首页    期刊浏览 2025年07月04日 星期五
登录注册

文章基本信息

  • 标题:MBI-GS scale validation: a general survey investigation on employees' health perception/ Validacao da escala MBI-GS: uma investigacao general survey sobre a percepcao de saude dos colaboradores/Validacion de la escala MBI-GS: una investigacion general survey sobre la percepcion de la salud de los colaboradores.
  • 作者:Schuster, Marcelo da Silva ; Dias, Valeria da Veiga ; Battistella, Luciana Flores
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2015
  • 期号:October
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP

MBI-GS scale validation: a general survey investigation on employees' health perception/ Validacao da escala MBI-GS: uma investigacao general survey sobre a percepcao de saude dos colaboradores/Validacion de la escala MBI-GS: una investigacion general survey sobre la percepcion de la salud de los colaboradores.


Schuster, Marcelo da Silva ; Dias, Valeria da Veiga ; Battistella, Luciana Flores 等


1. INTRODUCAO

O trabalho, a vida social, deslocamentos de um lugar para outro e o transito sao aspectos que exigem cada vez mais uma capacidade de conciliacao, organizacao e equilibrio emocional. No trabalho, em especial, e necessario estar habilitado a uma serie de adaptacoes as tecnologias, modelos e ferramentas de gestao, que podem gerar preocupacao e instabilidade na funcao ocupada na organizacao, ja que se trata de novos conhecimentos, competencias e habilidades. Essas transformacoes no ambiente social e de trabalho refletem na percepcao dos colaboradores e moldam seu comportamento e perfil profissional (SCHUSTER; DIAS; BATTISTELLA, 2013).

A necessidade de um novo perfil organizacional pode desencadear tensoes e desequilibrio emocional e fisico nos colaboradores. O estresse organizacional, aliado a ansiedade enfrentada em outros aspectos da vida cotidiana, pode desencadear uma sindrome conhecida como Burnout, definida por Schaufeli e Greenglass (2001) como um estado de exaustao fisica, emocional e mental que resulta do envolvimento de longo prazo em situacoes de trabalho emocionalmente exigentes.

Gonzalez-Roma et al. (2006) afirmam que o colaborador com Burnout tende a apresentar atitude negativa, insensibilidade e cinismo com o trabalho, alem de uma tendencia de avaliar o trabalho negativamente. Maslach e Goldberg (1998) afirmam que Burnout e um fenomeno baseado na realidade das experiencias das pessoas no local de trabalho e deve ser reconhecido como um importante problema social, ja que tem consequencias sociais, economicas e culturais. Campbell et al. (2001) afirmam que o Burnout se traduz em tres dimensoes, das quais a exaustao emocional e o componente central no que se refere ao esgotamento dos individuos. A segunda dimensao e conhecida como despersonalizacao ou cinismo e pode representar uma tentativa do individuo de se proteger contra mais exaustao emocional. Por ultimo, a dimensao referente aos sentimentos de baixa realizacao pessoal ou ineficacia no trabalho. Lee e Ashforth (1996) reforcam a importancia de estudar tais fatores em independente por Freudenberger e Maslach nos estudos das reacoes de voluntarios que razao da estreita ligacao do individuo com o ambiente de trabalho, no qual as exigencias, o conflito de papeis, eventos estressantes, carga pesada de trabalho e pressao desempenham um papel fundamental na vida das pessoas e no desenvolvimento da sindrome.

Schaufeli, Leiter e Maslach (2009) informam que a sindrome de Burnout comecou a ser estudada apenas na decada de 1970, capturando pontos criticos da experiencia das pessoas com o trabalho, e que para mensurar sua presenca foram desenvolvidas diversas escalas. Dentre elas, segundo Schaufeli e Greenglass (2001), a Maslach Burnout Inventory e atualmente o instrumento de pesquisa mais usado para medir o Burnout.

A MBI possui diversas versoes direcionadas a publicos especificos, tais como educadores, medicos, estudantes, e a versao direcionada ao publico geral, a General Survey, na qual a analise da sindrome de Burnout e importante para a gestao das organizacoes e as formas de mensuracao relevantes. Este estudo contribui com a literatura quando se propoe a aplicar e validar a escala MBI-GS em um hospital publico brasileiro, tendo como populacao-alvo os colaboradores da area medica e administrativa, o que justifica o uso da escala General Survey.

Este estudo busca investigar tambem a existencia da relacao da sindrome de Burnout e de suas dimensoes com a percepcao de saude dos respondentes, pouco estudada ate o momento. Cabe destacar que a percepcao de saude foi tratada como uma autodeclaracao sobre o estado geral do individuo (fisico, emocional, psicologico) e nao apenas como sintomas fisicos da saude. O presente artigo encontra-se estruturado nesta introducao, em uma breve descricao das escalas encontradas na literatura para mensuracao de Burnout, na descricao do metodo utilizado no estudo, nos resultados encontrados e nas consideracoes finais sobre os achados e contribuicoes deste estudo.

2. SINDROME DE BURNOUT: CONCEITOS E HIPOTESES DE ESTUDO

O conceito Burnout foi "inventado" de forma independente por Freudenberger e Maslach nos estudos das reacoes de voluntarios que trabalharam com problemas sociais de cidadaos carentes, e logo despertou a atencao dos estudos dos problemas psicossociais das pessoas no trabalho (KRISTENSEN et al, 2005).

