esses indicadores para obter
bons resultados na empresa. O ranking obtido permite a verificacao, por
parte das empresas, de suas posicoes em relacao as demais empresas do
setor, e o metodo AHP pode auxilia-las no gerenciamento de suas
atividades.
6. CONCLUSOES
Este estudo objetivou definir, por meio de indicadores de atividade
e utilizando o metodo de Analise Hierarquica de Processos, um ranking
das empresas do setor metal mecanico listadas na Bovespa. A pesquisa foi
descritiva, documental e quantitativa. Fez-se uso dos indicadores de
atividade extraidos das demonstracoes contabeis do periodo de 2004 a
2008 e, sobre eles, aplicouse o metodo AHP. A escolha de um metodo de
analise decisoria multicriterio (multiatributo) deveu-se a presenca nele
de uma cesta de indicadores que compoem o grande grupo
"atividade" e que aqui foram tomados como criterios em analise
e as empresas como alternativas. Poder-se-ia utilizar uma tecnica
decisoria multicriterial com base em alguma metrica, como, por exemplo,
o Displaced Ideal de Milan Zeleny (ZELENY, 1982). Contudo, correrse-ia o
risco de muito facilmente haver alguma reversao de ordem com a entrada
de nova empresa na analise. A adocao de algum metodo da Escola Francesa
de analise multicriterio parece nao ser adequada, caso, por exemplo, dos
metodos Electre e Promethee, haja vista que seu uso implica o
estabelecimento de pesos a priori, alem de nem sempre permitir a
classificacao em ranking. Na familia de metodos Electre, tipicamente
caracterizados por suas relacoes de superacao, haveria grande
dificuldade de justificar os graus de concordancia e discordancia (alem
da presenca natural de problemas de reversao de ordem, muito comuns
nesta familia). No metodo Promethee, a dificuldade reside na definicao
das funcoes de preferencia relativa, uma vez que se haveria de
justificar a definicao (e uso) de cada uma delas.
A adocao do metodo AHP deu-se tanto pela facilidade operacional que
o caracteriza, quanto pela possibilidade que ele apresenta de adocao de
tecnicas de significancia, como e o caso do indice de consistencia (IC)
das matrizes de preferencia. O problema maior consistia na atribuicao de
preferencias, que costumeiramente e feita por julgamento pessoal. Esse
julgamento ocorreu usando-se, como auxiliar, a variancia presente nos
indicadores contabeis que compoem o grupo "atividade". Para
tanto, usou-se a tecnica estatistica multivariada Analise das
Componentes Principais (ACPs), que permitiu a formacao das preferencias
por meio da analise das cargas fatoriais de cada indicador, em seu
primeiro eixo, que por si so ja estabelece um ranking de importancia de
informacao contida no grupo de dados em analise (MINGOTI, 2005). Com
efeito, a adocao de tal criterio retirou qualquer influencia humana no
estabelecimento de preferencias. Ainda que o estabelecimento de
preferencias por meio da ponderacao humana (individual ou em grupo) seja
uma caracteristica do metodo AHP, o descumprimento desse item nao traz
prejuizo tecnico a analise.
Assim, para atender ao objetivo do estudo, foram estabelecidos os
rankings anuais. Estes apresentam caracteristicas semelhantes entre si
em relacao as posicoes de destaque das empresas. Verificou-se que ocorre
variacao maior de um ano para o outro na primeira posicao do ranking.
Nos indicadores de atividade, a Acos Villares destacase em 2004, a Eluma
ocupa a primeira posicao em 2005 e 2006 e a Mangels em 2007 e 2008.
Finalmente, foi possivel estabelecer um ranking geral a partir dos
rankings parciais, obtendo-se o posicionamento geral de cada empresa em
relacao ao grupo de indicadores. Destacaram-se a Mangels e a Acos
Villares.
Por ultimo, porem nao menos importante, sugere-se a discussao de
outros metodos que possam ser desenvolvidos para ranquear as empresas em
relacao ao seu desempenho, alem de outros indicadores.
