摘要:Ancorado num repertório cultural de matriz africana, o carnaval baiano sempre se mostrou segmentado do ponto de vista socioétnico-cultural, refletindo a sistemática intolerância racial e cultural das elites locais. Oscilando entre a cooptação e a exclusão, a participação negra na festa sempre recusou, entretanto, a idéia de uma inversão ou anulação das desigualdades cotidianas, dramatizando, ao contrário, o desejo desta igualdade e o reconhecimento de que ela não existe.