摘要:O artigo parte de algumas questões que emergiram na experiência recente das ocupações dos estudantes secundaristas no Brasil, conforme depoimentos de estudantes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Reconhecendo o protagonismo das mulheres nesse movimento, são articuladas contribuições de autoras feministas para o desafio de pensar práticas educacionais e explicações da aprendizagem que estejam atentas ao problema da convivência, tão bem enunciado pelos estudantes. Aborda perspectivas críticas a teorias clássicas da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, com o objetivo de produzir outras explicações para o processo educacional, que considerem seu caráter localizado, no sentido proposto para esse termo por Donna Haraway. Para isso, propõe o deslocamento de concepções de sujeito e política pautadas por uma racionalidade masculina, autônoma, abstrata e impessoal.