DOI: 10.5700/rege444
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Adriana Kroenke Professora do Departamento de Matematica da
Universidade Regional de Blumenau--FURB--Blumenau-SC, Brasil Mestre em
Ciencias Contabeis pela Universidade Regional de Blumenau--FURB E-mail:
akroenke@al.furb.br
Nelson Hein Professor do Programa de Pos-graduacao em Ciencias
Contabeis e Administracao--FURB--Blumenau-SC, Brasil Professor do
Departamento de Matematica da Universidade Regional de Blumenau--FURB
Pos-doutor em Matematica--IMPA Doutor e Mestre em Engenharia de
Producao--UFSC E-mail: hein@furb.br
Recebido em: 7/9/2010
Aprovado em: 3/4/2011
Tabela 1: Indicadores anuais de prazo medio de estocagem
Empresas 2004 2005 2006 2007 2008
E1 Acos Villares 2,47 2,24 2,55 2,63 3,11
E2 Ferbasa 6,37 5,75 4,44 4,72 6,37
E3 Sid Nacional 5,47 4,19 5,18 4,93 6,23
E4 Usiminas 3,61 3,98 3,75 3,62 6,29
E5 Vicunha 5,47 4,19 5,18 4,93 6,23
E6 Aliperti 19,68 19,27 14,96 11,96 13,72
E7 Confab 6,66 2,71 9,00 4,61 4,85
E8 Fibam 2,48 2,39 2,47 2,30 2,43
E9 Mangels 2,79 2,21 1,76 1,41 2,09
E10 Panatlantica 2,59 2,39 3,51 3,65 3,80
E11 Tekno 4,95 3,92 3,58 3,38 4,46
E12 Eluma 3,73 3,70 4,46 3,42 2,56
E13 Paranapanema 5,19 4,59 3,75 2,96 2,60
Tabela 2: Indicadores anuais de prazo medio de estocagem invertidos
Empresas 2004 2005 2006 2007 2008
E1 Acos Villares 97,53 97,76 97,45 97,37 96,89
E2 Ferbasa 93,63 94,25 95,56 95,28 93,63
E3 Sid Nacional 94,53 95,81 94,82 95,07 93,77
E4 Usiminas 96,39 96,02 96,25 96,38 93,71
E5 Vicunha 94,53 95,81 94,82 95,07 93,77
E6 Aliperti 80,32 80,73 85,04 88,04 86,28
E7 Confab 93,34 97,29 91,00 95,39 95,15
E8 Fibam 97,52 97,61 97,53 97,70 97,57
E9 Mangels 97,21 97,79 98,24 98,59 97,91
E10 Panatlantica 97,41 97,61 96,49 96,35 96,20
E11 Tekno 95,05 96,08 96,42 96,62 95,54
E12 Eluma 96,27 96,30 95,54 96,58 97,44
E13 Paranapanema 94,81 95,41 96,25 97,04 97,40
Fonte: Dados da pesquisa.
Tabela 3: Indicadores anuais de prazo medio de
pagamento a fornecedores
Empresas 2004 2005 2006 2007 2008
E1 Acos Villares 1,31 1,66 1,73 1,58 1,29
E2 Ferbasa 0,72 0,74 0,63 0,58 0,58
E3 Sid Nacional 1,43 2,97 2,82 2,37 2,96
E4 Usiminas 0,55 0,58 0,77 1,10 1,09
E5 Vicunha 1,43 2,97 2,82 2,37 2,96
E6 Aliperti 0,67 1,06 1,02 1,71 0,78
E7 Confab 1,46 0,81 1,81 1,09 1,29
E8 Fibam 0,83 1,05 0,76 0,56 0,32
E9 Mangels 1,56 0,85 1,70 0,97 0,40
E10 Panatlantica 0,98 1,16 1,40 1,83 0,93
E11 Tekno 0,80 0,51 0,00 0,38 0,59
E12 Eluma 3,86 4,59 4,24 5,48 2,51
E13 Paranapanema 2,01 2,20 1,97 2,75 1,78
Tabela 4: Indicadores anuais de prazo medio de cobranca
Empresas 2004 2005 2006 2007 2008
E1 Acos Villares 0,62 0,46 0,86 0,70 0,44
E2 Ferbasa 1,58 0,65 1,88 1,12 0,79
E3 Sid Nacional 1,12 1,33 1,37 0,62 0,73
E4 Usiminas 1,35 1,17 1,32 1,09 0,87
E5 Vicunha 1,12 1,33 1,37 0,62 0,73
E6 Aliperti 1,39 0,80 1,29 0,94 0,90
E7 Confab 2,22 0,79 1,53 1,69 1,74
E8 Fibam 1,31 1,25 1,05 1,09 0,45
E9 Mangels 1,11 1,23 1,67 1,41 0,90
E10 Panatlantica 1,22 1,35 1,99 2,10 1,53
E11 Tekno 1,88 1,54 1,66 1,77 1,44
E12 Eluma 1,98 1,81 2,45 2,00 1,73
E13 Paranapanema 1,37 1,72 1,96 1,32 1,01
Fonte: Dados da pesquisa.
