摘要:O presente ensaio tem por objetivo analisar o papel do campesinato enquanto a base social e territorial da agroecologia, e, consequentemente do Desenvolvimento Rural Sustentável a partir de uma análise sobre o campo brasileiro. Para estabelecer tais reflexões teóricas e empíricas, é apresentado o entendimento e, sobretudo, os desdobramentos da agroecologia enquanto enfoque científico que se contrapõem ao agronegócio e as práticas advindas da Revolução Verde. Nesse sentido, utiliza-se dos dados qualitativos e quantitativos do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) para mapear as feiras orgânicas e agroecológicas, revelando parte da territorialização e recriação camponesa no país. Dessa forma, entende-se o papel do campesinato na construção social de mercados locais, regionais e nacionais os quais possibilitam a segurança e a soberania alimentar na lógica da terra de trabalho e vida. Nesse sentido, apresentam-se alguns mapas e tabelas desenvolvidos com auxílios de programas de Cartografia Digital e Geoprocessamento, os quais possibilitam identificar a territorialização das feiras orgânicas e agroecológicas identificados pelo IDEC entre 2015 e 2017 e, nesse processo salienta-se a limitação das geotecnologias para compreender tais realidades no cenário brasileiro, que só poderão ser apreendidas mediantes outros levantamentos in loco .