摘要:O presente artigo busca reconstituir analiticamente alguns aspectos da intervenção de Maria Sylvia de Carvalho Franco nos debates sobre a formação da sociedade brasileira, particularmente no que diz respeito à sua crítica às leituras “dualistas” do país. Através da discussão sobre a articulação entre ordem pessoalizada e capitalismo em Homens Livres na Ordem Escravocrata (1969), buscaremos delinear o perfil teórico da sociologia histórica envolvida em sua análise. Recusando o diagnóstico de uma “ordem tradicional”, o trabalho de Franco conecta o “código do sertão” com os princípios de orientação da conduta típicos do capitalismo, problematizando as visões mais “otimistas” sobre o “desenvolvimento”, em que o moderno aparecia limitado por uma “irracionalidade” ligada ao passado “patrimonialista” e “estamental”. Assim, poderemos discutir a ideia de processo social envolvida em seu trabalho, em que a perspectiva de totalidade se articula com uma valorização das conexões de sentido contingentes, trazendo à luz uma relação entre “local” e “universal”, ou entre “particular” e “geral” que continua nos interpelando para enfrentar os desafios contemporâneos de uma sociologia crítica.
关键词:: Maria Sylvia de Carvalho Franco;Interpretações do Brasil;Sociologia histórica;Capitalismo;Tradição;Modernidade.