摘要:Esta pesquisa tem como objetivo analisar os elementos da prática social presentes no discurso de incorporação do empreendedorismo na recente experiência do setor público de Minas Gerais, denominada Choque de Gestão. Para isso, selecionou-se um corpus oriundo de dados bibliográficos e documentais, o qual foi analisado mediante o enfoque teórico-metodológico da Análise de Discurso Crítica (ADC). Os resultados destacam o Choque de Gestão como elemento ideológico de legitimação da cultura do management no setor público por meio do discurso hegemônico neoliberal. Ao utilizar essa estratégia, a Administração Pública passa a ser permeada pela lógica do mercado ( like a business ), que a transforma em um ambiente de concorrência e busca por resultados, acarretando problemas típicos do modus operandi capitalista. Nesse sentido, por meio do choque, difunde-se a cultura do management , naturalizando os valores e as práticas do mundo dos negócios e legitimando discursivamente este modelo como opção necessária e viável (os ditos), ao mesmo tempo em que apaga as inconsistências, limitações e mazelas do processo (os silêncios). Neste artigo, questionamos esses caminhos e ressaltamos a importância dos processos de democratização pautados na cidadania, na participação e na deliberação.
其他摘要:This research aims to analyze the elements of social practice within the incorporation discourse of entrepreneurship in the recent experience of the public sector in the State of Minas Gerais. Data were collected on bibliographic and documentary data, using the theoretical and methodological approach of Critical Discourse Analysis (CDA). As a result, the Management Shock appears an ideological element that legitimizes the culture of management in the public sector through the neoliberal hegemonic discourse. By using this strategy, the Public Administration becomes permeated by the market logic that transforms it into a competitive and results searching environment causing typical problems of the capitalist modus operandi. In this regard, the shock spreads the culture of management, naturalizing the values and practices of the business world and discursively legitimizes this model as a necessary and viable option (what is said), while erasing inconsistencies, limitations and ills of the process (silences). In this article these pathways are questioned and the importance of democratization processes lined by citizenship, participation and deliberation is emphasized.