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  • 标题:Management of graduate business programs based on CAPES evaluations/ A gestao dos programas de pos-graduacao em administracao com base no sistema de avaliacao da CAPES/ La gestion de los programas de posgrado en administracion con base en el sistema de evaluaciOn de la CAPES.
  • 作者:Maccari, Emerson Antonio ; de Almeida, Martinho Isnard Ribeiro ; Nishimura, Augusto Takerissa
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2009
  • 期号:October
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP

Management of graduate business programs based on CAPES evaluations/ A gestao dos programas de pos-graduacao em administracao com base no sistema de avaliacao da CAPES/ La gestion de los programas de posgrado en administracion con base en el sistema de evaluaciOn de la CAPES.


Maccari, Emerson Antonio ; de Almeida, Martinho Isnard Ribeiro ; Nishimura, Augusto Takerissa 等


1. INTRODUCAO

A intensa competicao global, aliada as rapidas mudancas que ocorrem no mundo, tem mobilizado os paises a buscar meios para obter e sustentar vantagem competitiva. O desenvolvimento e manutencao do capital intelectual tem sido o fator estrategico adotado para alavancar o crescimento desses paises.

A educacao superior possui um importante papel nesse processo e, por isso, e considerada elementochave na busca desse desenvolvimento. Um importante aspecto diz respeito a avaliacao da educacao como forma de acompanhar e certificar a qualidade das Instituicoes de Ensino e dos Programas a elas vinculados. Ademais, o aperfeicoamento do sistema de avaliacao pode servir de diretriz, de forma que contribua para o aprimoramento dos cursos e, consequentemente, dos programas de pos-graduacao stricto sensu.

O sistema de avaliacao desses programas foi implantado no Brasil em 1976, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de cursos de mestrado e doutorado por meio da pesquisa cientifica e tecnologica.

O artigo 2 do [section] 1[degrees] do estatuto da Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nivel Superior (CAPES) atribui a esta a responsabilidade de subsidiar o Ministerio da Educacao na formulacao de politicas para a pos-graduacao, coordenar o sistema de pos-graduacao, avaliar os cursos desse nivel e estimular, mediante bolsas de estudo, auxilios e outros mecanismos, a formacao de recursos humanos altamente qualificados para a docencia de grau superior, a pesquisa e o atendimento da demanda dos setores publico e privado (BRASIL, 2007).

Para tanto, a CAPES se utiliza de um sistema de avaliacao de programas de pos-graduacao que vem sendo aperfeicoado desde sua concepcao, visando atender aos seguintes objetivos:

1. estabelecer o padrao de qualidade para os cursos de mestrado e de doutorado e identificar os cursos que atendem a tal padrao;

2. fundamentar, nos termos da legislacao em vigor, os pareceres do Conselho Nacional de Educacao sobre autorizacao, reconhecimento e renovacao de reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado brasileiros--exigencia legal para que estes possam expedir diplomas com validade nacional reconhecida pelo Ministerio da Educacao (MEC);

3. impulsionar a evolucao de todo o Sistema Nacional de Pos-Graduacao, SNPG, e de cada programa em particular, antepondo-lhes metas e desafios que expressam os avancos da ciencia e tecnologia na atualidade e o aumento da competencia nacional nesse campo;

4. contribuir para o aprimoramento de cada programa de pos-graduacao, assegurando-lhe o parecer criterioso de uma comissao de consultores sobre os pontos fracos e fortes de seu projeto e de seu desempenho e uma referencia sobre o estagio de desenvolvimento em que se encontra;

5. contribuir para o aumento da eficiencia dos programas no atendimento das necessidades nacionais e regionais de formacao de recursos humanos de alto nivel;

6. dotar o pais de um eficiente banco de dados sobre a situacao e evolucao da pos-graduacao;

7. oferecer subsidios para a definicao da politica de desenvolvimento da pos-graduacao e para a fundamentacao de decisoes sobre as acoes de fomento dos orgaos governamentais na pesquisa e posgraduacao. (CAPES, 2009a).

Alem da necessidade de verificar a efetividade de um sistema de avaliacao, e relevante identificar a influencia dos criterios de avaliacao no desenvolvimento dos programas. Nesse sentido, esta pesquisa busca responder a seguinte pergunta: como o sistema de avaliacao e usado para a gestao dos programas de pos-graduacao Stricto Sensu em Administracao no Brasil? Para responder a esta pergunta e analisar como os programas utilizam o sistema de avaliacao da CAPES para sua gestao, realizou-se um estudo multicaso de quatro programas de pos-graduacao no Brasil.

Este estudo justifica-se tanto pela importancia do sistema de avaliacao na definicao das diretrizes para o desenvolvimento da pos-graduacao, quanto pela relevancia de estudar e identificar as contribuicoes do referido sistema para a melhoria da gestao dos programas brasileiros de pos-graduacao.

2. AVALIACAO DA EDUCACAO SUPERIOR

A pratica da avaliacao educacional e algo recente na maioria dos paises, com excecao dos Estados Unidos, onde, ha muito tempo, sao feitas avaliacoes regulares por orgaos nao governamentais (DURHAN, 1992). A esse respeito, Schwartzman (1990) afirma que, embora tenha uma tradicao mais antiga na America do Norte, a tematica da avaliacao do ensino superior ainda e algo recente no contexto latino-americano e europeu. O autor refere-se a divulgacao, na Europa, do artigo Evaluate State, que aborda uma modalidade de governo que procura substituir os tipos mais tradicionais de controle burocratico ou planejamento de atividades a priori por mecanismos de avaliacao a posteriori. Durhan (1992) cita o exemplo da Franca e da Holanda, paises que, por possuirem tradicionalmente um forte controle burocratico, consideram o Estado Avaliador como uma forma de descentralizacao que procura livrar as universidades do controle formal e burocratico do governo federal, fazendo com que estas deixem de ter que atingir e ampliar os padroes de desempenho estabelecidos pela sociedade.

Em contrapartida, Schwartzman (1990) alega que o sistema britanico de avaliacao, diferentemente do frances e do holandes, preserva a tradicao secular de autonomia dos sistemas universitarios. Durham (1992) acrescenta que o orgao de financiamento de universidades da Inglaterra--a University Funding Commission--vem desenvolvendo, ao longo dos anos, um sistema de avaliacao e acompanhamento que orienta a distribuicao diferenciada de recursos. Dessa forma, o governo britanico estabeleceu uma politica educacional que favorece a relacao com o sistema produtivo, pois pressiona o desenvolvimento dessa area e promove uma racionalizacao dos cursos das universidades. Nesse sentido, percebe-se que o sistema de avaliacao institucional pode se transformar em um poderoso instrumento de controle do Estado sobre a universidade.

Assim, a nova enfase da avaliacao tende a assumir as caracteristicas de uma intervencao; portanto, a introducao da avaliacao deve alterar as divisoes tradicionais de poder entre ministerios e universidades. Nesse sentido, as universidades perdem autonomia para um poder central de avaliacao (SCHWARTZMAN, 1990). House (1992), Allen (1996) e Durham (1992, 2006) advertem que a avaliacao nao pode ser utilizada como um instrumento de centralizacao e pressao unilateral do Estado, e tampouco como um elemento que, substituindo as pressoes de mercado (como no caso dos EUA), provoca uma pressao generalizada para a adaptacao das instituicoes.

