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文章基本信息

  • 标题:Survival of post-incubated technology-based companies: study of the entrepreneurial action in mobilization and use of resources/Sobrevivencia de empresas de base tecnologica pos-incubadas: estudo sobre a acao empreendedora na mobilizacao e uso de recursos.
  • 作者:Tumelero, Cleonir ; dos Santos, Silvio Aparecido ; Kuniyoshi, Marcio Shoiti
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2016
  • 期号:January
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP

Survival of post-incubated technology-based companies: study of the entrepreneurial action in mobilization and use of resources/Sobrevivencia de empresas de base tecnologica pos-incubadas: estudo sobre a acao empreendedora na mobilizacao e uso de recursos.


Tumelero, Cleonir ; dos Santos, Silvio Aparecido ; Kuniyoshi, Marcio Shoiti 等


Introducao

A melhor compreensao do processo de criacao, incubacao e consequente sobrevivencia de empresas de base tecnologica (EBTs) tem sido foco de varios estudos. Diferentemente de empresas de setores tradicionais, as EBTs geralmente sao criadas por pessoas com alta qualificacao academica, caracterizam se por apresentar maiores riscos tecnologicos e, a depender do setor de atuacao, requerem que os empreendedores facam maior aporte de capital financeiro (Santos, 1987; Santos, 2004; Tidd, Bessant e Pavitt, 2008; Tumelero, Santos, Marins e Carnauba, 2011).

Para Jovanovic (1982), os empreendedores que lideram a criacao de empresas diferem entre si segundo suas capacidades e informacoes acerca dos custos envolvidos nos negocios e da real viabilidade de seu produto. As empresas que sobrevivem, entao, sao aquelas cujos empreendedores sao mais capazes e detem melhores informacoes acerca do mercado e do produto no momento do nascimento da empresa.

Na visao de Nelson e Winter (1982), apesar de as habilidades e informacoes disponiveis diferirem entre as empresas no momento de entrada no mercado, os empreendedores sao capazes de se desenvolver por meio do aprendizado e da adaptacao das acoes da empresa as exigencias da demanda. Dessa forma, ela estara apta, apos sua entrada no mercado, a diminuir aquela diferenca, ou ate mesmo sobrepuja-la.

E nesse contexto que as incubadoras de empresas sao relevantes. Na fase de incubacao, as incubadoras oferecem abrigo para as empresas instaladas e oferecem servicos de apoio e assessoria sobre assuntos de gestao, tecnicos e administrativos. Outros servicos sao compartilhados e facilitam a interacao com a infraestrutura das universidades ou de institutos de pesquisa (Medeiros, Martins e Perilo, 1992; Santos, 2005), o que propicia aprendizado e protecao da empresa durante o periodo de incubacao.

Embora nao haja estatistica oficial sobre a quantidade exata de EBTs pos-incubadas ao longo das ultimas tres decadas de incubacao de empresas no Brasil, a Associacao Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) estima que essa quantidade esteja em torno de 1.350 empresas. Desse total, especialistas e gestores de incubadoras estimam que entre 40% e 60% continuam atualmente em operacao e o restante teria passado por processos de fusao ou aquisicao ou teria sido descontinuado.

A fase de pos-incubacao impoe maiores desafios a atuacao das EBTs, uma vez que a sobrevivencia dessas empresas passa a ser de responsabilidade exclusiva do empreendedor, ou seja, sem o apoio da incubadora. Recursos que antes tambem eram oferecidos, e/ou acionados a partir da incubadora, agora devem ser mobilizados tao-somente pelo empreendedor, em um esforco continuado para a geracao de lucros e a sobrevivencia da empresa.

A sobrevivencia de empresas e o tema central da diretriz teorica, relativa ao desenvolvimento economico, que orienta esta pesquisa e que afirma que um novo empreendimento e sustentado pela obtencao, pelo controle e pela recombinacao de recursos (Penrose, 1959; Schumpeter, 1939; Wernerfelt, 1984, 1989). A partir dessa diretriz teorica, o estudo foi estruturado em cinco topicos. O primeiro descreve o problema, os objetivos e a hipotese da pesquisa; ao longo do segundo topico e feita a revisao bibliografica; por meio do terceiro topico e apresentada a metodologia de pesquisa; no quarto topico sao apresentados e analisados os dados da pesquisa; e o quinto topico apresenta as conclusoes da pesquisa.

Esta pesquisa optou por estudar quatro tipos de recursos capazes de apoiar a sobrevivencia de uma empresa, a saber: humanos, tangiveis, financeiros e intangiveis, esse ultimo tipo, especificamente, um recurso de conhecimento. Sabe-se, segundo a literatura cientifica, que ha relacao entre os recursos que uma empresa detem e a sobrevivencia dessa. Todavia, ha lacunas relacionadas a investigacao de como esses dois elementos convergem e atuam. Em principio, e possivel admitir que a simples existencia de recursos, por si so, nao assegura a sobrevivencia de uma empresa.

