摘要:Com base em narrativas de acontecimentos
recentes em Joinville, Santa Catarina,
este artigo discute a diferenciação
entre as práticas da pichação e do grafite,
(icono)grafias que se sobrepõem a
paredes e muros da cidade. Argumenta-se
que a demarcação da linha que diferencia
tais práticas depende de disputas
por um poder de nomeação. Em um primeiro
momento, são analisados projetos
de lei que visaram a criar mecanismos
para coibir ações de pichadores e permitir
que grafiteiros pudessem expressar
sua “arte”, desde que autorizados.
Em seguida, a análise se volta para argumentos
de estudos que explicaram as
diferenças entre pichação e grafite. São
perceptíveis esforços para elencar critérios
objetivos de diferenciação, apostando
em uma neutralidade axiológica.
Na parte final do artigo, propõe-se suspender
essa pretensa neutralidade, para
compreender as palavras pichação e grafite
como rótulos que atribuem valores a
práticas sociais, os quais se adequariam,
mais ou menos, aos ideais de “pureza”,
“significação” e “beleza”.