Evaluation of social and environmental impacts on innovation in Brazil due to public promotion/ Avaliacao de impactos socioambientais do fomento publico a inovacao no Brasil/Evaluacion de los impactos sociales y ambientales del fomento publico a la innovacion en Brasil.
Souza, Jose Henrique ; Tachizawa, Takeshy ; de Azevedo, Marcia Carvalho 等
1. INTRODUCAO
A preocupacao com os resultados do investimento publico no mundo da
ciencia e da tecnologia tem crescido nas ultimas decadas, sobretudo no
hemisferio norte (GEORGHIOU; MEYER-KRAHMER, 1992; GUY; ARNOLD, 1993;
MACCLURE, 1998; MCDONALD; TEATHER, 1997, 1998). Muitos paises, como os
Estados Unidos, por exemplo, exigem que suas agencias avaliem
periodicamente os resultados de suas acoes. Essas exigencias,
impulsionadas pela sociedade civil, tem levado as instituicoes publicas
de fomento, financiamento e execucao de C&T a desenvolver
sofisticados metodos de monitoramento e avaliacao de resultados (FAYL et
al., 1998; RUEGG, 1996, 1998; ROTHWELL; DODGSON, 1992; SHAPIRA; YOUTIE,
1994; SANZMENENDEZ, 1995; WESTIN, 2005; WORLD
BANK, 1994; ZIYU, 1998).
Mais recentemente, em razao do acirramento da competicao
internacional, vem aumentando tambem o interesse politico pela avaliacao
de resultados do gasto publico no apoio a pesquisa e ao desenvolvimento
tecnologico (P&D). Entender e avaliar nesse contexto o apoio publico
a inovacao empresarial faz sentido, ja que as dimensoes economica,
social e ambiental sofrem impactos decisivos do comportamento
tecnologico das empresas. Evitar o apoio a empreendimentos que
apresentem riscos ao meio ambiente ja e uma pratica rotineira em
instituicoes como o Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social
e a Financiadora de Estudos e Projetos. Entretanto, avaliar o impacto
ambiental do apoio institucional nao dirigido diretamente ao meio
ambiente tambem deve se tornar uma preocupacao de orgaos publicos
voltados para o desenvolvimento. Para isso, e necessaria alguma forma de
monitoramento e avaliacao do fomento publico a inovacao empresarial.
A avaliacao de resultados socioambientais de acoes publicas, porem,
deve estar sendo mais acentuadamente perseguida por paises que estao em
busca de bases produtivas mais dinamicas, limpas e complexas. Tais
paises, ao que tudo indica, podem conseguir que uma melhor qualidade de
vida para a populacao e a estabilidade economica sobrevivam no longo
prazo.
Sistemas produtivos de paises emergentes igualmente necessitam de
segmentos capazes de aproveitar as novas oportunidades de negocios, de
geracao de renda e de exportacoes proporcionadas pelos avancos
tecnologicos. Por isso, e fundamental que o Estado apoie os esforcos
empresariais voltados para a inovacao e para a capacitacao empresarial.
Mas, atualmente, nao basta ao sistema produtivo obter graus de
competitividade em diferenciacao e custo do produto--e preciso que o
aparelho produtivo seja composto de uma cadeia de empresas responsaveis
do ponto de vista socioambiental. As agencias publicas que apoiam essas
organizacoes devem, portanto, posicionar-se de forma solidaria e
indutora de boas praticas no que diz respeito aos impactos
socioambientais das acoes que apoiam.
2. FUNDAMENTACAO TEORICA
2.1. O apoio publico a inovacao e modernizacao das empresas
No Brasil, a abertura comercial e a estabilidade nos precos nas
ultimas decadas vem exigindo das empresas locais um esforco acentuado em
prol da modernizacao e de inovacoes constantes. Muitas das empresas
atuantes no Brasil surgiram em um ambiente economico fechado, marcado
pelo processo de Substituicao de Importacoes e pouco preocupado com os
problemas da sociedade e do meio-ambiente. A grande instabilidade
macroeconomica dificultava o credito de longo prazo, e o fechamento
economico nao impulsionava estrategias tecnologicas muito elaboradas e
nem capacitacao gerencial sofisticada.