Dessa forma, nesta pesquisa, procurou-se identificar qual e o agente capaz de garantir que recursos sejam controlados em funcao da sobrevivencia da empresa, chegou-se a conclusao de que o empreendedor, por meio de suas acoes, deve mobilizar e usar tais recursos capazes de garantir essa sobrevivencia.

Os objetivos que orientaram a pesquisa sao:

a) Verificar se a acao empreendedora para mobilizacao e uso de recursos humanos, tangiveis, financeiros e intangiveis influencia na sobrevivencia de empresas de base tecnologica pos-incubadas.

b) Contribuir para a compreensao da relacao entre a acao empreendedora para mobilizacao e uso de recursos e o fenomeno da sobrevivencia de empresas de base tecnologica pos-incubadas.

Diante da situacao-problema e dos objetivos apresentados, foi elaborada a hipotese de pesquisa (H1):

H1--A acao empreendedora para a mobilizacao e uso dos recursos humanos, tangiveis, financeiros e intangiveis nao influencia a sobrevivencia de empresas de base tecnologica pos-incubadas.

Essa hipotese foi submetida a testes, com base nos procedimentos metodologicos previstos.

Revisao da literatura

Os estudos de Penrose (1959) sao considerados importantes contribuicoes para o desenvolvimento da teoria baseada em recursos. As consideracoes da autora focam principalmente a forma pela qual as empresas exploram um conjunto de recursos capaz de lhes proporcionar crescimento e sobrevivencia.

Wernerfelt (1984) afirma que os recursos de uma empresa devem ter quatro atributos: (1) ser valiosos; (2) ser raros; (3) ser originais e diferenciados; e (4) nao devem ser facilmente equivalentes aqueles dos concorrentes. Complementarmente, Wernerfelt (1989) afirma que os recursos de uma empresa podem ser usados de tres formas: (1) independentemente; (2) em conjunto com recursos existentes; e (3) em situacoes nas quais recursos especificos e complementares precisam ser criados. Recursos podem atuar como redutores dos riscos comumente enfrentados por um empreendimento. Empresas recem-criadas, na maioria das vezes, estao envolvidas com processos de experimentacao e aprendizado, em que tudo esta sendo testado. Nessa fase de experimentacao, a empresa empreende um processo de tentativa e erro para testar a viabilidade de seu modelo de negocio, incluindo gestao e operacao. Portanto, a preparacao previa do empreendedor com conhecimentos gerenciais e tecnicos e importante para capacita-lo a determinar quais recursos devem ser mobilizados e usados (Aspelund, Berg-Utby e Skjevdal, 2005; Cooper, Gimeno-Gascon e Woo, 1997).

E fato que a simples existencia de recursos nao garante a sobrevivencia de uma empresa. Dai a intencao deste estudo: investigar a acao empreendedora na mobilizacao e no uso de recursos. Assim, acao empreendedora foi definida como o conjunto de acoes feitas pelo empreendedor. Essas acoes levam em conta as necessidades e/ou oportunidades enfrentadas no dia a dia de uma empresa. Implicam agir para mobilizar e recombinar, alocar e usar os recursos para fazer frente as demandas internas e externas da empresa (Drucker, 1993; McMullen e Shepherd, 2006; Shane e Venkataraman, 2000; Schumpeter, 1939).

De forma mais especifica, passa-se a fundamentar os principais tipos de recursos que podem ser mobilizados e usados por uma empresa a partir da acao empreendedora. No tocante aos recursos humanos, observa-se que eles tem capacidade para gerar valor economico por meio de seu desempenho no trabalho e podem ser mobilizados pelo empreendedor, tendo em vista as dimensoes quantitativa (quantidade de colaboradores necessarios) e qualitativa (competencia profissional) desses colaboradores (Penrose, 1959; Schultz, 1961).

No caso de empresas atuantes em setores de base tecnologica, Aspelund et al. (2005) descrevem uma dinamica diferenciada, ao considerar que tais empresas tem poucos recursos organizacionais e tangiveis ao ser criadas. Essa mesma conclusao foi assinalada por Barney (1991). Todos esses autores afirmaram que, em seus estagios iniciais, tais empresas tem poucos recursos tangiveis e contam principalmente com recursos humanos em pequena quantidade, mas com altas qualificacoes.

A importancia dos recursos humanos no inicio da vida de uma empresa e sublinhada por McGrath, Tsai, Venkataraman e MacMillan (1996) e Wernerfelt (1989). Os autores tambem afirmam que ter um grupo de pessoas competentes na formacao de uma empresa faz aumentar a probabilidade de sobrevivencia dessa, uma vez que as competencias das pessoas envolvidas na gestao e na operacao da empresa sao complementares ou auxiliam no desenvolvimento de novas competencias.

