摘要:O objetivo deste artigo é discutir como jornais brasileiros cobriram o impeachment de Dilma Rousseff em comparação com o processo contra Fernando Collor de Mello. Foram examinadas as capas de O Globo , Correio Braziliense , Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo dos dias 17/04/2016 e 29/09/1992, datas em que a Câmara dos Deputados autorizou o processo de impeachment contra Dilma e contra Collor. A análise foi feita a partir do conflito como categoria estruturante das narrativas, proposto por Motta e Guazina (2010), e do enquadramento centrado no personalismo (PORTO, 2001). Tanto o conflito quanto o personalismo apareceram em graus distintos nos dois períodos históricos. O processo contra Dilma foi retratado como uma disputa acirrada e polarizada. Já em 1992, os jornais sustentam a ideia de que a queda de Collor tem respaldo popular e de atores e instituições. Nos dois casos, o jornalismo atuou como gestor de consensos, definindo os conflitos que merecem visibilidade e desidratando seus efeitos sociais.
关键词:conflito; jornalismo e política; enquadramento; impeachment.