Buscamos investigar o tema da feminilidade nas primeiras publicações de Melanie Klein (1921 a 1931). Partimos da ideia de que a autora, de forma ainda mais radical do que Freud, invertera a lógica clássica da constituição subjetiva do mundo ocidental: a de que o falo/masculino seria o ponto de partida para as diferenciações sexuais. Nesse sentido, a noção kleiniana de feminilidade fundamentaria a sua concepção própria de materno, que passou a ser plano de destaque em suas teorizações e, por conseguinte, a possibilidade de suas revisões sobre o complexo de Édipo e a proposição de novos conceitos.