Os estudos sobre a sindrome de Burnout desenvolveram-se em tres fases distintas (MASLACH; SCHAUFELI; LEITER, 2001). Sousa (2008) afirma que a fase pioneira concentrou-se em articular o fenomeno do Burnout por meio de entrevistas e observacoes de campo, com pessoas que trabalhavam em funcoes relacionadas a area da saude, baseando-se nos estressores emocionais e interpessoais para a caracterizacao do conceito, na decada de 1970.

Uma natureza mais quantitativa com estudos transversais (1) caracterizou a segunda fase, com o uso de instrumentos estruturados de coleta de dados, levantamentos com populacoes maiores e uso de ferramentas estatisticas mais sofisticadas. Nesta fase, a sindrome de Burnout comecou a ser investigada em outras ocupacoes alem dos servicos humanos e de educacao (por exemplo, escritorio, informatica, militares, gerentes). A terceira fase objetivou avaliar a relacao entre o ambiente de trabalho em um dado periodo de tempo e pensamentos e sentimentos do individuo em um momento posterior por meio de estudos longitudinais (2).

A segunda fase contribuiu para os estudos da sindrome de Burnout com o desenvolvimento de diversos instrumentos de mensuracao da sindrome, alguns dos quais sao descritos no Quadro 1.

Alem das escalas descritas no Quadro 1, a escala com maior destaque e representatividade nas discussoes e representacoes da sindrome de Burnout e a MBI--Maslach Burnout Inventory--e suas variacoes. Essa escala foi desenvolvida, no inicio de 1980, por Maslach e Jackson, que se basearam em um modelo de tres fatores para medir a exaustao emocional (sensacao de estar sobrecarregado e esgotado emocional e fisicamente), o cinismo (compreendido como a dimensao interpessoal, apresenta-se como uma resposta negativa e insensivel aos varios aspectos do trabalho) e a realizacao pessoal (autoavaliacao que traz sentimentos de incompetencia e falta de realizacao e produtividade no trabalho).

A Maslach Burnout Inventory (MBI) apresenta diversas variacoes, como a MBI-Human Services Survey (MBI-HSS), para trabalhadores nos servicos humanos e de saude, a MBI- Educators Survey (MBI-ES), para professores, a MBIStudent Survey (MBI-SS) para alunos, e uma versao mais geral, a MBI-General Survey (MBIGS), utilizada para populacoes com diversos tipos de ocupacao, que avalia as mesmas tres dimensoes, mas mantendo uma estrutura de fator consistente com diversas ocupacoes e nao apenas com as relacoes pessoais do trabalho (MASLACH; SCHAUFELI; LEITER, 2001).

A escala MBI-GS nao foi validada na realidade brasileira, e um dos objetivos deste estudo e fazelo. Outro objetivo e verificar se a sindrome de Burnout apresenta relacao com a percepcao de saude dos colaboradores, visto que em um estudo realizado por Garland et al. (2014) foram encontradas relacoes diretas da sindrome de Burnout com problemas de saude fisica, tais como dor de cabeca, no pescoco e nas costas, dores de estomago, insonia, o que indica que a percepcao de saude tambem pode estar relacionada com a sindrome. Outros estudos tambem observaram relacao da sindrome com problemas de saude (SCHAUFELI; BAKKER, 2004). Dessa forma, com a intencao de verificar se a percepcao de saude fisica e emocional pelo proprio individuo pode ser afetada pela sindrome, definiu-se que a Hipotese principal deste estudo e:

H1--A sindrome de Burnout esta direta e positivamente relacionada com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital

A fadiga geral (MASLASH, 1982), o atraso na recuperacao de doencas, problemas psicologicos, como aumento das sensacoes de raiva e depressao, tambem foram identificados como consequencias do Burnout na saude (GARLAND et al, 2014; Soboll, 2002). Sendo assim, a segunda Hipotese deste estudo e:

H2--A Exaustao Emocional esta direta e negativamente relacionada com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital brasileiro

Outras consequencias tambem foram relatadas em alguns estudos, como a sensacao de impotencia, diminuicao da simpatia, motivacao e autoestima e um impacto no comportamento, aumentando a probabilidade de afastamento dos objetivos do trabalho, de assuncao de riscos desnecessarios, de abuso de alcool e drogas (GARLAND et al, 2014; SOBOLL, 2002). O cinismo foi estudado de diversas formas, como desinteresse (DEMEROUTI et al, 2001), ausencia do local de trabalho (DEERY; IVERSON; WALSH, 2002; CROPANZANO; RUPP; BYRNE, 2003; SCHAUFELI; BAKKER, 2004), fidelizacao de clientes (SALANOVA; AGUT; PEIRO, 2005). Tais consequencias na saude referem-se a hipotese tres deste estudo:

H3--O Cinismo esta direta e negativamente relacionado com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital brasileiro

De acordo com estudos internacionais, o Burnout pode comprometer a saude e o Desempenho dos Funcionarios (SALANOVA et al., 2005; BAKKER; DEMEROUTI; VERBEKE, 2004; SONNENTAG, 2003; CROPANZANO et al, 2003; SCHAUFELI; BAKKER, 2004; MASLACH; LEITER, 2008) e a Demanda de Trabalho (DEMEROUTI et al., 2001; SCHAUFELI; BAKKER, 2004; BAKKER et al, 2004; De JONGE et al., 2001), servindo de base para a quarta hipotese deste estudo:

H4--A Eficacia no Trabalho esta direta e positivamente relacionada com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital brasileiro

Apresentados o referencial e as hipoteses deste estudo, na secao a seguir sao descritos os procedimentos metodologicos adotados.

3. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

Este estudo caracteriza-se como descritivo e de natureza quantitativa. O instrumento de coleta de dados, o Maslach Burnout Inventory--General Survey (MBI-GS), e um instrumento utilizado para mensurar Burnout em praticamente todos os contextos ocupacionais de trabalho (MASLACH; SCHAUFELI; LEITER, 2001). Este estudo pretendeu validar a escala para uma realidade brasileira, bem como testar a relacao das dimensoes da mesma com a percepcao de saude dos respondentes.

Como ja foi mencionado, a MBI-GS e composta de tres dimensoes: Exaustao Emocional (EE), com seis variaveis, Cinismo (CI), com quatro variaveis, e Eficacia no Trabalho (ET), com seis variaveis; e composta tambem de uma escala likert de 7 pontos (zero a seis), que varia de nunca ate todo dia. As 16 variaveis da escala foram adaptadas para o portugues por Tamayo (FERREIRA, 2011), conforme o Quadro 2 a seguir.

Para a mensuracao da percepcao de saude dos colaboradores do hospital foi utilizada uma questao, caracterizada como autodeclaracao (em geral, a avaliacao que faco de minha saude), que variava de 1 (Pessima) a 5 (Otima).

A coleta de dados foi realizada no periodo de marco a abril de 2013 em um hospital publico da cidade de Santa Maria, apos sua aprovacao pelo Comite de Etica da instituicao. O hospital possui 1.265 colaboradores no quadro permanente. Foram distribuidos 350 questionarios nos diversos setores e realizada visitas, apos uma semana, para recolhe-los. Foram feitas duas novas visitas depois de tres dias e uma ultima visita apos quatro dias.

O publico-alvo da pesquisa foram os colaboradores do hospital em questao, envolvendo participantes de cargos relacionados com a area medica (ex. medicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, etc.) e a area administrativa, o que possibilitou uma amostra com diversas profissoes, tornando possivel o uso da MBI-GS (LINDBLOM et al, 2006).

Foram obtidas 173 respostas, atendendo-se aos preceitos da amostra estabelecida por Hair et al. (2009) de que, para cada variavel, o minimo sao 5 respondentes. Para alcancar o objetivo proposto, foram utilizadas as tecnicas de Analise de Equacoes Estruturais, buscando-se verificar a existencia de relacoes entre esses fatores. Maroco (2010) afirma que essa tecnica permite, por meio da proposicao e teste de hipoteses, avaliar o ajuste dos modelos aos dados e verificar a existencia de causalidade entre as variaveis.

Neste estudo, as hipoteses verificam se a percepcao de saude por parte dos servidores da instituicao e causada pelas dimensoes da sindrome de Burnout; para isso, foi adotada a abordagem de Byrne (2013) no calculo das regressoes, por meio do software AMOS. Antes de verificar a qualidade do ajuste do modelo, analisou-se o perfil da amostra, tal como segue.

4. DISCUSSAO DOS RESULTADOS

4.1. Validacao da escala

A amostra do estudo foi composta de 173 respondentes, 30,6% dos quais do sexo masculino e 69,4% do sexo feminino. Em relacao a ocupacao dos respondentes, identificou-se que 61% exerciam cargos ligados a area da saude (exemplo: medico, enfermeiro, etc.) e 39% ocupavam cargos administrativos. Quanto a faixa etaria dos participantes, 44,2% tinham idade superior a 48 anos, indicando que a maior parte dos respondentes possuia experiencia de vida. O tempo de servico dos pesquisados caracterizou os respondentes como trabalhadores que estao no mercado de trabalho ha bastante tempo, 33,3% possuem mais de 20 anos de servico, 29,2% tinham entre 11 e 20 anos, 22,2% entre 6 e 10 anos e 15,2% ate 5 anos.

Caracterizada a amostra do estudo, optou-se pela tecnica das equacoes estruturais para validacao da escala e posterior analise do modelo. Para Lomax e Schumacker (2012), essa tecnica tem como objetivo a obtencao de um modelo parcimonioso e relacoes significativas entre as variaveis de mensuracao e os fatores, com indices que se aproximem de um modelo saturado.

O primeiro processo realizado foi a validacao da escala, seguindo-se os preceitos propostos por Hair et al. (2009), Kline (2011), Lomax e Schumacker (2012) e Byrne (2013), ou seja, estruturou-se o modelo a partir do agrupamento das variaveis em fatores e, na sequencia, verificaram-se os indices de ajuste do modelo e as cargas fatoriais das variaveis por meio do software Amos.

Maroco (2010) afirma que a analise das equacoes estruturais avalia a qualidade do ajuste de um modelo teorico e a estrutura das correlacoes entre as variaveis mensuradas. Para este estudo, essa analise foi realizada por meio da tecnica de maxima verossimilhanca, visando a estimacao dos parametros e o teste de ajuste do modelo. Na literatura que trata da modelagem de equacoes estruturais ha uma diversidade de indices usados para mensurar o ajuste do modelo (HAIR et al., 2009; MAROCO, 2010; COSTA, 2011; BYRNE, 2013), no entanto, neste estudo foram utilizados os indices sugeridos por Byrne (2013), ou seja, [chi square]/GL, CFI e RMSEA.