Complementando o conjunto de recursos necessarios a uma empresa, destaca-se a importancia de maquinas, instrumentos, equipamentos (Barney, 1991; Penrose, 1959) e softwares (IBGE, 2010) empregados em pesquisa e producao, os quais apoiam as inovacoes tecnologicas da empresa. Dessa forma, por sua relacao direta com produtos/producao, inovacoes tecnologicas, neste estudo, serao relacionadas a recursos tangiveis, embora tambem possam ser consideradas recursos intangiveis, em razao do conhecimento nelas empregado. Assume-se que EBTs sao importantes meios de comercializacao de inovacoes tecnologicas (Gimmon e Levie, 2010) porque sao capazes de promover a chamada destruicao criativa, conceituada como a funcao dos empreendimentos baseados em inovacao e descrita por Schumpeter (1939).

A novidade presente em uma tecnologia depende da solucao que uma EBT propoe, em termos de produto ou servico, bem como da disponibilidade de recursos que pode mobilizar e alocar para produzir tais inovacoes. Uma dessas solucoes pode ser produzida e ofertada em modulos presentes de forma subjacente aos equipamentos produzidos e outra pode ser arquitetural, presente na forma de ligacao de componentes (Henderson e Clark, 1990). Cada solucao inovadora depende da complexidade da tecnologia e dos recursos disponiveis (Drazin e Rao, 2002), ou seja, depende da capacidade tecnologica da empresa, conforme afirmam Pereira e Plonski (2010). Essa capacidade tecnologica pode ser desenvolvida tanto a partir de fontes internas, por meio do "aprender fazendo", quanto a partir de fontes externas, por meio da transferencia de tecnologias maduras, por exemplo (Pereira e Plonski, 2010). Especialmente na discussao sobre inovacao tecnologica em uma EBT, e possivel observar o que Wernerfelt (1989) afirma sobre a criacao de recursos. Pode-se dizer que uma inovacao tecnologica e um recurso criado a partir de uma combinacao de recursos ja existentes internamente com outros oriundos do ambiente externo a empresa (Tidd et al., 2008), cuja aquisicao demanda investimentos sistematicos.

Observa-se tambem que inovacoes tecnologicas, desde seu desenvolvimento ate sua comercializacao, sao dependentes de investimentos financeiros continuados (Pandit e Siddharthan, 1998), muitas vezes estimulados por politicas publicas. A busca de recursos financeiros nao reembolsaveis e subsidiados pelos governos e recorrente. Tais recursos sao constantemente oferecidos, uma vez que faz parte das politicas publicas o fomento a atividade empreendedora de base tecnologica, pelo fato de que EBTs sao importantes instrumentos de promocao dos sistemas de inovacao dos paises.

A dinamica financeira de uma EBT e diferente da de outros novos empreendimentos, pois geralmente nao ha produto vendavel antes ou imediatamente apos a formacao. Logo, o financiamento de tais empresas nao pode ser baseado em fluxo de caixa derivado de vendas antecipadas. A necessidade de recursos externos dependera da natureza da tecnologia e da estrategia de crescimento da EBT. Cada estagio de desenvolvimento tem exigencias financeiras diferentes. Esses estagios podem ser divididos em quatro: (1) financiamento inicial para lancramento; (2) financiamento de segundo estagio para desenvolvimento inicial e crescimento; (3) financiamento de terceiro estagio para consolidacrao e crescimento; e (4) maturidade ou saida (Tidd et al., 2008).

Pavani (2003) afirma que cada estagio de desenvolvimento requer um tipo especifico de financiamento, quando demandado externamente a empresa. No estagio de concepcao, o fomento pode ser dado por institutes publicas a pesquisa; no estagio start up e em parte do estagio inicial, em que ha grande risco tecnologico, os recursos sao oferecidos por fundos de capital-semente (seed capital) provindos de "investidores anjos" ou de fundos de investimentos; no estagio inicial mais avancrado e tambem no estagio de crescimento/expansao, quando o investimento se efetua na fase de risco comercial ou de mercado, os recursos sao de venture capital; no estagio de maturidade, quando os investimentos sao para expansao, os recursos provem de fundos de private equity (Pavani, 2003). Essas modalidades de financiamento podem ser decisivas para a sobrevivencia das EBTs, uma vez que ingressam de maneira relativamente rapida na empresa e podem solucionar problemas de fluxo de caixa, alem de influenciar na estrategia e nos contatos com clientes e fornecedores (Gimmon e Levie, 2010; Hsu, 2007).

Alem dos recursos ja descritos, as EBTs tambem usam de recursos intangiveis. Diversos recursos podem estar incluidos na categoria intangivel; entretanto, pelo fato de EBTs serem eminentemente baseadas em conhecimento intensivo, neste estudo recursos intangiveis sao aqueles diretamente relacionados com a posse do conhecimento explicito, como patenteamento e licenciamento tecnologico.

Conceitualmente, Polanyi (1967) distingue essas duas importantes formas de conhecimento--o tacito e o explicito. O autor afirma que conhecimento tacito e de ordem pessoal, especifico ao contexto em que se encontra e, dessa forma, dificil de ser formulado e comunicado. Por outro lado, o conhecimento explicito refere-se ao conhecimento passivel de ser transmitido em linguagem formal, codificada, e de forma sistematizada. Todavia, e consenso que o conhecimento reside em grande parte no ser humano e esta fortemente relacionado as crencas e experiencias confirmadas de cada uma das pessoas (Davenport e Prusak, 1998; Nonaka e Takeuchi, 1997).