Tabela 5: Indicadores anuais de prazo medio de cobranca invertidos
Empresas 2004 2005 2006 2007 2008
E1 Acos Villares 99,38 99,54 99,14 99,30 99,56
E2 Ferbasa 98,42 99,35 98,12 98,88 99,21
E3 Sid Nacional 98,88 98,67 98,63 99,38 99,27
E4 Usiminas 98,65 98,83 98,68 98,91 99,13
E5 Vicunha 98,88 98,67 98,63 99,38 99,27
E6 Aliperti 98,61 99,20 98,71 99,06 99,10
E7 Confab 97,78 99,21 98,47 98,31 98,26
E8 Fibam 98,69 98,75 98,95 98,91 99,55
E9 Mangels 98,90 98,77 98,33 98,59 99,10
E10 Panatlantica 98,78 98,65 98,01 97,90 98,47
E11 Tekno 98,12 98,46 98,34 98,23 98,56
E12 Eluma 98,02 98,19 97,55 98,00 98,27
E13 Paranapanema 98,63 98,28 98,04 98,68 98,99
Fonte: Dados da pesquisa.
Quadro 1: Escala natural de Lootsma (1990)
Escala natural de Lootsma (1990)
-8 [S.sub.i] e amplamente menos desejavel que [S.sub.j]
-6 [S.sub.i] e muito menos desejavel que [S.sub.j]
-4 [S.sub.i] e menos desejavel que [S.sub.j]
-2 [S.sub.i] e pouco menos desejavel que [S.sub.j]
0 [S.sub.i] e indiferente a [S.sub.j]
2 [S.sub.i] e pouco mais desejavel que [S.sub.j]
4 [S.sub.i] e mais desejavel que [S.sub.j]
6 [S.sub.i] e muito mais desejavel que [S.sub.j]
8 [S.sub.i] e amplamente mais desejavel que [S.sub.j]
Fonte: GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004:63.
Quadro 2: Matriz de comparacao do indicador de prazo
medio de estocagem de 2004
PMRE E1 E2 E3 E4 E5 E6
2004
E1 0,00 0,04 0,03 0,01 0,03 0,21
E2 -0,04 0,00 -0,01 -0,03 -0,01 0,17
E3 -0,03 0,01 0,00 -0,02 0,00 0,18
E4 -0,01 0,03 0,02 0,00 0,02 0,20
E5 -0,03 0,01 0,00 -0,02 0,00 0,18
E6 -0,21 -0,17 -0,18 -0,20 -0,18 0,00
E7 -0,04 0,00 -0,01 -0,03 -0,01 0,16
E8 0,00 0,04 0,03 0,01 0,03 0,21
E9 0,00 0,04 0,03 0,01 0,03 0,21
E10 0,00 0,04 0,03 0,01 0,03 0,21
E11 -0,03 0,02 0,01 -0,01 0,01 0,18
E12 -0,01 0,03 0,02 0,00 0,02 0,20
E13 -0,03 0,01 0,00 -0,02 0,00 0,18
PMRE E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13
2004
E1 0,04 0,00 0,00 0,00 0,03 0,01 0,03
E2 0,00 -0,04 -0,04 -0,04 -0,02 -0,03 -0,01
E3 0,01 -0,03 -0,03 -0,03 -0,01 -0,02 0,00
E4 0,03 -0,01 -0,01 -0,01 0,01 0,00 0,02
E5 0,01 -0,03 -0,03 -0,03 -0,01 -0,02 0,00
E6 -0,16 -0,21 -0,21 -0,21 0,18 0,20 -0,18
E7 0,00 -0,04 -0,04 -0,04 -0,02 -0,03 -0,02
E8 0,04 0,00 0,00 0,00 0,03 0,01 0,03
E9 0,04 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,03
E10 0,04 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,03
E11 0,02 -0,03 -0,02 0,02 0,00 0,01 0,00
E12 0,03 -0,01 -0,01 0,01 0,01 0,00 0,02
E13 0,02 -0,03 -0,03 -0,03 0,00 -0,02 0,00
Fonte: Dados da pesquisa.