[chi square]/GL corresponde ao valor minimo da funcao de discrepancia dividido por graus de liberdade; valores do indice abaixo de 5 sao indicativos de um ajuste aceitavel entre o modelo hipotetico e os dados de amostra. O CFI foi usado para comparar o ajuste do modelo, buscando-se valores superiores a 0,9; e o RMSEA (raiz do erro quadratico medio de aproximacao) foi utilizado para representar o quao bem um modelo se ajusta a uma populacao e nao somente a uma amostra, buscando-se valores abaixo de 0,1.

Considerando a aplicacao da modelagem de equacoes estruturais e os testes de ajustes, verificou-se que o modelo inicial apresentou %2/GL = 3,10, CFI = 0,84 e RMSEA = 0,11, indices abaixo do esperado. O ajuste da escala foi realizado com a exclusao da variavel EE6 (por apresentar carga fatorial abaixo de 0,5), ja que, para Hair et al. (2009), variaveis com cargas fatoriais abaixo de 0,5 comprometem a estrutura do modelo.

O proximo passo foi adicionar uma correlacao entre os erros das variaveis ET 5 e ET 6, que podem ter sido gerados pela similaridade semantica entre as duas variaveis; com essa correlacao, a carga fatorial da ET6 ficou abaixo de 0,50, sendo excluida do modelo. Em seguida, adicionou-se uma correlacao entre os erros das variaveis EE1 e EE2, que, em razao da traducao e de sua adaptacao, apresentaram escrita semelhante, o que pode ter gerado duvidas nos respondentes. Depois, foi acrescentada uma correlacao entre as variaveis ET3 e ET4, que apresentam escritas diferentes, porem mensuram a contribuicao do colaborador a organizacao. Com a inclusao dessa correlacao, a escala passou a apresentar [chi square]/GL = 1,72, CFI = 0,96 e RMSEA = 0,065, indices ideais para a validacao da escala MBI-GS.

Apos a realizacao da analise fatorial confirmatoria, procedeu a analise de confiabilidade, que mostra ate que ponto as escalas produzem resultados consistentes, livres de erros aleatorios (MALHOTRA, 2012). A analise da confiabilidade do instrumento foi realizada seguindo-se as etapas descritas a seguir.

Pestana e Gageiro (2003) afirmam que variaveis com escores positivos e negativos no mesmo fator geram correlacoes negativas que violam o modelo de consistencia interna e inviabilizam a utilizacao do coeficiente de Alfa de Cronbach, razao pela qual foi realizada a reversao dos escores das questoes "ET1, ET2, ET3, ET4 e ET5", com a finalidade de deixar todas as variaveis com escores no mesmo sentido. Posteriormente, foi realizada a analise do Alfa de Cronbach, que Hair et al. (2009) afirmam ser o melhor coeficiente de mensuracao da confiabilidade. A escala MBI-GS apresentou um Alfa de Cronbach de 0,88, que, segundo Costa (2011), representa uma confiabilidade otima; para as dimensoes, o a encontrado foi de 0,84 para Exaustao Emocional, 0,84 para Cinismo e 0,82 para Eficacia no Trabalho.

O passo seguinte foi o calculo do grau em que um conjunto de itens mensurados realmente reflete o constructo que os itens devem medir, lidando com a precisao da mensuracao. A validade do constructo deve ser medida pela validade convergente e pela unidimensionalidade.

A validade convergente e alcancada quando os indicadores que se supoe medir o mesmo fenomeno estao correlacionados, ou seja, o T-Valor>2,33; a unidimensionalidade diz respeito a verificar se as variaveis do constructo testam a teoria proposta, por meio do exame dos residuos padronizados, que devem apresentar numeros menores que 2,58 (p<0,05) (HAIR et al, 2009).

A unidimensionalidade e a validade convergente do modelo foram comprovadas com as informacoes apresentadas na Tabela 1. O maior erro encontrado foi de 0,303 (para a variavel ET4); assim, todos os residuos padronizados (erro) foram inferiores a 2,58 (p<0,05) e a unidimensionalidade foi comprovada. A validade convergente e analisada por meio das cargas fatoriais padronizadas, que, alem de terem de ser superiores a 0,50, para um nivel de confianca de 0,05, devem apresentar T-Valor igual ou superior a 2,33. A menor carga fatorial foi de 0,51 (para a variavel ET1) e o menor T-Valor foi de 5,33, para a variavel ET5, portanto a validade convergente do modelo tambem foi comprovada. Todas as variaveis apresentaram significancia de 0,000 (***), demonstrando que a variavel representava estatisticamente o fator que estava representando.

O proximo passo na analise da aplicabilidade da escala na realidade do servico publico brasileiro foi o teste de hipoteses entre as dimensoes de Burnout e a percepcao de saude, por meio das regressoes entre os fatores. Esse teste, conforme Byrne (2013), deve ser analisado por meio da planilha de peso das regressoes fornecida pelo software AMOS.

