摘要:Nos movimentos que se colocam contra a ordem estabelecida, faz-se necessária uma formação que dê conta de compreender as circunstâncias vividas a partir de suas contradições sociais, numa visão que privilegie a transformação da realidade por aqueles que se colocam em luta. No caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao mesmo tempo em que o conflito imediato se dá pela terra, as lutas expressam a permanência da questão agrária como fundamento da elevada exploração do trabalho no Brasil. A questão que se coloca é se os que estão na frente de combate possuem uma visão capaz de articular o olhar sobre as ocupações das quais participam, com a totalidade das relações que determinam a questão agrária em nosso país. Discute-se que a compreensão da totalidade das relações que estão na base da exploração do trabalho não advém espontaneamente da luta, mas de um trabalho sistemático de formação política articulada com o desenvolvimento da teoria e da prática relativas ao avançar dos embates entre as classes. Sendo assim, neste texto apresentamos nosso entendimento sobre formação política; em seguida, traçamos uma discussão sobre a formação política na pedagogia do MST e, por fim, realizamos uma reflexão crítica a esse respeito.
其他摘要:In the movements that arise against the established order, it is necessary a political formation that is able to understand the circumstances experienced from its social contradictions, in a vision that favors the transformation of reality by those who put themselves in struggle. In the case of the Landless Workers’ Movement (MST), while the immediate conflict is over land, struggles express the permanence of the agrarian question as the foundation of elevated labor exploitation in Brazil. The question that arises is whether those in struggle articulate the goals and meaning of the occupations in which they participate with the multiple determinations of the agrarian question in our country. It is argued that an understanding of the totality of the relationships that are in the base of labor exploitation does not come from struggle spontaneously, but rather from a systematic work of political education articulated with the development of theory and practice relative to the advance of the conflicts between classes. Thus, in this paper we present our understanding of political formation; then we draw a discussion of the political formation in MST’s pedagogy; and finally present a critical reflection on this.