摘要:Em meio ao debate sobre a pertinência de se sediar a Copa do Mundo no Brasil, um tema parece indisputável. Se em termos econômicos e em relação aos impactos na vida das populações mais frágeis o evento é contestável, ele se justificaria pela promoção da imagem do Brasil no exterior. Esta proposta surge justamente no momento em que, em uma economia globalizada, países em todo o mundo disputam a atração de um capital flexível e desnacionalizado. Nesse sentido, as identidades são articuladas como marca no intuito de se produzir o espaço simbolicamente como mais atraente a esse capital, o que se nota, em especial, na promoção turística. Este artigo busca compreender a relação entre a formação das marcas- lugar , empreendida pelos órgãos de turismo nacionais, e a promoção da imagem do país no contexto da Copa do Mundo. Será demonstrado, no caso brasileiro, que a pluralidade de agentes interessados na representação do Brasil leva à hierarquização dessas representações, hierarquização que se dá, contudo, não a partir do Estado-nação, mas de empresas globais envolvidas com o megaevento.
关键词:Copa do Mundo;nacionalismo corporativo;identidade nacional;Embratur;Brasil