Tal acepcao permite considerar o conhecimento como um ativo estrategico para as empresas, por sua importancia como recurso intangivel capaz de gerar tecnologias e inovacoes (Barney e Clark, 2007; Penrose, 1959; Wernerfelt, 1984) que dao origem a produtos e/ou servicros. O conhecimento e amplamente reconhecido como um recurso capaz de aumentar a capacidade das empresas para explorar oportunidades (Kuniyoshi e Santos, 2005; Oliveira Jr., 1999; Penrose, 1959; Spender, 1996) e desenvolver aplicacroes inovadoras em produtos e servicros que satisfacram necessidades dos clientes, tornem o negocio mais competitivo e gerem lucros crescentes (Barney, 1991; Chuang, 2004).

[FIGURE 1 OMITTED]

Gerir o recurso conhecimento, conforme foi revelado, e seguramente um desafio ainda maior em EBTs, que operam em setores caracterizados pelo uso intensivo de conhecimento tecnico e cientifico e que dependem de resultados obtidos em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) (Pavitt, 1982). Essas empresas investem proporcionalmente mais em tais atividades de P&D do que a media das empresas de uma forma geral (Butchart, 1987; Tidd et al., 2008). Nas EBTs, o conhecimento adquirido externamente pode ser combinado com conhecimento interno ja existente (Kogut e Zander, 1992; Oliveira, 1999; Tumelero, Santos e Plonski, 2012). A capacidade de combinar conhecimento, principalmente para fins tecnologicos, pode constituir um importante diferencial competitivo. Essa competencia de apropriacrao e recombinacrao de conhecimento, tipica das EBTs, cria dificuldades para que outras empresas copiem tal competencia para inovar (Wernefelt, 1984). A partir da revisao da literatura, e possivel apresentar o modelo conceitual teorico que orientou os testes do modelo de equacroes estruturais da pesquisa (figura 1).

Por meio da figura 1 observa-se que a variavel latente (VL) de segunda ordem "Acao Empreendedora" e composta de quatro VLs de primeira ordem--acoes sobre "Recursos Humanos", "Recursos Tangiveis", "Recursos Financeiros" e "Recursos Intangiveis". A VL de segunda ordem relaciona-se com a variavel dependente "Sobrevivencia de EBTs".

Metodologia

O estudo usou o enfoque quantitativo (Sampieri, Collado e Lucio, 2006). Um survey foi feito com empresas de base tecnologica de 16 setores economicos, instaladas no Brasil, pos-incubadas por incubadoras mistas e de base tecnologica. Dados mais precisos sobre o universo foram oferecidos pela Anprotec, a qual informa terem se constituido em torno de 1.350 empresas de base tecnologica pos-incubadas ao longo dos 30 anos de incubacao de empresas no Brasil. Para chegar a amostra final, partiu-se de uma relacao de 1.025 empresas pos-incubadas por 73 incubadoras mistas e de base tecnologica, no Brasil. A relacao das empresas foi consolidada a partir de pesquisa de dados constantes nos websites das incubadoras.

O respondente foi o empreendedor ou o principal executivo. Esforcos para minimizar o vies positivo do respondente foram envidados, usaram-se questoes sobre acoes objetivas e, portanto, ja feitas. Obteve-se uma amostra geral de 99 respostas, o que representou 9,66% do total de questionarios enviados. Essa quantidade de respostas pode ser considerada adequada, tendo em vista o retorno medio de 5% observado em diversas pesquisas da area de Administracao.

Entretanto, para considerar as respostas apropriadas ao tratamento estatistico, obedeceu-se aos criterios de enquadramento por micro e pequeno porte, apresentacao de sinais de sobrevivencia e eliminacao de respostas com valores omissos.

O criterio de apresentacao de sinais de sobrevivencia das empresas pesquisadas foi respeitado, considerando-se que respostas validas exigiam que, no momento da pesquisa, a empresa apresentassepelo menos um tipo de sinal de atividade. Tais sinais foram assim definidos: 1) pesquisa e desenvolvimento de produtos; 2) transacoes financeiras; 3) vendas; e 4) participacao em redes de relacionamento de negocios. Empresas que nao evidenciaram pelo menos um desses sinais foram consideradas descontinuadas e, portanto, suas respostas foram excluidas da amostra geral.

O criterio para enquadramento de porte considerou empresas empregadoras de ate 49 pessoas, conforme classificacao do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica--IBGE (2006).

Assim, a partir dos criterios acima estabelecidos e da retirada de questionarios com valores omissos, obteve-se uma amostra final de 92 respostas validas para analises descritivas e demais analises estatisticas.

