Uma questão intrigante aos economistas é explicar o motivo de algumas nações crescerem mais do que outras. Além dos modelos de crescimento tradicionais, que consideram trabalho, capital fixo e humano, existem formulações complementares que incluem fatores culturais para analisar essa relação, sendo a religião uma das variáveis que mais influencia os indivíduos, pois oferece uma forma de conduta de vida e hábitos diários praticados pelos fiéis. No Brasil, são perceptíveis as transformações ocorridas no campo religioso, em que, de 1980 a 2010, a proporção da população cristã-protestante cresceu 15,55 pontos percentuais, enquanto a proporção da população católica declinou aproximadamente 24,10. Assim, este trabalho objetivou verificar se uma proporção maior de protestantes tradicionais e pentecostais possui relação positiva com a renda per capita dos municípios brasileiros, além de testar empiricamente a importância das variáveis capital fixo e capital humano. Para esta finalidade, utilizou-se a regressão em dados em painel, com base nos microdados dos Censos Demográficos. Os resultados obtidos mostram que a expansão do protestantismo tradicional e pentecostal contribuiu positivamente para aumentar o nível de renda do país. Desse modo, o trabalho trouxe luz à importância da economia da religião em questões relacionadas ao crescimento econômico.