A atual inquietacao quanto ao papel das corporacoes nas mudancas
climaticas tambem vem reforcando o fato de que a atualizacao gerencial e
tecnologica sao fatores-chave para a sobrevivencia de inumeras empresas
e mesmo segmentos economicos. Assim, o advento da Sociedade da
Informacao e uma exposicao maior da economia brasileira ao mercado externo, a partir de 1990, marcaram o fim dessa epoca de baixa pressao
sobre a eficiencia e sobre a responsabilidade socioambiental das
empresas.
Tamanho desafio nao cabe apenas a iniciativa privada. Para suportar
um amplo processo de modernizacao e necessario um volume consideravel de
recursos. Alem disso, e preciso ampliar as redes de apoio a inovacao
tecnologica (universidades, institutos de pesquisa, laboratorios, etc.)
e auxiliar as empresas a se adaptar as novas especificacoes de emissoes
de poluentes.
O sistema financeiro privado brasileiro nao tem financiado a
modernizacao e a capacitacao tecnologica, sobretudo de pequenas e medias
empresas. Para cobrir essa deficiencia, o Estado brasileiro vem se
dedicando ao fomento empresarial. Criando infraestrutura de pesquisa e
ensino, operando politica de compra, promovendo incentivos fiscais,
regulamentando padroes de desempenho ou apoiando a propriedade
intelectual, o Estado vem incentivando a inovacao de forma crescente
(ERBER; CASSIOLATO, 1997; CHIANG, 1991; SHAPIRA; ROSENFELD, 1996; SIKKA,
1997). Entretanto, o Estado brasileiro precisa cuidar que seu apoio as
empresas seja bem gerenciado, eficiente, adaptado ao novo quadro
competitivo e fortemente comprometido com o padrao de vida e com o meio
ambiente.
E de interesse da sociedade que as agencias publicas apoiem o
desenvolvimento das empresas locais e das instituicoes de pesquisa e
assistencia tecnologica. Os recursos publicos, porem, principalmente em
paises com graves problemas sociais, sao disputados por inumeraveis
demandas tao legitimas quanto as do Sistema de Inovacao.
A enorme demanda por investimento publico e a escassez de recursos
sugerem que e de fundamental importancia administrar, da melhor maneira
possivel, os recursos publicos voltados para o apoio a inovacao
empresarial. Para isso, sera necessario o desenvolvimento de ferramentas
capazes de comprovar que o fomento estatal realmente gera beneficios
sociais e ambientais, e nao apenas economicos.
O Ministerio da Ciencia e Tecnologia (BRASIL, 1998:42) ja declarava
no final da decada passada que "[...] a deficiencia de praticas de
acompanhamento e avaliacao como mecanismo de aperfeicoamento do processo
de planejamento e coordenacao" era um fator que limitava o
desempenho de todo o setor de ciencia e tecnologia no Brasil. O MCT, na
epoca, institucionalizou a avaliacao criando a Comissao de
Acompanhamento e Avaliacao em C&T e a Secretaria de Avaliacao e
Acompanhamento. No final dos anos 1990 e inicio da decada seguinte, os
decretos de criacao dos fundos setoriais incorporavam inclusive os
recursos financeiros necessarios para a operacionalizacao das atividades
de planejamento, acompanhamento e avaliacao. Mais recente, a Lei de
Inovacao Tecnologica (Lei Federal n[degrees] 10.973 de 02.12.2004)
tambem preve a avaliacao de resultados (MATIAS PEREIRA; KRUGLIANSKAS,
2005).
Ocorre que, para avaliar o resultado da acao publica no fomento
tecnologico, e preciso criar uma capacitacao enorme de pessoal e
instituicoes. E necessario estimular a geracao de nucleos de
especialistas capazes de avaliar a eficiencia, a eficacia, a
efetividade, a relevancia e a sustentabilidade das inumeras modalidades
e ferramentas de politica tecnologica. Cada modalidade de apoio publico
usada para acelerar a inovacao, gerar impactos socioambientais positivos
e elevar a competitividade da economia necessita de tecnicas especiais
de avaliacao e acompanhamento.
