摘要:A urbanização resulta numa gama diversificada de impactos sociais negativos, dentre eles a insegurança alimentar. Uma forma de minimizar ou compensar a ocorrência e a intensificação deste impacto seria a implementação da agricultura urbana e periurbana, na qual se enquadra as hortas urbanas. O objetivo do presente trabalho foi diagnosticar os aspectos socioeconômicos dos produtores de hortaliças e identificar a percepção dos transeuntes do entorno das hortas urbanas, denominada de hortas comunitárias de Maringá (PR). Através da percepção existente entre os trabalhadores das hortas e aquelas pessoas do seu entorno, realizou-se um estudo socioeconômico da atuação destas hortas urbanas enquanto política pública de promoção à qualidade de vida. O estudo de caso foi realizado em cinco (05) hortas comunitárias localizadas na zona Norte da cidade de Maringá, Estado do Paraná. Os resultados demonstraram que no caso das hortas, as atividades envolvidas neste contexto, bem como a atuação do poder público, caracterizaram estas hortas como políticas públicas e não como mera política de governo. A evidência para explicar tal conjuntura, foram as respostas obtidas pelos transeuntes a partir da aplicação de questionários. Resultados destes questionários evidenciaram que a política pública de criação e consolidação das hortas urbanas em Maringá se caracterizou como uma maneira de promover a qualidade de vida. Verificou-se que o projeto de hortas comunitárias tem um expressivo valor socioeconômico e paisagístico, mas também, sentimental tanto para os produtores quanto para transeuntes. Os produtores optam pela diversidade de produção, consumo próprio e venda das hortaliças.