摘要:Em junho de 2015, a atriz e modelo Viviany Beleboni realizou uma encenação da crucificação durante a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. A partir dessa situação empírica, o artigo busca refletir acerca da circulação midiática do corpo travesti por meio das reconfigurações divergentes dos estatutos de sacralidade e profanidade. Entendendo a imagem de Viviany crucificada como uma imagem incendiária, observamos como o acontecimento midiático organiza os processos de circulação da imagem originária e das imagens ofertadas pelos atores sociais. É possível observar duas dinâmicas distintas de interpretação: um demarca a possibilidade de “fazer existir o que existe”, que comunga com a mensagem da “Cristo-travesti”, e a outra busca por “fazer inexistir o que existe”, interditando as formas de reconhecimento da precariedade das vidas das travestis brasileiras e das populações LGBTs.
其他摘要:In June 2015, the actress and model Viviany Beleboni staged a crucifixion during the LGBT Pride Parade in São Paulo, Brazil. From this empirical situation, the article seeks to reflect on the mediatic circulation of the transvestite body through the divergent reconfigurations of the sacrality and profanity statutes. Understanding the image of Viviany crucified as an incendiary image, we observe how the media event organizes the processes of circulation of the original image and the images produced by the social actors. It is possible to observe two dynamics, two different projects of interpretation: one demarcates the possibility of “making to exist what exists”, which communes with the message of “Christ-transvestite”, and the other seeks to “make not to exist what exists”, interdicting ways of recognizing the precariousness of the lives of Brazilian transvestites and LGBT populations.