Afonso (2000) salienta que a avaliacao e um prerequisito para a implementacao dos mecanismos de controle e responsabilizacao desejados pelo Estado, haja vista que, sem objetivos claros e previamente definidos, nao e possivel criar indicadores e medir as performances dos sistemas.

Nessa linha, Schwartzman (1990) e Durham (1992) afirmam que, sem a avaliacao, nao ha nenhum mecanismo que estabeleca o desenvolvimento das instituicoes como um parametro para a distribuicao de recursos, pois e ela que viabiliza a implantacao de uma politica de nivel mais elevado e menos personalista. Dai a necessidade de que o processo de avaliacao seja transparente e se utilize de criterios legitimos. Sendo assim, a definicao de desempenho e o desenvolvimento de sistemas de avaliacao deverao ser prioridades para os paises que desejam alcancar padroes de qualidade aceitaveis (EL-KHAWAS, 1998).

Um caso exemplar e o sistema de avaliacao da pos-graduacao brasileira implementado pela Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nivel Superior (CAPES), que iniciou suas atividades na decada de 1950 para impulsionar o desenvolvimento da pos-graduacao no Pais e, 20 anos depois, passou tambem a avaliar os programas. Hoje, o sistema de avaliacao da CAPES--que e reconhecido como um dos mais modernos e eficientes do mundo--possui mais de 2.500 programas credenciados e avaliados (CAPES, 2009b). Nesse sentido, de acordo com Gassola (apud SBPC, 2008), nao ha na America Latina e no Caribe, e tampouco no restante do mundo, um sistema comparavel ao do Brasil no que concerne a qualidade da avaliacao. Para o autor, quando se compara o sistema de ensino superior brasileiro ao do Mexico, observa-se que ambos possuem basicamente o mesmo numero de IES. No Brasil, porem, sao formados aproximadamente 10.000 doutores por ano, enquanto no Mexico esse numero nao ultrapassa 5.000. Gassola atribui essa diferenca a maior eficiencia indutiva do sistema de avaliacao da CAPES.

3. SISTEMA DE AVALIACAO DA CAPES

De acordo com a CAPES (1999), a posgraduacao e reconhecidamente o componente mais bem-sucedido do sistema educacional brasileiro. Esse exito deve-se, em grande parte, ao fato de as acoes do governo brasileiro, voltadas para o desenvolvimento desse nivel de ensino, terem-se calcado em um processo sistematico e bem conduzido de avaliacao do desempenho dos cursos de mestrado e de doutorado existentes no Pais.

A rigor, ao estabelecer as metas e requisitos de qualidade que nortearam o desenvolvimento desse nivel de ensino, o Sistema de Avaliacao patrocinado pela CAPES assegurou bases solidas ao processo de expansao e consolidacao da pos-graduacao nacional e contribuiu a criacao das condicoes essenciais para que se efetivassem grandes avancos no campo da pesquisa cientifica e tecnologica no Pais.

No Brasil, o credenciamento do curso pela CAPES e um requisito legal, e a validade dos diplomas de mestrado e doutorado depende de o programa ter seus cursos reconhecidos e recomendados. A partir de 1999 o processo de avaliacao passou a atribuir notas aos programas e nao aos cursos individualmente. Quando o curso obtem a nota minima 3 (tres) na avaliacao, isso significa que ele atende ao requisito minimo de qualidade estabelecido pela legislacao vigente para que seja reconhecido pelo Ministerio da Educacao por meio do Conselho Nacional de Educacao (CNE). Ja a nota 7 (sete) passou a ser a nota maxima para programas que possuem mestrado e doutorado, enquanto a nota 5 (cinco) e a nota maxima atribuida aos que possuem apenas o mestrado. Isso ocorreu pelo fato de a CAPES ter optado por adotar padroes internacionais de qualidade como parametro para a avaliacao dos Programas nacionais de excelencia, visando uma maior insercao internacional da pos-graduacao brasileira (CAPES, 2002). No sistema de classificacao CAPES, para cada nivel superior de nota ha tambem exigencias maiores ao programa.

3.1. Parametros do Sistema de Avaliacao da CAPES

Atualmente existem 96 programas de posgraduacao credenciados pela CAPES na area de Administracao, Contabilidade e Turismo. Sao 121 cursos no total, sendo 70 de mestrado, 25 de doutorado e 26 de mestrado profissionalizante (CAPES, 2009b).

Cabe ao Comite da Area de Administracao adaptar o sistema de avaliacao da CAPES a area de Administracao. O sistema e composto dos seguintes criterios: (1) proposta do programa; (2) corpo docente; (3) corpo discente; (4) producao intelectual e (5) insercao social. Destaca-se que o Comite de area tem a liberdade de alterar o peso de um criterio em 5% para mais ou para menos. A seguir detalham-se os itens que compoem cada criterio do sistema de avaliacao, de acordo com o documento Criterios de Avaliacao da Area de Administracao, disponivel em CAPES (2006).

Na Tabela 1 nota-se que 80% dos itens do sistema de avaliacao sao de carater quantitativo; os 20% restantes sao qualitativos, mas medidos em parte de forma quantitativa. Observa-se tambem que a Proposta do Programa, classificada como "Adequada" ou "Inadequada", e o unico criterio eminentemente qualitativo, porem nao possui peso na avaliacao. A proposta do programa e o espaco reservado para os programas descreverem suas atividades de pesquisa, desenvolvimento e extensao.

Destaca-se que, durante a avaliacao trienal ocorrida em 2007, o Conselho Tecnico Cientifico (CTC) deliberou e atribuiu maior peso ao criterio Corpo Discente, que passou a representar 35% do total da avaliacao, igualando-se ao peso da Producao Intelectual, com 35%. Esses dois quesitos juntos correspondem a 70% do peso total da avaliacao e sao decisivos no momento da atribuicao da nota pela CAPES, haja vista que sao considerados como resultados da atuacao do programa--o primeiro ilustra a eficiencia (formacao do aluno) e o segundo, a eficacia (geracao de conhecimento).

Ja o criterio Corpo Docente, apesar de representar 20% do peso total da avaliacao, parece ser o mais importante. Isso porque ele influencia diretamente nos resultados dos demais criterios de avaliacao, alem de ser utilizado como denominador no calculo dos itens da avaliacao. Ou seja, quanto melhor for a atuacao individual do docente (formacao do aluno, producao intelectual), melhor sera a avaliacao coletiva do programa. Isso, evidentemente, acompanhado de consistencia e distribuicao equilibrada da atuacao do corpo docente no trienio de avaliacao.

Quanto ao criterio Insercao Social, infere-se que ele e relativamente novo no sistema de avaliacao da CAPES, tendo aparecido, pela primeira vez, no trienio de avaliacao 2004-2006, com 10% do peso total. Por isso, as areas ainda estao definindo e desenvolvendo indicadores para medir o impacto social gerado pelo programa. A area de Administracao ja definiu tres itens que compoem esse criterio: (a) insercao e impacto regional e/ou nacional do programa (60%); (b) integracao e cooperacao com outros programas (30%); e (c) visibilidade ou transparencia do programa (10%). Destaca-se que a insercao social tem caracteristica mais qualitativa e faz parte dos resultados do programa.