2.2. O fomento publico no Brasil e a avaliacao socioambiental
No passado recente, a necessidade de criacao das bases produtivas e
tecnologicas nacionais justificava o fomento publico de uma forma mais
imediata. Bastava relacionar as empresas e projetos apoiados,
acrescentar informacoes sobre liberacoes de recursos por segmento
economico e unidade da federacao, e a prestacao de contas estava
concluida. As avaliacoes mais sofisticadas desagregavam os dados por
area de conhecimento ou por setores e segmentos da economia. Pouca
atencao era dispensada a necessidade de verificar ate que ponto os
instrumentos de apoio publico colocados a disposicao das empresas
funcionavam corretamente e produziam efeitos beneficos para a sociedade.
Os efeitos sociais eram evidentes: emprego, substituicao de produtos
importados por similares nacionais, crescente indices de nacionalizacao,
etc.
A simplicidade da avaliacao era devida ao fato de que havia muito
pouco do que poderia ser chamado de Sistema Nacional de Inovacao. Tanto as bases produtivas quanto aquelas de ciencia e tecnologia precisavam
ser criadas. O que importava ao aparelho de Estado voltado a inovacao
ate meados dos anos 1980 era apoiar empresas para completar os
segmentos-chave. O Brasil estava vivendo o periodo de Industrializacao
por Substituicao de Importacoes. O foco da epoca, portanto, era a
montagem de programas e instrumentos de fomento.
Esse foi o periodo glorioso do desenvolvimentismo. Nos dez anos
seguintes, o centro da vida economica mudou radicalmente. A politica
economica passou a ser dominada por tentativas infrutiferas de controlar
o processo inflacionario e pela urgencia de enfrentar o crescente
endividamento externo. Assim, a conjuntura economica do passado recente
nao exigia das agencias de fomento um sistema de avaliacao de resultados
muito apurado. A atencao publica se voltava fortemente para a criacao
das bases tecnologicas do Pais, e as praticas de avaliacao da epoca
refletiam esse fim. Alem disso, a inflacao dificultava o monitoramento e
a avaliacao dos resultados do apoio publico a inovacao empresarial.
Atualmente, agencias publicas de apoio empresarial como a
Financiadora de Estudos e Projetos--FINEP--e o Banco Nacional de
Desenvolvimento Economico e Social--BNDES--tem demonstrado grande
interesse em desenvolver tecnicas de avaliacao de seus programas.
Algumas ja executam atividades de monitoramento e praticas de avaliacao
de projetos, mas nao ha metodos padronizados ou vinculos claros ligando
essas acoes as necessidades de melhorar a gestao, o aprendizado
institucional e os impactos socioambientais ocorridos. Nao ha,
sobretudo, uma exigencia legal que cobre uma avaliacao rotineira.
Por conta dessas deficiencias e das novas exigencias economicas e
ambientais, as avaliacoes executadas pelas agencias de fomento podem
caminhar para um processo de evolucao. Para isso, elas necessitam se
envolver num processo de criacao de capacitacao interna na area de
avaliacao de resultados. No limite, pode-se pensar ate que e preciso
avaliar nao somente os resultados dos esforcos do poder publico "em
prol do desenvolvimento em ambito local, mas tambem a mensuracao do grau
de participacao e controle da sociedade civil sobre tais acoes."
(GOUVEA; FARINA; VARELA, 2007).
2.3. Acoes Socioambientais das Empresas
O envolvimento corporativo em acoes sociais na comunidade comecou
com acoes voluntarias de empresas, na forma de filantropia corporativa,
focando problemas sociais (VRIONI; BRONN, 2001). Na decada de 60 comecou
a ser difundido o conceito de que as responsabilidades das empresas
deveriam exceder as obrigacoes legais (BROWN; DACIN, 1997). A imagem
empresarial passou, entao, a ser funcao nao somente das caracteristicas
funcionais dos produtos da empresa, mas tambem do comportamento da
organizacao em termos socioambientais.
