摘要:RESUMO Os escritores de ficção deslocam-se para o ensaio na busca de uma forma discursiva que permita assumir uma enunciação subjetiva despojada das máscaras do narrador e da personagem. Essa posição favorece a indagação de suas práticas literárias, das singularidades poéticas que as definem, das tradições nas quais se reconhecem, das intervenções na cena pública que assumem. O ensaio, portanto, apresenta-se como um espaço discursivo privilegiado para levar adiante o debate em torno dos sentidos que definiriam a literatura latino-americana na cartografia ocidental das últimas décadas. Esse trabalho propõe indagar os modos que assume o ensaio dos escritores como estratégia discursiva que, dos anos 1970 até hoje, operou criticamente na desarticulação de uma noção ideologizada da literatura latino-americana que a sujeitava a funções de representatividade cultural. Serão abordados em particular ensaios do argentino Héctor Libertella e do mexicano Jorge Volpi.
其他摘要:ABSTRACT Fiction writers move to the essay in search of a discursive form that allows them to assume a subjective enunciation stripped of the masks of the narrator and of the character. This position favors the investigation of their literary practices, the poetic singularities that define them, the traditions in which they recognize themselves, the interventions on the public scene that they perform. The essay, therefore, emerges as a privileged discursive space to advance the debate on the meanings that would define Latin American literature in the Western cartography of the last decades. This paper proposes to explore the ways the essay takes on as a discursive strategy that, from the 1970s to the present day, has operated critically on the disarticulation of an ideologized notion of Latin American literature that subjected it to functions of cultural representativeness. The paper addresses, in particular, essays by the Argentine Hector Libertella and the Mexican Jorge Volpi.
关键词:literatura latino-americana;ensaio;Héctor Libertella;Jorge Volpi;identidade cultura