4. ASPECTOS METODOLOGICOS

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa exploratoria, que, de acordo com Eisenhardt (1989), viabiliza estudos com dados qualitativos, os quais sao particularmente uteis quando se quer entender o porque do relacionamento entre variaveis. Entende-se que esse tipo de pesquisa possui o potencial para atender, de maneira satisfatoria, ao interesse dos pesquisadores em obter informacoes relevantes, resultantes do levantamento em profundidade dos dados, e possibilita conhecer melhor um determinado fenomeno (YIN, 2003; VAN MAANEN, 1988).

Optou-se pelo estudo multicasos, pois as evidencias de seu uso apontam para resultados mais solidos (HERRIOTT; FIRESTONE, 1983); a principal razao de sua escolha e a possibilidade da replicacao logica ou generalizacao. As unidades objeto de analise sao constituidas por quatro programas de pos-graduacao em Administracao - dois de universidades publicas e dois de privadas.

Para a coleta de dados, utilizaram-se dados secundarios, obtidos por meio de pesquisa em websites dos programas e em relatorios publicados e disponiveis no website da CAPES, e dados primarios, cujo levantamento consistiu em entrevistas em profundidade com os coordenadores de cada programa de pos-graduacao. Samara e Barros (1997:27) afirmam que e necessario realizar entrevistas individuais e fazer uma analise verticalizada do objeto em estudo, para identificar pontos comuns e distintivos presentes na amostra escolhida.

Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se a pesquisa semiestruturada, pois se sabe que e mais provavel que os pontos de vista dos sujeitos entrevistados sejam expressos em uma entrevista com planejamento relativamente aberto do que em uma entrevista padronizada ou por meio de um questionario (FLICK, 2004).

De acordo com Miles e Huberman (1994), a analise de dados qualitativos, em um estudo de multiplos casos, requer a utilizacao de tecnicas que facilitem a compreensao, sintese e sumarizacao dos resultados. Para isso, e fundamental que o instrumento de coleta seja o mesmo, a fim de possibilitar a comparacao. Isso significa que questoes, codigos de dados, variaveis e apresentacao dos resultados devem ser comuns. Esses autores sugerem a criacao de uma metamatriz que possibilite sintetizar os dados e agrupa-los em categorias. Adicionalmente, utilizaram-se categorias que possibilitariam olhar as similaridades intragrupos e as diferencas intergrupos.

4.1. Caracterizacao dos Sujeitos da Pesquisa

O criterio de escolha dos sujeitos da pesquisa (quatro programas) seguiu a logica de selecionar programas que apresentassem caracteristicas distintivas: (1) dois programas de universidades publicas (Universidade de Sao Paulo--USP--e Universidade Federal do Rio Grande do Sul--UFRGS), que possuem grande tradicao na posgraduacao, sao avaliados ha mais tempo pela CAPES e foram considerados de excelencia, conquistando o conceito 6 por dois trienios consecutivos; (2) os outros dois programas sao de uma universidade publica, a Universidade Regional de Blumenau (FURB), e de uma privada, a Universidade Nove de Julho (UNINOVE), e foram considerados de nivel "Bom" pela CAPES, pois obtiveram o conceito 4 na avaliacao do trienio 2004-2006 e tiveram seus cursos de doutorado aprovados recentemente--em 2008, no caso da FURB, e em 2007, no da UNINOVE. A seguir apresentam-se os quatro programas, juntamente com seus dados sobre titulacao de aluno e producao intelectual.

4.1.1. Programa de Pos-Graduacao em Administracao--PPGA/USP

O PPGA/USP iniciou suas atividades em 1975, com o lancamento dos cursos de mestrado e doutorado, e ja formou 780 mestres e 380 doutores. E vinculado ao Departamento de Administracao da Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade, fundada em 1946. A missao do departamento e "contribuir para o avanco do conhecimento em Administracao, formando administradores de alta competencia e socialmente responsaveis" (EAD, 2008).

A Tabela 2 apresenta os dados extraidos do Caderno de indicadores referente a avaliacao do trienio 2001-2003 (CAPES, 2008b) e da Planilha comparativa da avaliacao trienal 2007 do trienio 2004-2006, disponiveis no site da CAPES (CAPES, 2008c). Para facilitar a analise, os dados foram aglutinados nas categorias internacionais (A1 e A2), nacionais (B1, B2, B3) e locais (B4, B5 e C) da Tabela de Classificacao Qualis. O Sistema Qualis e um conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para a estratificacao da qualidade da producao intelectual dos programas de pos graduacao. A classificacao de periodicos e realizada pelas areas de avaliacao e passa por processo anual de atualizacao. Esses veiculos sao enquadrados em estratos indicativos da qualidade--A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C, com peso zero.

Esse procedimento tambem foi realizado no caso dos livros (texto integral, capitulo e coletanea). Destaca-se que nao foram computadas as producoes em congressos pelo fato de a CAPES nao considerar este tipo de producao como definitiva.

A Tabela 2 mostra uma evolucao na quantidade e qualidade das producoes intelectuais do PPGA/USP de um trienio a outro. O numero de producoes - absoluto e per capita--quase dobrou de um trienio para outro, apresentando um aumento significativo em periodicos internacionais e nacionais. Talvez esse aumento tenha sido induzido pelo sistema de avaliacao da CAPES, que exige determinada quantidade de publicacoes em periodicos internacionais e nacionais para a manutencao da nota 6 do programa.

Destaca-se tambem a melhora na formacao dos discentes, que passou de 136 mestres no trienio 2001-2003 para 162 no trienio 2004-2006, ou seja, alcancou um aumento de 20%. Ja a formacao de doutores passou de 46 para 91, ou seja, aumentou 97%. Observa-se ainda que quase nao houve variacao no corpo de docentes permanentes. Isso fortalece a tese de que o Programa melhorou seu desempenho tanto na titulacao de seus alunos quanto na producao intelectual qualificada.

4.1.2. Programa de Pos-Graduacao em Administracao--PPGA/UFRGS

O PPGA/UFRGS iniciou suas atividades em 1972, com o curso de mestrado em Administracao, e em 1992 passou a oferecer o doutorado na mesma area. A missao do programa e "Promover o conhecimento orientado a Administracao, por meio do ensino, pesquisa e extensao, desenvolvendo organizacoes para a melhoria da qualidade de vida na sociedade" (EA, 2008). O PPGA/UFRGS esta vinculado a Escola de Administracao da UFRGS, fundada em 1951. A Tabela 3 contem os principais indicadores do PPGA/UFRGS, extraidos do Caderno de indicadores para o trienio 2001-2003 (CAPES, 2008b) e da Planilha comparativa da avaliacao trienal 2007 para o trienio 2004-2006, disponiveis no site da CAPES (CAPES, 2008c).

A Tabela 3 demonstra um aumento no numero de producoes intelectuais da UFRGS, principalmente no que diz respeito aos artigos internacionais, que passaram de 7, no trienio 2001-2003, para 18, no trienio 2004-2006. Observa-se, tambem, uma elevacao do numero de doutores formados pela Instituicao, o que mostra a tendencia dos programas consolidados e de excelencia em ampliar a formacao de doutores, mesmo que isso implique diminuicao na formacao de mestres. Essa evolucao tambem parece estar relacionada a exigencia da CAPES de que os programas de nivel 6 produzam mais internacionalmente e contribuam para a formacao de recursos humanos qualificados, em especial de doutores. Destaca-se tambem o aumento da producao intelectual per capita dos Docentes Permanentes (DP), que passou de 5,81 para 6,22.