Os dados foram coletados entre setembro e dezembro de 2011, por meio do software QuestionPro[R], e foram analisados por meio dos softwares SPSS Statistics[R] e SmartPLS[R]. A tecnica usada foi a de Modelagem em Equacoes Estruturais (MEE), com estimacao por Minimos Quadrados Parciais (Partial Least Squares), conforme orientacoes de Hair, Black, Babin, Anderson e Tatham (2009), Henseler, Ringle e Sinkovics (2009), Bido, Souza, Silva, Godoy e Torres (2009) e Zwicker, Souza e Bido (2008). Hair et al. (2009) assinalam que a tecnica de Modelagem em Equacoes Estruturais (MEE), ou Structural Equation Modeling (SEM), permite examinar a estrutura de inter-relacoes em uma serie de equacoes de regressao multipla. As equacoes, por sua vez, descrevem simultaneamente as relacoes entre constructos envolvidos na analise. Conceitualmente, os autores a definem como uma tecnica de analise multivariada que combina regressao linear multipla e analise de fatores comuns. Deve-se observar, ainda, que a MEE e concebida como uma metodologia de analise multivariada de segunda geracao, essencialmente pelo fato de poder considerar os erros de mensuracao, incorporar variaveis teoricas (nao observaveis) e variaveis empiricas (observaveis) na analise, confrontar a teoria com os dados (teste de hipotese) e combinar teoria e dados (construcao da teoria) (Chin, 1998).

As especificacoes para o uso do metodo PLS-PM e a modelagem via SmartPLS[R] (Ringle, Wende e Will, 2005) foram devidamente seguidas e nenhuma restricao foi observada, conforme se especifica a seguir: (1) o modelo de caminhos e recursivo, ou seja, nao ha relacao causal dentro do modelo; (2) toda variavel latente (constructo) tem pelo menos um indicador atribuido; (3) os indicadores foram atribuidos apenas uma vez a cada variavel latente; e (4) o modelo e composto de apenas uma estrutura, ou seja, nao ha varios modelos nao relacionados.

Assim, conforme o que Henseler et al. (2009) sugerem, procedeu-se a apresentacao e avaliacao dos resultados do modelo de equacoes estruturais em duas etapas. A primeira avaliacao incidiu sobre o modelo de mensuracao, a partir de estatisticas das variaveis latentes, e a segunda sobre o modelo estrutural.

Resultados

Anteriormente a descricao dos resultados sera apresentada a categorizacao das variaveis latentes de primeira ordem, formadoras do constructo "Acao Empreendedora", e das variaveis latentes, formadoras da variavel dependente "Sobrevivencia de EBTs" (tabela 1).

Avaliacao do modelo de mensuracao

Foram feitas as seguintes estatisticas para avaliacao das variaveis latentes reflexivas do modelo: (1) peso fatorial; (2) confiabilidade da consistencia interna e validade convergente; e (3) validade discriminante (Henseler et al., 2009).

Peso fatorial

O peso fatorial para a analise da consistencia das variaveis reflexivas consiste na exposicrao de cada variavel reflexiva na composicao do modelo. Essa estatistica tem o objetivo de priorizar as variaveis, considera adequadas para efeito do estudo variaveis com valores superiores a 0,7, embora valores entre 0,4 e 0,7 possam ser aceitaveis, conforme sugerem Henseler et al. (2009).

Por meio da tabela 2 observa-se que, a excecao da carga da variavel Vendas, todas as outras cargas fatoriais sao superiores a 0,7 e, portanto, validas para a composicao das VL do modelo. Embora a variavel Vendas (0,646) tenha apresentado valor ligeiramente inferior ao ideal, optou-se pela manutencrao da variavel no modelo, em razao de ela ter apresentado valor ainda aceitavel e de sua importancia para o modelo.

Confiabilidade da consistencia interna e da validade convergente

A variancia extraida (Average Variance Extracted--AVE) objetiva auferir a proporcao da variancia da dimensao explicada a partir das variaveis que a compoem. Para que a dimensao seja valida, sao aceitos valores acima de 0,5 (Fornel eLarcker, 1981).

A confiabilidade Composta (Composite Reliability) objetiva auferir o grau de confianca de cada variavel na construcao da dimensao a que pertence. Para que a dimensao tenha grau de confiancra aceitavel, sao desejaveis valores acima de 0,7 (Fornel eLarcker, 1981).

Confiabilidade alpha de Cronbach (a) e o indicador de confiancra interna mais notavel e estima indiretamente o grau de confiancra em que o conjunto de indicadores mede uma VL unica. Altos valores de a sao desejaveis, entretanto valores acima de 0,6 sao considerados aceitaveis para medir a confianca do conjunto de indicadores, especialmente em abordagens exploratorias, como e o caso do presente estudo (Hair et al., 2009).

Por meio da tabela 3, e possivel verificar os valores da AVE, Confiabilidade Composta e alpha de Cronbach das variaveis latentes.

Relacionados a AVE, observam-se valores superiores a 0,5 para todas as variaveis latentes, o que as valida para a composicao do modelo. Relacionados a Confiabilidade Composta, observam-se valores superiores a 0,8 para todas as variaveis latentes, o que reforca a validade das variaveis para a composicao do modelo. Relacionados ao alpha de Cronbach, observam-se valores superiores a 0,6 para todas as variaveis latentes, o que reforca a validade das variaveis para a composicao do modelo.

