Os objetivos foram investigar indicadores psicométricos de validade de nova versão da CASP-19 para brasileiros com 55 anos e mais e estudar relações entre pontuações na escala e sexo, idade, escolaridade e status conjugal. Trezentos e sessenta e oito frequentadores de programas educacionais para a 3ª idade responderam à CASP-19 (controle, autonomia, autorrealização e prazer), traduzida e adaptada do inglês por cinco especialistas e testada em 19 mulheres (α = 0,730). Os dados foram submetidos a análises fatoriais exploratórias (AFE) e confirmatórias (AFC) pelo método de equações estruturais para variáveis latentes; de consistência interna e de correlação com instrumentos de conteúdo similar. Foram comparadas as pontuações dos grupos de sexo, idade, escolaridade e status conjugal. AFC produziram modelo com 19 itens e 2 fatores (autorrealização/prazer e controle/autonomia), com bons índices de ajustamento (GFI = 0,8; AGFI = 0,7606; CFI = 0,7241; NNFI = 0,6876; SRMR = 0.0902; RMSEA = 0,0928; IC90%: 0,0827-0,1031). Os α de Cronbach foram 0,837 para o fator 1 e 0,670 para o 2; 0,874 na escala total para os de 9 anos ou mais de escolaridade, 0,834 para os de 5 a 8 anos e 0,772 para os de 1 a 4 anos. Foram observadas correlações altas e significativas com os escores em escalas de satisfação e felicidade subjetiva. Homens tiveram pontuação mais alta em autorrealização/prazer do que mulheres; os mais velhos e os mais escolarizados, pontuação mais baixa em controle/autonomia; os sem cônjuge, mais alta em controle/autonomia. A nova versão da CASP-19 foi eficaz para avaliar a qualidade de vida percebida em indivíduos de 55 anos e mais, residentes nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do país.