4.2. Teste de Hipoteses

A percepcao de saude dos trabalhadores que participaram da pesquisa foi inversamente proporcional a um nivel de significancia de 0,001, indicando que, ao aumento da exaustao emocional, a percepcao de saude diminui a uma proporcao de 34%, ou seja, quanto mais exposto ao estresse cronico do ambiente de trabalho, maior e a tendencia do colaborador de perceber sua saude pior, o que confirma a hipotese (H2) A Exaustao Emocional esta direta e negativamente relacionada com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital brasileiro.

Em relacao a terceira hipotese, (H3) O Cinismo esta direta e negativamente relacionado com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital brasileiro, podese afirmar que nao foi diretamente comprovada (sig 0,935), o que significa que os colaboradores nao associam diretamente seu afastamento do trabalho ou nao assumir novas responsabilidades com sua saude percebida.

A quarta hipotese, (H4) A Eficacia no Trabalho esta direta e positivamente relacionada com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital brasileiro, nao foi diretamente comprovada (sig 0,507), indicando que os colaboradores nao relacionam a reducao de seu desempenho no trabalho com a percepcao da mudanca em sua condicao de saude.

As hipoteses H3 e H4 nao foram confirmadas, o que pode estar relacionado com evidencias que apontam para a exaustao emocional como gatilho da sindrome de Burnout. Os testes de hipoteses foram apresentados na Tabela 2.

A Hipotese principal deste estudo, (H1) A sindrome de Burnout esta direta e positivamente relacionada com a percepcao de saude dos colaboradores de um hospital, pode ser comprovada pela existencia da relacao entre as tres dimensoes da sindrome de Burnout. A eficacia no trabalho diminui na proporcao de 48% quando o Cinismo aumenta, e de 24% quando aumenta a Exaustao Emocional. O aumento do Cinismo implica um crescimento de 64% na Exaustao Emocional, e esta esta diretamente relacionada com a reducao de 34% na percepcao de saude dos colaboradores. Comprovadas as relacoes entre as dimensoes do Burnout, e possivel afirmar que a percepcao de saude e diretamente influenciada pela sindrome, como apresentado no modelo estrutural deste estudo, na Figura 1.

[FIGURE 1 OMITTED]

Este estudo comprova, assim, a necessidade de atencao ao desenvolvimento da sindrome de Burnout, ja que a exaustao emocional, primeira etapa de desenvolvimento da sindrome (MASLASH, 2003), possui relacao inversamente proporcional com a percepcao de saude dos trabalhadores.

5. CONSIDERACOES FINAIS

Quando o Burnout e identificado em um ambiente de servicos de cuidados humanos, como um hospital, as consequencias tomam uma proporcao maior, em comparacao com outros tipos de organizacao, ja que qualquer erro pode ter implicacoes na saude das pessoas.

Este estudo teve por objetivo aplicar e validar a escala MBI-GS em um hospital publico brasileiro, tendo como publico-alvo os colaboradores da area medica e administrativa, justificando assim o uso da escala General Survey. Com uma amostra de 173 servidores, a escala MBI-GS demonstrou ser uma escala otima; por meio da analise fatorial confirmatoria, comprovou a validade psicometrica na realidade brasileira, tendo sido necessaria a exclusao de apenas duas variaveis para o alcance de indices de ajustes ideais estabelecidos por Hair et al. (2009) e Byrne (2013).

A MBI-GS apresentou validade unidimensional, convergente e divergente, demonstrando sua adequacao para uso em populacoes semelhantes, ou seja, para pesquisa com colaboradores de diversos cargos, bem como para instituicoes publicas e de servicos hospitalares. Apesar de alguns estudos comprovarem a relacao da sindrome de Burnout com diversos tipos de problemas de saude, este estudo abordou de forma inedita a relacao entre a sindrome e a percepcao de saude autodeclarada pelo respondente.

Considerando-se que a percepcao de saude se diferencia da "situacao de saude" pelo fato de incluir a avaliacao da propria pessoa sobre seu estado fisico e psicologico e nao apenas o fato de ela estar ou nao com alguma doenca, e possivel ressaltar que este estudo inovou ao investigar ainda cada dimensao e suas relacoes. Comprovouse, portanto, a relacao direta entre percepcao de saude e exaustao emocional, e indireta com as dimensoes cinismo e eficacia no trabalho, em virtude das correlacoes dos fatores da escala.

Dessa forma, o estudo contribui com a literatura nacional e internacional quando valida a escala e ainda quando propoe a existencia de relacao entre Burnout e um novo constructo--a percepcao de saude. Como limitacao, e possivel apontar que o estudo foi realizado em um unico ambiente organizacional, apesar da existencia de diversos setores. Fica como sugestao para futuros estudos a aplicacao da escala em outros ambientes organizacionais brasileiros, uma vez que inexistem estudos que utilizem a MBI-GS, bem como a percepcao de saude.