Segundo Angelidis e Ibrahim (1993), as iniciativas sociais
corporativas sao praticas de politica de relacionamento com a sociedade.
Tais politicas, porem, devem ser consistentes com as expectativas e os
valores sociais (LERNER; FRYXELL, 1988).
Na decada de 1990 fatos demonstraram que as acoes sociais das
corporacoes nao seriam totalmente altruistas. A filantropia corporativa
englobaria uma variedade de atividades, algumas das quais afetariam
positivamente a lucratividade da corporacao. Assim, o pensamento
dominante de Friedman (1962), que defendia como unica responsabilidade
social da corporacao a geracao de lucro para seus acionistas, estava
sendo substituido pela conviccao de que essa responsabilidade
socioambiental seria um investimento que poderia melhorar o desempenho
da organizacao a longo prazo (COLLINS, 1993). Para tanto, as acoes
sociais deveriam ser incorporadas a estrategia de marketing da
corporacao. Em outras palavras, as melhorias sociais deveriam fazer
parte dos objetivos estrategicos da empresa.
O consumidor abandonara, em parte, a busca cega por satisfacao
material. Tambem incluiria em seu rol de demandas a satisfacao moral,
isto e, a preocupacao social e com o meio ambiente (DOUGLAS, 1966).
Em resumo, no inicio dos anos 90 as empresas perceberam que, caso
planejassem melhor e desenvolvessem de forma mais duradoura as
atividades sociais que antes eram executadas de maneira esporadica e
dispersa, estas poderiam ser convertidas em um componente poderoso da
estrategia empresarial (SAIZ; JAVIER, 2005). Sob o enfoque do marketing
corporativo, tais acoes passaram a visar os consumidores que desejassem
fazer a diferenca na sociedade por meio do consumo de produtos e/ou
servicos de empresas que investem em programas sociais (VRIONI; BRONN,
2001).
3. INFORMACOES E INDICADORES NAS EMPRESAS
As obrigacoes das corporacoes para com investidores, clientes,
fornecedores, consumidores, ONGs e comunidade em geral contribuem para a
reducao do custo dos premios de seguros e para o incremento do valor dos
bens intangiveis da organizacao. Na verdade, em muitos setores
economicos o mercado comprador tem se tornado mais exigente e esta
aprendendo a usar seu poder. Por isso, e preciso que as empresas nao
apenas se dediquem as atividades sociais e ambientais, mas tambem tornem
publicas essas acoes e conquistas. Nesse sentido, e preciso desenvolver
formas inteligentes de monitoramento, avaliacao e captacao de
informacoes sobre o impacto social e ambiental das atividades
corporativas. Em outras palavras, e preciso que as empresas ou agencias
de fomento desenvolvam metodologias e instrumentos capazes de detectar
efeitos socioambientais de acoes planejadas.
Uma das principais caracteristicas presentes nos periodos de
transicao e a mudanca no conceito "daquilo que e importante,
daquilo que tem valor, das metas a serem atingidas e dos meios de medir
o progresso coletivo em direcao a essas metas" (HENDERSON,
2001:151).
Alteradas as formas de ver o mundo e a escala de valores, e
estabelecidas novas metas e estrategias corporativas, seria preciso
monitorar o novo comportamento da empresa. Novos mecanismos de avaliacao
do progresso em direcao as novas metas deveriam ser desenvolvidos. Para
aferir os resultados das metas e preciso coletar informacoes relevantes.
De fato, diversos autores vem argumentando que a informacao deixou de
ser apenas uma ferramenta de controle para os gestores, para assumir a
posicao de um recurso estrategico na formulacao de indicadores de
suporte ao processo decisorio (EVANS; WURSTER, 2000; LAUDON; LAUDON,
2000; RAYPORT; JAWORSKI, 2001). Para ampliar o conhecimento da
realidade, sao criadas estatisticas e indicadores. Esses instrumentos de
mensuracao irao desempenhar diferentes papeis. Alem de indispensaveis
aos pesquisadores e empresarios, contribuem para que o cidadao possa ter
maior controle sobre o que esta ocorrendo na sociedade (BESSERMAN,
2003).
