摘要:Esse texto propõe um diálogo entre programas educacionais do ontem e do hoje, tendo o cenário fluminense como lócus de observação. Nosso objetivo é refletir sobre a forma como o Estado pensa/pensou a oferta educacional para as classes populares, considerando as profundas assimetrias sociais existentes no Brasil. Nos limites deste artigo, priorizamos as narrativas sobre os CIEPs, mas antecipamos algumas linhas de análise adotadas em nossa pesquisa3, tendo o Programa Escolas do Amanhã e o Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais (GENTE) como contraponto e, ao mesmo tempo, continuidade de um jeito de pensar a educação para os menos favorecidos . Sem desejar promover comparações que qualificam um projeto a partir das críticas empreendidas a outro, intentamos apreender as marcas do passado no presente, desvelando pertencimentos ideológicos e inquirindo à teoria usualmente adotada pela Academia, quais são os limites e as potencialidades dos discursos difundidos em nome de uma escola pública de qualidade. Essa qualidade a que nos referimos está atenta às especificidades do contexto nacional ou, ao contrário, se compromete a nos inserir nos padrões estabelecidos pela ideologia neoliberal?