DOI: 10.5700/rege569

Recebido em: 14/6/2013

Aprovado em: 9/7/2014

Marcelo da Silva Schuster

Doutorando em Administracao UFSM--Santa Maria-RS, Brasil

Mestre em Gestao de Organizacoes Publica pelo Programa de Pos-Graduacao em Administracao da Universidade

Federal de Santa Maria

E-mail: marcelo. schuster@gmail. com

Valeria da Veiga Dias

Doutoranda em Agronegocios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul--Santa Maria-RS, Brasil

Mestre em Administracao pelo Programa de Pos-Graduacao em Administracao da Universidade Federal de Santa Maria

E-mail: valeria-adm@hotmail.com

Luciana Flores Battistella

Professora Adjunta IV do Departamento de Ciencias Administrativas e do Programa de Pos-Graduacao em Administracao da Universidade Federal de Santa Maria--Santa Maria-RS, Brasil Doutora em Engenharia de Producao pela Universidade Federal de Santa Catariana

E-mail: luttibattistella@gmail.com

Marcia Zampieri Grohmann

Professora Associada da Universidade Federal de Santa Maria Santa

Maria-RS, Brasil

Doutora em Engenharia de Producao e Sistemas pela Universidade

Federal de Santa Catarina

E-mail: marciazg@gmail.com

6. REFERENCIAS

AHOLA, K. et al. Burnout in the general population--Results from the Finnish Health 2000 Study. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, v. 41, n. 1, p. 11-17, Jan. 2006. Disponivel em: <<Goto ISI>://WOS:000235450500002>.

BAKKER, A. B.; DEMEROUTI, E.; VERBEKE, W. Using the job demands-resources model to predict Burnout and performance. Human Resource Management, v. 43, n. 1, p. 83-104, Spring 2004. Disponivel em: <<Go to ISI>://W0S:000221032900012>.

BYRNE, B. M. Structural equation modeling with AMOS: Basic concepts, applications, and programming. New York; London: Routledge, 2013.

CAMPBELL, D. A. et al. Burnout among American surgeons. Surgery, v. 130, n. 4, p. 696702, Oct. 2001. Disponivel em: <<Go to ISI>://W0S:000171711100041>.

COSTA, F. J. D. Mensuracao e Desenvolvimento de Escalas: Aplicacoes em Administracao. Rio de Janeiro: Editora Ciencia Moderna Ltda., 2011.

CROPANZANO, R.; RUPP, D. E.; BYRNE, Z. S. The relationship of emotional exhaustion to work attitudes, job performance, and organizational citizenship behaviors. Journal of Applied Psychology, v. 88, n. 1, p. 160-169, 2003. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000181465100015>.

DE JONGE, J. et al. Testing reciprocai relationships between job characteristics and psychological well-being: A cross-lagged structural equation model. Journal of Occupational and Organizational Psychology, v. 74, n. 1, p. 29-46, Mar. 2001. Disponivel em: <<Go to ISI>:// WOS:000167620500002>.

DEERY, S.; IVERSON, R.; WALSH, J. Work relationships in telephone call centers: Understanding emotional exhaustion and employee withdrawal. Journal of Management Studies, v. 39, n. 4, p. 471-496, Jun. 2002. Disponivel em: <<Goo to ISI>://WOS:0001759575 00003>.

DEMEROUTI, E.; NACHREINER, F. Zur Spezifitat von Burnout fur Dienstleistungsberufe: Fakt oder Artefakt. Zeitschrift fur Arbeitswissenschaft, v. 52, p. 82-89, 1998.

DEMEROUTI, E. et al. The job demandsresources model of Burnout. Journal of Applied Psychology, v. 86, n. 3, p. 499-512, June 2001. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000170878300012>.

FERREIRA, R. E. D. D. S. A organizacao do trabalho na Unidade de Doencas Infectocontagiosas e a ocorrencia de Burnout nos trabalhadores de Enfermagem. 2011. Dissertacao (Mestrado em Enfermagem)--Faculdade de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, 2011. Disponivel em: <http://www.bdtd.uerj.br/tdearquivos/20/TDE-2011-10-18T131135Z- 1898/Publico/dissertacao_final_rita_elzi_dias_de_seixas_ferreira.pdf >.

GARLAND, B. et al. The Relationship of Affective and Continuance Organizational Commitment with Correctional Staff Occupational Burnout. A Partial Replication and Expansion Study. Criminal Justice and Behavior, v. 41, n. 10, p. 1161-1177, Oct. 2014. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000342575600001>.

GONZALEZ-ROMA, V. et al. Burnout and work engagement: Independent factors or opposite poles? Journal of Vocational Behavior, v. 68, n. 1, p. 165-174, Feb. 2006. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000235283300011>.

HAIR, J. F. et al. Analise multivariada de dados. Porto Alegre: Ed. Bookman, 2009. v. 6.

HAKANEN, J. J.; BAKKER, A. B.; SCHAUFELI, W. B. Burnout and work engagement among teachers. Journal of School Psychology, v. 43, n. 6, p. 495-513, Jan. 2006. Disponivel em: <Go to ISI>://WOS:000234896 600005>.

JONES, J. W. The Staff Burnout Scale for Health Professionals (SBS-HP): Preliminary Test Manual. [S.l.]: London House Press, 1980.

KLINE, R. B. Principles and practice of structural equation modeling. New York: Guilford Press, 2011.

KRISTENSEN, T. S. et al. The Copenhagen Burnout Inventory: A new tool for the assessment of burnout. Work and Stress, v. 19, n. 3, p. 192-207, July/Sept. 2005. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000233809000002>.

LEE, R. T.; ASHFORTH, B. E. A meta-analytic examination of the correlates of the three dimensions of job Burnout. Journal of Applied Psychology, v. 81, n. 2, p. 123-133, Apr. 1996. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:A1996 UF81900001>.