Van Bellen (2006) considera o indicador como uma medida que resume
informacoes relevantes sobre um fenomeno. Para a Organizacao para
Cooperacao e Desenvolvimento Economico (OCDE), um indicador deve ser
entendido como um parametro, ou valor derivado de parametro, que fornece
informacoes sobre o estado de um fenomeno. Em outras palavras, um
indicador pode ser definido como "Quantitative or qualitative
factor or variable that provides a simple and reliable means to measure
achievement, to reflect the changes connected to an intervention, or to
help assess the performance of a development actor" (OECD,
2002:25).
O indicador tambem possui significancia propria. Segundo Van Bellen
(2006), a mais importante caracteristica do indicador, quando comparado
com outras formas de informacao, e a sua relevancia para o processo de
tomada de decisao. Portanto, a principal funcao dos indicadores e
agregar e quantificar informacoes de forma que sua significancia fique
mais aparente e proporcione dados relevantes para a tomada de decisoes.
3.1. Indicadores Sociais
No fim da decada de 80 inicia-se um processo que se torna o marco
da uma nova era no que se refere ao bem-estar do ser humano. E quando
ocorre a disseminacao da ideia de que so e possivel melhorar a qualidade
de vida dos cidadaos com justica social e com recursos naturais
disponiveis e bem gerenciados. A partir desse momento, a busca por
indicadores que monitorassem os resultados da atividade economica ganhou
espaco no debate internacional sobre o desenvolvimento. Estava claro,
sobretudo, que nem sempre o aumento da producao e da renda significavam
melhorias na qualidade de vida da populacao.
Paises com alta renda per capita apresentavam baixos indicadores de
desenvolvimento social, mas o inverso tambem ocorria (BESSERMAN, 2003).
Por isso, o Programa das Nacoes Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) sintetizou o Indice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado por
Mahbub ul Haq com a colaboracao do economista indiano Amartya Sencom. O
IDH tornou-se, pois, um dos mais importantes instrumentos de medida e de
comparacao da condicao de vida.
Em 1996, a Comissao de Desenvolvimento Sustentavel da ONU (UNEP)
elaborou o documento
Indicadores de Desenvolvimento Sustentavel -- estrutura e
metodologia. Esse trabalho, conhecido como Livro Azul, apresenta um
conjunto de 134 indicadores economicos, sociais e ambientais (CSD,
2001). A partir desse momento o debate sobre o uso de indicadores
socioambientais evoluiu bastante.
No inicio do novo milenio, Van Bellen (2006), por exemplo,
apresentou alguns requisitos para a utilizacao de indicadores de
desenvolvimento sustentavel. Na sua visao, os valores dos indicadores
devem ser mensuraveis; deve existir disponibilidade de dados; a
metodologia para a coleta, processamento dos dados e construcao dos
indicadores deve ser limpa, transparente e padronizada; os meios de
construcao e de monitoramento dos indicadores devem estar disponiveis,
incluindo-se capacidade financeira, humana e tecnica; os indicadores
devem ser financeiramente viaveis e deve haver aceitacao politica dos
indicadores no nivel adequado.
A exemplo do que ocorreu com a ISO 9000, sobre qualidade, e a ISO
14000, sobre meio ambiente (GARRETT; TACHIZAWA, 2006), as certificacoes
sociais surgiram nos Estados Unidos com o objetivo de atestar que a
organizacao participa de acoes nao lucrativas em areas como cultura,
assistencia social, educacao, saude, protecao do meio ambiente e defesa
de direitos comunitarios. Entretanto, recomenda-se que as organizacoes
adotem principios focados na transparencia de suas acoes. Para
disseminar informacoes junto aos seus diferentes publicos, o balanco
social poderia ser uma ferramenta mais intensamente utilizada pelas
empresas (RAYNARD; FORSTARTER, 2002).
O Instituto Ethos (2007), por exemplo, sugere um padrao de balanco
social que explicitaria os impactos sociais da atividade da empresa e
evidenciaria seu relacionamento com os demais atores sociais.
