摘要:http://dx.doi.org/10.5007/2178-4582.2008v42n1-2p75 A criatividade, característica da força de trabalho, e a inovação, resultado da criatividade na forma de mercadoria, são imprescindíveis para a acumulação capitalista. A criatividade é imaterial, não mensurável em termos de trocas relativas, enquanto a inovação assume a forma de processos ou produtos. As organizações, diante da necessidade de apropriação da criatividade, desenvolvem controles intensos, nas intermináveis relações de poder e contra-poder. Este artigo discute criatividade e inovação nas organizações como foco privilegiado do controle sobre a força de trabalho. Pretendendo ser um ensaio teórico, a metodologia consistiu na revisão da literatura marxista e na crítica de parte da bibliografia voltada para o management, segundo a qual autonomia e liberdade são bases para a criatividade. As considerações finais apontam que, enquanto aumenta a taxa de inovação, são ampliados a subsunção do capital sobre o trabalho, a alienação dos ditos “executivos” e o acirramento da ética individualista.