Criterios de validade discriminante

A validade discriminante busca evidenciar se uma variavel e a mais representativa dentre todas as correlates entre as demais variaveis envolvidas no modelo. Assim, se a raiz quadrada da variancia extraida de cada variavel e maior do que as correlates entre as demais variaveis, verifica-se a validade discriminante (Fornel e Larcker, 1981). A tabela a seguir exibe as correlates existentes entre as dimensoes.

Por meio da tabela 4, observa-se que as VLs Acrao Empreendedora, Recursos Intangiveis de Conhecimento Tecnologico, Recursos Financeiros, Recursos Humanos e Recursos Tangiveis apresentam valores extraidos da raiz quadrada da AVE superiores aos coeficientes de suas relacroes com outras variaveis, o que indica validade discriminante.

Tambem se observa que a raiz quadrada da AVE da VL Sobrevivencia de EBTs e ligeiramente inferior ao seu coeficiente de correlacao com a VL Recursos Financeiros. Embora a VL, a principio, nao apresente validade discriminante, optou-se pela manutencao dela em razao de sua importancia para a composicao do modelo.

Por fim, duas ultimas estatisticas foram necessarias para comprovar as relacroes entre os constructos e a validade do modelo.

Coeficiente de determinacao

Chin (1998) destaca que os valores 0,67, 0,33 e 0,19 sao considerados, respectivamente, substancial, moderado e fraco. Segundo o autor, sao aceitaveis valores moderados e fracos para modelos em fases iniciais e exploratorias da pesquisa, em que as variaveis endogenas sao explicadas somente por uma ou duas variaveis exogenas, como e o caso do presente modelo.

[FIGURE 2 OMITTED]

Observa-se, segundo a figura 2, a obtenccao do valor de [R.sup.2] igual a 0,535 para a variavel Sobrevivencia de EBTs. Logo, e possivel considerar que o coeficiente de determinaccao e adequado para a validaccao do modelo. Entretanto, tambem se observa que tal resultado pode sugerir que outros indicadores poderiam auxiliar na composiccao do modelo e na melhoria do valor de [R.sup.2].

Estimativa para o teste t de Student

O coeficiente do teste t de Student foi obtido por meio da tecnica Boostrapping com 300 repeticoes. Os resultados do teste t de Student servem para validar as relacoes existentes entre as variaveis latentes. Considerando o tamanho da amostra usada, valores superiores a 1,96 para um nivel de significancia de 95% sao considerados aceitaveis (Hair et al., 2009), figura 3

Assim, observa-se que o coeficiente entre as variaveis Accao Empreendedora e Sobrevivencia de EBTs apresenta um valor de 19,263, superior, portanto, a 1,96, sendo assim uma relaccao valida para compor o modelo proposto.

[FIGURE 3 OMITTED]

Modelo final e verificacao da hipotese de pesquisa

A figura 4 apresenta os resultados validados do modelo empirico de tratamento e analise dos dados.

A partir do modelo final, e possivel observar que os valores do teste t apresentam relaccoes validas para a formaccao da variavel Accao Empreendedora. Em ordem de importancia, os valores do teste t sao de 28,711 para a variavel Recursos Tangiveis, 21,705 para Recursos Intangiveis, 20,006 para Recursos Financeiros, e 10,739 para Recursos Humanos.

Os resultados, em face de todos os testes previamente descritos, validam totalmente o modelo teorico da pesquisa.

Apos a validacao do modelo, partiu-se para a verificacao da hipotese da pesquisa:

H1--A acao empreendedora direcionada para a mobilizacao e o uso dos recursos humanos, tangiveis, financeiros e intangiveis nao influencia a sobrevivencia de empresas de base tecnologica pos-incubadas.

Com base nos resultados do tratamento dos dados, rejeitou-se a Hipotese H1, considerou-se o valor do teste t de Student (19,263, superior a 1,96), que indica a correlacao positiva (ao nivel de 95% de confianca) entre Acao Empreendedora e Sobrevivencia de EBTs. Logo: A accao empreendedora direcionada para a mobilizacao e o uso dos recursos humanos, tangiveis, financeiros e intangiveis influencia na sobrevivencia de empresas de base tecnologica pos-incubadas.

[FIGURE 4 OMITTED]

Conclusoes

Retomando-se a diretriz teorica que orientou esta pesquisa, foi constatado que a gestao de recursos e um elemento ja estudado. Logo, em principio, os resultados confirmam a importancia da mobilizacao e do uso adequado dos diferentes tipos de recursos.

A literatura consultada afirma que ha relacrao entre os recursos que uma empresa detem e sua sobrevivencia, mas deixa lacunas na investigacrao de qual e o elemento que possibilita a conjuncao da sobrevivencia com os recursos que a apoiam. Schumpeter (1939) ja destacava que o empreendedor e o agente de desenvolvimento capaz de promover a destruicao criativa por meio de inovacoes; por essa razao, o presente estudo reconheceu a importancia do empreendedor e trouxe novas contribuicroes relacionadas a acrao empreendedora e a sobrevivencia das empresas de base tecnologica pesquisadas.