O modelo Ethos considera, ainda, a apresentacao do relatorio
sugerido pelo Instituto Brasileiro de Analises Sociais e Economicas
(IBASE). O padrao sugerido pelo IBASE (2006) e uma alternativa de
divulgacao das atividades empresariais mediante balanco social. Desse
modo, o balanco social tornar-se-ia a principal forma de divulgacao das
acoes empresariais de sustentabilidade na comunidade.
A Bolsa de Valores de Sao Paulo (2007a, 2007b), face ao crescente
interesse dos investidores, bancos, fundos e gestores por portfolios
verdes, organizou um indice de responsabilidade social e
sustentabilidade (Indice de Sustentabilidade Empresarial--ISE), baseado
no Dow Jones Sustainability Indexes da Bolsa de Nova York (DJSI).
Primeiro indicador global de sustentabilidade, o DJSI monitora o
desempenho financeiro das companhias de capital aberto que tem seu
negocio orientado pela referencia da sustentabilidade. O DJSI, na sua
composicao, pondera a importancia da integracao dos fatores economicos,
ambientais e sociais na estrategia da empresa e avalia aspectos como
inovacao tecnologica, governanca corporativa, interesse dos
investidores, expectativas dos publicos de interesse, lideranca e
capacidade de resposta as mudancas sociais.
Assim, se as corporacoes ja caminham na direcao de medicoes
socioambientais de seus impactos, voluntariamente ou constrangidas
legalmente, por que nao incorporar essa preocupacao nas agencias
publicas de fomento empresarial? Por terem sido criadas para apoiar o
desenvolvimento das empresas, nao deveriam tais agencias estar a frente
desse movimento?
3.2. Novas exigencias no processo de coleta de informacoes
Para aprimorar o processo de armazenamento e recuperacao de
informacoes, Draper e Dunlop (2002) argumentam que e preciso procurar
por metodos que identifiquem e acessem informacoes relevantes do ponto
de vista estrategico nas empresas. Neste contexto, fica evidente a
necessidade de estudos sobre o processo de busca de informacoes
empresariais relevantes.
Em inteligencia de negocios, o entendimento da necessidade de
informacao de uma organizacao e um tema dominante nas discussoes.
Consequentemente, emerge o conceito de gerenciamento do desempenho
corporativo, cuja questao-chave nao e so medir, mas tambem definir
"o que" deve ser medido, "como" e "quando"
(GEISHECKER; RAYNER, 2001; BUYTENDIJK; WOOD; GEISHECKER, 2004).
Em resumo, as novas demandas sociais e os atributos e estrategias
de armazenamento e busca de dados empresariais relevantes podem guiar o
modelo conceitual de avaliacao de impactos sociais e ambientais. Mas,
para isso, e necessario um esforco imenso tanto das empresas quanto das
agencias publicas de fomento para definir criterios, metodos e
indicadores de impactos socioambientais.
Por fim, e preciso pensar na padronizacao de metodos e indicadores
que permitam que os impactos individuais ou coletivos sejam comparados
entre empresas, segmentos economicos, agencias, regioes e paises. Desse
modo, "uma fonte objetiva, continua e sistematica de
informacoes" (PEREIRA, 2005), medicoes e analises podem constituir
a base para o planejamento, analise critica do desempenho, melhoria das
operacoes e comparacoes com referenciais de excelencia.
3.3. A "natureza" dos novos indicadores
Indicadores tradicionais sobre poluicao nao satisfazem
adequadamente ao objetivo de avaliacao das interacoes do meio ambiente
com o desenvolvimento. Assim, os paises economicamente mais avancados
vem procurando desenvolver indicadores uteis para a tomada de decisao
dos gestores publicos com vistas na sustentabilidade. Por isso, a Agenda
21 (CNUMAD, 1992) ja argumentava nos anos 1990 que metodos eficazes de
coleta e avaliacao de dados sobre a saude ambiental sao ferramentas
essenciais para a tomada de decisao e a elaboracao de politicas bem
estruturadas e voltadas para a sustentabilidade.
