期刊名称:Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano
印刷版ISSN:0104-1282
电子版ISSN:2175-3598
出版年度:2012
卷号:22
期号:1
页码:105-115
DOI:10.7322/jhgd.20058
语种:English
出版社:Centro de Estudos de Crescimento e Desenvolvimento do Ser Humano
摘要:Descreve-se a postura adotada por municípios do estado de São Paulo que receberam lotes de contracepção de emergência do Ministério da Saúde em 2005 e 2006, com relação à entrega para adolescentes. Utilizando levantamento quantitativo, realizado com questionários semi-estruturados enviados por e-mail às secretarias municipais de saúde, foram examinados: fluxos, serviços e profissionais de saúde envolvidos e critérios de dispensa. Do total, 91,0% responderam à pesquisa, demonstrando que 85,4% iniciaram a oferta do método para adolescentes menores de 18 anos, principalmente em prontos socorros (69,1%). Em unidades básicas tradicionais e de saúde da família houve menor integração, 65,3% e 37,6%, respectivamente, e em serviços especiais de atenção a adolescentes, apenas 31,9% municípios ofertam (percentagens não excludentes). A entrega, geralmente, é feita por médicos e/ou enfermeiros, porém 30% sub-utiliza o potencial da enfermagem. Atende-se, fundamentalmente, os casos de violência sexual e, excluído-se esse evento, há queda de 10 a 30 pontos percentuais no fornecimento em casos de falha ou não uso de contraceptivo regular. Conclui-se que há seletividade na dispensa método, baixa oferta na Atenção Básica, não facilitando acesso de adolescentes nas situações de risco gravídico mais recorrentes em seu cotidiano, contrariando orientações do Ministério da Saúde. Essa postura está ligada à falta de atualização sobre legislações e normas federais vigentes quanto à Saúde Sexual e Reprodutiva deste público, pelo desconhecimento do mecanismo de ação do método (por vezes, identificado como perigoso ou abortivo) e por preconceitos quanto à prática sexual adolescente, provocando a aquisição em farmácias e usos errôneos.
其他摘要:The position adopted by São Paulo's counties, which received amounts of emergency contraception from the Federal Health Department in 2005 and 2006, is described in relation to the distribution of these to adolescents. Using quantitative surveys carried out with semi-structured questionnaires sent by e-mail to the Municipal Health Offices: influxes, services and health care professionals and the criteria of dispensation were examined. Of the total, 91.0% answered to the research, demonstrating that 85.4% began to offer the method to adolescents less than 18 years old, especially at emergency rooms (69.1%). At public health care clinics traditional and public family health care clinics there was less integration, 65.3% and 37.6%, and in services specialized in adolescent care only 31.9% of the counties offer them (percentages not excludent). Usually, the distribution is carried out by doctors and/or nurses, but 30% of clinics sub-utilize the nursing potential. Cases of sexual violence are fundamentally attended to, but excluding these cases, there is a drop of 10 to 30 percentage points in the distribution of emergency contraceptive to adolescents in cases of the failure or non-use of the regular contraceptive. The conclusion is that there exists selectivity in the method's dispensation, very scarcely offered in Basic Adolescent Health Care Services, which makes it difficult for adolescents to have access to emergency birth control in situations where pregnancy is a risk. This selective behavior among health care professionals has become common practice and goes against the initial objectives of the Federal Health Department. This position is due in part to health care professionals not being up to date on the laws and federal norms concerning Sexual and Reproductive Health, and also to the lack of knowledge of the method's mechanism action (sometimes identified as dangerous or abortive), as well as the prejudice towards adolescent sexual practices-leading to the purchasing of emergency contraceptive in drugstores and its incorrect use.
关键词:gestão em saúde;planejamento familiar;anticoncepção;adolescente;anticoncepcionais hormonais pós-coito;contracepção de emergência