摘要:O objetivo deste artigo é examinar a presença de concepções educacionais de Jean-Jacques Rousseau no livro Democracia e educação, de John Dewey. Para isso, são analisadas duas temáticas fundamentais em ambos os pensadores: suas reflexões acerca da sociedade vigente, em que se inclui a educação nela ministrada, e suas proposições em defesa de novas práticas educativas. A investigação é feita por intermédio da análise retórica proposta por Perelman e Olbrechts-Tyteca, metodologia que permite extrair de um texto os argumentos centrais do autor e identificar as estratégias argumentativas por ele utilizadas. As semelhanças discursivas encontradas nos dois filósofos sugerem a possibilidade de integrá-los à tradição retórica oriunda dos sofistas, cujas práticas visavam à valorização do indivíduo no processo de sua educação e à liberação de seus impulsos para desenvolver as capacidades de deliberar e agir de modo inteligente. O artigo apresenta como conclusão que tanto Rousseau quanto Dewey podem ser postos em confronto direto com as tendências da pedagogia contemporânea que concebem a educação como uma mercadoria que deve servir não à fruição da vida, mas ao propósito de garantir à pessoa sucesso profissional e ascensão na hierarquia social e, à sociedade, progresso econômico e bom posicionamento na ordenação global das nações.
其他摘要:O objetivo deste artigo é examinar a presença de concepções educacionais de Jean-Jacques Rousseau no livro Democracia e educação, de John Dewey. Para isso, são analisadas duas temáticas fundamentais em ambos os pensadores: suas reflexões acerca da sociedade vigente, em que se inclui a educação nela ministrada, e suas proposições em defesa de novas práticas educativas. A investigação é feita por intermédio da análise retórica proposta por Perelman e Olbrechts-Tyteca, metodologia que permite extrair de um texto os argumentos centrais do autor e identificar as estratégias argumentativas por ele utilizadas. As semelhanças discursivas encontradas nos dois filósofos sugerem a possibilidade de integrá-los à tradição retórica oriunda dos sofistas, cujas práticas visavam à valorização do indivíduo no processo de sua educação e à liberação de seus impulsos para desenvolver as capacidades de deliberar e agir de modo inteligente. O artigo apresenta como conclusão que tanto Rousseau quanto Dewey podem ser postos em confronto direto com as tendências da pedagogia contemporânea que concebem a educação como uma mercadoria que deve servir não à fruição da vida, mas ao propósito de garantir à pessoa sucesso profissional e ascensão na hierarquia social e, à sociedade, progresso econômico e bom posicionamento na ordenação global das nações.