摘要:A formação da subjetividade, com um recorte específico para a reconstrução da identidade atravessada pelas tecnologias de comunicação, será o foco deste artigo. Ao procurar a “evitação de desprazer” ou produção de prazer, o indivíduo produz contextos e conexões para que assim haja um sentimento de pertencimento, de conexão a um sentido de identidade individual e grupal. A articulação entre essa identidade, a cultura e os meios de comunicação é uma relação construída e eliciada pela procura de uma zona de conforto e/ou fuga do sofrimento. Teoriza-se, assim, sobre a formação de novos tabus e totens sob a regência das tecnologias de comunicação, ao que há de se chamar: tecnototemismo. O tecnototemismo seria o rompimento com o passado e suas leis, seria o estabelecimento de uma cultura do prazer e da satisfação, de um hedonismo crônico para a obtenção da transcendência do ser. Esse processo é promovido pelas tecnologias de comunicação. As regras e o mundo passam a ser determinados pela máquina. As verdades são produzidas por essa, mesmo que operada pelo homem. Há a crença de que com o saber são possíveis transformações, desenvolvimento, crescimento e, sobretudo, o controle do mundo à sua volta. Produz-se a angústia da perda do poder que é deslocada para o ritual do rompimento de barreiras, da transcendência do ser, da imaterialidade, da virtualização. Caberia pensar no parcelamento da subjetividade em identidades múltiplas e fugazes, uma completa abstração do social e um reforço no uso de aparatos tecnológicos que esse indivíduo experimenta ao trocar de identidade, novas peles, novas texturas de fantasia e, principalmente, na realização de suas fantasias num contexto virtual, e não, objetivo, o faz mergulhar em si próprio.