4.1.3. Programa de Pos-Graduacao em Administracao--PPGAd/FURB

Recomendado pela CAPES desde 1997, o PPGAd/FURB tem o objetivo de desenvolver e disseminar conhecimentos que fortalecam a utilizacao de procedimentos inovadores na area de estrategias competitivas e gestao empresarial, bem como formar professores para desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensao em gestao empreendedora de organizacoes (FURB, 2008).

A Tabela 4 apresenta os principais indicadores do PPGA/FURB, extraidos do Caderno de indicadores para o trienio 2001-2003 (CAPES, 2008b) e da Planilha comparativa da avaliacao trienal 2007 para o trienio 2004-2006, disponiveis no site da CAPES (CAPES, 2008c).

A Tabela 4 ilustra a evolucao do PPGAd/FURB no quesito producao intelectual, principalmente no que se refere aos periodicos nacionais e capitulos de livros. Nota-se que nao houve alteracao significativa no quadro de Docentes Permanente (DP), porem houve uma grande elevacao no numero de producoes per capita por DP, que passou de 5,33 producoes no trienio 2001-2003 para 9,00 no trienio 2004-2006, um aumento de quase 70%. Essa evolucao demonstra o amadurecimento e consolidacao do programa, que possibilitaram, em 2008, a aprovacao do curso de doutorado em Ciencias Contabeis e Administracao.

4.1.4. Programa de Pos-Graduacao em Administracao--PPGA/UNINOVE

O PPGA/UNINOVE iniciou suas atividades no ano de 2001 com o mestrado em Administracao, e em 2007 aprovou o curso de doutorado na mesma area. A missao do programa e "estabelecer um programa de qualidade na area de pos-graduacao stricto sensu, apresentando-se como uma alternativa aos grandes programas que existem na cidade de Sao Paulo". A Tabela 5 contem os principais indicadores do PPGA/UNINOVE, extraidos do Caderno de indicadores para o trienio 2001-2003 (CAPES, 2008b) e da Planilha comparativa da avaliacao trienal 2007 para o trienio 2004-2006, disponiveis no site da CAPES (CAPES, 2008c).

A Tabela 5 demonstra uma grande evolucao dos indicadores do PPGA/UNINOVE no trienio 20042006 em relacao ao anterior. A medida que o programa foi amadurecendo, foram aumentando de forma consistente e significativa tanto os indicadores de producao intelectual, que apontaram mais que o dobro de publicacoes, quanto os de numero de alunos titulados. Destaca-se a producao em periodicos nacionais, que passou de 13 para 44, e a producao de capitulos de livro, que passou de 6 para 25 na comparacao entre os trienios. Isso ajudou a elevar a producao per capita por professor permanente de 2,69 para 6,50. Como resultado, o PPGA/UNINOVE obteve conceito "Bom" na ultima avaliacao da CAPES, o que contribuiu para que o pedido de abertura do curso de doutorado fosse aprovado.

5. RESULTADOS E DISCUSSAO

As entrevistas com os coordenadores dos programas foram realizadas mediante questionario com perguntas abertas, num total de 21 questoes, classificadas em seis clusters ou categorias, a saber: (1) Credenciamento na CAPES, (2) Planejamento Estrategico, (3) Corpo Docente, (4) Corpo Discente/Egresso, (5) Insercao Social e (6) Sistema de Avaliacao. A seguir sao apresentados os resultados de acordo com cada categoria.

5.1. Credenciamento

Os coordenadores foram unanimes em responder sobre a necessidade de credenciamento do programa na CAPES. Acrescenta-se que ter o credenciamento significa que o curso possui qualidade. O mercado reconhece esse sistema e os alunos buscam os programas que possuem as maiores notas, pois isso e um fator de distincao no sistema brasileiro. Estar credenciado tambem implica ganho de imagem para a IES. Quanto maior for o conceito, mais prestigio ela tera na sociedade. Alem disso, dependendo da nota obtida, o programa passa a ter mais autonomia para gerir os recursos (bolsas e custeio) provindos da CAPES.

Para Schwartzman (1990) e Durham (1992), a avaliacao e importante porque permite estabelecer um mecanismo para a distribuicao de recursos, na perspectiva do desenvolvimento e aprimoramento das instituicoes. Esse procedimento significa a implantacao de uma politica de nivel mais elevado e nao personalista. Assim, dentro do sistema de avaliacao da CAPES, a atribuicao de notas objetiva nao somente reconhecer os cursos que possuem qualidade, mas tambem orientar a distribuicao de recursos.

Nesse sentido, comprova-se uma distincao entre os grupos de programas no Brasil. Os mais antigos e com nota maior na avaliacao, como a USP e a UFRGS, afirmaram que estao direcionando os recursos de financiamentos para o incentivo a producao intelectual em periodicos (internacionais e nacionais) e tambem para atender aos criterios de recebimento das notas "6" e "7". Outro ponto de destaque foi observado na resposta do coordenador da USP de que o Programa esta investindo em uma equipe interna de apoio para cuidar das questoes de coleta, organizacao e relato das informacoes exigidas pelo sistema da CAPES. Ja os programas mais novos, com menor conceito de avaliacao, como os da FURB e da UNINOVE, afirmaram que direcionaram o investimento para atender as exigencias de producao intelectual pelo sistema de avaliacao, por meio de auxilio nas traducoes, revisoes e tratamentos estatisticos dos trabalhos que sao submetidos a eventos e periodicos.

5.2. Planejamento Estrategico

A existencia de planejamento estrategico e, por conseguinte, do plano estrategico nao e uma exigencia do sistema de avaliacao no Brasil. Nesse sentido, os programas, com excecao da FURB, nao possuem um plano estrategico formalmente estabelecido. Analisa-se que os programas utilizam o sistema de avaliacao da CAPES para definir as suas estrategias e planos de acao. Destaca-se ainda que sao os coordenadores os responsaveis pela implementacao e execucao desse plano de metas.

Na falta de um plano estrategico formal, os programas desenvolvem suas acoes no intuito de cumprir os requisitos do sistema de avaliacao da CAPES para cada nivel de classificacao. Assim, identifica-se que o sistema de avaliacao, por meio das recomendacoes anuais, passa a ser o grande balizador das acoes dos programas. Dessa forma, os programas recebem feedbacks do sistema de avaliacao sobre suas deficiencias e procuram atende-los, com a meta de alcancar uma melhor classificacao ou, na pior das hipoteses, manter a classificacao ja obtida.

A CAPES possui uma forma muito particular de organizacao das atividades academicas para orientar a estrutura curricular dos cursos, e, como se observou na pesquisa, os programas desenvolvem os cursos seguindo essa orientacao. Nesse sentido, a coerencia entre a estrutura curricular e a missao do programa e verificada por meio do alinhamento entre area(s) de concentracao, linhas de pesquisa e disciplinas. Isso e percebido pelos resultados tanto da producao intelectual docente quanto da formacao discente, os quais precisam estar alinhados a essa estrutura. Destaca-se tambem que cada professor e responsavel por efetuar melhorias nas suas disciplinas ou ofertar novas, cabendo a coordenacao do programa fazer o acompanhamento da consistencia do conteudo da disciplina com os objetivos do curso.