Para Quiroga-Martinez (2001) e Malheiros, Phlippi Jr. e Coutinho
(2008), os indicadores de desenvolvimento sustentavel surgiram na decada
de 1980 no Canada e em alguns paises europeus. Segundo Tayra e Ribeiro
(2006) e Mueller (2008), as principais experiencias com indicadores
ambientais em curso podem ser classificadas em dois tipos: os
"sistemas de indicadores" e os "indicadores
sintese". Os primeiros sao derivados do Livro Azul da Comissao de
Desenvolvimento Sustentavel da ONU; os segundos buscam agregar dados
economicos, sociais, institucionais e biofisicos em uma unica unidade de
valor.
O desenvolvimento desses indicadores passou por tres etapas. Nos
anos 1980 surgiu a primeira geracao de indicadores que nao procuravam
interrelacoes, por exemplo, das emissoes de CO2 com o desmatamento, a
erosao do solo e a contaminacao das aguas. Assim, nao incorporavam as
relacoes socioeconomicas que envolvem o proprio processo de
desenvolvimento. Com a difusao do conceito de "desenvolvimento
sustentavel" lancado pela Comissao Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CMMAD, 1988), foi preciso desenvolver sistemas de
indicadores mais complexos, o que resultou na criacao de indicadores de
segunda geracao na decada de 1990.
Os indicadores de segunda geracao passaram a ser compostos de
quatro dimensoes fundamentais do desenvolvimento: a sociedade, a
economia, as instituicoes e o meio ambiente. Tais "indicadores
multidimensionais" contavam com metodologias que apresentavam
problemas tecnicos. Monitorar um processo complexo como o
desenvolvimento sustentavel por meio de um sistema de indicadores
individuais com perfis setoriais tambem passou a ser questionado
(QUIROGA-MARTINEZ, 2001). Por isso, os indicadores de terceira geracao
tem sido projetados para apresentar funcoes vinculantes, sinergicas e
transversais.
A busca, atualmente, e por indicadores que incorporem diferentes
fatores responsaveis pelo desenvolvimento sustentavel e nao por uma
"cesta" de indicadores relacionados ao desenvolvimento e ao
meio ambiente. As variaveis definidas para os indicadores de terceira
geracao devem apresentar claras correlacoes entre si, uma vez que devem
revelar fenomenos de um objeto de analise "sistemico" ou
"organico".
Monitorando fatores economicos, sociais, institucionais e
ambientais de forma transversal e sistemica, um sistema de indicadores
correlacionados pode fornecer informacoes pertinentes a diferentes
dimensoes e setores. Desse modo, e possivel imaginar que a criacao de
sistemas de indicadores vinculantes pode elevar a transparencia e a
eficacia das politicas direcionadas a inovacao.
4. CONCLUSAO
Atualmente, o novo ambiente economico competitivo e de maior
pressao politica e social sobre o orcamento publico requer um fomento
publico a P&D mais amplo, criterioso e complexo. O Estado, sobretudo
em paises com carencias sociais serias, nao pode comprometer recursos
com instituicoes ou empresas acomodadas ou condenadas pela evolucao da
economia. Seu apoio precisa se voltar para atores sociais que buscam a
inovacao, a criacao de vantagens comparativas, o dominio de tecnologias
avancadas, a melhoria no padrao de vida da populacao e a reducao dos
impactos ambientais.
Para que o fomento tecnologico nao onere o Estado e a sociedade que
o financia, e essencial desvendar e tornar publico o grau de eficiencia
com que as agencias de fomento aplicam seus recursos. No Brasil,
sucessivos governos tem se dedicado ao fomento da inovacao empresarial e
obtido significativos resultados economicos. Tem-se fomentado da
pesquisa basica ao lancamento de produtos inovadores e a difusao de
tecnologias limpas. Entretanto, a maior parte dessas acoes ocorre sem
que as estruturas de apoio consigam verificar, registrar, estudar e
divulgar adequadamente o montante real dos resultados que obtem. Por
isso, e preciso desenvolver sistemas de avaliacao que se configurem como
instrumentos de apoio ao planejamento, a gestao, ao aprendizado
institucional, a prestacao de contas a sociedade e a propagacao de
experiencias socioambientais bemsucedidas.