Quadro 3: Matriz de preferencia do indicador de prazo
medio de estocagem de 2004
PMRE_2004 E1 E2 E3 E4 E5
E1 1,00 1,01 1,01 1,00 1,01
E2 0,99 1,00 1,00 0,99 1,00
E3 0,99 1,00 1,00 0,99 1,00
E4 1,00 1,01 1,01 1,00 1,01
E5 0,99 1,00 1,00 0,99 1,00
E6 0,93 0,94 0,94 0,93 0,94
E7 0,98 1,00 1,00 0,99 1,00
E8 1,00 1,01 1,01 1,00 1,01
E9 1,00 1,01 1,01 1,00 1,01
E10 1,00 1,01 1,01 1,00 1,01
E11 0,99 1,01 1,00 1,00 1,00
E12 1,00 1,01 1,01 1,00 1,01
E13 0,99 1,00 1,00 0,99 1,00
[SIGMA] 12,85 13,04 12,99 12,90 12,99
PMRE_2004 E6 E7 E8 E9 E10
E1 1,08 1,02 1,00 1,00 1,00
E2 1,06 1,00 0,99 0,99 0,99
E3 1,06 1,00 0,99 0,99 0,99
E4 1,07 1,01 1,00 1,00 1,00
E5 1,06 1,00 0,99 0,99 0,99
E6 1,00 0,94 0,93 0,93 0,93
E7 1,06 1,00 0,98 0,99 0,98
E8 1,08 1,02 1,00 1,00 1,00
E9 1,08 1,01 1,00 1,00 1,00
E10 1,08 1,02 1,00 1,00 1,00
E11 1,07 1,01 0,99 0,99 0,99
E12 1,07 1,01 1,00 1,00 1,00
E13 1,07 1,01 0,99 0,99 0,99
[SIGMA] 13,83 13,05 12,85 12,86 12,85
PMRE_2004 E11 E12 E13
E1 1,01 1,00 1,01
E2 0,99 0,99 1,00
E3 1,00 0,99 1,00
E4 1,00 1,00 1,01
E5 1,00 0,99 1,00
E6 0,94 0,93 0,94
E7 0,99 0,99 0,99
E8 1,01 1,00 1,01
E9 1,01 1,00 1,01
E10 1,01 1,00 1,01
E11 1,00 1,00 1,00
E12 1,00 1,00 1,01
E13 1,00 0,99 1,00
[SIGMA] 12,97 12,91 12,98
Fonte: Dados da pesquisa.
Quadro 4: Matriz de comparacao do indicador de prazo
medio de estocagem de 2004 normalizada
PMRE_2004 E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7
E1 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E2 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E3 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E4 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E5 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E6 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
E7 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E8 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E9 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E10 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E11 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E12 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E13 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
[SIGMA] 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
PMRE_2004 E8 E9 E10 E11 E12 E13 Vetor
E1 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E2 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E3 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E4 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E5 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E6 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
E7 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E8 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E9 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E10 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E11 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E12 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
E13 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
[SIGMA] 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Dados da pesquisa.
Quadro 5: Matriz dos vetores de prioridades
Empresa PMRE_2004 PMPF_2004 PMR_2004
Acos Villares 0,08 0,07 0,08
Ferbasa 0,08 0,05 0,08
Sid Nacional 0,08 0,08 0,08
Usiminas 0,08 0,04 0,08
Vicunha 0,08 0,08 0,08
Aliperti 0,07 0,05 0,08
Confab 0,08 0,08 0,08
Fibam 0,08 0,06 0,08
Mangels 0,08 0,08 0,08
Panatlantica 0,08 0,06 0,08
Tekno 0,08 0,06 0,08
Eluma 0,08 0,19 0,08
Paranapanema 0,08 0,10 0,08
Fonte: Dados da pesquisa.
Quadro 6: Matriz de comparacao dos scores dos indicadores
de prazo medio de estocagem de 2004 normalizada
PMRE_2004 PMRE PMPF PMR Vetor
PMRE 0,238 0,000 0,238 0,159
PMPF 0,000 0,000 0,000 0,000
PMR 0,762 1,000 0,762 0,841
[SIGMA] 1,000 1,000 1,000 1,000
Fonte: Dados da pesquisa.
Quadro 7: Ranking das empresas em relacao aos indicadores
de atividade
2004 2005 2006
1 Acos Villares Eluma Eluma
2 Mangels Vicunha Sid Nacional
3 Sid Nacional Sid Nacional Vicunha
4 Usiminas Paranapanema Paranapanema
5 Vicunha Acos Villares Confab
6 Fibam Panatlantica Acos Villares
7 Panatlantica Aliperti Mangels
8 Paranapanema Fibam Panatlantica
9 Ferbasa Mangels Aliperti
10 Tekno Confab Usiminas
11 Eluma Ferbasa Fibam
12 Confab Usiminas Ferbasa
13 Aliperti Tekno Tekno
2007 2008
1 Mangels Mangels
2 Fibam Fibam
3 Acos Villares Eluma
4 Paranapanema Paranapanema
5 Tekno Acos Villares
6 Eluma Panatlantica
7 Usiminas Tekno
8 Panatlantica Confab
9 Confab Ferbasa
10 Ferbasa Sid Nacional
11 Sid Nacional Usiminas
12 Vicunha Vicunha
13 Aliperti Aliperti
Fonte: Dados da pesquisa.
Quadro 8: Ranking geral das empresas em relacao aos
indicadores de atividade do periodo de 2004 a 2008
Atividade
1 Mangels
2 Acos Villares
3 Eluma
4 Paranapanema
5 Fibam
6 Sid Nacional
7 Vicunha
8 Panatlantica
9 Confab
10 Usiminas
11 Tekno
12 Ferbasa
13 Aliperti
Fonte: Dados da pesquisa.