5.3. Corpo Docente e Producao Intelectual

O sistema de avaliacao da CAPES e um sistema eminentemente quantitativo. Em vista disso, o criterio Corpo Docente representa 20% da avaliacao total. Contudo, e o elemento mais importante do sistema, haja vista que os demais criterios, de uma forma ou de outra, dependem da atuacao do corpo docente permanente no programa.

Assim, ao se analisar a resposta dos coordenadores sobre a influencia do sistema de avaliacao no processo de contratacao de novos docentes, verifica-se que o sistema de avaliacao da CAPES tem se mostrado o grande direcionador na contratacao pelos programas. O aspecto mais considerado no momento da contratacao e a producao intelectual, tanto em qualidade quanto em quantidade, alinhada com as exigencias do sistema de avaliacao da CAPES. Destaca-se a necessidade de contratacao de docentes para cobrir lacunas ou linhas que o programa deseja desenvolver.

Para os coordenadores, a administracao do fluxo docente no programa (entrada e saida) ao longo do trienio de avaliacao depende basicamente do potencial ou do nivel da producao intelectual. Todavia, fica evidente a grande cobranca do item producao por parte de todos os coordenadores, para atender as metas estabelecidas pelo sistema de avaliacao para cada nota. Nesse sentido, existe uma forte pressao para que os professores atinjam suas cotas de producao anualmente, a fim de que ao final de cada trienio tenham uma boa media de pontuacao. Assim, os professores do corpo permanente que nao conseguem atingir esse patamar no trienio passam a figurar como colaboradores ou ate mesmo saem do quadro de professores do programa. Ja os professores colaboradores que apresentam pontuacao compativel com a exigida podem vir a fazer parte do corpo permanente.

Para o sistema da CAPES, ha a exigencia de que pelo menos 70% dos professores do corpo docente estejam na categoria de docente permanente. Para um professor figurar nessa categoria, ele precisa possuir as seguintes atividades no programa: a) lecionar; b) participar de projeto de pesquisa; c) orientar alunos de mestrado e/ou doutorado; e d) ter vinculo funcional com a Instituicao de 40 horas semanais ou, em carater excepcional, podem ser consideradas as especificidades da area ou da Instituicao (BRASIL, 2004).

Essas regras direcionam a gestao da carga de trabalho dos professores nos programas. Dessa forma, os coordenadores responderam que eles dimensionam a carga de trabalho do seu corpo docente seguindo as regras do sistema de avaliacao da CAPES. Adicionalmente, a coordenacao acompanha a carga de trabalho ao longo do ano, buscando com isso o equilibrio das atividades do corpo docente.

Em relacao ao quesito Producao Intelectual, os coordenadores afirmaram que realizam acoes para melhorar a qualidade e a quantidade, alem de politicas de incentivo e apoio que fomentam a produtividade. Note-se que esse criterio, na avaliacao, perfaz 35% da avaliacao global e e decisivo no momento da atribuicao da nota ao programa. E possivel identificar uma distincao entre os grupos de programas maiores e mais antigos e os menores e mais novos. Os do primeiro grupo (USP e UFRGS) estimulam a producao docente por meio de incentivos financeiros para a producao em periodicos internacionais e nacionais. Os professores mais produtivos sao ainda homenageados e recebem o reconhecimento dos pares e da academia. O segundo grupo de programas (FURB e UNINOVE) estimula a producao em parceria com os discentes e disponibiliza uma estrutura para auxiliar o professor na producao dos trabalhos.

Destaca-se que os coordenadores nao mencionaram a producao tecnica, por se tratar de um criterio qualitativo e ainda nao haver uma definicao clara sobre quais producoes tecnicas realmente seriam importantes. Neste ponto, e importante analisar a resposta do coordenador da UFRGS de que os trabalhos apresentados em congressos devem ser considerados processo e nao produto final. Esse ponto de vista abre espaco para que essa modalidade de producao seja classificada como tecnica (processo).

Em relacao a obtencao de recursos, o sistema de avaliacao da CAPES exige, a partir da nota "5", que um determinado numero de docentes permanentes seja bolsista de produtividade do CNPq ou coordene projetos de pesquisa financiados por agencias de fomento (estadual, nacional ou internacional). O numero de professores que devem possuir essa caracteristica aumenta a medida que o programa alcanca uma nota melhor. A titulo de exemplificacao, para os programas com nota "5" e exigido que 10% dos docentes permanentes estejam nessa categoria. Esse numero sobe para 25% para os programas com nota "6", e para 40% para os programas com nota "7". Assim, esses numeros ajudam a entender o porque de os programas mais bem avaliados se preocuparem em aumentar o numero de professores nessa categoria.

5.4. Corpo Discente/Egresso

O criterio Corpo Discente representa 35% do total da avaliacao no sistema da CAPES. Observase que o sistema de avaliacao influencia fortemente os programas a atender principalmente aos itens da avaliacao: tempo medio de titulacao e producao discente. Todos os coordenadores afirmaram que estao atentos a essas questoes e agindo no sentido de que o programa oportunize titulacao ao aluno dentro do prazo estipulado pelo sistema (ate 30 meses para o mestrado e ate 54 meses para o doutorado). Adicionalmente, e exigido que os alunos produzam intelectualmente, de preferencia em parceria com o professor orientador. Nesse sentido, de acordo com os coordenadores, quando possui um tempo medio de titulacao baixa, o programa esta sendo eficiente, e quando os alunos estao produzindo intelectualmente, o programa esta sendo eficaz e demonstra que tem qualidade. Dessa forma, observa-se que o sistema de avaliacao da CAPES foca o resultado e nao o processo.

A producao intelectual discente e fomentada por meio de mecanismos utilizados pelos programas na forma de incentivos financeiros, validacao de creditos ou exigencias formais estipuladas no regulamento dos programas. Isso comprova que o discente tambem sofre cobrancas para produzir, advindas de professores que precisam cumprir uma cota de producao anual. Nesse sentido, identifica-se que o sistema de avaliacao estimula o trabalho em pares--entre docente e discente -, haja vista que uma producao feita em parceria conta tanto para o criterio de producao docente quanto para o de producao discente.

Para o acompanhamento discente, os programas possuem uma sistematica propria. E importante reafirmar que o sistema de avaliacao da CAPES avalia resultados e nao processo, cabendo aos programas definir os processos internos para atingir as exigencias de resultados estipulados pelo sistema. Nessa direcao, quando se verifica a exigencia do sistema de avaliacao para que os programas se mostrem eficientes, estes criam mecanismos para acompanhar o aluno e as suas respectivas atividades no ambito do programa.

Com relacao aos egressos, o sistema de avaliacao da CAPES nao exige o seu acompanhamento. Na pesquisa, percebeu-se que os programas ainda nao possuem uma sistematica para acompanhar as atividades de seus ex-alunos. Existe, porem, uma movimentacao por parte dos programas no sentido de criar mecanismos que permitam fazer esse acompanhamento. Isso possibilitara uma melhor avaliacao tanto do resultado da formacao do aluno quanto do desempenho do programa no atendimento das demandas da sociedade.

5.5. Insercao Social

O criterio Insercao Social representa 10% da avaliacao global no sistema de avaliacao da CAPES. Este criterio ainda esta em consolidacao, haja vista que ele foi inserido pela primeira vez na avaliacao no trienio 2004-2006 e devera ganhar maior importancia a medida que for sendo aperfeicoado pelos programas e pela area de Administracao. Contudo, ele ja possui um peso grande (embora qualitativo) nos programas cujos conceitos sao "6" e "7".