LINDBLOM, K. M. et al. Burnout in the working population: Relations to psychosocial work factors. International Journal of Behavioral Medicine, v. 13, n. 1, p. 51-59, 2006. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000235943900007>.

LOMAX, R. G.; SCHUMACKER, R. E. A beginner's guide to structural equation modeling. [S.l.]: Routledge Academic, 2012.

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientacao aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2012.

MAROCO, J. Analise de Equacoes Estruturais: Fundamentos teoricos, software & Aplicacoes. Pero Pinheiro: Repornumber, 2010. Disponivel em: <http ://books.google.com .br/books?id=oYK1MG8t c3UC>.

MASLACH, Christina. Burnout: the cost of caring. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1982.

MASLACH, C. Job Burnout: New directions in research and intervention. Current Directions in Psychological Science, v. 12, n. 5, p. 189-192, Oct. 2003. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000185645800009>.

MASLACH, C.; GOLDBERG, J. Prevention of Burnout: New perspectives. Applied & Preventive Psychology, v. 7, n. 1, p. 74, 1998. <http://dx.doi.org/10.1016/S0962-1849(98)80022-X>.

MASLACH, C.; LEITER, M. P. Early predictors of job Burnout and engagement. Journal of Applied Psychology, v. 93, n. 3, p. 498-512, May 2008. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000255556600002>.

MASLACH, C.; SCHAUFELI, W. B.; LEITER, M. P. Job Burnout. Annual Review of Psychology, v. 52, p. 397-422, Feb. 2001. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000167463100017>.

MORENO-JIMENEZ, B. et al. La evaluacion del Burnout: problemas y alternativas: El CBB como evaluacion de los elementos del proceso. Madrid: Colegio Oficial de Psicologos de Madrid, 1997.

PESTANA, M. H.; GAGEIRO, J. N. Analise de dados para Ciencias Sociais: a complementaridade do SPSS. [S.I.]: Silabo, 2003.

PINES, A.; ARONSON, E. Career burnout: Causes and cures. New York: Free Press, 1988.

SALANOVA, M.; AGUT, S.; PEIRO, J. M. Linking organizational resources and work engagement to employee performance and customer loyalty: The mediation of service climate. Journal of Applied Psychology, v. 90, n. 6, p. 1217-1227, Nov. 2005. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000233 537100013>.

SCHAUFELI, W. B.; BAKKER, A. B. Job demands, job resources, and their relationship with burnout and engagement: a multi-sample study. Journal of Organizational Behavior, v. 25, n. 3, p. 293-315, May 2004. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000220704900001>.

SCHAUFELI, W. B.; GREENGLASS, E. R. Introduction to special issue on Burnout and health. Psychology & Health, v. 16, n. 5, p. 501510, 2001. ISSN 0887-0446. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000171388900001 >.

SCHAUFELI, W. B.; LEITER, M. P.; MASLACH, C. Burnout: 35 years of research and practice. Career Development International, v. 14, n. 2-3, p. 204-220, 2009. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000281035200006>.

SCHUSTER, M. D. S.; DIAS, V. D. V.; BATTISTELLA, L. F. Mapeamento da tematica justica organizacional e a relacao de suas dimensoes com comportamento organizacional.

Revista de Administracao IMED, v. 3, n. 1, p. 4353, 2013. <http://dx.doi.org/10.18256/22377956/raimed.v3 n1p43-53>.

SHIROM, A. Reflections on the study of burnout. Work and Stress, v. 19, n. 3, p. 263-270, July/Sept. 2005. Disponivel em: <<Go to ISI>://WOS:000233809000007>.

SOBOLL, L. A. P. A Face Oculta da Sindrome do Burnout nos Profissionais de Enfermagem: uma Leitura a partir da Psicodinamica do Trabalho. In: ENCONTRO DA ASSOCIACAO NACIONAL DE POS-GRADUACAO E PESQUISA EM ADMINISTRACAO, 26., 2002, Salvador. Disponivel em: <http://www.anpad.org.br/login.php?cod_edicao_subsecao=49&cod_evento_edicao=6&cod_edicao_trabalho=2609>. Acesso em: 28 out. 2014.

SONNENTAG, S. Recovery, work engagement, and proactive behavior. A new look at the interface between nonwork and work. Journal of Applied Psychology, v. 88, n. 3, p. 518-528, June 2003. Disponivel em: <<Go to Isi>://wos:000183031200012>.

SOUSA, A. M. D. Sindrome de Burnout: Uma revisao e proposta de intervencao de terapia Ocupacional em empresas. Trabalho de conclusao de curso de terapia ocupacional (Graduacao), Centro Universitario Sao Camilo, 2008. Disponivel em: <http://tocoletiva.com.br/wpcontent/uploads/2012/07/tcc-adriana-miranda-sousa-.-t.o.pdf>. Acesso em: 4 set. 2012.

TAMAYO, M. R.; TROCCOLI, B. T. Construcao e validacao fatorial da Escala de Caracterizacao do Burnout (ECB). Estudos de Psicologia (Natal), v. 14, n. 3, p. 213-221, 2009. Disponivel em: <http: //www .scielo.br/scielo.php? script=sci_arttex t& pid=S1413-294X2009000300005&nrm=iso>.

