摘要:O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre as alternativas epistemológicas abertas por Frantz Fanon e por Gloria Anzaldúa, destacando os elementos de suas obras desde os quais se entreveem, no entrecruzamento entre corpus e corpo, saberes e fazeres fronteiriços cuja força desloca compreensões correntes sobre os lugares de enunciação, sobre a filosofia da consciência e da representação. Conforme se argumentará, a indissociabilidade entre corpus e corpo, fundamental a uma epistemologia de fronteira, representa um gesto de recusa à racialização de si operada pelos mecanismos de poder colonial, inaugurando um percurso teórico no qual a marca ontológica de inferiorização é um dos elementos centrais de uma crítica contundente aos saberes/poderes constituídos.