摘要:O artigo apresenta uma análise da cobertura jornalística sobre o acontecimento envolvendo Verônica Bolina, travesti torturada em situação de cárcere. Amparados na proposta de Ford (1999), a respeito das especificidades do caso midiático e da semiologia dos discursos sociais (VERÓN, 2005), busca-se compreender a construção do acontecimento a partir do trabalho enunciativo dos atores envolvidos. Selecionou-se como objeto empírico a produção discursiva dos portais online G1, R7 e Fórum, bem como a página da campanha #SomosTodasVerônica, na rede social online Facebook. A análise aponta a uma correlação entre a produção jornalística e a dos atores sociais, uma vez que esses contrapõem e questionam os contornos enunciativos dados pelo jornalismo ao caso e articulam formas de resistência à violência e transfobia percebidas nas narrativas midiáticas tradicionais.