Ao se analisarem as respostas dos coordenadores, verifica-se que os programas ja estao realizando acoes no sentido de atender as demandas do sistema para este quesito. Dessa forma, percebe-se que estao sendo implementados principalmente projetos para a oferta de mestrados e doutorados interinstitucionais (Minter e Dinter respectivamente) em outras regioes, com enfase no Norte, Nordeste e Centro-Oeste (tambem estimulados pelo sistema). Contudo, ha demandas dos programas da USP e da UFRGS para ampliar ainda mais esse processo. Isso foi observado no comentario do coordenador do programa da USP de que faltam mecanismos na CAPES para garantir e ampliar a oferta de vagas a alunos provenientes dessas regioes, e que ha duvidas sobre se a CAPES garantira os recursos para apoiar iniciativas dos programas interinstitucionais.

Apesar de a Insercao Social nao ser uma exigencia mandatoria para os programas com conceito inferior a "6", os programas da FURB e da UNINOVE estao trabalhando para estabelecer parceria de Minter e Dinter, especialmente o programa da FURB, que ja possui um processo de Minter bem encaminhado.

Um ponto de consenso observado em todos os programas e a importancia da formacao de recursos humanos para atender as demandas sociais, regionais e nacionais, embora o sistema de avaliacao atribua pouco peso a esse criterio. Os coordenadores ainda destacaram que os programas estao preocupados em formar pessoas com qualidade.

A insercao internacional e uma das exigencias do sistema de avaliacao para os programas com "6" e "7". Nessa perspectiva, e exigido um nivel de qualificacao, de producao e de desempenho equivalente ao dos centros internacionais de excelencia na formacao de recursos humanos. Com isso, percebe-se que o sistema de avaliacao da CAPES esta induzindo os programas considerados de excelencia a atuar cada vez mais em nivel internacional. Identifica-se tambem que os programas da USP e da UFRGS tem acoes bem articuladas no sentido de aumentar sua producao internacional. Realcam-se a ampliacao dos intercambios com universidades estrangeiras e o incentivo para a formacao de networking entre os professores, com o objetivo de parceria para a producao internacional. Outro aspecto identificado em questoes anteriores, mas que tem relacao com esta, e o fato de esses programas possuirem estimulos financeiros para os professores que publicam em periodicos internacionais.

No caso dos programas da FURB e da UNINOVE, que possuem nota "4", nao ha a exigencia do sistema de avaliacao para insercao internacional, mas eles estao trabalhando nessa direcao, pois esse e o caminho para aumentarem o nivel da nota na avaliacao.

5.6. Sistema de Avaliacao

A classificacao (ranking) adotada pelo sistema de avaliacao da CAPES e apoiada pelos coordenadores dos programas pesquisados, que a consideram um importante fator de distincao de qualidade entre eles. Este sistema auxilia ainda os programas na orientacao de seus proprios esforcos, para que evoluam constantemente e atinjam uma melhor nota.

Na analise das entrevistas, porem, verifica-se que ha espaco para melhorias no sistema, principalmente no quesito flexibilidade do sistema.

Os coordenadores da UFRGS e da UNINOVE afirmaram que a CAPES deveria flexibiliza-lo um pouco, para levar em conta as diferencas entre as areas ou ate mesmo as existentes dentro da propria area.

Por fim, a questao da excessiva priorizacao dos indicadores de produtividade foi levantada para os entrevistados. Sabe-se que o sistema de avaliacao da CAPES leva em conta dois aspectos principalmente, o da produtividade e o do equilibrio, ou seja, a distribuicao da produtividade de forma equilibrada entre os docentes permanentes. Destaca-se que a maioria dos indices de produtividade e obtida por meio da divisao da quantidade do item avaliado pelo total de docentes permanentes. Esse parece ser um vies polemico do sistema de avaliacao, pois induz os programas a repensar seu tamanho. Isso foi observado na entrevista com os coordenadores, pois eles estao receosos de melhorar os indices de produtividade em detrimento da insercao social e da formacao de alunos. Atualmente, o sistema induz a reducao do quadro de docentes, visto que os coordenadores informaram que, para o programa alcancar alta produtividade, bastaria reduzir o numero de docentes permanentes e ficar apenas com os mais produtivos.

6. CONSIDERACOES FINAIS

A avaliacao da educacao nao e um fenomeno brasileiro. Ela vem sendo adotada por varios paises, com a participacao do Estado em maior ou menor grau. Atualmente, o processo de avaliacao adotou uma nova dinamica, visando subsidiar o Estado com informacoes que orientem financiamentos e canalizem as pressoes sociais por acesso ao ensino de qualidade (SCHWARTZMAN, 1990; DURHAM, 1992).

Um caso exemplar e o sistema de avaliacao da pos-graduacao brasileira implementado pela CAPES e reconhecido como um dos mais modernos e eficientes do mundo. Quando se compara o sistema de ensino superior brasileiro ao do Mexico, por exemplo, observa-se que ambos possuem basicamente o mesmo numero de IES. No Brasil, porem, sao formados aproximadamente 10.000 doutores por ano, enquanto no Mexico esse numero nao ultrapassa 5.000. Gassola (apud SBPC, 2008) atribui essa diferenca a maior eficiencia indutiva do sistema de avaliacao da CAPES.

Nesta pesquisa, que buscou invetigar como o sistema de avaliacao e usado para a gestao dos programas de pos-graduacao stricto sensu em Administracao no Brasil, observou-se que:

a) No sistema de avaliacao da CAPES a existencia de planejamento estrategico e, por conseguinte, de plano estrategico nao e uma exigencia. Os programas utilizam o sistema de avaliacao como diretriz para a definicao de suas estrategias e planos de acoes, haja vista que os criterios e itens de avaliacao estao bem definidos e quantificados, o que facilita tracar a elaboracao de um plano de metas para atender as exigencias de qualidade para cada nivel de nota.

b) O sistema de avaliacao da CAPES possui uma composicao muito particular para orientar a estrutura curricular dos programas. Dessa forma, verificou-se na pesquisa que os programas desenvolvem seus cursos para atender a essa estrutura. Nesse sentido, a coerencia entre a estrutura curricular e a missao do programa e verificada por meio do alinhamento entre a(s) area(s) de concentracao, as linhas de pesquisa e as disciplinas. Isso e percebido pelos resultados tanto da producao intelectual docente quanto da formacao discente, as quais precisam estar alinhadas a essa estrutura.

c) Sob o ponto de vista dos requisitos de qualidade minima para que um programa de pos-graduacao seja credenciado pela CAPES, identificou-se que o sistema de avaliacao tem ajudado, indistintamente, os programas a direcionar seus esforcos e investimentos tanto para a melhoria da infraestrutura como para a elevacao da qualidade nos criterios: Corpo Docente e Producao Intelectual, Corpo Discente e Egresso, e Insercao Social.

d) Em virtude de a natureza do sistema de avaliacao ser essencialmente quantitativa, este induz a produtividade e equilibra os papeis e funcoes dos constituintes do programa. Por um lado, ele motiva um alto desempenho quantitativo de producao intelectual, geracao de pesquisa e formacao discente; por outro, incita a observancia exclusiva dos criterios quantitativos requeridos pelo sistema de avaliacao.

e) O sistema de classificacao (ranking) adotado pela CAPES e apoiado pelos coordenadores dos programas pesquisados, que o consideram um importante fator de distincao de qualidade entre eles. Na analise das entrevistas, porem, verifica-se que ha espaco para melhorias, principalmente na flexibilidade do sistema e no uso de um mesmo sistema para todas as areas.

