摘要:Esse artigo propõe discutir o percurso teórico do psicanalista francês Jacques Lacan, ao distinguir a letra do campo do significante, não apenas do ponto de vista de literalidade e estrutura localizada do significante, mas como elemento que vincula algo da ordem pulsional, do gozo. Assim, Lacan sugere pensar o inconsciente como letra, indo além da noção do inconsciente estruturado como uma linguagem. Nos anos 1970, a partir da noção de enxame de significantes, estar-se-ia, então, sob a perspectiva de um inconsciente “letrificado”, real, tendo em vista a possibilidade de a letra trazer a dimensão de lalíngua, noção que evidencia um gozo entrevisto no sem sentido dos significantes. Finalmente, o artigo apresenta uma discussão contemporânea acerca de dois estatutos do inconsciente: transferencial e real.