摘要:O presente trabalho propõe observar o processo de abertura de espaços conflituosos de relação entre a pixação e o mundo da arte a partir de seis eventos que envolveram pixadores paulistas, entre 2008 e 2012. A atenção se volta, a partir desse contexto, para as imagens produzidas pela pixação em diferentes momentos, buscando pelas relações que elas colocam em operação, as potências políticas que elas guardam. A noção de potência política está ancorada, principalmente, no pensamento de Jacques Rancière (2009, 2010a, 2010b, 2011, 2012), que a compreende como o potencial que uma imagem tem para desestabilizar a ordem do dizível e do visível, abrindo novas possibilidades de partilha do sensível. Para embasar tal consideração, são apresentados os três regimes da arte propostos por Rancière (ético, representativo e estético), dentre os quais o estético é o que guarda tal potência política. A seguir, são observadas três imagens de pixações de Djan Ivson, que assina o nome de seu grupo, “Cripta”, em três momentos: na rua; na Fundação Cartier, em Paris; e na Bienal de Berlim. Interessa ver como as relações de proibição, consentimento e subversão colocam em cena diferentes elementos, fazendo com que imagens formalmente semelhantes guardem potências bastante distintas. Palavras-chave: pixação, imagem, potência política, regimes da arte.
其他摘要:The aim of this paper is to observe the process of opening of relational spaces of confl ict between the pixação and the world of art depicted from the analysis of six events that had involved pixadores of the city of São Paulo (Brazil), between 2008 and 2012. Given this context, the att ention is focused at the images produced for the pixação at diff erent moments, searching for the relations that they made possible and the political potencies that they keep. The notion of political potency is mainly anchored in the thought of Jacques Rancière (2009, 2010a, 2010b, 2011, 2012), who understands it as the potential that an image has to destabilize the orders of the sayable and the visible, opening new possibilities for the partition of the sensible. To fundament such considerations, we present the three regimes of the art considered by Rancière (ethical, representative, and aesthetical) amongst which the aesthetic regime keeps such political potency. Then three images of Dian Ivson’s pixações are observed: he signs the name of his group, “Cripta”, at three moments: in the street; in the Cartier Foundation (Paris); and in the Biennial of Berlin. We want to see how the relations of prohibition, assent and subversion can make appear diff erent elements, making similar images keep distinct potencies. Keywords: pixação, image, political potency, regimes of art.