Finalmente, percebe-se que ha espaco para melhorias no processo de avaliacao adotado pela CAPES por meio de seu sistema, porem e inegavel a influencia deste no desenvolvimento e aprimoramento dos programas de pos-graduacao em Administracao no Brasil.

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

AFONSO, A. J. Avaliacao educacional: regulacao e emancipacao: para uma sociologia das politicas avaliativas contemporaneas. Sao Paulo: Cortez, 2000.

ALLEN, N. L. Avaliacao em larga escala: licoes de experiencias. Brasilia: MEC. SEDIAE: Fundacao Cesgranrio, 1996. p. 77-99. BBE.

BECKER, J. L. Criterios aprovados pelo CTCpara o trienio 2007-2009. Apresentacao em PowerPoint. Rio de Janeiro, Nov. 2008.

BRASIL. Decreto n. 6.316, de 20 de dezembro de 2007. Aprova o Estatuto e Quadro demonstrativo dos cargos em comissoes da Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nivel Superior - CAPES, Brasilia, 20 de dezembro de 2007. Disponivel em: <http://www.CAPES.gov.br/result. jsp?index=CAPES&field=title&field=keywords&fi eld=description&field=content&query=estatuto+da +CAPES>. Acesso em: 20 maio 2008.

BRASIL. Ministerio da Educacao. Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nivel Superior. Portaria n. 068, de 3 de agosto de 2004. Disponivel em: <http://www.capes.gov.br/avaliacao/coleta-dedados>. Acesso em: 18 jun. 2009.

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--. A Reformulacao do Sistema de Avaliacao da Pos-Graduacao Brasileira. Brasilia: Diretoria de Avaliacao CAPES, 1999.

--. Relacao de cursos aprovados. Atualizado em 04/05/2009. Disponivel em: <http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados>. Acesso em: 01 jun. 2009b.

DURHAM, E. R. A institucionalizacao da Avaliacao. In: DURHAM, E. R.; SCHWARTZMAN, S. (Orgs.). Avaliacao do ensino superior. Sao Paulo: Edusp, 1992.

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EAD--Escola de Administracao. Missao e Visao do Departamento de Administracao. Disponivel em: <http://www.ead.fea.usp.br/DA/index.htm>. Acesso em: 20 abr. 2008.

EISENHARDT, K. M. Building Theories from Case Study Research. Academy of Management Review, v. 14, n. 4, 1989.

EL KHAWAS, E. El control de calidad en educacion superior: avances recientes, dificultades por superar. Documento elaborado con el auspicio del Banco Mundial. Conferencia Mundial sobre la Educacion Superior. Paris, 1998.

FLICK, U. Uma introducao a pesquisa qualitativa. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

FURB--Universidade Regional de Blumenau. Disponivel em: <http://www.furb.br>. Acesso em: 23 maio 2008.

HERRIOTT, R. E.; FIRESTONE, W. A. Multisite qualitative policy research: Optimizing description and generalizability. Educational Research, v. 12, p. 14-19, 1983.

HOUSE, E. R. Tendencias en evaluacion. Revista de Educacion, n. 299, 1992.

MILES, M. B.; HUBERMAN, A. M. Qualitative data analysis: an expanded sourcebook. 2. ed. Oaks, CA: Sage, 1994.

SAMARA, B. S.; BARROS, J. C. de. Pesquisa de marketing: conceitos e metodologia. 2. ed. Sao Paulo: Nakron Books, 1997.

SBPC. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciencia. Jornal da Ciencia, a. XXII, n. 624, 27 jun. 2008.

SCHWARTZMAN, S. O contexto Institucional e politico da avaliacao do ensino superior. Sao Paulo: Nucleo de Pesquisas sobre Ensino Superior, Universidade de Sao Paulo, 1990. (Serie Documentos de Trabalho, n. 3).

VAN MAANEN, J. Tales of the Field: on writing ethnography. Chicago: University of Chicago Press, 1988.

YIN, R. Case study research: design and methods. 3. ed. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 2003.

Recebido em: 18/8/2009

Aprovado em: 1/11/2009

Emerson Antonio Maccari

Doutor em Administracao pela Universidade de Sao Paulo--USP

Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Administracao da Universidade

Nove de Julho--UNINOVE

E-mail: emersonmaccari@gmail.com

Martinho Isnard Ribeiro de Almeida

Doutor em Administracao pela Universidade de Sao Paulo--USP

Professor do Programa de Pos-Graduacao em Administracao da FEA-USP

E-mail: martinho@usp.br

Augusto Takerissa Nishimura

Membro do Grupo de Pesquisas em Gestao Estrategica de Pessoas da FEA-USP

E-mail: augustonishimura@terra.com.br

Leonel Cezar Rodrigues

Doutor em Administracao pela Vanderbilt University--EUA

Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Administracao da Universidade

Nove de Julho--UNINOVE

E-mail: leonelcz@gmail.com
Tabela 1: Criterios da avaliacao

CRITERIOS DESDOBRAMENTO DE CADA QUESITO AVALIACAO

 M. BOM BOM

Proposta do Areas de concentracao, linhas de AVALIACAO
Programa pesquisa e projetos em andamento QUALITATIVA
 (pesquisa, desenvolvimento e
 extensao).

 Coerencia, consistencia e
 abrangencia da estrutura
 curricular.

 Infraestrutura para ensino,
 pesquisa e extensao.

 Atividades inovadoras e
 diferenciadas de formacao
 de docentes.

Corpo 15% Formacao dos docentes > 80% 70-79%
Docente permanentes.
(20%) 25% Adequacao da dimensao, > 70% 61-70%
 composicao e dedicacao dos
 docentes permanentes.
 20% Perfil do corpo permanente > 80% 70-79%
 em relacao a proposta do
 programa.
 10% Atividade docente permanente > 90% 80-89%
 na posgraduacao.
 20% Participacao dos docentes > 90% 80-89%
 em pesquisa e desenvol-
 vimento de projetos.

Corpo 20% Porcentual de defesas > 40% 36-39%
Discente mestrado/doutorado em > 25% 22-24%
Teses e relacao ao corpo docente
Dissertacoes permanente.
(35%) 15% Adequacao e compatibilidade < 8
 da relacao orientador/
 discente.
 10% Participacao de discentes > 25% 20-24,9%
 autores da posgraduacao e > 40% 30-39,9%
 graduacao.
 20% Dissertacoes/teses > 50% 40-50%
 vinculadas a publicacoes. > 80% 60-80%
 20% Qualidade das teses e AVALIACAO
 dissertacoes. QUALITATIVA
 15% Tempo medio de titulacao de M < 30 30-31
 mestres e doutores. D < 54 54-55

Producao 50% Publicacoes qualificadas do > 50 35-49
Intelectual programa por docente
(35%) permanente.
 20% Distribuicao de publicacoes > 80% 70-70%
 qualificadas em relacao ao
 corpo docente permanente.
 15% Producao tecnica ou AVALIACAO
 tecnologica. QUALITATIVA
 15% Producao de alto impacto. > 100 75-99

Insercao 60% Insercao e impacto regional AVALIACAO
Social e/ou nacional do programa. QUALITATIVA
(10%) 30% Integracao e cooperacao com
 outros programas.
 10% Visibilidade ou
 transparencia do programa.

