摘要:O objetivo deste artigo é analisar a singularidade da dimensão de memória na hipocondria. A angústia corporal que lhe é característica constitui um dos modos mais arcaicos de vivência da experiência de morte, projetandose na concretude e no imediato do corpo. Na hipocondria, o caráter persecutório que incide sobre o corpo do sujeito implica uma “atualização” no sentido de um retorno demoníaco do mesmo, de um vivido traumático primordial. O perigo iminente de morte, apresentado pela doença grave da qual esses sujeitos estão convencidos de terem sido acometidos, expressa a contínua percepção que eles têm dos estados do corpo. Isso resulta da permanência na vida psíquica de um tempo presentificado, tempo do arcaico, mais próximo do registro da percepção. Desse modo, o ego atualiza seu modo de existência mais elementar e primordial, protegendo-se, paradoxalmente, dos efeitos do traumático.
其他摘要:The aim of this article is to analyze the uniqueness of the dimension of memory in hypochondria. Its characteristic body distress is one of the most archaic modes of death experience, projecting itself into the concrete and into the immediate of the body. In hypochondria, the persecutory character that affects the subject’s body implies an “updating” in the sense of a devilish return of the same, a primary traumatic experience. The imminent danger of death, presented by the serious illness these subjects are convinced to have been affected by, expresses the continuing perception they have of body states. This comes from how long the time made present, an archaic time, stayed in the psychic life, closer to the level of perception. Thus, the ego updates its most basic and primordial mode of existing, paradoxically protecting itself from the effects of trauma.