Faz sentido conceber que a simples existencia de recursos poderia nao garantir a sobrevivencia de uma empresa e por essa razao, neste estudo, assumiu-se e se comprovou que a sobrevivencia de uma EBT e sustentada pela acao do empreendedor sobre os recursos. Isso demonstrou, de forma efetiva, que e fundamental algum tipo de acao sobre os recursos capazes de apoiar a sobrevivencia de uma EBT.

Um segundo achado, relacionado aos objetivos da pesquisa, foi o de que a sobrevivencia foi explicada a partir do conjunto de acroes empreendidas, e nao a partir de acroes isoladas de mobilizacao e uso de recursos humanos, tangiveis, financeiros ou intangiveis. Tal perspectiva de acroes empreendidas de forma conjunta demonstrou, pela capacidade estatistica explicativa do modelo, que o empreendedor teve a principal responsabilidade de agir sobre todos os tipos de recursos, porem nao necessariamente de forma simultanea. Logo, o empreendedor pode agir sobre recursos que eram prioritarios para o ciclo de desenvolvimento tecnologico no qual a empresa se encontrava, ou seja, e possivel priorizar as acoes de acordo com o que e mais adequado para a empresa. Essa sua accao no momento apropriado, na direccao certa e na intensidade necessaria e sua principal contribuiccao e e determinante para a sobrevivencia da empresa que criou.

E preciso ressaltar que o modelo geral foi validado a partir da regressao sobre o conjunto de variaveis que descrevem o constructo Sobrevivencia de EBTs no periodo depos-incubacao. Dai a importancia de assinalar que EBTs precisam criar e desenvolver continuadamente, por meio de investimentos em P&D, produtos e serviccos para poder oferta-los aos clientes. Essa caracteristica de inovaccao e renovaccao constantes, aliada a manutenccao de redes de relacionamentos de qualquer tipo, mesmo que informais, facilita o acesso ao mercado e as vendas. Fazer vendas, por sua vez, possibilita que a empresa tambem faca transacoes financeiras que sustentam o fluxo de caixa. Gerir o fluxo de caixa, por sua vez, permite que a empresa pague seus custos e suas despesas e que haja geracao de lucros para reinvestimentos e crescimento sustentado.

Dessa maneira, este estudo, coerente com a teoria baseada em recursos, confirma que a sobrevivencia de EBTs pos-incubadas foi o resultado de um processo que teve como agente central os empreendedores que criaram essas empresas. A sobrevivencia foi determinada pelos esforcos envidados por seus empreendedores para a mobilizacao e o uso dos recursos em diferentes etapas do ciclo de desenvolvimento das empresas pesquisadas. Cabe ressalvar que as empresas eram sobreviventes no momento da coleta de dados desta pesquisa, podem sucumbir se os empreendedores e gestores deixarem de executar as accoes mencionadas.

Por fim, sob uma perspectiva mais conjuntural, tambem se deve destacar a escassez de estudos capazes de verificar, sob o enfoque cientifico, condiccoes relacionadas a sobrevivencia dessas empresas. E de interesse gerencial, governamental e academico saber se o modelo de fomento a empresas de base tecnologica brasileiras e adequado. Por essa razao, o presente estudo nao se restringiu a pesquisa de empresas com ciclos de vida especificos, como recem pos-incubadas, por exemplo. O motivo foi justamente lancar luz sobre o universo de empresas pos-incubadas por incubadoras brasileiras ao longo dos 30 anos de incubaccao de empresas no Brasil, mais especificamente iniciados em 1984 (Anprotec, 2012).

Observa-se que o porcentual estimado e divulgado de EBTs pos-incubadas sobreviventes e bem maior do que o observado nos esforccos de coleta de dados desta pesquisa. Tambem parece haver uma divergencia sobre quais sao os setores considerados de base tecnologica, o que dificulta a definiccao de EBTs e a apuracao de indices de mensuracao da criacao e da sobrevivencia dessas.

As conclusoes desta pesquisa estao limitadas ao seu poder de generalizaccao, em razao de que os dados dos quais foram extraidos os resultados originaram-se de uma amostra nao probabilistica. Por essa razao, nao e legitimo generalizar suas conclusoes a todo o universo de EBTs pos-incubadas. Entretanto, as dificuldades encontradas para localizar as empresas, apesar de todas as iniciativas dos pesquisadores, servem para alertar sobre uma sobrevivencia percentualmente menor do que a estimada e divulgada no setor. De toda forma, deve-se sublinhar que nao houve problemas de micronumerosidade e que os dados coletados foram suficientes para sustentar todas as analises estatisticas do estudo.