CRITERIOS DESDOBRAMENTO DE CADA QUESITO AVALIACAO

 REGULAR FRACO

Proposta do Areas de concentracao, linhas de
Programa pesquisa e projetos em andamento
 (pesquisa, desenvolvimento e
 extensao).

 Coerencia, consistencia e
 abrangencia da estrutura
 curricular.

 Infraestrutura para ensino,
 pesquisa e extensao.

 Atividades inovadoras e
 diferenciadas de formacao
 de docentes.

Corpo 15% Formacao dos docentes 60-69% 50-59%
Docente permanentes.
(20%) 25% Adequacao da dimensao, 51-60% 40-50%
 composicao e dedicacao dos
 docentes permanentes.
 20% Perfil do corpo permanente 60-69% 50-59%
 em relacao a proposta do
 programa.
 10% Atividade docente permanente 70-79% 60-69%
 na posgraduacao.
 20% Participacao dos docentes 70-79% 60-69%
 em pesquisa e desenvol-
 vimento de projetos.

Corpo 20% Porcentual de defesas 30-35%
Discente mestrado/doutorado em 18-21%
Teses e relacao ao corpo docente
Dissertacoes permanente.
(35%) 15% Adequacao e compatibilidade
 da relacao orientador/
 discente.
 10% Participacao de discentes 15-19,9% 10-14,9%
 autores da posgraduacao e 20-29,9% 10-19,9%
 graduacao.
 20% Dissertacoes/teses 30-40% 20-30%
 vinculadas a publicacoes. 40-60% 30-40%
 20% Qualidade das teses e
 dissertacoes.
 15% Tempo medio de titulacao de 32-33
 mestres e doutores. 55-56

Producao 50% Publicacoes qualificadas do 20-34 12-19
Intelectual programa por docente
(35%) permanente.
 20% Distribuicao de publicacoes 50-69% 20-49%
 qualificadas em relacao ao
 corpo docente permanente.
 15% Producao tecnica ou
 tecnologica.
 15% Producao de alto impacto. 50-74 25-49

Insercao 60% Insercao e impacto regional
Social e/ou nacional do programa.
(10%) 30% Integracao e cooperacao com
 outros programas.
 10% Visibilidade ou
 transparencia do programa.

CRITERIOS DESDOBRAMENTO DE CADA QUESITO AVALIACAO

 DEFICIENTE

Proposta do Areas de concentracao, linhas de
Programa pesquisa e projetos em andamento
 (pesquisa, desenvolvimento e
 extensao).

 Coerencia, consistencia e
 abrangencia da estrutura
 curricular.

 Infraestrutura para ensino,
 pesquisa e extensao.

 Atividades inovadoras e
 diferenciadas de formacao
 de docentes.

Corpo 15% Formacao dos docentes < 50%
Docente permanentes.
(20%) 25% Adequacao da dimensao, < 40%
 composicao e dedicacao dos
 docentes permanentes.
 20% Perfil do corpo permanente < 50%
 em relacao a proposta do
 programa.
 10% Atividade docente permanente < 60%
 na posgraduacao.
 20% Participacao dos docentes < 60%
 em pesquisa e desenvol-
 vimento de projetos.

Corpo 20% Porcentual de defesas < 30%
Discente mestrado/doutorado em < 18%
Teses e relacao ao corpo docente
Dissertacoes permanente.
(35%) 15% Adequacao e compatibilidade < 8
 da relacao orientador/
 discente.
 10% Participacao de discentes < 10%
 autores da posgraduacao e < 10%
 graduacao.
 20% Dissertacoes/teses < 20%
 vinculadas a publicacoes. < 30%
 20% Qualidade das teses e
 dissertacoes.
 15% Tempo medio de titulacao de > 33
 mestres e doutores. > 56

Producao 50% Publicacoes qualificadas do < 12
Intelectual programa por docente
(35%) permanente.
 20% Distribuicao de publicacoes < 20%
 qualificadas em relacao ao
 corpo docente permanente.
 15% Producao tecnica ou
 tecnologica.
 15% Producao de alto impacto. < 25

Insercao 60% Insercao e impacto regional
Social e/ou nacional do programa.
(10%) 30% Integracao e cooperacao com
 outros programas.
 10% Visibilidade ou
 transparencia do programa.

Obs: No criterio Discentes/Dissestacoes e Teses os numeros em vermelho
referem-se aos indicadores utilizados para avaliar o curso de;
mestrado; ja os numeros em azul sao utilizados para avaliar o curso de
doutorado, enquanto os numeros em preto servem para avaliar tanto
os cursos de mestrado quanto os de doutarado.

Fonte: Elaborada a partir de BECKER, 2008.

Tabela 2: Producao PPGA/USP nos trienios 2001-2003 e 2004-2006

 TITULADOS PERIODICOS
TRIENIO DP
 M D Intern. Nac. Local

2001-2003 49 136 46 17 41 13
2004-2006 48 162 91 36 130 21

 LIVROS INDICADORES
TRIENIO
 Texto Cap. Colet. Prod. Prod. Per
 Integral Total cap.

2001-2003 45 90 3 209 4,27
2004-2006 39 148 11 385 8,02

Legenda: DP = Docente Permanente; M = Mestrado; D = Doutorado.

Fonte: os Autores.

Tabela 3: Producao PPGA/UFRGS nos trienios 2001-2003 e 2004-2006

 TITULADOS PERIODICOS
TRIENIO DP
 M D Intern. Nac. Local

2001-2003 31 243 22 7 106 7
2004-2006 32 105 52 18 80 13

 LIVROS INDICADORES
TRIENIO
 Texto Cap. Colet. Prod. Prod. Per
 Integral Total cap.

2001-2003 9 50 1 180 5,81
2004-2006 7 79 2 199 6,22

Legenda: DP = Docente Permanente; M = Mestrado; D = Doutorado.

Fonte: os Autores.

Tabela 4: Producao PPGAd/FURB nos trienios 2001-2003 e 2004-2006

 TITULADOS PERIODICOS
TRIENIO DP
 M D Intern. Nac. Local

2001-2003 12 61 6 4 30
2004-2006 11 60 1 47 4

 LIVROS INDICADORES
TRIENIO
 Texto Prod. Prod. Per
 Integral Cap. Colet. Total cap.

2001-2003 6 18 0 64 5,33
2004-2006 3 40 4 99 9,00

Legenda: DP = Docente Permanente; M = Mestrado; D = Doutorado

Fonte: os Autores.

Tabela 5: Producao PPGA/UNINOVE nos trienios 2001-2003 e 2004-2006

 TITULADOS PERIODICOS
TRIENIO DP
 M D Intern. Nac. Local

2001-2003 13 26 1 13 9
2004-2006 12 48 1 44 2

 LIVROS INDICADORES
TRIENIO
 Texto Cap. Colet. Prod. Prod. Per
 Integral Total cap.

2001-2003 3 6 3 35 2,69
2004-2006 6 25 0 78 6,50

Legenda: DP = Docente Permanente; M = Mestrado; D = Doutorado.

Fonte: os Autores.


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