(1) Estudos transversais sao coletas simultaneas de um grupo ou populacao de individuos, realizadas em um unico ponto no tempo. Frequentemente, o pesquisador nao sabe o que ocorreu antes desse ponto.

(2) Estudos conduzidos a partir de observacoes regulares de um dado comportamento durante um longo periodo de tempo. Tabela 1--Resultado da Analise Fatorial Confirmatoria Carga STD Erro CI1 <-- Cinismo 0,69 0,175 CI2 <-- Cinismo 0,86 0,213 CI3 <-- Cinismo 0,86 0,167 CI4 <-- Cinismo 0,69 EE1 <-- Exaustao 0,68 0,087 EE2 <-- Exaustao 0,70 0,086 EE3 <-- Exaustao 0,86 0,083 EE4 <-- Exaustao 0,78 0,091 EE5 <-- Exaustao 0,84 ET1 <-- Eficacia Trabalho 0,51 ET2 <-- Eficacia Trabalho 0,63 0,1 42 ET3 <-- Eficacia Trabalho 0,67 0,210 ET4 <-- Eficacia Trabalho 0,96 0,303 ET5 <-- Eficacia_Trabalho 0,52 0,128 T -Valor Sig Alpha CI1 7,671 *** CI2 9,028 *** 0,84 CI3 9,768 *** CI4 EE1 9,3 12 *** EE2 9,811 *** EE3 12,870 *** 0,84 EE4 11,351 *** EE5 ET1 ET2 8,3 92 *** ET3 6,251 *** 0,82 ET4 6,370 *** ET5 5,337 *** Fonte: Elaborado pelos autores. Tabela 2--Resultado do teste de hipoteses Est Std S.E. Saude1 <--- Exaustao -0,245 0,064 Saude1 <--- Eficacia no Trabalho -0,100 0,059 Saude1 <--- Cinismo -0,181 0,112 C.R. P Hipotese Saude1 -2,131 0,03 H2 -Confirmada Saude1 -1,078 0,507 H4 -Rejeitada Saude1 -1,471 0,935 H3 -Rejeitada Fonte: Elaborado pelos autores. Quadro 1--Escalas de mensuracao de Burnout Instrumento Autor Itens Staff Burnout Jones (1980) 30 itens Scale for Health Professionals -SBS-HP Burnout Pines e Aronson (1988) 21 itens Measure (BM) Oldenburg Demerouti e Nachreiner 16 itens Burnout (1998) Inventory (OLBI) Cuestionario Moreno-Jimenez et al. 19 itens de Burnout Del (1997) Profesorado (CBP) Cuestionario Moreno-Jimenez et al. 63 Itens Breve de (1997) Burnout (CBB) Copenhagen Kristensen et al. (2005) 19 itens Burnout Inventory (CBI) Shirom-Melamed Shirom (2005) 14 itens Burnout Measure (SMBM) Escala de Tamayo e Troccoli (2009) 35 itens Caracterizacao do Burnout Instrumento Mensuracao Staff Burnout insatisfacao laboral, tensao psicologica e Scale for interpessoal e falta de relacoes profissionais Health com os pacientes Professionals -SBS-HP Burnout esgotamento fisico, esgotamento emocional Measure (BM) e esgotamento mental Oldenburg exaustao e desligamento de trabalho Burnout Inventory (OLBI) Cuestionario esgotamento emocional, despersonalizacao e de Burnout Del falta de realizacao Profesorado (CBP) Cuestionario exaustao emocional, desumanizacao, frustracao Breve de profissional, organizacao e clima social Burnout (CBB) positivo e preocupacoes profissionais Copenhagen Burnout pessoal, Burnout relacionado ao Burnout trabalho e Burnout relacionado aos clientes Inventory (CBI) Shirom-Melamed fadiga fisica, exaustao emocional e cansaco Burnout Measure cognitivo (SMBM) Escala de exaustao emocional, desumanizacao e decepcao Caracterizacao no trabalho do Burnout Fonte: Elaborado pelos autores. Quadro 2--Variaveis por fator de Burnout MBI-GS COD. VARIAVEIS EE1 Sinto-me emocionalmente esgotado com o meu trabalho EE2 Sinto-me esgotado no final de um dia de trabalho EE3 Sinto-me cansado quando me levanto pela manha e preciso encarar outro dia de trabalho EE4 Trabalhar o dia todo e realmente motivo de tensao para mim EE5 Sinto-me acabado por causa do meu trabalho EE6 So desejo fazer meu trabalho e nao ser incomodado CI1 Sou menos interessado no meu trabalho desde que assumi essa funcao CI2 Sou menos entusiasmado com o meu trabalho CI3 Sou mais descrente da contribuicao de meu trabalho para algo CI4 Duvido da importancia do meu trabalho ET1 Sinto-me entusiasmado quando realizo algo no meu trabalho ET2 Realizo muitas coisas valiosas no meu trabalho ET3 Posso efetivamente solucionar os problemas que surgem no meu trabalho ET4 Sinto que estou dando uma contribuicao efetiva para essa organizacao ET5 Na minha opiniao, sou bom no que faco ET6 No meu trabalho, sinto-me confiante de que sou eficiente e capaz de fazer com que as coisas acontecam Fonte: FERREIRA (2011).
联系我们|关于我们|网站声明
国家哲学社会科学文献中心版权所有