摘要:Este artigo parte da hipótese de que o jornalismo brasileiro tende a construir discursos legalistas e personificados em torno do tema da corrupção política. Isso ocorre porque há uma ausência de discussão efetiva do fenômeno e uma forte tendência para a exploração da imagem de indivíduos. Como quadro teórico norteador dessa reflexão, estabelecemos um diálogo entre ideias presentes na filosofia platônica e a noção de responsabilidade social do jornalismo na discussão de temas sociais. Para fins de teste da hipótese, adotamos ferramentas da Análise Crítica do Discurso para a análise de um corpus constituído por quatro edições das revistas brasileiras Veja e CartaCapital . Ao final, observamos que o principal efeito do desempenho jornalístico na cobertura do tema é o reducionismo do debate e a validação tácita da estrutura social em que a corrupção se manifesta. Palavras-chaves: jornalismo, corrupção, cobertura legalista e personificada.