Quanto a estudos futuros, recomenda-se (a) fazer estudos a luz da evoluccao das teorias das redes de relacionamento, a fim de apurar se essas influenciam ou explicam a acao empreendedora das empresas de base tecnologica; (b) fazer estudos para delinear um sistema de monitoramento continuo das empresas de base tecnologica durante todo o ciclo de incubacao e pos-incubaccao; (c) estudar a viabilidade de inclusao de novos indicadores de accoes para mobilizaccao e uso de recursos que possam fortalecer a validade de um modelo de mensuraccao de sobrevivencia empresarial; e (d) fazer estudo para verificar se as acoes feitas pelos empreendedores, determinantes da sobrevivencia das empresas, foram as mesmas quando confrontadas com os motivos de descontinuidade.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rege.2014.11.001

Conflitos de interesse

Os autores declaram nao haver conflitos de interesse.

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Cleonir Tumelero (a), *, Silvio Aparecido dos Santos (a) e Marcio Shoiti Kuniyoshi (b,c)

(a) Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade da Universidade de Sao Paulo (FEA/USP), Sao Paulo, SP, Brasil

(b) Programa de Pos-Graduacao em Administracao, Universidade Metodista de Sao Paulo, Sao Bernardo do Campo, SP, Brasil

(c) Pontificia Universidade Catolica de Sao Paulo (PUC-SP), Sao Paulo, SP, Brasil

Recebido em 4 de setembro de 2013; aceito em 19 de novembro de 2014

Disponivel na internet em 13 de maio de 2016

* Autor para correspondencia.

E-mail: ctumelero@usp.br (C. Tumelero). Tabela 1 Categorizacao das variaveis Descricao da variavel Categorizacao Contratacao de tecnicos Tecnicos Contratacao de gerentes Gerentes Obtencao de recursos financeiros por rf_proprio_risco meio de capital proprio ou de capitalistas de risco Obtencao de recursos por meio de rf_financ_subvencao financiamentos ou subvenccoes Aquisicao de equipamentos e softwares equip_software Aquisicao da infraestrutura fisica de Infraestrutura pesquisa Patenteamento de produtos Patenteamento Aquisicao de licencas Licencas Pesquisa e desenvolvimento P&D Transaccoes financeiras transacoesfinanceiras Vendas Vendas Participacao em redes de relacionamentos_negocios relacionamentos e de negocios Fonte: Os autores. Tabela 2 Cargas dos indicadores das variaveis reflexivas. Dados processados via software SmartPLS 2.0M3 Variavel Carga fatorial por VL (constructo) Recursos Recursos Recursos Humanos Financeiros Tangiveis Gerentes 0,884 0,460 0,431 Tecnicos 0,865 0,325 0,406 rf_financ_subvencao 0,377 0,848 0,568 rf_proprio_risco 0,400 0,876 0,575 equip_softwares 0,354 0,635 0,851 Infraestrutura 0,468 0,515 0,875 Licencras 0,509 0,405 0,555 Patenteamento 0,423 0,537 0,569 P&D 0,415 0,446 0,476 relacionamentos_negocios 0,202 0,325 0,404 transacoes_financeiras 0,424 0,914 0,625 Vendas 0,198 0,268 0,267 Variavel Carga fatorial por VL (constructo) Recursos Sobrevivencia_EBTs Intangiveis Gerentes 0,424 0,433 Tecnicos 0,458 0,354 rf_financ_subvencao 0,364 0,609 rf_proprio_risco 0,510 0,692 equip_softwares 0,430 0,588 Infraestrutura 0,613 0,527 Licencras 0,922 0,428 Patenteamento 0,927 0,500 P&D 0,309 0,731 relacionamentos_negocios 0,416 0,716 transacoes_financeiras 0,441 0,827 Vendas 0,283 0,646 Fonte: Os autores. Tabela 3 Confiabilidade da consistencia interna e validade convergente Variavel Latente AVE Confiabilidade Alpha de Composta Cronbach Acao Empreendedora 0,507 0,891 0,860 Recursos Intangiveis 0,855 0,922 0,831 Recursos Financeiros 0,743 0,853 0,655 Recursos Humanos 0,765 0,867 0,694 Recursos Tangiveis 0,745 0,854 0,657 Sobrevivencia_EBTs 0,537 0,821 0,730 Fonte: Os autores. Tabela 4 Validade discriminante das variaveis reflexivas Variavel Latente AVE Raiz quadrada AVE (1) Acao Empreendedora 0,507 0,712 (2) Recursos Intangiveis 0,855 0,925 (3) Recursos Financeiros 0,743 0,862 (4) Recursos Humanos 0,765 0,875 (5) Sobrevivencia de EBTs 0,537 0,733 (6) Recursos Tangiveis 0,745 0,863 Variavel Latente Coeficiente de correlaccao 1 2 3 4 5 6 (1) Accao Empreendedora 1 (2) Recursos Intangiveis 0,822 1 (3) Recursos Financeiros 0,817 0,510 1 (4) Recursos Humanos 0,731 0,503 0,451 1 (5) Sobrevivencia de EBTs 0,731 0,503 0,756 0,451 1 (6) Recursos Tangiveis 0,857 0,608 0,663 0,478 0,644 1 Fonte: Os autores.
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