摘要:No contexto da transição dos cuidados de saúde pediátricos para a medicina do
adulto, é fundamental avaliar as capacidades de autocuidado e tomada de decisão dos
adolescentes/adultos emergentes com condições crónicas de saúde. Assim, este estudo
pretendeu validar a versão portuguesa do Questionário de Avaliação da Preparação para a
Transição para a Autonomia nos Cuidados de Saúde (TRACS), considerando a estrutura
fatorial, fidedignidade e validade discriminante entre sexos, grupos etários e grupos clínicos.
Neste estudo transversal, foi recolhida uma amostra de conveniência de 269
adolescentes/adultos emergentes portugueses entre os 16 e 26 anos, saudáveis e com
condições crónicas de saúde. O protocolo de avaliação englobou o TRACS e uma ficha de
dados sociodemográficos e clínicos. Após eliminação de três itens por especificidades
culturais, a análise fatorial exploratória revelou uma estrutura unifatorial, em oposição à
estrutura original de cinco fatores. A escala total apresentou boa fidedignidade (alfa de
Cronbach = 0,85) e validade discriminante entre sexos (t = 4,96; p < 0,001) entre jovens com
menos de 18 anos e jovens com mais de 18 anos (t = -4,22; p < 0,001) e entre grupos clínicos
(t = 2,01; p = 0,04). Estes resultados sugerem que a versão portuguesa do TRACS tem
propriedades psicométricas adequadas a nível de fidedignidade e validade, permitindo a sua
aplicação em contextos clínicos e de investigação.
其他摘要:In the context of the transition from pediatric to adult healthcare, it is critical to assess the self-care and decision-making skills of adolescents and emerging adults with chronic health conditions. Thus, the present study was aimed at examining the psychometric properties of the Portuguese version of the Transition Readiness Assessment Questionnaire (TRAQ), including its factorial structure, reliability, and discriminant validity between sexes, age-groups, and health conditions. The convenience sample for this cross-sectional study comprised 269 portuguese adolescents/emerging adults aged 16 to 26 years, either healthy or with chronic health conditions. The assessment protocol included the TRAQ translated into Portuguese and a clinical and sociodemographic datasheet. After deleting three items because of cultural specificities, the exploratory factor analysis revealed a one-factor structure, instead of the originally proposed five-factor structure. The total scale presented good reliability (Cronbach's alpha = 0.85) and discriminant validity between males and females (t = 4.96; p