Novas formas de avaliacao do fomento publico a inovacao
empresarial, com base em metodos e ferramentas estatisticas, podem
auxiliar na resolucao sistematica de problemas da propria agencia de
fomento. Podem igualmente apoiar a divulgacao de resultados e
experiencias bemsucedidas do ponto de vista social e ambiental.
No campo da legitimacao, as avaliacoes podem responder aos anseios
da sociedade por maior transparencia nas acoes do Estado e na aplicacao
do orcamento. Tambem podem coletar, organizar e demonstrar de forma
clara os reais beneficios que o fomento publico gera em termos sociais e
ambientais. Acoes dessa natureza podem aumentar o poder de controle da
populacao sobre o uso dos recursos que coloca sob responsabilidade dos
gestores publicos.
A avaliacao do apoio publico a inovacao empresarial no Brasil pode
dar um salto de qualidade, constituindo-se em importante recurso para
aprimorar os instrumentos e a politica tecnologica no que diz respeito a
sua disseminacao, operacao e adequacao as novas exigencias
socioambientais. Um melhor entendimento dos resultados dos instrumentos
de operacao das agencias de fomento sera essencial para melhorar o
planejamento e a execucao de politicas publicas, a tomada de decisao e a
prestacao de contas a populacao.
Para as instituicoes publicas brasileiras de fomento, executar
formas de avaliacao de resultados sociais e ambientais pode ser mesmo
uma exigencia legal. As agencias deverao desenvolver avaliacoes ex-ante,
para escolher os projetos que devem ser apoiados, e ex-post, para medir
os impactos, a fim de manter, modificar, difundir ou criar novas linhas
de acao. E provavel que as agencias precisem focar sua avaliacao na
afericao dos resultados sociais, ambientais e economicos gerados por seu
apoio, ja que muitas tem metas definidas por politicas de governo.
A questao fundamental que podera tomar mais tempo e a definicao dos
indicadores de desempenho e de monitoramento que se adaptarao a afericao
de resultados sociais e ambientais. A avaliacao e um importante recurso
do processo de aprendizagem e transparencia, mas, para que seja
eficiente, e preciso definir diretrizes, criterios, metodologias,
instrumentos de coleta de dados e, principalmente, indicadores sociais e
ambientais. Estes ultimos podem ser ate mesmo objeto de inumeros estudos
sobre os impactos socioambientais decorrentes do apoio publico a
inovacao empresarial no Brasil.
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APEC--Asia Pacific Economic Cooperation, 1998.
Recebido em: 12/9/2008
Aprovado em: 20/9/2009
Jose Henrique Souza
Economista pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp). Historiador pela Universidade de Sorocaba (Uniso).
Mestre e Doutor em Politica Cientifica e Tecnologica pelo Instituto de
Geociencia da Unicamp. Professor do Curso de Economia da Pontificia
Universidade Catolica de Campinas (Puccamp)
E-mail: josehenriquesouza@yahoo.com.br
Takeshy Tachizawa
Administrador e Mestre em Administracao pela FEA-USP.
Especializacao em Gestao Empresarial pela Universidade da California
(Irvine). Mestre em Controladoria e Contabilidade pela FEA-USP. Doutor
em Administracao pela FGV. Professor e pesquisador da Faculdade Campo
Limpo Paulista--FACCAMP
E-mail: usptakes@uol.com.br
Marcia Carvalho de Azevedo
Psicologa pela Universidade de Brasilia (UnB). Mestre e Doutora
pela Fundacao Getulio Vargas (FGV). Professora do Curso de Administracao
da PUC-Campinas (Puccamp)
E-mail: maciacarvalhoazevedo@gmail.com
Hamilton Pozo
Engenheiro pela Universidade Braz Cubas. Administrador pelo
Instituto Maua de Tecnologia. Doutor em Administracao pela California C.
University--USA. Pos-Doc pela FEA-USP. Professor e pesquisador da
Faculdade Campo Limpo Paulista--FACCAMP
E-mail: hprbrazil@hotmail.com